quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

A Pirâmide Vermelha (Rick Riordan)

Eu estava em uma vibe de ver documentários sobre o Egito antigo agora durantes as férias. Foram todos que consegui encontrar nos serviços de streaming que assino e ainda mais alguns no youtube. No final das contas, estava com muita vontade de ler algum livro que fosse por esse caminho e acabei pedindo por indicações em um dos vlogs de leitura que fiz lá no canal. O divertido é que falei que queria alguma coisa estilo Percy Jackson, só que do Egito... e não é que o autor do Percy também se aventurou (muito bem mesmo) pelo Egito e suas lendas? Eu li a série dos Olimpianos quando ainda estava no colégio (uns dez anos atrás) e lembro que gostava demais da escrita leve e cheia de momentos divertidos e uns até mesmo debochados que o autor tem. Encontrei exatamente isso com o primeiro livro da série As Crônicas dos Kane. Que livro fantástico. Que livro inteligente, detalhado, divertido, criativo e a lista ainda é grande... eu poderia continuar aqui falando sobre as mil qualidades. É meio claro que o livro ficou com cinco estrelas (e que vou querer ler o resto dessa trilogia).

Sadie e Carter são irmãos, mas cresceram separados. A mãe deles morreu quando ainda eram crianças e, desde então, Sadie mora com os avós em Londres e Carter viaja o mundo com o pai, que é um egiptologista. Um pouco antes do natal, Carter e seu pai fazem uma visitar para Sadie e eles vão para um Museu em Londres e as coisas saem por completo do controle enquanto eles estão por lá. O pai deles, Dr. Julius, numa tentativa de arrumar algumas coisas do trabalho dele acaba liberando cinco deuses do antigo Egito no mundo da atualidade e o mais perigoso deles, Set, está determinado a acabar com a família Kane. O que ors irmãos nem sequer imaginavam, é que todas as lendas, mitos, deuses e afins do Egito eram realidade e que a família deles fazia parte de uma ordem secreta que tinha como meta de vida preservar e proteger a magia dos deuses e magos. 

Agora imagine você como fica a cabeça de dois adolescentes ao se verem no meio disso tudo. Logo eles são carregados por um tio, que também faz parte de toda essa loucura, para um mundo onde a magia é real e eles fazem parte de algo que pode salvar (ou acabar com) o mundo todo. Sadie e Carter precisam aprender em poucos dias o que muitos levam anos para estudar. Eles precisam unir forças com deuses, magos e animais que eles nem imaginavam que existiam para tentar salvar o pai deles de um terrível fim e, para piorar, precisam também ajudar a salvar toda a humanidade dos planos terríveis de Set. Enquanto tudo isso acontece, eles ainda vão descobrindo muitas coisas sobre a família deles e, até mesmo, sobre a vida deles e o poder que nem imaginavam que tinham.

O negócio aqui é tiro, porrada e bomba (rs). O livro é agitado do início ao fim e a toda tempo temos uma nova revelação bombástica e algo acontecendo que ficamos completamente chocados. É genial mesmo. Além do que, como eu estava com os documentários frescos na cabeça, foi ainda mais divertido ir reconhecendo as coisas que iam aparecendo como parte da história. Sadie rouba a cena sempre que está como narradora (o livro é contado como se fosse a transcrição de uma fita encontrada com os depoimentos dos personagens principais). Claro, Carter também tem seus muitos momentos de destaque, mas Sadie ganhou um espaço em meu coração e eu ficava mais animada quando vi que o capítulo era narrado por ela. O livro é longo e você sente isso durante a leitura, afinal, são muitos detalhes para tornar todo esse mundo novo em algo crível, mas isso não é um ponto negativo. Apenas pode, em alguns momentos, deixar a leitura mais lenta. Em resumo, um livro maravilhoso que merece ser lido. Estou animada para, ao longo do ano, ler as continuações. Tem vlog de leitura do livro lá no canal.


