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quarta-feira, 19 de maio de 2021

Ainda Vale a Pena (Márcio Oliveira)

Esse conto deixou um quentinho muito grande no meu coração. Para início de conversa, fui leitora beta (isso é tãaao chique) dessa história e acompanhei o nascimento desses personagens que são muito reais. Por ser um conto, a história é bem rapidinha, mas ainda assim acabamos torcendo pelo personagem principal e a vida amorosa dele (hehe). O autor da história é um leitor aqui do blog (eu amo quando isso acontece, vocês não fazem ideia) e eu cheguei a conhecer ele na época que eu estava na faculdade. Inclusive, conseguimos ver muito do jeito dele na escrita e isso deixou a história leve e devorável. Como é um conto, não posso falar muito sobre sem dar spoilers, mas vou contar um pouco sobre e, também, o que achei, é claro. Mas acho que já deu para entender que ele ficou com cinco estrelas. Ah! E eu li o conto mais de uma vez (hehe). Quando eu estava lendo como leitora beta li algumas vezes e, desde que ele foi lançado, li mais duas vezes (uma quando saiu e outra hoje para escrever a resenha, uma vez que ele é curtinho e, enquanto eu estava escrevendo aqui bateu a vontade de reler). Antes que eu me esqueça, eu recomendaria a leitura para maiores de quatorze anos e estamos falando de um romance LGBTQIA+. Ok, vamos lá. 

Marcelo estava um pouco desacreditado quando o assunto era o amor. Desde que tinha terminado um relacionamento alguns anos antes ele havia se fechado para novas possibilidades e, depois de mudar de cidade por conta do trabalho, ele tinha até mesmo desanimado um pouco. Mas isso não significa que ele não sentia falta de ter um companheiro em sua vida. O que ele não imaginava, era o que o destino estava guardando para ele. Afinal, ele não acreditava muito nessa história de que as pessoas podiam mesmo se apaixonar à primeira vista... mas e se isso fosse acontecer logo com ele? Pedir comida por delivery era algo relativamente comum em sua vida e nunca que ele poderia imaginar que tantas coisas podiam mudar e se balançar ao pedir uma simples (porém gostosa, rs) pizza de quatro queijos. É exatamente assim que ele conhece Pedro, um entregador de delivery que faz o coração dele errar algumas batidas, mas e aí. Seria que ainda valeria a pena se arriscar na jogada e correr o risco de partir de novo o coração?

Segundo uma pesquisa rápida no google, "(...) serendipidade, é uma avalanche de coincidências e sincronismos que terminam com um final feliz" e essa é a definição perfeita para esse conto. Exatamente por isso, ele deixa aquele quentinho no coração que comentei. Eu sei que o personagem principal é o Marcelo, mas eu fui demais com a cara do Pedro e dos leves comentários irônicos e debochados deles (nada pro lado da maldade, mas sim pro lado de piadinhas que valem a pena, olha eu usando mais uma vez o título da história pro meio da resenha, rs). Ainda assim, eu torci o tempo todinho pela felicidade de Marcelo e para ele se dar mais chances e acreditar um pouco mais nesses momentos de serendipidade. Esse conto é para todo mundo. Ponto. Quem acredita ou não nesses momentos e no famoso se apaixonar a primeira (os primeiras) vista. Se joga.


ainda vale a pena
AUTORA: Márcio oliveira
EDITORA: amazon kindle 
PÁGINAS: 34
SKOOB DO LIVRO.
MEU SKOOB.

terça-feira, 12 de janeiro de 2021

The Chase (Elle Kennedy)

Eu estava bem animada para começar Briar U, nome dessa série de livros, uma vez que recentemente li outra série da mesma autora (que se passa exatamente nesse mesmo universo, bem uma vibe Abbi Glines com Rosemary Beach), Off-Campus (Amores Improváveis, no Brasil). A escrita da autora é mega clichê, mas de um jeito bom. O livro em questão, The Chase, estava de graça na Amazon um tempo atrás pela loja kindle e eu aproveitei e baixei. Queria uma leitura leve, divertida e clichê e, de fato, achei tudo isso... mas ao mesmo tempo achei a história muito lenta e cansativa. Sério, eu torci para todo mundo nesse livro, menos para o casal principal. Mas calma, eu vou explicar isso melhor. No geral, o livro ficou com três estrelas. Seriam apenas duas, mas a personagem principal é tão maravilhosa que ela (sozinha) ganhou mais uma estrela para o livro (hehe). Importante lembrar que estamos falando de um livro com conteúdo adulto aqui. Além disso, ele também trata de assuntos sérios e delicados (de uma maneira inteligente) e, por isso, preciso avisar sobre gatilhos quando o assunto é abuso. Ok. Explicações feitas, vamos seguir em frente.

Summer havia sido convidada a se retirar de sua faculdade (uma das melhores do país) após um pequeno acidente na república em que morava. Ela sabia que tudo aquilo era um grande exagero, mas, ao mesmo tempo, ela também sabia da fama que tinha e, por isso, acabou sendo transferida para outra faculdade, a Briar. Um lugar tão bom quanto o que ela antes estudava, mas isso significava que ela teria que passar por muitas aulas novas, conhecer pessoas novas e tudo novo... de novo. Para complicar um pouco mais, a república em que ela moraria na faculdade a recusou, após o que aconteceu com ela, e ela não tinha nem mesmo um lugar para morar. Por sortem ou não, o irmão mais velho dela havia acabado de se formar na mesma faculdade e era quase que uma lenda do esporte por lá. Ele tinha muitos contatos, inclusive alguns dos quais Summer queria manter distância.


"Uma mulher não é definida por quem namora, mas por 

suas conquistas (...)" - Página 8 (Tradução Livre)


Fitz era um atleta fora dos padrões da faculdade. Ele gostava de jogar, de verdade, mas era um grande nerd na verdade e seu maior sonho era longe do gelo. Ele queria e sabia muito bem programar vídeo games fantásticos. Além disso tudo, ele era também o tormento dos sonhos de Summer. Desde que ela havia conhecido ele, alguns meses antes da mudança, ela se sentia muito atraída por todo aquele mistério e charme em forma de atleta, mas por conta de um grande desentendimento durante uma festa de ano novo, ela acredita que não teria chance alguma com ele. O que nenhum dos dois imaginava, era que o irmão de Summer havia resolvido o problema de falta de um lar para ela... ela iria morar na antiga república de faculdade dele. Que por um acaso, não tão acaso assim, era exatamente o mesmo lugar em que Fitz morava.


"(...) Você quer um cara que grita de cima de um prédio 

o quão sortudo ele é por ter você." - Página 207 (Tradução Livre)


Ok, podemos começar falando que Summer é simplesmente uma personagem fantástica. Ela me surpreendeu demais durante todo o livro e muitas vezes me vi pensando coisas como "é isso aí, garota". O livro é altamente feminista e eu queria abraçá-lo por isso, mas não é nada forçado ou simplesmente querendo aparecer em cima de uma causa. É algo natural, afinal, estamos falando de personagens fortes e mulheres incríveis aqui. Ué, mas Izabela, se é tão fantástico assim, como que só ficou com três estrelas? Simples. Vocês só me viram elogiando a Summer ali. Fitz é um personagem que, por mim, nem existiria no livro. Sério, zero química com esse casal e eu passei mais da metade do livro torcendo contra eles (hehe). O menino é enrolado demais, obtuso demais e não sabe se comunicar. Guardem isso para vida: comunicação é a chave da vida.


Toda a vida acadêmica de Summer (que lida com um transtorno do déficit de atenção) é muito mais legal do que todo o drama e enrolação do Fitz. Chegou na metade do livro e eu já estava torcendo para a personagem principal acabar solteira ou, simplesmente, se apaixonar por qualquer outra pessoa. Claro, no final do livro (bem final mesmo) as coisas foram se resolvendo e eles ficaram fofos juntos (blá blá blá), mas isso demorou quase trezentas páginas e... sem tempo para isso. 

