segunda-feira, 31 de maio de 2021

Um Tom Mais Escuro de Magia (V. E. Schwab)

Desde que li The Invisible Life of Addie LaRue ano passado, e ele virou um dos favoritos da vida, fiquei com muita vontade de ler outros livros da autora, mas estava sempre enrolando por muitos motivos e quem nunca, né? Foi aí que surgiu a ideia da Leitura Coletiva do blog e esse livro foi o escolhido para ser o primeiro. Desde então, já tivemos a leitura coletiva de abril (esse livro) e de maio (Mil Beijos de Garoto, já tem a live no canal, mas em breve a resenha aparece aqui também), e logo mais vamos ter a de junho e tem sido maravilhoso compartilhar o momento com vocês e fofocar muito sobre o livro na live do canal. Ok, agora vamos focar aqui, eu sei. O livro é uma fantasia e faz parte de uma trilogia. Eu simplesmente amei a história e toda a contrução desse universo fantástico que a autora criou e terminei o livro bem curiosa para as continuações. A escrita da autora é devorável e você vai ficando muito curioso com tudo que está acontecendo. No final das contas, é claro que o livro ficou com cinco estrelas (e me fez pirar o cabeção muitas vezes). A leitura é indicada para maiores de quatorze anos.

Kell é um mago viajante, um dos últimos que existem nos mundos. Sim, é no plural mesmo, afinal, ele faz parte da Londres Vermelha. Um lugar onde a magia é usada com certa sabedoria e é muito bem vista. Por outro lado, ainda existem outras Londres como a Branca, onde a magia significa poder e a luta pelo trono é algo constante. A Cinza, que se perdeu por completo da magia e, para completar, é governada por um rei louco (o conhecido George III, o que mostra que é a real oficial do nosso mundo). E a Preta, que não existe mais, em tese, uma vez que se deixou levar por completo pela magia, que é algo vivo. Kell trabalha como mensageiro do reino em que foi criado, na Vermelha, levando e trazendo notícias entre as cidades, usando portais mágicos. Além disso, como um emprego ilegal e secundário, ele vende coisas que encontra entre as Londres para pessoas que não conseguem de fato usar a magia, colecionadores. Algo muito arriscado de se fazer que acaba levando o mago a cometer um grande erro. Em uma de suas trocas com os colecionadores, ele acaba conseguindo um pedaço da Londres Preta. Um pedaço de magia viva. Muito poder capaz de consumir uma pessoa e acabar com ela (e com mundos inteiros). 

É no meio desse caos, enquanto tenta lidar com a magia viva, que ele acaba encontrando Delilah. Uma ladra da Londres Cinza que sonha em ser pirata e nunca em seus maiores sonhos podia imaginar que a magia era algo real... mas isso até ela achar a pedra que estava com Kell, é claro. Ao perceber que o mundo na verdade são mundo e que sua vida poderia ser algo muito mais grandioso, Delilah pede para ser levada para o outro lado do portal com o mago, afinal, ela estava com a pedra tão preciosa (e perigosa) que ele queria dar um fim. Só que os problemas deles vão muito além da magia viva, afinal, existiam pessoas muito poderosas (e maníacas) atrás de todo esse poder. Como os atuais governantes da Branca que tinham sede de poder e de sangue. Para conseguirem o que querem e destruírem a magia viva, eles precisam estar vivos.

Eu nem tenho muito para falar na resenha dessa vez, porque teve a live lá no canal em que fiquei mais de uma hora falando muito sobre essa história (haha). Mas eu realmente adorei a bagunça que vira essa história, mas eu juro que é uma bagunça organizada. Adorei acompanhar os desdobramentos e descobertas sobre as Londres e, mais que isso, amei acompanhar a Delilah. É claro que o principal da história é o Kell e todo drama (muito perigoso) que ele está vivendo, mas no momento em que a ladra aparece na história o mundo gira em torno das loucuras e sonhos dela. Além disso, temos outros personagens que merecem destaque como o outro mago viajante e também o príncipe da Londres Vermelha (irmão de criação de Kell). O livro é agitado do começo ao fim e é incrível como a história te prende e te faz criar muitas teorias (que ainda vão ser desenvolvidas nas continuações). Enfim, vale mesmo a pena e a autora é realmente fantástica.


um tom mais escuro de magia
AUTORA: V. E. Schwab
EDITORA: rECORD
PÁGINAS: 420
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quarta-feira, 26 de maio de 2021

E Se Fosse a Gente? (Becky Albertalli e Adam Silvera)

Mais um livro que entrou para minha lista de livros que eu devia ter lido faz tempo, mas enrolei para ler porque sou cabeçuda e final de história (haha). A Becky, que é uma das autoras do livro, é uma das autoras favoritas de um amigo meu e ela é muito conhecida por ter criado o Simonverse, que é o universo dos livros (filme e série também) de Com Amor, Simon. Mas, por motivos até então desconhecidos (eu ser cabeçuda), eu ainda não tinha lido nada dela. O que aconteceu foi que esse livro estava numa super promoção e eu achei que era um sinal do universo para eu comprar. Além disso, a capa da continuação saiu na semana dessa promoção e eu vi que o livro se passava em New York e não resisti. O livro tem tantas referências aos musicais da Broadway, filmes da Disney e até mesmo Harry Potter que eu podia jurar que, enquanto estava lendo, estava também conversando com algum amigo ou amiga minha. Mas, como nem tudo são flores, achei a reta final do livro um pouco lenta e enroladinha e, por isso, o livro acabou com quatro estrelas e meia (o que ainda assim é fantástico). OK, menos drama e mais ação, eu sei. Vamos para um pouco da história e o que achei dela no geral.