A Pirâmide Vermelha
Autora: Rick Riordan
Editora: Intrínseca
Páginas: 448 
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Meu Skoob.

terça-feira, 26 de janeiro de 2021

No Meu Sonho Te Amei (Abbi Glines)

Faz um bom tempo que estava com saudades de ler algo da Abbi. Os livros dela nem de perto são aqueles que mudam nossas vidas e nos deixam por dias pensando nas histórias, mas são livros leves e rápidos de ler e muuuuuuito clichês, o que eu amo e não escondo. Li a série completa de Rosemary Beach e, desde que terminei, fiquei com essa vontade de ler mais coisas dela. Inclusive, tenho um parado na estante e a meta (de quem não faz metas) é ler ele esse ano. Enfim, esse livro em questão estava em promoção e eu acabei comprando, porque sou humana. Ele é muito Abbi Glines raiz, o que é muito bom, mas também é problemático. Quer dizer que ele é tudo que descrevi: leve, rápido e clichê. Mas, ao mesmo tempo, também é machista como muitos outros da autora (e olha que ela tinha melhorado muito isso no final de Rosemary Beach). Ok, vamos ser justos aqui. A própria personagem principal percebe muito dos problemas machistas na vida dela e dá uma leve volta por cima, mas muitos comentários de leve passam sem ninguém de fato reparar e apontar como errado (no estilo de existir "essa é para casar" e coisas do tipo). Esse livro ia ficar com três estrelas e meia... mas quando eu estava nos quarenta e cinco do segundo tempo algo aconteceu e mudou tanto o rumo (e a escrita!!) da história que subiu para quatro estrelas. É um livro que precisa ser lido sem spoilers. Assim como também é um livro para maiores. Sempre bom lembrar isso, já que as editoras (em sua maioria) ainda não colocam aviso de conteúdo adulto nos livros.

Vale e Crawford estavam juntos desde sempre. Uma amizade que começou quando ainda eram crianças e que conforme foram crescendo, foi virando uma história de amor. Um relacionamento que marcava toda a vida e as escolhas deles. Exatamente por isso, eles já estavam com todo o futuro planejado para depois da noite de formatura. Eles iriam para a mesma faculdade, seriam felizes para sempre e nada poderia mudar isso. Ou poderia? Um acidente de carro obviamente não estava nos planos, mas isso também fugia por completo do controle deles. Crawford acabou em como, mesmo Vale tendo escapado sem grandes problemas. E agora os planos de uma vida toda estavam parados. Ele em uma cama de hospital e ela vagando pelos corredores (do mesmo hospital). Mesmo sem sinais de melhora, ela não queria sair de perto daquele quarto. Ela queria estar por perto pela mínima chance de ele acordar. Ela queria poder contar para ele depois que ela tinha ficado ali. Que ele era sua vida. Ele era seus planos. Mas nas disso era saudável. Nada disso era normal. E aos poucos ela vai percebendo isso, ela não poderia pausar a vida dela só porque a dele havia sido pausada.

"Acho que me perdi ao longo do caminho." - Página 55

E é aí que entra Slate, um dos melhores amigos de faculdade do irmão mais velho de Vale. Ele também estava andando por aqueles corredores do hospital, mas por um motivo diferente, o tio dele estava lá internado. E ele, aos poucos, vais quebrando as barreiras que Vale estava construindo enquanto ficava encarando as paredes brancas do hospital. Crawford não ia querer que ela jogasse tudo que havia conquista fora, não é mesmo? Ela não podia se sentir culpada por segui com os planos que os dois haviam feito. Afinal, ele que tinha escolhido tudo (sempre). Essa era a chance de ela escolher os caminhos e rumos da vida dela. Ela iria para a faculdade, viveria sua vida, mas sem esquecer do namorado, é claro. E Slate estava lá. Pronto para ser o amigo que ela nem sabia que precisava. Pronto para mostrar que ela merecia muito mais. Mas será que ela estava mesmo pronta para as reviravoltas que a vida pode dar?

"Não queria descobrir que estava enganada." - Página 214

Quando Vale foi parar na universidade o livro ficou tão Abbi Glines que a leitura foi que foi uma beleza. Claro, teve algumas reviradas de olho com os comentários machistas de Slate, mas ver Vale crescendo e descobrindo que ela podia e merecia mais não teve preço. A personagem cresceu demais durante o livro e isso é maravilhoso. Slate é o clássico bad boy pegador dos milhares de new adults que já li nessa vida. Eles têm momentos muito bons, mas também não chega a ser um personagem maravilhoso. Os personagens secundários, amigos que ela conhece na faculdade, também são ótimos e eu me diverti demais com a amigas que ela faz logo no primeiro dia. Personagens femininas que se apoiam: TUDO PARA MIM.