Como comentei, o livro trata de alguns assuntos mais sérios, como abuso. No caso, o abuso é físico, psicológico e de poder. Ou seja, aviso de gatilho. Não é spoiler, pois está na sinopse (pelo menos na em inglês) que o caso é com um dos professores, ou seja, fica aqui o detalhe do que pode ser gatilho para alguém. No mais, é um livro muito bom se ignoramos a existência de Fitz. Fiquei curiosa para ler o resto, mas só vou ler se achar alguma promoção no kindle, não pretendo comprar físico como fiz com a outra série da autora. Um bônus legal é que não tem draminha forçado para separar o casal principal... mas isso só porque eles enrolaram tanto para dar certo que nem daria tempo (hahahahelp). Para quem quiser, temos o vlog de leitura desse livro no canal.


The Chase (Briar U #1)
Autora: Elle Kennedy
Editora: Amazon Kindle
Páginas: 378
Skoob do Livro.
Meu Skoob.

sexta-feira, 10 de julho de 2020

Na Estante: O Desejo Secreto do Coração


E depois de alguns anos (é isso mesmo, produção?) aqui estamos nós de novo com mais um livro da série Batidas Perdidas, da Bianca Briones. O livro, que não faz mais parte da mesma editora dos anteriores, está disponível em forma física, mas também está em ebook na amazon e, inclusive, está pelo unlimited. Eu já li toda a série, e tem vídeo no canal sobre ela, e eu já sabia que podia esperar uma história com uma carga emocional muito forte, mas esse aqui foi um pouco além. Estou avisando desde o começo da resenha, pois o livro não faz isso... e eu acho que devia (tem por cima na sinopse, mas não é todo mundo que lê sinopse antes de ler um livro, tipo eu). O livro trata sobre relacionamento abusivo e toca em temas como violência doméstica e estupro. Ou seja, na minha pequena opinião, deveria ter um aviso no começo. Isso não daria spoilers, mas evitaria que algumas pessoas não se sentissem bem durante a leitura. Eu que nunca passei por nada disso me senti bem mal no final da leitura, estranha mesmo. Isso quer dizer que é um livro ruim? Muito pelo contrário, o livro, como sempre, é muito bem escrito, devorável, com uma história que te prende e, por tudo isso, ele ficou com cinco estrelas. Não ache que por ele conter o que eu avise ali em cima ele é só sobre isso. Ele é sobre a vida da personagem principal e como isso tudo a afetou e afeta milhares de mulheres no mundo todo. Mas isso tudo em um ambiente relativamente leve e rodeada de personagens que já conhecemos bem (da série) que são divertidos e leves. Nem preciso falar que é um livro com conteúdo adulto, né? Mas vou falar de novo: O livro toca em assuntos delicados. Leia com cuidado.

Fernanda se casou muito nova logo após descobrir que estava grávida. Ela estava apaixonada e acreditava ter achado alguém que nunca a abandonaria, afinal, ela já tinha perdido muitas pessoas que confiava. Com o passar do tempo, o sonho vai se transformando em pesadelo quando ela vai descobrindo quem seu marido é na verdade. Um homem controlador, machista e abusivo que não a deixa viver sua própria vida e a afasta de tudo e todos que poderiam perceber que algo estava errado. Com medo de perder a única pessoa que ela acreditava que não a abandonaria, ela aprendeu a fingir para o mundo que estava bem, mesmo quando estava vivendo seu inferno pessoal.

Lucas perdeu toda a sua família, mas encontrou forças para seguir em frente e lutar pelo que ama e acredita, seu trabalho. Ele conseguiu um emprego na agência do avô de Fernanda e dava sempre seu melhor, sempre disposto a se desdobrar para ajudar o dono do lugar, que o considerava da família já. Exatamente por isso ele nem pensa duas vezes quando o chefe o pede para trabalhar em um projeto especial e social com sua neta. Uma amizade começa a surgir quando os dois passam os dias juntos e, delicado como é, Lucas começa a perceber que tem algo na vida de Fernanda que não é bem como ela conta. O que ele nem imaginava é que a história era ainda mais complicada do que parecia e que o marido de Fernanda não estava nem um pouco disposto a perder sua esposa e tudo que ele comandava com isso.

Lucas é um personagem doce e cativante, assim como muitos dos já criados pela autora. Ele é quem dá a leveza dessa história que tanto precisa de alguns momentos leves para conseguir seguir em uma balança. Fernanda é uma personagem absurdamente bem escrita e você consegue sentir o medo e as angustias dela a cada linha que lê (e é aí que mora o perigo que avisei). Vale comentar, também, que é sempre bom rever os personagens queridos dos outros livros, mas que me confundi várias vezes com quem era quem... quem namorava quem... quem era parente de quem. Por sorte, a autora colocou uma tabela informando os detalhes disso no começo do livro. O problema? Pelo kindle ficava ruim ficar indo e voltando toda vez que eu esquecia quem era algum dos personagens. Acredito que com o livro físico isso seja mais fácil.

Se você ainda não leu a série, indico muito a leitura de todos que vieram antes desse para, depois, começar essa leitura. Em tese, você não precisa ler um para entender outro, mas esse (em especial) acredito que vai confundir muito quem ler sem ter lido os outros. O que me lembra, esse é o livro mais curto da série. Claro, tem contos que são menores, mas dos livros mesmo esse é o menor e, de começo achei que seria um ponto negativo, mas dada a carga emocional que ele carrega eu achei que ele, no final, tem o tamanho perfeito para o que ele conta. No mais, vale a pena a leitura, mas tenha em mente que não será uma leitura leve... mas sim uma necessária.

Acabei de perceber que tem seis anos que li o primeiro livro da série... tô ficando velha.

O Desejo Secreto do Coração
Autora: Bianca Briones
Editora: Amazon
Páginas: 294
Skoob do Livro.
Meu Skoob.

terça-feira, 23 de junho de 2020

Na Estante: O Silêncio das Águas


Vou ser bem sincera, eu nem lembrava que esse livro existia. Eu até li os dois primeiros dessa série de elementos, e você ler as resenhas aqui, mas como não viraram meus favoritos, acabei não focando muito no fato de que ainda tinha outros dois livros. A série é completamente independente e nem mesmo se passa num mesmo "universo" de personagens, ou seja, você pode ler na ordem que quiser e quais quiser (o que é mara). A coisa em comum entre os livros são os elementos (ar, fogo, água e terra). Quando li os outros livros já citados, eu adorei e sou muito fã da escrita maravilhosa da autora, mas eu acho que a autora entrega muito da história nos detalhes o que, algumas vezes, chega a dar preguiça de ler... mas isso definitivamente não aconteceu (tanto) nesse livro. Aconteceu? Sim e vou falar melhor sobre isso logo mais, mas em comparação aos outros é nada. Além disso, essa história ficou com cinco estrelas fáceis. O livro é mega devorável, cativante e eu estou até mesmo com saudade dos personagens (e olha que só li tem dois dias). Para vocês entenderem, esse livro empatou com outro da mesma autora, o Sr. Daniels. Ou seja, acho que dá para entender o quão bom é. Agora vamos para os detalhes, não é? Quase, antes eu acho válido lembrar que estamos falando de um livro para maiores (de dezesseis no mínimo) e que ele aborda alguns temas complicados com traumas. Ok, agora sim vamos lá.

Maggie May presenciou uma cena horrível, quando mais nova, que a marcou tanto que ela não conseguia mais falar. Ela ainda tinha voz, mas ela simplesmente não conseguia juntar coragem para falar depois de tudo que tinha vivido naquele dia. Os anos passaram e a única coisa constante em sua vida era sua amizade (meio apaixonada) com o melhor amigo de seu irmão, Brooks. Eles estavam juntos desde sempre e ela sabia que poderia sempre contar com ele e confiar. Ao longo dos anos, a família tentou vários tratamentos possíveis para lidar com o trauma de Maggie para ver se sua voz voltava ou se, até mesmo, ela juntava coragem para sair de casa, mas nada funcionava e, de fato, ninguém sabia realmente o que tinha acontecido com ela uma vez que ela não falava sobre isso (literalmente). Desde então, ela via o mundo através do livros que lia e conhecia cada coisa que acontecia no mundo pelos personagens. 

O que acontece é que com o passar dos anos, Maggie e Brooks vão vendo que a amizade deles é de fato muito mais forte do que imaginavam e que, na verdade, o que sentiam um pelo outro ia muito além disso. O problema é que ele tinha um mundo de sonhos que estavam começando a virar realidade pela frente enquanto que ela continuava presa em casa. Não seria justo segurá-lo ali. Mas é claro que o destino havia preparado algo para a história deles que mudaria o rumo de tudo. A vida dos dois seria mudada e muita coisa seria colocada em prova. Um precisaria do outro mais do que se é possível imaginar e a amizade (e o amor!) pode mudar o rumo de tudo.