Arthur está vivendo o sonho de muitos ao passar suas férias em Nova Iorque para um estágio e para fazer companhia para sua mãe, que está trabalhando lá por um tempo. Ao mesmo tempo que tudo parecia surreal demais e ele estivesse amando estar tão perto dos musicais que tanto amava e do movimento da cidade, ele estava um pouco cansado daquilo tudo e ainda teria mais quatro semanas pela frente. Ben nasceu e foi criado na cidade que nunca dorme, mas tudo que ele quer é ficar quieto na dele e, principalmente, esquecer seu ex que quebrou seu coração em pedacinhos e ainda deixou muitas coisas dele na sua casa. E é assim que, como uma tentativa de superar tudo, ele resolve colocar as coisas todas em uma caixa e enviar pelo correio para o ex. Ele não queria mais nada dele por perto e, em tese, entregaria pessoalmente nas aulas de recuperação, que os dois estavam, na escola. O problema é que o digníssimo não apareceu e ele queria se livrar logo daquilo tudo. Foi assim que ele foi parar no correio com uma grande caixa nas mãos.

Arthur e Ben estavam ao mesmo tempo naquela agência dos correios e o pouco de conversa que tiveram fez Arthur ter certeza de que o mundo e o universo havia conspirado para que os dois estivessem ali juntos. Ben, por outro lado, ainda estava muito inseguro com toda a história do último relacionamento dele e não acreditava, de fato, em coisas planejadas assim pelo tal universo. É aí que quando um flashmob (sim, isso mesmo, aquele evento com pessoas aleatórias que sabem a mesma coreografia) começa ali dentro do correio para um pedido aleatório de casamento e Ben foge do que poderia ser seu destino sem trocar maiores informações com Arthur. O que eles nem imaginavam é que a vontade se reencontrarem seria real e eles precisariam bancar os detetives para se encontrarem de novo. Além disso, depois de muito trabalhar para conseguir isso, será mesmo que essa história seria leve e embalada por músicas clichês dos musicais? E se não fosse para ser assim... mas e se fosse?

Como eu comentei, eu simplesmente amei o tanto de referência legal que tem nesse livro o tempo todo (mas sem ficar cansativo ou fora de contexto). Além disso, torci demais para o Arthur e o Ben se ajeitarem e pelo final feliz deles... o que me fez ter muito preguiça da reta final da história e do quão enrolado eu achei que ficou (mesmo tendo gostado muito). Um personagem que merece destaque é o melhor amigo do Ben, que é um espetáculo a parte com seus comentários, manias e ele tentando conquistar o amor da vida dele (daquele mês) também. Um livro leve, divertido, romântico e que deixa com aquele quentinho no coração. Sem esquecer, que estamos falando de um livro LGBTQIA+ e que isso merece destaque também. Enfim, se você assim como eu ama musicais, romances clichês, Disney e Harry Potter tudo junto e misturado em uma história sobre acreditar nos sinais do universo... leia esse livro. De nada.


e se fosse a gente?
AUTORA: becky albertalli e adam silvera
EDITORA: intrínseca 
PÁGINAS: 352
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sexta-feira, 21 de maio de 2021

Assassinato no Expresso Oriente (Agatha Christie)

Eu enrolei demais para ler esse livro e finalmente tomar vergonha na cara e ler as famosas histórias de Agatha Christie no geral mesmo. O fato é que, de verdade, o mistério policial e suspenses não são muito meu estilo de leitura, mas existe um motivo para o sucesso da autora ao longo de (muitos) anos. Enfim, resolvi que iria começar com o Assassinato no Expresso Oriente, pois tinha esse livro na estante desde uma promoção de uns anos atrás em que ele saiu por menos de dez reais (ele é versão de bolso). E no momento em que escrevo essa resenha, lembrando que as resenhas saem um pouco atrasadas aqui no blog (li esse livro no final de abril), mas os vlogs de leitura estão sempre mais em dia no canal, eu já até mesmo comprei outro livro da autora para ler. Ok, menos enrolação (olha eu enrolando alguma coisa de novo) e mais ação nessa resenha. O livro, que é um clássico, ficou com cinco estrelas e me prendeu demais. No começo, foi um pouco difícil entender o que estava rolando de fato, uma vez que são muitos personagens, mas logo que as investigações do famoso detetive do livro começaram eu consegui entender melhor quem eram os personagens e ir, até mesmo, criando teorias. 

