OK, preciso criar uma nova categoria para esse livro, a famosa lista de "Livros que li em menos de um dia" até serve, mas o fato é que li esse livro em menos de cinco horas (numa madrugada!). O começo do livro é bem chatinho (mesmo), mas depois do terceiro capítulo eu não consegui mais parar! Eu comecei a ler quase uma hora da manhã e só fui parar às cinco e pouco. Sim, eu tenho completa noção que isso não é saudável, mas na realidade estou ligada na tomada (no modo automático) e ainda não parei para pensar verdadeiramente sobre mais essa loucura literária. Acho que a lista nova vai ser algo como: "Livros para ler numa virada de noite de forma maníaca". É, gostei.
O livro conta a história da Avery, uma menina de 17 anos que acabou de ter seu coração partido em micro pedaços pelo seu melhor amigo, Aiden. Mas não é um simples melhor amigo, a relação deles (por conta de suas mães) é algo meio doente até. Eles são melhores amigos desde antes mesmo de nascerem e foi isso que tornou o coração partido algo trinta vezes pior que o normal. É aí que entra meu personagem favorito, o Grayson, irmão mais velho do Aiden. O popular, mulherengo, que sempre viu a Avery como uma irmã mais nova irritante, mas quando viu o estado dela sentiu uma necessidade exagerada (e as vezes até assustadora) de ajuda-la. É aí que nasce o projeto: The Avery Shaw Experiment.
"When a girl lets you be the one to hold her as her entire world falls apart, (...), it changes the way you see her." - Página 24
Grayson estava precisando de pontos extras em ciências e física enquanto que Avery precisava de um novo parceiro para a feira de ciências do estado (Aiden era seu antigo parceiro). Eles juntaram isso e montaram o projeto que provaria que uma pessoa pode superar um coração partido depois de sofrer com os sete estágios da dor que normalmente são ligados a morte de alguém amado. O problema é que Grayson vai se apaixonando pela Avery enquanto que ela ainda (acredita que) está apaixonada pelo Aiden. A cada dia ele cria novas técnicas para fazer a menina esquecer o irmão e a cada dia ele se apaixona mais e mais... E mesmo sem saber ela também vai se apaixonando por ele, sem querer. Então ficamos em dúvida (pelo menos antes do final do livro, haha) se o que cura um coração partido é um novo amor, os estágios da dor ou a mistura dos dois.
"(...) And boy do I have all kinds of plans to keep her plenty occupied! *insert evil grin here* Next year is going to be awesome." - Página 294
O livro é o Grayson, sem mais. Avery é fofa e realmente delicada, mas não tem como, o livro é o Grayson por inteiro, ele é genial. Eu ria de passar mal com as falas deles e eu me apaixonava com as falas dele, isso tudo de madrugada, ou seja, foi complicado não acordar o prédio inteiro. Os outros personagens também são demais, todos bem leves (uma delícia de ler). A melhor amiga da Avery também rende boas risadas, na realidade, todos os 'nerds' da história são demais. Os populares, amigos de Greyson, também são legais, não são tão engraçados, mas são gostosos de ler.
O livro é muito leve (cada capítulo mostra um ponto de vista, começa com o dela, depois passa para o dele e por aí vai), chega a ser bobinho em alguns momentos, mas essa é a graça dele. É um livro para ler sem medo de ser feliz e em nenhum momento você vai querer matar um ou algo do tipo. Eu queria realmente que alguém tivesse gravado as cinco horas que passei lendo, renderia mais risadas que o livro. Eu tive algumas brigas com a Avery do tipo: "Se você fizer isso eu juro que dou zero para o livro. Ok, cinco pelo Grayson, mas não ouse fazer isso!" Estou realmente animada para ler os outros livros da autora que são no mesmo estilo. Livro gostoso e rápido (só não vá esperando o romance do século, leia quando quiser descansar a cabeça!). Ah, o inglês é bem tranquilo e com poucas gírias (ou eu que me acostumei com elas? kk).
The Avery Shaw Experiment
Autora: Kelly Oram
Editora: Bluefields
Páginas: 300 (Ebook)
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