Eu não tenho palavras ainda para descrever essa leitura. Sério. É incrível como você consegue sentir o mesmo que os personagens estão sentindo e como a história da Maggie balança não só a vida dela, mas a de quem está lendo também. Como comentei no começo, os livros da autora costumam ser bem previsíveis, mas até que nesse livro muita coisa (mesmo) me surpreendeu. Apenas um detalhe da história eu adivinhei desde cedo (e pelo que vi, não foi só eu... uma amiga minha leu também e percebeu a mesma coisa), mas isso não chegou a atrapalhar a leitura. Outra coisa digna de comentário, e que eu falo toda santa vez que falo dessa autora, é sobre o dom que ela tem para escrever personagens secundários. É surreal como a Brittainy escreve bem os personagens extras de suas histórias e como eles roubam a cena, de uma forma boa, quando aparecem. Isso acaba dando uma leveza necessária na história. Enfim, indico mil vezes essa leitura, mas tenha em mente que ela não é leve. A história em si tem um quê de drama estilo Colleen Hoover, mas vale muito a pena... de verdade. Ah! E eu li o livro pelo Kindle Unlimited! Sucesso.

O Silêncio das Águas
Autora: Brittainy C. Cherry
Editora: Record
Páginas: 364
Skoob do Livro.
Meu Skoob.

sábado, 20 de junho de 2020

Na Estante: Raio de Sol


Pensa num livro que eu enrolei para ler. Faz um bom tempo que esse é um dos livros favoritos de uma das minhas melhores amigas (ela tem até mesmo tatuagem dele!) e mesmo assim eu enrolava. E aí eu ganhei um kindle novo (de uma outra amiga que também é maravilhosa) e ele estava lá no unlimited e eu pensei: está na hora de ler. Sim! Ele foi a estreia do meu kindle novo e isso, por si só, já é bem legal. Mas calma lá que eu passei por uma senhora montanha-russa de emoções lendo esse livro e é claro que vou compartilhar isso com vocês. A história, de certa forma, é bem leve e devorável, mas tem um final de que pode quebrar seu coração em mil pedacinhos (estou avisando isso, pois gostaria que alguém tivesse me avisado... não é mesmo dona Bruna). A escrita da autora também é ótima e todos os personagens conseguem um lugar em nosso coração durante a leitura. E é aí que vem o choque. E deu quatro estrelas mesmo assim. Oi? Como? A culpa é do final e eu vou explicar melhor (mas sem spoilers). Então... vamos lá.

Faça épico, é isso que Kate gosta de levar como meta de vida. Uma espécie de Poliana moderna (jogo do contente!), é assim que ela leva a vida. Mesmo tendo passado por muitas coisas bem complicadas, ela sempre tenta ver o lado bom de tudo e seguir da maneira mais leve possível. Exatamente por isso que seu melhor amigo de uma vida toda, Gus, a chama de Raio de Sol. Mesmo estando bem na Califórnia, depois de passar por mais algumas provações da vida ela decide que precisa mudar de estado, indo para Minnesota, e fazer faculdade. O que ela não esperava, era encontrar novos amigos maravilhosos por lá e como que isso ia deixar a vida dela ainda mais feliz. É assim que ela conhece Keller. Um universitário que trabalha na cafeteria perto do campus que divide com Kate muitas coisas. O gosto por músicas boas, alguns amigos em comum e alguns segredos do passado também.

É o seguinte. Os personagens secundários desse livro roubam a cena sempre que aparecem e eu adoro quando isso acontece e é de uma forma bem escrita. Além disso, a relação do Keller e da Kate e amizade dela com o Gus e todos os outros personagens fez meu coração ficar quentinho. Mas quando terminei o livro eu estava com tanta raiva do final que, de birra, tirei uma estrela do livro. Essa é a verdade. É um livro real, meio que para nos lembrar que nem tudo são flores na vida, mas que a forma como vemos isso é o que de fato nos define. Mas o que me irritou mais (olha a revolta ainda presente aqui) é que o livro é tão leve, divertido e do nada, boom, temos o final dele que eu, obviamente, não vou falar o que acontece. Para quem gosta de new adults que são verdadeiros e muito devoráveis, eu super indico o livro mas já aviso, prepare seu coração para o final dele.

É importante lembrar, também, que o livro trata de assuntos bem sérios que podem ser gatilho para muita gente. Bulimia, assédio, homofobia... Enfim, a lista vai crescendo e, por sorte, nada é tratado de forma irresponsável. Muito pelo contrário, como eu disse, o livro mostra a realidade. Mas é sempre bom avisar, não é? Em resumo, é uma história que tenta nos lembrar a importância de viver o agora sem se preocupar tanto com o amanhã, afinal, nunca sabemos o que pode acontecer. Por isso, faça épico.

Raio de Sol
Autora: Kim Holdem
Editora: Planeta 
Páginas: 448
Skoob do Livro.
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segunda-feira, 1 de junho de 2020

Na Estante: Ao Gosto do Chef


Já faz um bom tempo que tenho vontade de ler esse conto (que eu nem sabia que era um conto, na verdade, eu achava que era um romance), mas sempre ficava enrolando. Já li algumas coisas da autora e, de forma geral, gostei muito. Estava dando uma olhada na amazon (e tenho tudo isso documentando em um vídeo lá no canal) e acabei achando ele lá no unlimited, por isso, resolvi que era a hora de dar uma chance. Além disso, tenho lido só livro com mais de 400 páginas e queria algo mais curto. Não vou mentir, a ideia do conto é boa, mas eu achei que não deu muito certo no conjunto da obra. Como comentei, gosto da autora e da escrita dela, mas, infelizmente, esse conto não rolou. É claro que vou explicar meus motivos nos detalhes, mas posso adiantar que ele ficou com duas estrelas (eu estava em dúvida entre duas e três... mas se a dúvida surgiu, é porque claramente era dois na minha cabeça).

Fernanda é uma pessoa completamente viciada no trabalho. Ela herdou uma grande rede de lojas e tem como meta de vida mater a qualidade da empresa, nem que para isso ela mesma seja deixada de lado. O problema, é que é claro que a saúde dela estava sendo afetada nessa história e que ela não estava se alimentando direito. O médico da empresa e sua secredtária, que também é sua melhor amiga, percebem que precisam agir logo antes que ela fique realmente mal. Como resolver isso? Contratando um chefe pessoal, é claro. João é um chef formado na europa que está passando por seus próprios problemas pessoais, mas que precisa muito do emprego. Ele aceita, mesmo sem nunca ter de fato trabalhado apenas para uma pessoa, sem nem imaginar os rumos que tudo isso poderia tomar. É claro que a história se enrola e esquenta... e não só por estar perto do fogão (senhor, que trocadilho ruim... me desculpem). 

Ok, vamos para meu primeiro comentário: Se ela está com problemas de saúde por conta de alimentação ela deve procurar um especialista (médico!) e não um chef particular. Eu entendo que é um livro e que a trama precisava dos dois se encontrando, mas achei irresponsável a resolução ser um personal chef e não um nutricionista ou endocrino. Que colocasse uma ida ao especialista indicando a resolução correta e o personal chef... mas não só isso. Respira fundo (lembrete para mim mesma). Ok, além disso, no começo eu estava achando a história fofinha e clichê. Você consegue ver o desenrolar da história assim que entende que a amiga da personagem principal meio que já queria juntar os dois (e isso não é spoiler), mas aí tudo que acontece rápido demais sabe? Eu sei que é um conto, mas não justifica. Achei a relação dos personagens principais sem sal (o que é meio irônico com o título da história). Eu juro que tentei gostar, mas, infelizmente, não rolou. Se quiser dar uma chance para os livros da autora, se joga! Adoro Simplesmente Ana e super indico, mas não rolou pro conto.