Hercule Poirot é um dos maiores detetives do mundo. Por conta de alguns imprevistos, ele precisa embarcar no famoso trem do Expresso Oriente para uma viagem de trabalho. Era uma semana fria de inverno e a neve não parava de cair. Normalmente, o trem viajava vazio nessa época do ano, mas justo naquele dia em que o detetive estava embarcando, o trem estava em sua capacidade máxima de passageiros. Pessoas de tudo quanto é canto do mundo estavam ali dentro da embarcação que era um verdadeiro luxo. Depois de algumas paradas em cidades pelo caminho, o trem acaba ficando preso no caminho por conta da neve e é aí que todos percebem que tem algo de errado ali e vai muito além de estarem parados. Entre os muito passageiros tínhamos uma princesa, milionários, aristocratas, empregados... e um assassino. Um dos passageiros havia sido achado morto em sua cabine com diversas facadas pelo corpo. E é claro que vai sobrar para Poirot investigar cada um dos funcionários e passageiros para entender exatamente o que tinha acontecido ali dentro.

A única coisa que me irritou nesse livro não é culpa da autora, mas sim de quem traduziu o livro e/ou da editora. Muitos trechos da história são em francês (idioma que o personagem principal Poirot fala), mas sem tradução ou notas de rodapé. Ok, para ser justa, tivemos uma ou duas notinhas com traduções... e só. Eu não sou obrigada a ler francês para ler um livro em português e nem vejo sentido em manter no idioma ali se pode colocar notinhas ou, ainda, colocar em português mesmo, mas colocando no texto que foi falado em francês. Isso deixou minha leitura completamente atrapalhada. Porque toda vez que eu entrava no ritmo para ler e estava mega dentro da história eu parava porque precisava usar o google tradutor. De resto, eu super entendi o amor que tantos tem pela escrita da autora e, como comentei, já comprei mais dela e tem mais na wishlist. Ah! Depois fui assistir a nova versão cinematográfica do filme e achei... péssimo. Detestei o que fizeram com o final. O que me lembra, que o final do livro foi genial para mim e eu não desconfiei nem um único segundo que a resposta seria aquela. O que me fez gostar ainda mais, é claro.


ASSASSINATO NO EXPRESSO ORIENTE
AUTORA: AGATHA CHRISTIE
EDITORA: L&PM POCKET 
PÁGINAS: 261
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quarta-feira, 19 de maio de 2021

Ainda Vale a Pena (Márcio Oliveira)

Esse conto deixou um quentinho muito grande no meu coração. Para início de conversa, fui leitora beta (isso é tãaao chique) dessa história e acompanhei o nascimento desses personagens que são muito reais. Por ser um conto, a história é bem rapidinha, mas ainda assim acabamos torcendo pelo personagem principal e a vida amorosa dele (hehe). O autor da história é um leitor aqui do blog (eu amo quando isso acontece, vocês não fazem ideia) e eu cheguei a conhecer ele na época que eu estava na faculdade. Inclusive, conseguimos ver muito do jeito dele na escrita e isso deixou a história leve e devorável. Como é um conto, não posso falar muito sobre sem dar spoilers, mas vou contar um pouco sobre e, também, o que achei, é claro. Mas acho que já deu para entender que ele ficou com cinco estrelas. Ah! E eu li o conto mais de uma vez (hehe). Quando eu estava lendo como leitora beta li algumas vezes e, desde que ele foi lançado, li mais duas vezes (uma quando saiu e outra hoje para escrever a resenha, uma vez que ele é curtinho e, enquanto eu estava escrevendo aqui bateu a vontade de reler). Antes que eu me esqueça, eu recomendaria a leitura para maiores de quatorze anos e estamos falando de um romance LGBTQIA+. Ok, vamos lá. 

Marcelo estava um pouco desacreditado quando o assunto era o amor. Desde que tinha terminado um relacionamento alguns anos antes ele havia se fechado para novas possibilidades e, depois de mudar de cidade por conta do trabalho, ele tinha até mesmo desanimado um pouco. Mas isso não significa que ele não sentia falta de ter um companheiro em sua vida. O que ele não imaginava, era o que o destino estava guardando para ele. Afinal, ele não acreditava muito nessa história de que as pessoas podiam mesmo se apaixonar à primeira vista... mas e se isso fosse acontecer logo com ele? Pedir comida por delivery era algo relativamente comum em sua vida e nunca que ele poderia imaginar que tantas coisas podiam mudar e se balançar ao pedir uma simples (porém gostosa, rs) pizza de quatro queijos. É exatamente assim que ele conhece Pedro, um entregador de delivery que faz o coração dele errar algumas batidas, mas e aí. Seria que ainda valeria a pena se arriscar na jogada e correr o risco de partir de novo o coração?

Segundo uma pesquisa rápida no google, "(...) serendipidade, é uma avalanche de coincidências e sincronismos que terminam com um final feliz" e essa é a definição perfeita para esse conto. Exatamente por isso, ele deixa aquele quentinho no coração que comentei. Eu sei que o personagem principal é o Marcelo, mas eu fui demais com a cara do Pedro e dos leves comentários irônicos e debochados deles (nada pro lado da maldade, mas sim pro lado de piadinhas que valem a pena, olha eu usando mais uma vez o título da história pro meio da resenha, rs). Ainda assim, eu torci o tempo todinho pela felicidade de Marcelo e para ele se dar mais chances e acreditar um pouco mais nesses momentos de serendipidade. Esse conto é para todo mundo. Ponto. Quem acredita ou não nesses momentos e no famoso se apaixonar a primeira (os primeiras) vista. Se joga.


ainda vale a pena
AUTORA: Márcio oliveira
EDITORA: amazon kindle 
PÁGINAS: 34
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quinta-feira, 13 de maio de 2021