O tcham do livro, que me fez até mesmo mudar a nota final, é genial. Completamente algo que eu não esperava mesmo. Não vou dar spoilers, mas no vlog de leitura do livro que está lá no canal eu gravei o spoiler (hehe). Está no final do vídeo, assim só vê quem quer (e eu estava precisando comentar toda a loucura). Em resumo, é um ótimo livro para ler quando você, por algum motivo, está sem vontade de ler. Os livros da Abbi são todos assim, na verdade. Porque é uma leitura fluída e leve que vai te levando e, quando você percebe, acabou. Lembrando aqui que estamos falando de um livro com cenas para maiores. Ok. Que venham mais clichês duvidosos da Abbi. Amo. Culpada.

No Meu Sonho te Amei
Autora: Abbi Glines
Editora: Arqueiro
Páginas: 240
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quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

A Troca (Beth O'Leary)


No ano passado li outro livro dessa autora que estava muito em alta (Teto para Dois) e dei uma leve quebrada de cara, uma vez que, por mais que eu tenha gostado muito, não achei aquilo tudo que tanto estavam falando (e um dos lados da narrativa me cansou enquanto eu lia, mas isso não aconteceu com esse livro agora, pelo menos, rs). Pensando nisso, não estava planejando ler ou comprar esse livro tão cedo, mas numa das promoções de final de ano ele acabou vindo parar aqui em casa (que vê até pensa que fui obrigada a comprar, rs) e eu resolvi dar mais uma chance para a autora. Que é uma ótima autora! Maravilhosa mesmo. Escreve muito bem e tudo mais, mas acho que ela não é muito para mim mesmo. Ela tem uma escrita que me lembra muito o jeitinho da Sophie Kinsella (que eu amo!), mas alguma coisa nos livros dela me parece meio lento. Eu levei uma eternidade (ou, pelo menos, foi o que pareceu) para sair das cem primeiras páginas aqui. E muitos outros trechos ao longo da história me fizeram sentir a mesma coisa, meio parado, sabe? Em resumo, é um livro bom, mas muito lento. Por isso, ele ficou com quatro estrelas. Inclusive, vai sair uma adaptação para o cinema dessa história e acredito que vai ser fantástica, porque a história é muito boa e no cinema não tem como ser lento, ou seja, acho que vai ser bem legal mesmo. Foco. Vamos focar na história em si e, depois, volto a comentar as loucuras da minha cabeça e minha opinião sobre o livro em detalhes.

Leena está no limite de um ataque. Após passar por um ano muito complicado em sua vida pessoal, ela está sentido todos os efeitos que isso pode ter em sua vida profissional. Ela vive para trabalhar e sempre tenta entregar muito mais do que seria humanamente possível. Como ela é uma ótima funcionária, apenas está em seu limite após viver alguns traumas, sua chefe resolve que ela precisa de férias (na verdade, ela é obrigada a ter férias, porque ela não tirava algum dia para descansar já tinha mais de um ano e isso poderia até mesmo dar problema na empresa). É aí que a cabeça dela entra em parafuso. Férias? Como assim? Ela estava trabalhando tão bem. Qual o motivo de quererem afastá-la do trabalho? Ela não estava entendendo que o corpo dela estava pedindo por limites. 

"Trocar de lugar. Você vai realizar seu sonho!" - Página 55

Enquanto isso, bem longe da agitada Londres, Eileen também estava precisando mudar algumas coisas em sua vida. A avó de Leena estava com a cabeça toda bagunçada desde que seu marido a deixou. Com quase oitenta anos, Eileen está cansada de só ficar focada na vida dos seus amigos (por mais que ela ame isso) e está afim de dar mais uma chance para o amor. E é aí nesse momento que a ideia de trocar de vida aparece. Leena acredita que as duas precisam mudar um pouco os ares e viver um pouco da vida uma da outra. Ela precisava da calma da cidade pequena da avó (por mais que a avó tenha milhares de atividades para fazer diariamente) e a avó precisava das oportunidades de vida e de amor que Londres tinha para oferecer. Elas trocam de endereço, de celular e de afazeres. É incrível como trocando tudo, elas acabam se conhecendo ainda mais. 

"Talvez lhe faça bem perceber que nem sempre tudo sai exatamente 
como esperamos." - Página 202

O livro é uma delícia e acredito que o filme vai ser surreal de bom, mas eu achei ele muito lento. Como comentei antes, o começo parecia que não ia para frente de forma alguma. Adorei a Eileen e ela é incrivelmente mais animada que a neta, mas em muitos momentos a história é bem previsível e clichê (o que não é ruim, mas já sendo lenta isso pode dar uma leve preguiça na hora de ler). No geral, os personagens secundários roubam toda a cena, tanto no interior quanto em Londres. Eileen e Leena não mudam apenas as suas vidas, mas também dos amigos e conhecidos uma da outra. Acompanhar todo o entorno delas foi a parte que mais gostei, de fato. É um livro para ler e não se preocupar com nada, o que é muito bom, e por isso mesmo ficou com as quatros estrelas. Ah, tem vlog de leitura desse livro lá no canal e eu comento mais coisas também.