Ao Gosto do Chef
Autora: Marina Carvalho
Editora: Amazon
Páginas: 112
Skoob do Livro.
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quinta-feira, 28 de maio de 2020

Na Estante: Verdade, Desafio e Uma Pergunta


Tive a honra de ser uma das beta readers desse delicioso conto e agora estou aqui para contar um pouco mais sobre ele para vocês. A Mari, a autora, é uma das minhas melhores amigas e fiquei muito animada quando ela me disse que estava escrevendo essa história. É um conto leve, divertido, clichê na medida certa e que vai te deixar com aquele gostinho de quero mais. Exatamente por isso, a história ficou com cinco estrelas. Por ser um conto, não posso falar muito sobre a história, mas vou contar um pouquinho do que acontece e o que achei de tudo que li.

Giovana estava em casa sem ter muito o que fazer, uma vez que seu prédio estava sem energia elétrica. O verdadeiro drama de um jovem no século em que vivemos. Para animar as coisas, seus amigos, que moram no mesmo prédio de universitários, resolvem se juntar em um dos apartamentos para fazer uma festa com o que tinham disponível no momento. Tudo com a ajuda de velas e lanternas de celular, é claro. O que Giovana não imaginava, era que o seu podcaster favorito, que também era o crush dela, estaria entre os convidados. Entre alguns copos de bebida, muitas risadas e algumas brincadeiras, eles acabam no clássico de muitas festas no nosso país. Verdade ou desafio?

Não posso contar muito mais que isso, caso contrário eu estragaria toda a graça (hehe). Mas os personagens são muito bem escritos e os secundário também têm seu destaque e eu adoro isso. Inclusive, tem uma personagem muito legal (e maravilhosa) com o meu nome! O que mais gostei da história, é o qual real ela é. E, mais que isso, ela faz parte da nossa realidade de universitários brasileiros. Já passei da fase (meu Deus, estou velha), mas a leitura me levou de volta para vários momentos da minha vida universitária e eu amei isso. Vale muito a pena a leitura e, para completar, ele está no kindle unlimited. Se joga!

Verdade, Desafio e Uma Pergunta
Autora: Mari Zillo
Editora: Amazon
Páginas: 31
Skoob do Livro.
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quarta-feira, 22 de abril de 2020

Na Estante: Amizades, Cacatuas e Outras Coisas Fora de Controle


Essa leitura foi uma indicação da minha amiga, Mari (obrigada!), que achou o livro pelo Kindle e adorou. Ela falou tanto sobre, que acabei baixando também, pelo Unlimited, e cá estou eu comentando sobre essa história que ficou com cinco estrelas e é uma delicinha de leitura. Um livro no estilo que gosto e que, inclusive, já escrevi. Esse livro, de certa forma, me lembrou muito o meu primeiro conto, A Noite das Garotas. Uma história que foca, principalmente, na amizade e em como ela é importante. Existem outras coisas acontecendo? Sim! Mas o tchan mesmo do livro é a relação entre as duas personagens principais e eu amei isso. Além do que, o livro aborda temas muito importantes e relevantes e, inclusive, dois deles são coisas que vivo diariamente. Na história, falamos sobre racismo, machismo, ansiedade e gordofobia. As duas últimas citadas, fazem parte da minha realidade. É raro achar livros que trata sobre ser gorda (e não gordinha, no diminutivo). E aqui temos um ótimo exemplo de como o assunto pode ser tratado de uma boa forma. Na real, todos os assuntos abordados foram bem tratos e bem escritos. Agora vamos focar na história, não é mesmo.

Antônia e Helena eram melhores amigas de uma vida inteira. Uma completava a outra e, muitas pessoas, até viam as duas como uma coisa só. Estavam sempre juntas e se apoiavam também... até que alguma coisa aconteceu e as duas se afastaram. Ninguém sabia ao certo o que de tão grave havia acontecido com a amizade das duas, mas era sabido que elas não se falavam mais e isso, de certa forma, estava afetando a vida de várias pessoas. Antônia nunca se deu muito bem com literatura e, exatamente por isso, precisa fazer um trabalho para garantir sua nota final. Trabalho esse, que seria em dupla e ela não tinha nem ao menos tido a chance de escolher alguém, a própria professora já tinha resolvido tudo... e como uma piada do destino, é claro que sua dupla seria Helena. Sua ex-melhor amiga que era apaixonada por livros e que poderia, facilmente, ajudá-la a sair daquele caos de nota.

Mas é claro que não vai ser simples. As duas estão há meses sem se falar e agora teriam que se encontrar, várias vezes, e ainda trabalhar juntas em um trabalho. Seria o caos! Para complicar tudo ainda mais, Helena estava aprendendo a lidar com sua recem descoberta ansiedade e como aquilo era a resposta para tantas coisas que ela vivia e não sabia controlar. Os amigos em comum das duas veem ali uma oportunidade de tudo voltar ao normal, mas nenhuma quer facilitar ali e, para complicar ainda mais, ainda tem aquela maldita cacatua entre elas. O animal, que é completamente doido, é da mãe de um doa amigos delas e acaba fugindo muitas vezes de casa e fica doido. Então, entre tentar remendar uma amizade, escrever um trabalho, tentar não pirar e ainda cuidar de uma cacatua louca, elas têm muitas coisas para resolverem.

A cacatua é a verdadeira personagem principal da história. Ok, brincadeiras a parte, o bicho ajudou a deixar toda a história mais leve e me divertiu bastante enquanto eu lia. Como comentei ali em cima, o livro trata de assuntos delicados, mas que precisam ser falados. Além disso, tudo foi de forma natural, nada forçado. Tipo, vou falar que ela é gorda aqui e ali e lembrar que a outra é negra uma hora ou outra só para parecer que está tendo representatividade. Normalmente, acaba sendo assim, mas não nesse caso (ufa!). Os personagens secundários roubam a cena quando aparecem, mas sem tirar o brilho das personagens principais, o que é muito bom. É uma história rápido e bem gostosinha de ler. Por isso, indico de verdade a leitura.

Amizades, Cacatuas e Outras Coisas Fora de Controle
Autora: Mareska Cruz
Editora: Página 7
Páginas: 142
Skoob do Livro.
Meu Skoob.

quinta-feira, 16 de abril de 2020

Na Estante: Tinderela e o Coração de Cristal - Volume 1


Eu estava com muita saudades da escrita da Bianca Briones e, para falar a verdade, estava de olho nesse conto lá na amazon fazia tempo. O nome foi o que mais me chamou atenção e despertou minha curiosidade, pois assim como a personagem principal, estou solteira e já me aventurei pelo tinder (rendendo histórias hilárias, mas nenhuma de amor). O conto é, de fato, uma leitura bem rápida e gostosa, mas alguns pontos nele me fizeram tirar uma estrela e, por isso, o conto ficou com quatro estrelas no total. Mas é claro que irei contar tudo isso em detalhes para vocês. Outra coisa que me chamou atenção, é que achei a escrita da Bianca bem diferente aqui. Já li toda a série Batidas Perdidas (e tem vídeo sobre isso no canal) e também já li um livro solo dela, o Como Se Fosse Magia (que tem resenha aqui no blog). Só que esse conto em questão, Tinderela, achei que não se encaixava muito com os outos da autora (falando de forma de escrita!). Isso não é algo ruim, só comentei pois foi algo que fiquei pensando enquato lia. Ok, já falei demais aqui. Vamos focar no conto.

Beatriz está na casa dos trinta anos e acredita que tem toda a sua vida resolvida. Um emprego dos sonhos, em que escreve sobre a vida em textos curtos que fazem muito sucesso na internet, e também um namorado de anos e anos que, bom, eles estão juntos e isso é o que importa, não é? Espera. O que significa de verdade dar um tempo. Acredito que os fãs da série friends consigas passar horas descobrindo (ou não) se dar um tempo é uma versão mais leve de contar que, na verdade, vocês não estão mais juntos. E bia descobre isso da pior maneira possível. Para ela, eles estavam apenas dando uma pausa na relação, mas logo se entenderiam de novo e seguiriam com vida. Para ele, a vida já estava seguindo, mas com outra. E é claro que toda a internet precisava saber disso.

Bia entra em pane. Isso não podia estar acontecendo. Eles tinham muitos anos de história juntos e ele estava acabando tudo de vez sem ao menos falar com ela. Ela não estava mais presente nem em sua própria história. Será que ela tinha mesmo uma história para viver? E é no meio desse caos existencial que os melhores amigos de Bia resolvem que ela precisa urgente de um tratamento de choque. Uma conta no Tinder, é claro. O app mais famoso de relacionamentos provavelmente seria a única solução para juntas os mil pedacinhos do coração dela. Mas será? Relações rápidas, matches para todos os lados e cantadas baratas não pareciam de fato uma solução... mas era um começo.