Você me Ganhou no Olá (Alexis Daria)

Esse livro foi uma grande surpresa na minha vida (e na minha estante), uma vez que eu realmente gostei demais e eu ganhei da editora. Eles entraram em contato comigo um tempo atrás e perguntaram se podiam me mandar um livro de presente e eu, que não sou boba nem nada, aceitei é claro. Quando o livro chegou aqui em casa, eu não sabia nada sobre ele e a verdade é que, fora dessa situação atípica, ele provavelmente nem teria me chamado muito a atenção... mas que bom que o universo trabalhou e me fez ler esse drama romântico latino com um pé na comédia, porque eu simplesmente amei e ele acabou com cinco estrelas, é claro. O livro é muito leve, divertido, com muita representatividade latina e muitas outras coisas que recebem destaque de forma natural e necessária. Eu me senti assistindo alguma série bem leve, tipo One Day at a Time, por mais que tenha momentos dramáticos, afinal, a história tem um pé nas telenovelas. Eu diria que é um livro para maiores de dezesseis anos. Ah! Teve também o vlog de leitura lá no canal. 

Jasmine Lin Rodriguez está montando uma lista para se tornar uma mulher de sucesso, mesmo que no fundo ela saiba que já é uma. Ela acabou de sair de um relacionamento amoroso de uma forma desastrosa e, por ser muito famosa em Hollywood, por conta do soap opera que ela faz parte, o desastre que rolou em sua vida está nas capas de todas as revistas de fofoca possíveis e imagináveis. Que culpa ela tem se o ex-namorado dela é um babaca que não pensa nos outros... bom, segundo as revistas (mega machistas), ela tem toda culpa e um pouco mais. No meio de tudo isso, ela foi escalada para viver a personagem principal do novo sucesso latino de um streaming famoso. Ela colocaria a carreira dela e o sucesso dessa série no topo de suas prioridades e nada mais importaria... até ela conhecer seu novo colega de elenco, Ashton Suarez, é claro.

Ashton é um galã muito famoso de telenovelas latinas e foi escalado numa troca de protagonistas para a série de Jasmine. Ele está em busca de subir ainda mais o nível de sua carreira e a série era a chance perfeita para isso. O problema, é que ele tem pavor da mídia e dos ataques das revistas sensacionalistas e está sempre tentando fugir desse lado da fama. E é nesse que ele acaba virando o par romântico de uma estrela que está em todo canto da mídia no momento. Ele precisa se focar para não acabar revelando mais do que deseja sobre sua vida privada, mas, ao mesmo tempo, ele começa entender o lado de Jasmine nisso tudo. Será que eles conseguiriam juntar suas personalidades e metas tão diferentes enquanto evitam que a química das telas vire algo real?

É uma delícia acompanhar o crescimento da personagem principal em sua vida real enquanto também acompanhamos o crescimento da personagem que ela está interpretando. Sem esquecer que todo o relacionamento dela com Ashton é muito bem desenvolvido e eu me via torcendo demais para o casal. Eles passam muitas e muitas páginas tentando evitar o óbvio e é muito divertido como tudo foi narrado. Além disso, toda a história da vida pessoal de Ashton, e os motivos para ele querer esconder tudo da mídia, é algo bem construído e legal de acompanhar também. A série é gravada em Nova Iorque e a família latina de Jasmine mora lá e acompanhar também toda essa ligação de família (que é tão parecida com a nossa aqui do Brasil) é mega legal). Claro que teve um mini detalhe pro final que me encomodou um pouco, mas era algo mutio esperado quando falamos sobre histórias clichês.

Algumas escolhas de Ashton também me irritaram de primeira, mas quando fui tentar ver a situação pelos olhos do personagem (oi, empatia) tudo fez mais sentido e eu comecei a entender aquilo tudo melhor. As primas de Jasmine, que aparecem bastante, também merecem receber um destaque aqui. Afinal, elas roubam a cena sempre que aparecem (a família toda é assim, na verdade). É um livro que vale a pena. Um livro que vai te prender tanto quanto as histórias de telenovelas e de soap operas que são descritas nele. Você vai torcer pelos personagens, rir, se apaixonar e divertir. Enfim, está bem óbvio que eu recomendo.


Você Me Ganhou no Olá
Autora: Alexis Daria
Editora: Harlequin Books 
Páginas: 392
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terça-feira, 11 de maio de 2021

No Caminho Contaremos Nossos Sonhos

Provavelmente esse livro não teria chamado muito minha atenção nas livrarias onlines da vida, por mais que eu seja a louca dos sonhos e o título seja bem marcante e não vou negar que estou apaixonada por essa capa e ilustração (sério, essa capa é maravilhosa) também. Quando ele apareceu como opção na minha parceria com a editora Globo Livros foi exatamente isso que aconteceu, de primeira ele não chamou muito a minha atenção, mas fiquei curiosa (pelo título) e eu fui ler a sinopse, acabei completamente animada para conhecer essa história. E que bom que isso aconteceu! Porque eu simplesmente amei esse livro e ele ficou com cinco estrelas no final das contas. É um livro bem curtinho (no tamanho de uma novella), mas é um livro que é completo... mais do que isso, é um livro simples, mas que se basta em sua simplicidade. Uma leitura leve e real com toques da literatura de Shakespeare e só por isso você já deveria dar uma chance para essa obra. Inclusive, eu indicaria esse livro para maiores de quatorze anos.

