sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Na Estante: A Linguagem do Amor


Esse livro foi uma indicação de um de vocês, isso mesmo. Esse livro faz parte dos meus Achados do Kindle, se você quiser entender melhor isso (ou, até mesmo, me indicar um livro) é só clicar aqui. A Amanda Campelo me mandou um email com alguns nomes de ebooks e esse estava lá no meio, aí fiz a votação lá no meu stories no instagram e vocês escolheram ele. Infelizmente, ainda não foi dessa vez que tivemos um livro cinco estrelas esse ano, mas estamos falando de uma história bem legal e um new adult completamente de raiz. No final das contas, ele ficou com três estrelas. O livro tem alguns problemas em sua construção e narrativa, mas isso não muda o fato de que, de forma geral, a história é gostosa de ler. Como disse, é um NA bem clássico e, com isso, temos os famosos clichês que, pessoalmente adoro. Estamos falando de uma aluna que se apaixona por seu professor que, cheio de mistérios, carrega uma cicatriz de seu passado. Rá, pensou em uns três livros assim, não é? Avisei. Aos poucos, como sempre, vou explicando melhor o que me fez tirar duas estrelas do livro. Agora vamos focar, não é mesmo? O que me lembra, como estamos falando de um New Adult, o foco é para maiores de dezesseis anos. Pronto, já fiz a minha parte, rs.

Rebecca acabou de entrar para a faculdade de Letras e tem como meta de vida se formar e ter muito sucesso em sua carreira. Ela queria ficar o mais distante possível do que sua mãe pensava sobre ela, ela precisava provar que sua vida não era um erro e que valia a pena buscar seus sonhos. Ela havia sido criada pelos seus avós e eles sempre a apoiaram. Tudo era novo demais, estava em outra cidade, morando em uma república e aos poucos foi percebendo que a tal liberdade conquistada não era tão fácil assim, mas era muito boa. Assim que ela chega em seu novo prédio, esbarra com um cara completamente mal-humorado. Automaticamente, ela cria um apelido para seu mais novo vizinho, Chewbacca (ou só Chewie). Sim o peludão de Star Wars, uma vez que ela era muito fã da série e o cara, segundo ela, só sabia resmungar e era peludo por conta de sua barba. Estava tudo indo dentro do planejado, ela iria estudar muito, não sairia muito e tudo ficaria bem, só que ao contrário. As aulas estavam ficando complicadas, seus amigos sempre a convencia de ir para festas e bom, havia um professor novo na faculdade com fama de carrasco. Para sua surpresa, o tal professor era ninguém menos ninguém mais que Chewie, ou melhor, Adônis. 

"Então me dei conta de que aquilo era uma verdadeira tortura.
Nossa relação, como um todo, deixava-me perplexa."

Eles já não se davam muito bem como vizinhos, mas em sala de aula a coisa ficava ainda pior. Chewie não negava a fama e era realmente muito rígido em sala de aula.  Para piorar, cobrava o dobro de Becca, afinal, já não tinha ido muito com a cara dela pelos corredores de seu prédio, ou pelo menos era isso que ela pensava. Por conta de uma brincadeira de verdade ou desafio, ela acaba tendo que dar um jeito de entrar na casa de Adônis e com uma desculpa muito bem bolada, consegue. O que ela não esperava, é que ele é o oposto do que é em sala e, por baixo de todo aquele mal humor existe um cara doce e muito preocupado. A atração, que antes parecia ódio, se transforma em um desejo muito forte e os dois logo vão vendo na furada que se meteram. Eles não conseguiam evitar aquela paixão, mas sabiam que era completamente antiético o relacionamento, uma vez que eram aluna-professor na faculdade. Ninguém precisava saber e o namoro teria data de validade. De começo, parecia que daria tudo certo, mas não somos nós quem decidimos o destino. Entre muitos obstáculos e problemas do passado que ainda assombram os dois, eles precisam a aprender a lidar com tudo isso na única língua que importa, a do amor.

"(...) de todas as linguagens existentes, 
a minha preferida sempre seria a do amor."

Ok, vamos por partes. O que me fez tirar duas estrelas do livro é, principalmente, um vício de escrita da autora ligado à expressões. Tudo para a personagem principal é ligado à algum personagem de alguma saga literária/cinematográfica. Como assim? Bom, a cada duas páginas, ou bem menos, ela solta um "Pelas barbas do Dumbledore", "Yoda me dê forças", "Pelo Peeta Mellark" ou alguma outra coisa do tipo. De começo, achei divertido, mas quando ela soltou essa pela centésima vez perdeu a graça, ficou chatinho. Outra coisa que me fez tirar essas estrelinhas (e quase abaixou ainda mais a nota) é a relação principal. Eu adorei o casal e achei muito bem construída a relação deles, mas, ao mesmo tempo, é muito absurdo junto. Normalmente, nos livros com relação aluna-professor, eles começam a relação sem saber dessa ligação e têm idades bem próximas. O drama acaba girando em torno de como lidar com o fato depois de descobrirem que teriam uma relação acadêmica. Aqui, por outro lado, a relação começa com eles sabendo disso e, para piorar, a menina ainda é menor de idade quando tudo começa, enquanto que ele, é uns oito anos mais velho que ela. Sim, sei que ela já tinha quase dezoito e ele a trata com muito respeito o tempo todo, mas, mesmo assim, é fácil perceber que a personagem é influenciável, uma vez que era a primeira vez que ela tinha liberdade em sua vida e tudo era novidade. De qualquer forma, isso é uma opinião pessoal e não muda o fato de que a relação foi bem escrita.

De começo, eu ia tirar só uma estrela, mas, enquanto estava escrevendo a resenha, percebi que teve algumas outras coisas que me deixaram meio bléh durante a leitura e acabei tirando outra estrela. Os personagens secundários, colegas de casa da Rebecca, são muito bem escritos e bem gostosos de ler, mas toda vez que a personagem ia interagir com eles o livro cortava. Vou explicar. Eles estavam numa conversa legal, o ritmo de leitura estava ótimo e eu queria mais daquele momento leve de amizade, mas aí do nada acabava o capítulo e a história focava no casal de novo. Sabemos que a relação da personagem com os amigos é forte, mas toda vez que vamos ler isso, acaba muito rápido. O que me lembra que o livro é bem grande, mais de 600 páginas, mas é de uma leitura bem leve e rápida. Juntando tudo que gastei para ler não deve dar nem meio dia. O final achei bem legal como a autora resolveu para encurtar a história, mas quem sabe teria sido melhor dividir em dois livros e o final, na verdade, poderia sem uma continuação dramática e legal. Mas, mais uma vez, é só opinião pessoal. De forma geral, é um livro para quem ama clichês e para quem não liga para expressões bem repetitivas durante a leitura.

A Linguagem do Amor
Autora: Lola Salgado
Páginas: 660
Skoob do Livro.
Meu Skoob.

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