Ok, mas agora vamos falar dos tais motivos que me fizeram tirar a estrelinha. O primeiro fator, foram as passagens de tempo do conto. Tudo foi acontecendo muito rápido e sem muitas coisas indicando que o tempo estava passando e isso me deixou um pouco confusa em alguns momentos. Eu ficava tipo: "Ué, mas ela não estava ali? Como que agora ela está aqui? Ah sim, já se passaram alguns dias". Isso atrapalha a leitura? Depende. Para mim, atrapalhou um pouco e precisei reler alguns trechos para me localizar no tempo da história. O segundo fator, é que achei o livro com cara de auto-ajuda. O que para algumas pessoas, pode ser maravilhoso. Mas eu tenho uma leve preguiça. Mas vou me explicar. Acho fantástico livros (filmes e séries) que mostram como podemos ser melhores e, mais que isso, como devemos nos amar sempre. MAS tudo tem um certo limite antes que vire auto-ajuda e texto motivacional (e é aí que entra minha preguiça). Mas isso tudo é relativo, para quem gosta, é um prato cheio.

Agora vou comentar coisas que não me fizeram tirar estrelas, mas que me fizeram pensar. O livro, faz parte de uma série de contos (doze no total) que narrariam a história de Bia durante o ano de 2019. Mas é aí que está. Só existem dois contos dessa série na amazon. Eu sei que a autora tem os problemas pessoais dela e espero, de coração mesmo, que ela esteja bem... mas fiquei meio desanimada quando percebi que a história estaria sem final. O conto é legal (mesmo), mas termina sem final, porque teriam as continuações e aí fiquei com preguiça de pensar em ler o próximo, afinal, ele ficaria sem final mesmo já que ainda não temos os outros. Se a autora voltar a lançar os contos, volto a ler. Segundo ponto, mas que aí é besteira minha (real e oficial). Não sei vocês, mas toda vez que vejo uma nova versão da história da Cinderella fico esperando alguns clichês. Coisas que já vimos em várias outras adaptações no cinema e em livros também (como Geekerela e Cinderela Pop). A madrasta e as irmãs (e suas devidas variações), um baile, a fada madrinha e por aí vai. Já conhecemos essa história. Mas aqui temos uma família completa... que é maluca, mas é completa. E como é apenas o primeiro conto, não temos os outros clichês e (como disse, bobeira minha) eu meio que estava esperando algo a mais da princesa na história... meio que pelo o título, sabe.

Mas é isso, porque já escrevi demais para o tamanho desse conto, rs. Adoro a escrita da Bianca e, para quem está com tempo sobrando aí, é uma leitura leve e gostosa. Dá para aproveitar porque, enquanto escrevo essa resenha, o conto está de graça na amazon e, normalmente, ele faz parte do Unlimited. Se joga.

Tinderela e o Coração de Cristal - Volume 1
Autora: Bianca Briones
Editora: Amazon
Páginas: 55
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sábado, 4 de abril de 2020

Na Estante: The Deal (O Acordo)


Não se deixe enganar pela capa do livro (a capa da versão brasileira é bem melhor). Eu quase me deixei e poderia ter perdido uma leitura muito boa. Eu amo livros clichês e nunca escondi de ninguém que sou louca por new adults, mas tem hora que o exagero e apelo nas capas e títulos me cansam um pouco. E não, não estou tentando ser puritana e/ou tentando esconder o fato de que sim, esses livros tem um pezinho lá no erótico (muitas vezes, até os dois pés mesmo). É só porque passei um bom tempo tentando achar livros bons no kindle essa semana e foram muitas listas que não me chamaram a atenção. No final, percebi que estou bem chata. Na verdade, estou insuportável. Desde que comecei a pensar um pouco mais sobre a série de problemas que encontramos em muitos livros (e eu falei melhor sobre isso em um vídeo) eu fico sempre esperando não gostar do clichê (que tanto amo!). Em resumo, esse livro apareceu em muitas das listas que olhei no goodreads e, além disso, uma amiga me indicou e, para completar o pacote, ele estava de graça na amazon (em inglês). Ou seja, ele estava lá e eu também e pouco menos de um dia depois cá estou eu escrevendo a resenha dele que ficou com cinco estrelas no final das contas. Menos blá-blá-blá e mais resenha, eu sei. Então vamos lá e vocês já conhecem meu esquema. Vou contar um pouco da história e, depois, conto mais da minha pequena e humilde opinião sobre ela.

Hannah já passou por muitos traumas em sua vida, mas nunca usou disso para se passar de coitadinha ou para receber mais atenção. Muito pelo contrário, a estudante de música luta diariamente para ir contra o que seria esperado e, dentro do possível, consegue controlar muito bem suas emoções e o caos que é a cabeça dela. Ela estava muito preocupada com uma apresentação da faculdade que poderia lhe render uma bolsa extra de estudos e, com isso, quase não restava tempo para pensar em muitas coisas. O que ela não esperava, era que o novo aluno da faculdade, transferido de outro estado, chamaria tanto a sua atenção. Justin parecia ser tão diferente e, além disso, era tão lindo. Era inteligente também e sempre se mostrava um cara legal. Pelo menos isso era o que Hannah imaginava, uma vez que nunca nem sequer havia trocado um cumprimento sequer com ele. Ela precisava de um plano de ação, alguma coisa que fizesse Justin ao menos olhar para ela. O que ela não imaginava era que o plano viria em forma de jogador de hóquei. 

Garrett estava zero interessado em brincar de cupido, mas, ao mesmo tempo, ele precisava desesperadamente da ajuda de Hannah para conseguir passar nas provas de uma matéria. Além disso, se suas notas não melhorassem, ele não poderia mais jogar e isso, para ele, seria o fim. No geral, ele ia muito bem nos estudos e aquela matéria era a única que ele não estava conseguindo ir bem e, por sorte, Hannah havia conquistado a melhor nota da turma. Ele só precisava fazer um acordo com ela. Ela o ajudaria a estudar para a prova e ele a ajudaria a chamar a atenção de Justin. Mas é claro que a vida não segue simples assim, afinal, com o tempo que os dois passam junto começam a se conhecer melhor e o foco principal da história acaba ficando em segundo plano quando eles percebem que pode ter algo mais ali.

Vamos começar com os pontos positivos? Sim! A leitura é relativamente leve, por mais que o livro aborde temas pesados em muitos momentos (alerta de gatilho para estupro e violência doméstica). E é aí que entra um dos meus primeiros elogios ao livro, ele não passa pano para atitudes machistas e problemáticas, inclusive, ele muito sutilmente até mesmo zoa alguns desses pontos o que achei bem fantástico enquanto estava lendo. É perfeito? Não. Infelizmente não foi dessa vez, mas se compararmos com outros livros, esse se superou demais em como abordar, de forma saudável, a relação dos personagens principais e todas as outras relações que eram citadas. Garrett respeita muito a Hannah e não colocado isso de forma forçada para parecer legal, não, é uma relação de fato com muito respeito e que dá gosto de ler e acompanhar. Sobre o alerta que dei ali em cima, não vou dar spoilers, mas é algo muito citado no livro todo. Poderia ter sido abordado de forma melhor? Sempre. Mas acho que como um simples romance clichê, o livro faz mais que bem o papel dele.

Sobre pontos negativos, na verdade, só tenho um comentário. Achei que quando o livro chegou na metade enrolou muito. Acho que uns 15% da história poderiam não estar ali que não fariam falta e deixariam o livro mais leve e gostoso de ler. Isso atrapalhou minha leitura? Sim e não. Quando isso começou a acontecer já estava de noite e eu coloquei o kindle de lado e fui dormir, terminando a leitura só pela manhã. Se não tivesse enrolando tanto, eu provavelmente teria continuado a leitura e terminado logo. Mas isso atrapalha tudo? Não. Tanto que o livro continuou com cinco estrelas.

