Hey! Eu sei que vocês estavam malucos para ler essa resenha, então aqui está. Quando postei que estava lendo (e quando comentei que junto com o livro veio também um álcool em gel) vocês piraram o cabeção, mas muita calma. A hora chegou, rs. O livro é uma graça em todos os sentidos da palavra, e eu vou contar tudo nos detalhes, é claro. Ele ganhou quatro estrelas, mas isso não quer dizer que ele seja ruim, muito pelo contrário, é porque ele é muito real e bom demais que recebeu essas quatro estrelas. Hãn? Pois é. Em muitos momentos a realidade é um pouco forte demais e como eu tenho ansiedade (nada tão forte como a dos personagens do livro) fiquei meio mal lendo alguns trechos. Ou seja, o livro não trata do assunto por alto, ele vai lá e faz o trabalho dele. Se você não tem nenhum problema com isso, o livro é um 'cinco estrelas' para você. Ficou confuso? Mais para frente explico melhor. Por mais que a capa seja maravilhosa (e torta! como assim o quadrado da capa de um livro sobre 'toc' é torto??), vamos focar na resenha, por enquanto, pelo menos. Ah, o livro é um young adult que fala sobre amor e... TOC.
Bea descobriu recentemente que algumas de suas manias, quando o assunto é 'garotos', são descritas como um transtorno obsessivo-compulsivo. Afinal, não é assim muito 'normal' resolver stalker uma pessoa que você nem conhece só porque foi com a cara dela. Ok, é normal sim, o problema é quando vai muito além do 'dar uma olhadinha no facebook ou instagram'. Bea faz as coisas ao extremo. É para stalkear? Então vamos dirigir por mais de uma hora até achar a casa da pessoa. É para fazer direito? Então vamos anotar cada palavra que ela diz em um caderno. Por conta disso ela acaba em uma psicóloga, mas ela acredita que não tem exatamente um problema e, por mais que reconheça até mesmo de longe os sintomas dos ataques que tem, ela acredita que nem é tão problemática assim. Deve ter gente pior. Sempre tem. Tudo estava relativamente normal em sua vida, sua manias e consultas, até que, durante uma festa da sua escola em parceria com outra escola, Bea se vê no escuro (por conta de uma queda de energia) e, mesmo sem ver nada, consegue perceber que alguém muito perto dela está tendo um ataque de pânico. Ela conhece o momento, conhece a dor e, por conta disso, resolve ajudar. E é assim que ela conhece Beck, um menino que também tem TOC.
Eles não trocam muitas palavras e nem se vêem, afinal, estão no escuro. Se apresentam e, no final, trocam um único beijo. Bea acredita que nunca mais vai ver o menino, mas é aí que entra aquele tal de destino. A psicóloga dela decide que ela ficaria muito bem indo à reuniões de grupo. Quem sabe conhecendo outras pessoas com problemas ela passaria a aceitar melhor o dela, para assim, lidar melhor. Quem está lá no meio? Beck, é claro. Bea tem medo de machucar as pessoas e leva isso ao nível máximo, sem esquecer, é claro, a mania de stalkear as pessoas. Beck é maluco com academia (de ir malhar no meio da noite), adora o número oito e, por conta disso, precisa fazer tudo com esse número (8 minutos de banho, mas se deixar chegar ao nove só pode parar quando der 88minutos...) e, por último, ele precisa se sentir limpo. Álcool em gel só não basta. Precisa lavar a mão oito vezes. Entre muitas manias e muitas descobertas os dois vão se ligando. Bea (e sua, fofa, amiga Lisha) vai tentando lidar com seus problemas, mesmo não acreditando com seus problemas, enquanto que Beck tenta diminuir suas manias. Afinal, para que lavar a mão oito vezes, se podemos baixar para cinco? Um vai tentando ajudar o outro, porque a vida é complicada mesmo. E que alguém melhor que uma pessoa com TOC para arrumar uma coisa? rs
Bea é uma piada, de verdade. A forma que ela lida com seus problema acaba sendo leve para quem lê, mas, ao mesmo tempo, se você tem algum problema (tipo eu com minha ansiedade) vai se identificar muito com ela e as trapalhadas dela. A forma que ela fala dos problemas deixa tudo mais simples. Beck é uma gracinha de personagem. Sério, dá vontade de pegá-lo no colo para tentar ajudar. Aí você lembra que se fizesse isso o coitado teria que ficar oito minutos lavando oito vezes a mão, aí desiste (o fato de ele ser um personagem fictício não afeta no caso, obrigada). Lisha é uma amiga clássica de young adult, ela sabe o que falar e quando falar. Enquanto que a Dra. Pat (a psicóloga) aparece sempre para nos lembrar que tudo tem como ser resolvido, basta querer.
O livro, como disse ali em cima, é uma gracinha. Cheio de frases muito inteligentes e de impacto. Não tem como não ficar pensando na história, mesmo não estando com o livro em mãos os personagens são tão marcantes que voltam para te lembrar que eles existem e querem sua atenção. Meu aviso, único, é: Se você tem algum tipo de TOC (ou ansiedade, ou ataque ou qualquer outra coisa) leia com calma. Você também vai amar a história, mas as vezes a nossa verdade dói. Nem sempre estamos preparados para ouvir (ler), mas é bom. Ajuda de uma forma gostosa e de bônus diverte. Sobre a capa, que também falei lá em cima, ela é linda de viver, mas ainda estou chocada com o fato de ela ser torta (e olha que nem tenho esse TOC, rs). Se você gosta de young adults clássicos e muito fofos, esse livro é para você. Se joga!