Nesta história acompanhamos quatro estudantes da Escola Estadual Nelson Rodrigues. Todos estão no primeiro ano do ensino médio e estão cada um em uma das turmas do nível. Além disso, eles estão prestes a passar pelo período mais movimentado do ano em que estão, o Festival de Literatura da escola. O tema do ano seria as peças de Shakespeare e cada turma fica com uma de suas famosas criações. Claro que não poderia faltar Romeu e Julieta, mas também estamos falando de Sonho de Uma Noite de Verão, Rei Lear e Otelo, O Mouro de Veneza. O festival acaba como palco para os ensaios, mas também para brigas, racismo, feminismo e muito crescimento dos alunos. Bia é uma aluna nota dez, mas está cansada de ser usada pelos colegas. Chegou a  hora de ela mostrar que tem voz e que ela importa. Pietro sabe que quer ser artista e batalha muito por isso, mas seus pais não acreditam que esse seja um bom caminho e, para complicar um pouco mais, ele acredita que está se apaixonando por uma amiga... enquanto outra amiga acredita que está apaixonada por ele (ei, Shekespeare, corre aqui que o drama é real). Yasmin acreditava que estava em um relacionamento perfeito, mas logo vai percebendo que isso não existe e que, para piorar, seu namorado não tem noção alguma. Ele não aceita que ela converse com ninguém que não seja ele. Isso é um absurdo e ela precisa juntar as forças que tem para sair desse relacionamento tóxico. Luca tem sonhos. Como todos os outros eles têm muitos sonhos, mas também tem muita dificuldade. Desde a cor da pele dele até o computador em casa que o deixou na mão, ele vê desafios em tudo que está em sua vida. Exatamente por isso, ele está focado em conseguir um estágio na escola para juntar um dinheiro e poder usar os computadores da escola. Enquanto isso, Shekespeare está entrando na vida de todos e fazendo ligações que vão mudar a vida deles para além do festival.

Como é um livro curtinho, não tenho como falar muitas coisas sem dar spoilers, mas eu posso contar que eu amei acompanhar o crescimento desses personagens enquanto eles iam trabalhando as peças de Shakespeare. O meu momento favorito, ao acompanhar o desenrolar da história, foi principalmente ver a personagem Yasmin saindo de um relacionamento tão problemático e aprendendo a se amar, mesmo que aos pouquinhos. Claro, torci demais pela Bia e pelo Pietro e comemorei nas vezes em que a Bia resolveu enfrentar (de forma pacífica) os colegas de sala dela. Também fiquei de dedos cruzados por muitas páginas esperando as respostas pelas quais Luca estava lutando para conseguir. Enfim, como falei antes, o livro é simples e, exatamente por isso, ele é tão completo. É uma história muito leve e muita rápida (que eu li em uma tarde e tem vlog de leitura no canal), mas que fiquei pensando nos personagens por um bom tempo ainda. O que está esperando? Vamos valorizar nossa literatura nacional, galera.

No Caminho Contaremos Nossos Sonhos
Autora: Severino Rodrigues
Editora: Globo Livros 
Páginas: 136
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segunda-feira, 10 de maio de 2021

De Olho Nela (Kate Stayman-London)

Temos aqui um dos melhores livros que li esse ano (entre os quarenta e dois que já li) e, quem sabe, um dos melhores que já li na vida também. Ok, vocês podem estar pensando que eu estou exagerando, mas eu nunca me encontrei tanto num livro como nesse. Assim como a personagem principal eu sou gorda. Não somos gordinhas, fofinhas, cheinhas... somos gordas. O que me lembra que plus-size é a roupa, não a pessoa. O livro é, de fato, absurdamente bem escrito e tudo faz muito sentido quando vemos o currículo dessa autora (que já escreveu para a campanha da Hillary Clinton e também já escreveu para o presidente Obama, a Malala e a Cher!), mas vai muito além disso e do fato de que a história é tão bem escrita e montada (comentarei mais sobre isso em breve). Vamos fazer um exercício rápido aqui. Pense nas capas de sua estante: quantas personagens gordas você vê nas capas e nas histórias? Não estou falando da persoangem secundária que é um alívio cômico. Estou falando de personagem principal. Sua resposta já explica muita coisa. Esse livro, além de ter uma história fantástica, sou eu. Muito além de mim, ele é tantas outras meninas e mulheres gordas com histórias fantásticas para contar. Cinco estrelas. Dez estrelas! Mil estrelas... e um coração de favorito, é claro. Ah! E eu indicaria ele para maiores de quinze/dezesseis anos.

Bea Schumacher é uma blogueira de moda plus-size e ao longo de sua vida ela foi aprendendo a se amar e a achar coisas que a vestiam bem e que a faziam bem também num geral. É exatamente isso que ela compartilha com seus milhares de seguidores na internet. Junto de seus melhores amigos, ela ama acompanhar um reality show sobre casais que se apaixonam de forma completamente aleatória na TV, o É Pra Casar, mas depois de uma grande desilusão amorosa e algumas doses de álcool, ela acaba criticando abertamente em seu blog a falta de diversidade do programa em questão. Ela estava cansada de ver que para tantas pessoas, apenas as magras podiam ter um final feliz e encontrar um amor. O que era (e é) um grande absurdo.