No geral, é um livro muito bom para quem, assim como eu, ama clichês e new adults raiz de qualidade. Já vi que a autora tem mais livros, inclusive mais alguns que se passam no mesmo universo desse e estou bem curiosa para conhecer mais da escrita dela. Não vá esperando um livrinho leve, afinal, expliquei bem que ele aborda temas bem delicados e que, de verdade, não são leves de ler. Indico também para quem curte livros que se passam na universidade, porque ele tem um ar bem gostoso de universitário. 

The Deal (o Acordo)
Autora: Elle Kennedy
Editora: Createspace Publishing
Páginas: 357
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sexta-feira, 3 de abril de 2020

Na Estante: Conto de Fadas Rock'n Roll - O Vocalista


Vocês não imaginam a saudade que eu estava de escrever resenhas, afinal, as últimas que liberei foram todas em vídeo. E, bom, vocês me conhecem. Sabem o quanto que eu amo escrever e, sobre esse livro, tenho muitas coisas para falar. Eu estava com expectativas bem altas para a leitura, uma vez que muita gente me indicou essa autora e, mais que isso, muita gente me indicou esse livro em específico. Agora que sou uma pessoa muito chique com o Kindle Unlimited quis aproveitar ao máximo e ler mais ebooks (tanto que dos últimos que li, apenas um era livro físico). Como esse livro faz parte do pacote Unlimited fui sem medo de ser feliz... e quebrei um pouco a cara nessa brincadeira. Eu simplesmente detesto não gostar de um livro, ainda mais quando é de autor independente, porque eu sei o quão difícil é publicar e receber críticas, mas realmente teve muita coisa na leitura que me deixou um pouco incomodada e, por isso, a leitura acabou ficando com apenas duas estrelas (e isso me dói demais, de verdade). A escrita é gostosinha na maior parte do tempo, a história em si é bem legal e, de fato, tinha toda a receita que normalmente amo (e que inclusive um dos meus livros publicados, On Stage, segue uma linha parecida) com pessoas famosas e uma bailarina (que só cita isso umas duas vezes), mas mesmo assim não rolou. Como sempre, vou contar um pouco da história para vocês e depois conto mais o que me levou a dar essas benditas duas estrelas.

Nicole Black estava vivendo um dia caótico em que tudo estava dando errado. Ela estava indo realizar um grande sonho, assistir ao show de sua banda preferida, mas a lei de Murphy estava definitivamente contra ela. Depois de se atrasar e tentar cortar caminho, ela acaba sendo atropelada pelo motorista da banda e, com isso, a vida dela muda por completo em (literalmente) questão de segundos. Dentro do carro estava seu amor platônico de uma vida toda, o vocalista da banda, Malcolm Black. Ela acaba precisando de atendimento médico, por mais que estivesse relativamente bem, e o motorista da banda acaba levando-a para resolver isso. Ao voltar da ida rápida ao hospital tudo começou a acontecer (literalmente) muito rápido. Ela é logo colocada no camarim da banda como um pedido de desculpas pelo ocorrido e, com isso, ela conhece todos os integrantes que vão logo com a cara dela e é assim que, em questão de minutos, ela resolve alguns problemas de imagem deles e é contratada para trabalhar com a banda.

Já no dia seguinte, todos embarcam de volta para Califórnia, estado sede da banda, e Nicole vai junto, afinal, já estava trabalhando com eles. Por não ter onde ficar, a banda toda oferece para ela um quarto na casa do sexy e rabugento Malcolm, afinal, todos perceberam como eles trocaram faíscas e estavam atraídos um pelo outro desde que se conheceram (um dia antes). A relação deles vai ficando cada vez mais complicada, uma vez que um não entende o que o outro sente de verdade e, para complicar ainda mais, existe uma cláusula no contrato que ela assinou a proibindo de ter relações com os integrantes da banda. Com o andar da história, vamos acompanhando o desenrolar da história de amor dos dois e de como ela vai lidando com a fama repentina que surgiu com tudo isso.

Ok, vamos por partes. A primeira coisa que me deixou um pouco incomodada com esse livro é o tanto de coisas que não encaixam na realidade da história. Coisas que são muito bobas, mas que me tiravam da história e atrapalhavam a leitura. Detalhes esses que não são comuns nos Estados Unidos, mas que ali eram colocados como se a história acontecesse no Brasil. Coisas bobas mesmo, tipo pão de queijo sendo vendido numa parada de ônibus no interior do estado de New York. Ou a personagem principal falando que queria ouvir axé, mas sem contextualizar que era um estilo de música brasileiro. Foi com isso que o livro perdeu a primeira estrelinha dele. Outra se perdeu pela rapidez com que tudo acontece e a falta de lógica cronológica que eu senti enquanto estava lendo. Em menos de 48h a menina foi atropelada pelo amor platônico da vida dela, foi para o camarim da banda, foi contratada, esqueceu que ela tinha uma vida na cidade dela (amigos e famílias só são lembrados quase que no final da história, mas nunca nem passaram na cabeça dela no começo), mudou de estado, começou a morar com alguém que ela não conhecia e virou sub-celebridade. A vida dela é anulada e só existe o amor, galera, isso não é saudável. Além disso, não conseguia entender muito bem o tempo passado. Tipo, uma hora eles acabaram de se conhecer e na outra preciso perceber pelos detalhes da cena que pode já ter passado um mês na história.

Mas até aí estava tudo relativamente bem e eu já tinha decidido que o livro ficaria com três estrelas. E aí tudo mudou e eu não tive como manter isso, afinal, uma coisa muito grave (ao meu ver) me fez tirar a terceira estrelinha da história. Gordofobia. Gordofobia em um dos seus estilos mais perigosos, em minha opinião. O estilo que tenta deixar tudo leve e engraçado, mas que não conseguiu me fazer rir, muito pelo contrário, me irritou. A partir da metade do livro a cada duas páginas, sem exageros, a personagem comentava sobre como estava ficando gorda, sobre como ela não podia ser vista de biquíni, sobre como para usar um simples vestido ela precisaria usar não-sei-quantas cintas. E pior, sobre como ela ficou feliz ao ser paquerada, porque isso indicava, na cabeça dela, que ela não estava tão fora de forma assim. Tudo isso para a cereja no topo do bolo, onde ela convidada para um evento mega famoso que só modelos muito magras fazem parte. Em resumo, um pequeno show de horrores para quem é gorda, como eu, ler. Me dou muito bem com meu corpo hoje, mas imagino a Izabela de uns anos atrás lendo isso e ficando mal. Imagino muitas outras meninas lendo por aí e ficando mal.

E com isso, terminamos essa resenha por aqui. Me sentindo um pouco monstro por não ter curtido o livro que tinha tudo para ser um favorito. Para quem curte rockstars, indico a série Stage Dive, que mesmo com alguns problemas, é bem gostosinha de ler.

Conto de Fadas Rock'n Roll - O Vocalista
Autora: L.C. Almeida
Editora: Kindle
Páginas: 234
Skoob do Livro.
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segunda-feira, 26 de março de 2018

Na Estante: Kiro e Emily


Esse livro é na verdade é um presente da autora para os leitores da série Rosemary Beach, tanto que ele está sempre de graça nas plataformas digitais de leitura (tanto em inglês como em português). O livro ficou com quatro estrelas, mas isso se deve ao fato de que realmente acho a escrita da Abbi bem devorável. A história tem muitas falhas e, como é um pouco mais antiga, ainda tem muito do machismo do começo da série. Mesmo assim, é uma história que te dá muita vontade de ler e, se você acompanha a série completa, é muito legal de saber o antes de toda uma história. Foi muito legal ver um outro lado de alguns personagens que, normalmente, estão mais em segundo plano. Sem esquecer que a história em si do Kiro e da Emily realmente merecia ser contada. Como sempre, vou contar tudo nos detalhes para vocês. É importante lembrar que estamos falando de uma série aqui e que pode considerar uma coisa ou outra como spoiler. Pronto, já avisei.

Kiro faz parte de uma das maiores bandas do mundo. Sua vida se resume em ser um grande astro e aproveitar tudo que vem com esse pacote. Emily, por outro lado, nunca quis fazer parte desse mundo e de toda essa loucura, mas por conta de uma prima, que era muito fã da banda, acaba indo à vários shows e a ajudando a tentar entrar em uma das badaladas festas que eles faziam. é assim que os mundo dos dois se encontra e a ligação é automática. Kiro precisava conhecer aquela garota que, definitivamente, não fazia parte de seu mundo. Emily já queria distância, mas não conseguia evitar o fato de que se sentia muito bem perto dele. Foi assim que a amizade dos dois começou. Eles se falavam todos os dias e se apoiavam, fosse na faculdade ou em um show para milhares de pessoas. O amor aos poucos foi crescendo e logo eles perceberam que não conseguiriam mais ficar um longe do outro. Por isso mesmo, Kiro a convida para se mudar para a casa da banda e ela vai sem nem pensar duas vezes. Os dois ainda teriam muito para aprender, mas sabiam que com o amor que sentiam tudo valeria a pena.