Uma História de Amor e TOC
Autora: Corey Ann Haydu
Editora: Galera Record
Páginas: 318
Skoob do Livro.
Meu Skoob.
Bea descobriu recentemente que algumas de suas manias, quando o assunto é 'garotos', são descritas como um transtorno obsessivo-compulsivo. Afinal, não é assim muito 'normal' resolver stalker uma pessoa que você nem conhece só porque foi com a cara dela. Ok, é normal sim, o problema é quando vai muito além do 'dar uma olhadinha no facebook ou instagram'. Bea faz as coisas ao extremo. É para stalkear? Então vamos dirigir por mais de uma hora até achar a casa da pessoa. É para fazer direito? Então vamos anotar cada palavra que ela diz em um caderno. Por conta disso ela acaba em uma psicóloga, mas ela acredita que não tem exatamente um problema e, por mais que reconheça até mesmo de longe os sintomas dos ataques que tem, ela acredita que nem é tão problemática assim. Deve ter gente pior. Sempre tem. Tudo estava relativamente normal em sua vida, sua manias e consultas, até que, durante uma festa da sua escola em parceria com outra escola, Bea se vê no escuro (por conta de uma queda de energia) e, mesmo sem ver nada, consegue perceber que alguém muito perto dela está tendo um ataque de pânico. Ela conhece o momento, conhece a dor e, por conta disso, resolve ajudar. E é assim que ela conhece Beck, um menino que também tem TOC.
"Terapeutas acham que tudo é mecanismo de defesa. Simplesmente estar pensando aqui, na minha cabeça, neste momento, é um mecanismo de defesa." - Página 32
Eles não trocam muitas palavras e nem se vêem, afinal, estão no escuro. Se apresentam e, no final, trocam um único beijo. Bea acredita que nunca mais vai ver o menino, mas é aí que entra aquele tal de destino. A psicóloga dela decide que ela ficaria muito bem indo à reuniões de grupo. Quem sabe conhecendo outras pessoas com problemas ela passaria a aceitar melhor o dela, para assim, lidar melhor. Quem está lá no meio? Beck, é claro. Bea tem medo de machucar as pessoas e leva isso ao nível máximo, sem esquecer, é claro, a mania de stalkear as pessoas. Beck é maluco com academia (de ir malhar no meio da noite), adora o número oito e, por conta disso, precisa fazer tudo com esse número (8 minutos de banho, mas se deixar chegar ao nove só pode parar quando der 88minutos...) e, por último, ele precisa se sentir limpo. Álcool em gel só não basta. Precisa lavar a mão oito vezes. Entre muitas manias e muitas descobertas os dois vão se ligando. Bea (e sua, fofa, amiga Lisha) vai tentando lidar com seus problemas, mesmo não acreditando com seus problemas, enquanto que Beck tenta diminuir suas manias. Afinal, para que lavar a mão oito vezes, se podemos baixar para cinco? Um vai tentando ajudar o outro, porque a vida é complicada mesmo. E que alguém melhor que uma pessoa com TOC para arrumar uma coisa? rs
"Gosto demais do outro Beck para desistir dele.
O da minha cabeça. O do escuro." - Página 48
Bea é uma piada, de verdade. A forma que ela lida com seus problema acaba sendo leve para quem lê, mas, ao mesmo tempo, se você tem algum problema (tipo eu com minha ansiedade) vai se identificar muito com ela e as trapalhadas dela. A forma que ela fala dos problemas deixa tudo mais simples. Beck é uma gracinha de personagem. Sério, dá vontade de pegá-lo no colo para tentar ajudar. Aí você lembra que se fizesse isso o coitado teria que ficar oito minutos lavando oito vezes a mão, aí desiste (o fato de ele ser um personagem fictício não afeta no caso, obrigada). Lisha é uma amiga clássica de young adult, ela sabe o que falar e quando falar. Enquanto que a Dra. Pat (a psicóloga) aparece sempre para nos lembrar que tudo tem como ser resolvido, basta querer.
O livro, como disse ali em cima, é uma gracinha. Cheio de frases muito inteligentes e de impacto. Não tem como não ficar pensando na história, mesmo não estando com o livro em mãos os personagens são tão marcantes que voltam para te lembrar que eles existem e querem sua atenção. Meu aviso, único, é: Se você tem algum tipo de TOC (ou ansiedade, ou ataque ou qualquer outra coisa) leia com calma. Você também vai amar a história, mas as vezes a nossa verdade dói. Nem sempre estamos preparados para ouvir (ler), mas é bom. Ajuda de uma forma gostosa e de bônus diverte. Sobre a capa, que também falei lá em cima, ela é linda de viver, mas ainda estou chocada com o fato de ela ser torta (e olha que nem tenho esse TOC, rs). Se você gosta de young adults clássicos e muito fofos, esse livro é para você. Se joga!
Uma História de Amor e TOC
Autora: Corey Ann Haydu
Editora: Galera Record
Páginas: 318
Skoob do Livro.
Meu Skoob.