O post sobre isso que Bea fez viralizou e serviu como um grande boom na carreira dela, mas também atraiu muitos haters e trolls da internet. O que ela não esperava, era que toda essa comoção iria render também um convite para ser a nova protagonista da temporada de É Pra Casar. Depois de colocar tudo em uma balança (sem piadas aqui), ela percebe que aquilo poderia fazer muito bem para a carreira dela e, além disso, ela poderia espalhar ainda mais toda a ideia body positive dela. Em sua cabeça, Bea tinha certeza de que não se apaixonaria e que tudo seria apenas uma grande experiência.

Por ter uma seleção vocês já até podem imaginar qual livro eu vou falar que tem uma vibe parecida. Sim, A Seleção (da Kiera Cass). Claro que sem todo o drama de distopia, né? Mas toda a emoção de ir conhecendo os concorrentes e criar uma torcida e tudo mais... é igual. Inclusive, eu fiz torcida e queria demais ter lido esse livro com amigos tomando um vinho e debatendo os "episódios" (haha). Minha torcida estava certa, inclusive. É clichê, mas dá um looping no clichê e é tão bem escrito que nem sei explicar. Eu simplesmente amei a forma como o livro é narrado (e olha que nem sempre curto muito a narração em terceira pessoa). Como estamos falando de um reality show, as coisas poderiam acabar ficando um pouco monótonas enquanto os personagens estão gravando ou mostrando cenas, mas a autora conseguiu lidar com isso de forma genial ao colocar posts de blogs, revistas famosas, trechos de podcasts e canais e ainda muitos tweets para comentar os episódios e acontecimentos (e eu amei demais!).

Sobre o lado pessoal dessa leitura, falei melhor sobre isso (e com muitos detalhes) no vlog de leitura que foi ao ar esse final de semana. Como sou gorda como a personagem principal, me identifiquei com tudo (sem exageros) que ela já viveu por estar acima do que consideram o peso ideal. O livro trata de gordofobia de um jeito muito inteligente e prático, mas caso seja um assunto delicado, leia com cuidado por conta dos gatilhos (mas juro que tudo é tratado com muita responsabilidade). Provavelmente, esse livro não vai ter o mesmo impacto na sua vida se você não é gorda (gordo), mas acredito ainda assim que é uma leitura fantástica e que, mesmo deixando esse fator um pouco de lado, vale a penas de uma forma que nem sei explicar. Eu falei demais no vlog (que já citei) e é isso. Leiam. Obrigada. De nada.


ps: Ganhei o livro da editora, por parceria, e sou eternamente grata por terem me dado esse amor e presente em forma de livro.

De Olho Nela
Autora: Kate Stayman-London
Editora: Paralela 
Páginas: 385
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sexta-feira, 7 de maio de 2021

These Witches Don't Burn (Isabel Sterling)

Esse livro começou a aparecer muito para mim em vídeos do TikTok (inclusive, se ainda não me segue por lá está esperando o que mesmo? É @bellslopes, ok) na época do Halloween. Temos um livro de fantasia teen com personagens queer e é simplesmente genial. Inclusive, já comprei a continuação (é uma duologia) e quero ler em breve. As personagens principais são maravilhosas e muito bem escritas e, para completar, o livro tem muitas citações da cultura pop que eu tanto amo e, além disso, muitos personagens irônicos, o que é melhor ainda. Eu tenho gostado muito de conhecer universos de magia novos, uma vez que, por muito tenpo, eu estava presa demais na ideia de magia em apenas Harry Potter. Desde que, ano passado, li a trilogia de Hex Hall (da Rachel Hawkins) eu empolguei e quero ler mais e mais livros fantásticos assim. Acho que já deu para entender que eu amei o livro e ele ficou com cinco estrelas, não é? Ele ainda não tem aqui no Brasil, mas tenho atormentado uma das editoras parceiras aqui do blog para eles publicarem por aqui (hehe). Vai que cola, não é mesmo?

Hannah é uma bruxa, uma de verdade mesmo e que mora em Salém. Ela e todo seu coven são bruxos dos elementos, o que significa que ela tem mais intimidade com os elementos e a natureza e, de certa forma, se treina para controlar isso. Pode parecer bobo, mas isso logo muda quando entendemos que é possível controlar até a água que circula dentro do corpo humano e tudo que isso é capaz de fazer. Ela não é a única adolescente bruxa da cidade, por mais que o coven esteja bem menor, Veronica também é uma bruxa dos elementos e, para completar, é a ex namorada de Hannah. A magia é um grande segredo e é algo que precisa ser sempre escondido dos Regs (pessoas sem magia), exatamente por isso, a melhor amiga de Hannah (uma Reg), Gemma, não tem ideia do que está acontecendo na cidade. Existem outros tipos de bruxos, os de feitiços e os de sangue. O segundo, é um tipo perigoso e elas acreditam que tem alguma bruxa de sangue a solta pela cidade.