"Quando saí de Chicago, achei que nunca mais teria notícias dele.
Mas Kiro me ligou na mesma noite e nossa amizade
foi crescendo com o passar dos meses." 

Não posso contar muita coisa, afinal, o livro é bem curtinho (quase um conto). De qualquer forma, a história em si me lembrou muito o livro Lead (que também tem uma grande banda no meio), por conta de toda a história de mudar para a mesma casa e tudo mais, mas só isso mesmo. De resto, é bem visível que Mase (do livro À Sua Espera, da série Rosemary Beach) é filho do Kiro. Os dois são muito parecidos, de verdade. Ainda mais quando o assunto é achar que são donos de suas parceiras (argh). Emily é um doce de personagem e isso já era de se esperar, uma vez que conhecemos a filha dos dois, Harlow (do livro A Primeira Chance, também da série Rosemary Beach) e sempre falam sobre como as duas são parecidas.

"Amo você, Emily. Sempre vou amar. Nesta vida, 
na próxima e na outra. Eu sempre vou amar só você."

De forma geral, adorei conhecer mais sobre o antes dessa série, afinal, por mais que a história seja focada no casal principal, vemos tudo que está acontecendo com a banda e como isso afetou a geração que lemos no resto da série. O que não gostei, além do jeito maníaco de Kiro, é como a história termina. Para quem conhece a série, o final não é um mistério, mas a autora correu demais com a história. O livro é num ritmo calmo em que vemos tudo acontecendo numa ordem bem organizada. E aí, quando chegamos ao final, ela vai resumindo tudo e pulando várias coisas e quando vê acabou e não explicou muito mais. Parecia que ela tinha cortado, sabe? Mas, enfim, para quem é fã da série, é algo que vale muito a pena, ainda mais por ser um livro que está sempre de graça, rs.

Kiro e Emily
Autora: Abbi Glines
Editora: Arqueiro
Páginas: 117
Skoob do Livro.
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terça-feira, 20 de março de 2018

Na Estante: Encontro do Destino


Quando a Aline me mandou uma mensagem pedindo meu email do kindle eu nem podia imaginar no amor em forma de conto que estava vindo para mim, rs. Ela lançou essa história para comemorar o dia internacional da mulher e todo o enredo tem uma ligação com essa data também. O livro não vai entrar na categoria Achados do Kindle porque não foi um achado, foi uma parceria. Enfim, a história ficou com cinco lindas estrelinhas e é uma delícia de leitura. Eu peguei para ler antes de dormir e só consegui parar quando terminei. Estava muito curiosa para saber o final e já estava completamente ligada aos personagens. A história me lembrou muito a Colleen Hoover, principalmente o meu livro favorito dessa autora, o Maybe Someday. Mas vamos por partes, que vou explicar tudo nos detalhes para vocês e ainda contar melhor o que achei. Lembrando que é um conto e que não posso falar demais, senão perde a graça, né? 

Ashton e Rachel tiveram seus destinos traçados na maternidade, assim como diz uma música famosa. Suas mães se conheceram na sala de parto e, por estarem sozinhas ali, se ligaram pela necessidade de alguém amigo por perto em um momento tão delicado. Após o nascimento dos dois, as duas acabaram perdendo contato, mas é claro que o destino já tinha resolvido isso e, um pouco depois, as duas se encontraram de novo e dessa vez era uma amizade para sempre. Com isso, as duas crianças cresceram juntas. Aniversários iguais e sempre juntos em tudo. Melhores amigos que pensavam igual e queriam as mesmas coisas. Só tinha um pequeno detalhe, Rachel era um pouco diferente das outras crianças e, por isso, Ashton teve que aprender a se comunicar melhor com ela, mas isso nunca os atrapalhou, na verdade, só fortaleceu o que eles tinham. O tempo foi passando e, com isso, os dois perceberam que aquela amizade poderia ser algo mais, mas o medo de perder o que eles tinham era maior. E se não desse certo? Eles não podiam arriscar isso. Só que mais uma vez o destino tinha planos e eles teriam que lidar com tudo que ainda estava por vir.

"Nossas mães dizem que é o destino, então, que seja ele (...)."

Pensa numa história gostosinha de ler. Ashton é simplesmente um personagem maravilhoso que realmente se importa com sua melhor amiga e, por um acaso, amor da sua vida. A forma como ele a trata durante todo o livro é algo fantástico e que mostra o quão importante foi a crianção dele. Rachel é uma personagem forte que, mesmo passando por problemas, segue de cabeça erguida e nos ensina muita coisa. É um conto, como disse, então não posso sair falando mais que a boca, mas eu realmente indico essa história para quem ama um bom clichê muito bem escrito e um romance digno de filme Hollywoodiano.

Encontro do Destino
Autora: Aline Sant'Ana
Editora: Charme
Páginas: 104
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terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Na Estante: Encontro Marcado


PARA TUDO! Finalmente temos a primeira resenha cinco estrelas do ano. Precisou chegar no meio de Fevereiro, mas antes tarde do que nunca, rs. Ok, agora que o drama passou, podemos focar na resenha. Temos aqui mais um dos meus Achados do Kindle e dessa vez é um conto de uma autora que eu gosto muito e que, para completar, é minha amiga (hehe). Eu já imaginava que ia gostar antes mesmo de começar a leitura e a confiança era tão grande que não li sinopse nem nada, simplesmente comprei o conto e já comecei a leitura (que foi bem rapidinha, menos de uma hora). A história, como comentei, ficou com cinco estrelas. É uma leitura muito leve e gostosa e, por mais clichê que seja, é o tipo de coisa que dá aquele quentinho no coração. Outra coisa, que é legal comentar, é que tem muita cara de filme, sabe? Enquanto eu ia lendo, conseguia imaginar as cenas certinho na minha cabeça e, de fato, a história daria um filme bem legal. Antes de seguirmos com a resenha, é legal lembrar que estamos falando de um conto para maiores (no mínimo dezesseis), afinal, por mais que ele seja levinho, tem cenas para maiores, o que segue muito o estilo da autora, Aline Sant'Ana. Já resenhei vários outros contos e livros dela, então para ver tudo é só clicar aqui. Agora vamos focar no de hoje, rs.

Vivienne estava no meio de um dos piores dias de sua vida. Estava sozinha no vagão de um trem enquanto nevava muito do lado de fora, para completar o pacote, era dia dos namorados e ela estava com um vestido de noiva. Sim, ela estava fugindo do que acreditava ser o maior erro de sua vida. Em sua cabeça, não tinha como aquele dia ficar mais complicado, mas é aí que ela estava enganada. Pouco depois de se acomodar em seu lugar, percebe que mais alguém entrou, mas prefere não olhar. O estranho tenta puxar papo com ela e, mesmo tendo vários lugares vazios, pergunta se pode sentar perto dela. É aí que ela resolve descontar toda a raiva nele, afinal, já tinha passado por um dia bem complicado, e quando levanta o rosto da de cara com seu melhor amigo da juventude. Um ex-namorado que havia sido tudo na vida dela, na verdade, talvez ele ainda fosse tudo. Mas quando eram adolescentes, ele precisou se mudar para outro país e eles tiverem que romper tudo o que tinham. Com a falta de tecnologia da época, perderam contato e, mesmo com toda a tecnologia que tinha agora, nunca se encontraram. Até aquele momento.

"Era como se o destino soubesse quem eu precisava ver naquele 
momento, depois de um dos dias mais agonizantes da minha vida." 