O que elas não imaginam, é que o buraco é muito mais em baixo e que uma bruxa de sangue seria o menor dos problemas delas. Caçadores de bruxam ainda existem e estão cada vez mais perto de achar o coven da cidade. Enquanto esse caos está rolando, Hannah ainda precisa lidar com o coração dela, uma vez que ela acreditava ainda sentir alguma coisa por Veronica, mas uma menina nova (e bailarina!) na cidade começa a chamar muito mais a atenção dela. Só que, por conta de tudo que estava acontecendo, Hannah precisa colocar tudo isso de lado e se juntar com Veronica para descobrir quem é a pessoa por trás de todos os ataques e se, de fato, além disso tudo ainda tem mesmo uma bruxa de sangue atacando as pessoas. Incêndios que começam do nada, animais sendo atacados e, até mesmo, as bruxam sendo atacadas. A cada segundo que passa, Salém fica mais e mais perigosa para bruxas e regs.

É tão clichê e tão maravilhoso. Sério. Hannah e Veronica são irônicas e debochadas e eu amo personagens assim. E o fato de elas ainda por cima serem bruxas deixa todo o rolê ainda mais interessante e divertido. A melhor amiga de Hannah, Gemma, também é maravilhosa e rouba a cena (de um jeito bom) quando aparece. Adorei conhecer esse mundo da magia criado na história e, como comentei, estou doida para ler a continuação e entender onde isso tudo vai parar. O livro todo tem uma vibe série Sabrina da Netflix (mas a primeira temporada que estou falando, rs) e tem todos os clichês que tanto gostamos nesses romances teen e tudo isso com a emoção de tentar descobrir quem são as pessoas por trás de todo o caos que está rolando. Enfim, eu recomendo demais esse livro e espero mesmo que ele venha para o Brasil (fiquei parecem aqueles fãs de twitter pedindo para os ídolos virem para cá, rs).

These Witches Don't Burn
Autora: Isabel Sterling
Editora: Razorbill 
Páginas: 319
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quinta-feira, 6 de maio de 2021

A Distância Que Nos Separa (Kasie West)

Eu mais uma vez caí na armadilha de achar que ia ler uma história no estilo da Cinderella (como aconteceu em Teoricamente Princesa, que é um livro fantástico, mas que também não tem quase nada a ver com o conto de fadas). Na sinopse que estava disponível sobre o livro (que li pela Árvore de Livros) estava falando que era "uma história de Cinderela fofa e esperançosa". Realmente, a história é leve, divertida e traz um quentinho de esperança no coração, mas não tem um único "A" do conto de fadas da gata borralheira ali. O livro ficou com quatro estrelas e eu aproveitei bem mais a leitura depois que parei de tentar fazer ligações entre a história da personagem principal com a da princesa. Inclusive, a personagem principal é mega irônica e eu amei isso demais nela. Não é um livro espetacular, mas a leitura é rápida e divertida.

Caymen Meyers acreditava que os ricos não eram confiáveis e que são completamente fúteis. Ela tinha seus motivos, mas vez que sua mãe havia sido abandonada pela família quando descobriu que estava grávida e seu pai, que era bem rico, tinha dado um jeito de nunca mais ter de se preocupar com a existência dela por meio de contratos e acordos. Além disso, ela trabalhava na loja de bonecas de porcelana na mãe e, os únicos doidos possíveis para gastar com aquelas bonecas que pareciam de filme de terror eram os que tinham muito dinheiro na cidade. Sua teoria sobre as pessoas com muito dinheiro começa a cair por terra quando ela conhece Xander Spence, o neto de uma das melhores e mais antigas clientes da loja. A atração que um sente pelo outro é algo imediato, mas Caymen sabia melhor do que se apaixonar pelo riquinho bonito. Sua mãe já havia lhe preparado para aquilo... uma coisa que na teória era tranquilo, mas na prática não funcionava tão bem assim. Ela não mandava no coração dela, por mais que ela achasse que seria muito mais seguro se apaixonar pelo cantor de rock amigo de sua melhor amiga que tinha condições financeiras e uma realidade bem mais parecida com a dela.

Mas Xander estava preparado e, além de mimá-la com seu chocolate quente favorito, ele também queria propor um desafio de amigos (que querem ser mais que isso) para ela. Ambos estavam completamente perdidos na vida quando o assunto era o futuro. Caymen  sabia que suas opções eram poucas por conta de suas condições financeiras, enquanto que Xander queria fugir do futuro que havia decidido para ele desde que ele havia nascido, herdeiro de uma grande rede de hotéis. Um precisaria criar situações de trabalho para o outro, saindo da zona de conforto deles, para tentarem imaginar e criar um novo futuro. O que ela não imaginava era que havia muita coisa por trás, não só de sua amizade mais nova, mas também por trás de toda sua vida e de tudo que ela acreditava como verdade. Naquele momento, o futuro seria o menor de seus problemas.

O final é uma bosta. Obrigada e de nada. Ok, acho que fui um pouco má... o final é legal, mas poderia ser tão infinitamente mais legal. Gostei de como algumas das coisas se desenvolveram e de muitas das revelações (com todos os clichê que temos direito), mas o final chega e você fica tipo: Cadê o resto que deva estar aqui? Sobre a minha revolta com o fato do livro não ter nada de Cinderela, o máximo que posso falar sobre isso aqui é que em um momento um riquinho mimado usa a frase "Síndrome de Cinderela" para tentar humilhar uma pessoa, ou seja, mesma coisa que nada. No geral, como já disse, é um livro leve e divertido, com personagens muito bem criados e uma história que te prende (mas que cria uma ideia de final que não existe e eu, pelo menos, quebrei de leve a cara). Os personagens secundários são bem legais, mas não chegam a roubar a cena. Um livro para quem está querendo sair de uma ressaca literária ou, simplesmente, ler algo mais calmo e de boa.