Klaus também estava passando por um momento complicado de sua vida, um divórcio cheio de detalhes que conseguia tirá-lo do sério. Mas lá estavam eles, sem combinar, em um dia dos namorados na mesma hora e no mesmo lugar. Não podia ser só uma coincidência. Dessa vez eles não deixariam de se falar, mas naquele dia ambos precisavam de tempo para pensar. Muita coisa tinha acontecido. E foi aí que eles criaram a tradição de se falarem todos os dias. Primeiro foram muitas mensagens trocadas, depois passaram para ligações diárias com hora marcada até que chegaram ao ponto das conversas de vídeo. Mas isso não podia dar certo, podia? Ele seguia morando em outro país, só tinha visto pessoalmente o amor da sua vida, pois estava de passagem. os dois tentavam seguir com suas vidas reais, e deixavam aquele relacionamento como uma faz de contas por chamadas de vídeo. Só que mais dias dos namorados estavam por vir e, como eles já tinham percebido, a vida era sempre uma grande surpresa para eles.

Quando li o conto, parecia que já conhecia os personagens principais, mesmo nunca tendo visto eles em nenhuma outra história. Quando conhecemos Vivi e Klaus no meio daquela bagunça da vida deles, meio que sentimos como se já tivéssemos passado por tudo junto com eles. Por isso que, mesmo sendo um conto curto, nos conectamos muito fácil com a história e torcemos muito pelos personagens. Além do que, como disse, a história toda parece um filme bem clichê que a gente no final ama assistir até cansar. Indico essa história para quem quer ler algo muito gostoso e leve para esquecer um pouco do mundo em volta. Uma leitura rápida, mas que vale muito a pena.

Encontro Marcado.
Autora: Aline Sant'Ana
Editora: Charme
Páginas: 55
Skoob do Livro.
Meu Skoob.

sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Na Estante: A Linguagem do Amor


Esse livro foi uma indicação de um de vocês, isso mesmo. Esse livro faz parte dos meus Achados do Kindle, se você quiser entender melhor isso (ou, até mesmo, me indicar um livro) é só clicar aqui. A Amanda Campelo me mandou um email com alguns nomes de ebooks e esse estava lá no meio, aí fiz a votação lá no meu stories no instagram e vocês escolheram ele. Infelizmente, ainda não foi dessa vez que tivemos um livro cinco estrelas esse ano, mas estamos falando de uma história bem legal e um new adult completamente de raiz. No final das contas, ele ficou com três estrelas. O livro tem alguns problemas em sua construção e narrativa, mas isso não muda o fato de que, de forma geral, a história é gostosa de ler. Como disse, é um NA bem clássico e, com isso, temos os famosos clichês que, pessoalmente adoro. Estamos falando de uma aluna que se apaixona por seu professor que, cheio de mistérios, carrega uma cicatriz de seu passado. Rá, pensou em uns três livros assim, não é? Avisei. Aos poucos, como sempre, vou explicando melhor o que me fez tirar duas estrelas do livro. Agora vamos focar, não é mesmo? O que me lembra, como estamos falando de um New Adult, o foco é para maiores de dezesseis anos. Pronto, já fiz a minha parte, rs.

Rebecca acabou de entrar para a faculdade de Letras e tem como meta de vida se formar e ter muito sucesso em sua carreira. Ela queria ficar o mais distante possível do que sua mãe pensava sobre ela, ela precisava provar que sua vida não era um erro e que valia a pena buscar seus sonhos. Ela havia sido criada pelos seus avós e eles sempre a apoiaram. Tudo era novo demais, estava em outra cidade, morando em uma república e aos poucos foi percebendo que a tal liberdade conquistada não era tão fácil assim, mas era muito boa. Assim que ela chega em seu novo prédio, esbarra com um cara completamente mal-humorado. Automaticamente, ela cria um apelido para seu mais novo vizinho, Chewbacca (ou só Chewie). Sim o peludão de Star Wars, uma vez que ela era muito fã da série e o cara, segundo ela, só sabia resmungar e era peludo por conta de sua barba. Estava tudo indo dentro do planejado, ela iria estudar muito, não sairia muito e tudo ficaria bem, só que ao contrário. As aulas estavam ficando complicadas, seus amigos sempre a convencia de ir para festas e bom, havia um professor novo na faculdade com fama de carrasco. Para sua surpresa, o tal professor era ninguém menos ninguém mais que Chewie, ou melhor, Adônis. 

"Então me dei conta de que aquilo era uma verdadeira tortura.
Nossa relação, como um todo, deixava-me perplexa."

Eles já não se davam muito bem como vizinhos, mas em sala de aula a coisa ficava ainda pior. Chewie não negava a fama e era realmente muito rígido em sala de aula.  Para piorar, cobrava o dobro de Becca, afinal, já não tinha ido muito com a cara dela pelos corredores de seu prédio, ou pelo menos era isso que ela pensava. Por conta de uma brincadeira de verdade ou desafio, ela acaba tendo que dar um jeito de entrar na casa de Adônis e com uma desculpa muito bem bolada, consegue. O que ela não esperava, é que ele é o oposto do que é em sala e, por baixo de todo aquele mal humor existe um cara doce e muito preocupado. A atração, que antes parecia ódio, se transforma em um desejo muito forte e os dois logo vão vendo na furada que se meteram. Eles não conseguiam evitar aquela paixão, mas sabiam que era completamente antiético o relacionamento, uma vez que eram aluna-professor na faculdade. Ninguém precisava saber e o namoro teria data de validade. De começo, parecia que daria tudo certo, mas não somos nós quem decidimos o destino. Entre muitos obstáculos e problemas do passado que ainda assombram os dois, eles precisam a aprender a lidar com tudo isso na única língua que importa, a do amor.

"(...) de todas as linguagens existentes, 
a minha preferida sempre seria a do amor."

Ok, vamos por partes. O que me fez tirar duas estrelas do livro é, principalmente, um vício de escrita da autora ligado à expressões. Tudo para a personagem principal é ligado à algum personagem de alguma saga literária/cinematográfica. Como assim? Bom, a cada duas páginas, ou bem menos, ela solta um "Pelas barbas do Dumbledore", "Yoda me dê forças", "Pelo Peeta Mellark" ou alguma outra coisa do tipo. De começo, achei divertido, mas quando ela soltou essa pela centésima vez perdeu a graça, ficou chatinho. Outra coisa que me fez tirar essas estrelinhas (e quase abaixou ainda mais a nota) é a relação principal. Eu adorei o casal e achei muito bem construída a relação deles, mas, ao mesmo tempo, é muito absurdo junto. Normalmente, nos livros com relação aluna-professor, eles começam a relação sem saber dessa ligação e têm idades bem próximas. O drama acaba girando em torno de como lidar com o fato depois de descobrirem que teriam uma relação acadêmica. Aqui, por outro lado, a relação começa com eles sabendo disso e, para piorar, a menina ainda é menor de idade quando tudo começa, enquanto que ele, é uns oito anos mais velho que ela. Sim, sei que ela já tinha quase dezoito e ele a trata com muito respeito o tempo todo, mas, mesmo assim, é fácil perceber que a personagem é influenciável, uma vez que era a primeira vez que ela tinha liberdade em sua vida e tudo era novidade. De qualquer forma, isso é uma opinião pessoal e não muda o fato de que a relação foi bem escrita.

De começo, eu ia tirar só uma estrela, mas, enquanto estava escrevendo a resenha, percebi que teve algumas outras coisas que me deixaram meio bléh durante a leitura e acabei tirando outra estrela. Os personagens secundários, colegas de casa da Rebecca, são muito bem escritos e bem gostosos de ler, mas toda vez que a personagem ia interagir com eles o livro cortava. Vou explicar. Eles estavam numa conversa legal, o ritmo de leitura estava ótimo e eu queria mais daquele momento leve de amizade, mas aí do nada acabava o capítulo e a história focava no casal de novo. Sabemos que a relação da personagem com os amigos é forte, mas toda vez que vamos ler isso, acaba muito rápido. O que me lembra que o livro é bem grande, mais de 600 páginas, mas é de uma leitura bem leve e rápida. Juntando tudo que gastei para ler não deve dar nem meio dia. O final achei bem legal como a autora resolveu para encurtar a história, mas quem sabe teria sido melhor dividir em dois livros e o final, na verdade, poderia sem uma continuação dramática e legal. Mas, mais uma vez, é só opinião pessoal. De forma geral, é um livro para quem ama clichês e para quem não liga para expressões bem repetitivas durante a leitura.

A Linguagem do Amor
Autora: Lola Salgado
Páginas: 660
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