A Distância que Nos Separa
Autora: Kasie West
Editora: Verus 
Páginas: 240
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terça-feira, 4 de maio de 2021

Hot Asset (Lauren Layne)

Descobri os livros da Lauren Layne ano passado ao ler Mais que Amigos e, desde então, me viciei na escrita de clichê bem feito dela. A autora tem uma vibe de Abbi Glines, Amy Harmon e Tammara Webber, mas com um padrão que marca bem que aquelas personagens são dela. Ano passado também li a trilogia Recomeços e eu simplesmente amei como a autora escreve todos os clichês possíveis e imagináveis enquanto zoa tudo isso ao mesmo tempo. São livros leves, rápidos e completamente devoráveis e, exatamente por isso, quando recentemente teve uma promoção online eu comprei logo uma trilogia completa dela (em inglês foi a: 21 Wall Street). E assim começamos com o livro Hot Asset. Ele tem a mesma pegada dos outros da autora que já li, mas não posso negar que, de começo, achei o livro meio lento. Mas até que faz sentindo, uma vez que é um livro que foca muito em ações financeiras e coisas de um mercado que eu tenho zero contato. O começo da história é uma introdução a tudo que vamos ver, mas ainda assim, foi lento para pegar no ritmo. Por conta disso, e de mais alguns detalhes que ainda vou comentar, o livro acabou ficando com quatro estrelas e meia (o que ainda assim é uma nota fantástica). Estou mega animada para ler os próximos livros da trilogia, uma vez que já conhecemos os personagens principais nessa primeira história (onde eles aparecem como secundários e já chamam a atenção). Ok, menos blá blá blá e mais resenha.

Ian Bradley é um dos nomes certos para investimentos em Wall Street no momento. Jovem, muito inteligente, com um salário de sete dígitos e um escritório fantástico, ninguém conseguiria derrubá-lo  ou pelo menos era isso que ele acreditava. Lara McKenzie está lutando para chegar onde quer, uma sonhada vaga no FBI, mas para isso precisa começar de baixo trabalhando em outras áreas do governo (na Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos, por exemplo) e lidando com coisas nem tão emocionantes assim. Segundo uma denúncia anônima (a única pessoa que sabia de onde vinha o informante era o chefe da Lara), Ian tinha conseguido informações privilegiadas de um funcionário de uma grande empresa sobre o fato de que eles iriam falir e, com isso, ele teria retirado todos os investimentos que ele e seus clientes tinham lá, assim, lucrando em cima da crise (o que é contra a lei).

O problema é que Lara não consegue achar nada contra Ian. Tudo aponta para o fato de que ele não fez nada ilegal e que, na verdade, apenas tinha vendido as ações pois estava seguindo uma lógica própria de mercado e havia funcionado. Mas ela precisava que aquele caso fosse épico para ser notada pelo FBI. Para complicar ainda mais a situação, a cada segundo que ela passava perto de Ian ia ficando mais difícil de resistir o charme que o empresário tinha e, claro, que ele sabia usar a seu favor. De começo, ele realmente estava pensando em conquistar Lara para facilitar no caso, em que ele realmente era inocente, mas logo nessa brincadeira de gato e rato ele percebe que quem está no comando é ela e, na verdade, ele que não consegue mais fugir do charme dela. Aos poucos, os dois percebem que o buraco de toda essa situação é muito mais em baixo e precisam unir forças para resolver o verdadeiro esquema (enquanto se apaixonam, é claro).

De começo o livro fica mais lento pelo número de termos técnicos e de ações e investimentos que são colocados no livro (e isso dá uma leve preguiça), mas depois isso vai ficando mais como pano de fundo da história e logo pegamos um ritmo legal. Todo mundo sabia que Ian era inocente, mas a enrolação que foi para eles perceberem que a treta era muito mais em baixo acabou deixando a história um pouco lenta também (mais pro meio) e foi um dos fatores de eu ter tirado a meia estrela. Ainda assim, o livro é leve e tem muitas cenas engraçadas (a secretaria do personagem principal, por exemplo, rouba a cena quando aparece e estou doida para vê-la como personagem principal em um dos próximos livros). Um detalhe importante é que quando achei que a autora ia cagar uma coisa, ela foi lá e me surpreendeu demais fazendo algo clichê, mas contra o clichê. Porque eu tenho uma preguiça eterna de quem separa o casal principal só para criar um drama, mas ao fazer isso força demais a barra e chega a dar preguiça, mas aqui vamos por um caminho diferente que me fez bater palminhas. Um livro com cenas hot, mas nada exagerado ou forçado e que não muda o foco do livro só para ter cenas assim, mas também um livro leve e divertido que vale a pena ler.

Hot Asset (21 Wall Street #1)
Autora: Lauren Layne
Editora: Montlake Romance
Páginas: 266
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