A Troca
Autora: Beth O'Leary
Editora: Intrínseca
Páginas: 350
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segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

Layla (Colleen Hoover)

Ok, vamos começar essa resenha com uma conversa séria. Esse livro, assim como Verity, é algo completamente diferente do que estamos acostumados a ler da autora (romances dramáticos que acabam com nossos corações e amamos cada segundo disso). O que é ótimo, de forma alguma isso é algo negativo... mas é sempre bom avisar. Quando terminei a leitura, fui ler algumas resenhas no goodreads e no skoob e vi algumas pessoas reclamando sobre esse fator. Estamos falando aqui de um romance sobrenatural. Quem descreveu assim foi a própria Colleen e, depois de ler, concordo plenamente com ela. De certa forma, o estilo do livro em questão me lembrou um pouco o da trilogia Never Never (Nunca Jamais), mas sem a parte do final me matando de raiva (não que eu tenha sido 100% fã do final aqui, mas pelo menos não fiquei com rancor no coração). No geral, o livro é um grande eita atrás de vixe e me deixou completamente doida. Eu só consegui parar quando terminei de ler (o que já deixa claro que li isso em uma tarde). O livro ficou com cinco estrelas e eu estou até agora com a cabeça bagunçada por conta dele. Já avisei, mas é bom repetir: É um livro com uma narrativa sobrenatural e, por isso, indicaria para maiores.

Layla conheceu Leeds durante o casamento da sua irmã. Ele fazia parte da banda que estava tocando na festa e os dois se sentiram atraídos instantaneamente. Os dois estavam meio perdidos na vida e, no momento que começaram a conversar, perceberam que não conseguiriam mais um ficar sem o outro. O que eles não esperavam, era que alguém do passado de Leeds não gostaria nem um pouco de toda a relação deles e colocaria a vida de ambos em perigo. Depois de semanas no hospital, Layla vai se recuperando fisicamente, mas mentalmente ela não é mais a mesma pessoa pela qual Leeds se apaixonou. Pensando em ajudar na recuperação da namorada, ele resolve levá-la para a pousada onde se conheceram, que agora está a venda, para ver se eles conseguem voltar ao ritmo do começo do relacionamento. O problema é que, ao chegar lá, o comportamento de Layla fica ainda mais entranho... e essa nem é a coisa mais estranha que está acontecendo por lá.


"Eu tenho essa noção de que se voltarmos para o ponto de partida, nós nunca vamos 

cruzar a linha de chegada." - Página 49 (Tradução Livre)


Willow é mais uma hóspede da pousada e ela, de alguma forma, está ligada a tudo que está acontecendo por ali e na vida dos dois que acabaram de chegar, mas eles só não sabem explicar muito bem onde as peças se encaixam. A cada dia que passa, Leeds fica ainda mais curioso para entender melhor e conhecer melhor Willow e toda a vida dela. O que ele não imaginava, era que isso poderia afetar não só ela, mas Layla também. Ele precisaria fazer uma escolha que, se errada, acabaria com a vida de todos os envolvidos na história. 


"Você disse que as coisas são caóticas dentro da mente de 

Layla." - Página 215 (Tradução Livre)


Ok. O vlog de leitura desse livro já saiu lá no canal e, quem for assistir, vai perceber o quão pirada esse livro me deixou. Achei que o lado sobrenatural dele me deixou um pouco ansiosa no começo, mas depois ficou (relativamente) tranquilo. Muito doido, mas tranquilo. Não é um livro de terror, é um romance... com atividades sobrenaturais. Dito isso, acho legal comentar que a base do livro em si me lembrou demais o outro livro que já citei aqui da autora, Verity. Eles são completamente diferentes, mas para quem já leu um, quando ler o outro vai entender o que quero dizer (eu acho). Ainda assim, Layla é diferente de tudo que já li até então e me prendeu muito. A cada descoberta eu ficava ainda mais ansiosa para entender toda a loucura que estava rolando por lá e eu sempre ficava boquiaberta encarando o livro em choque por alguns bons segundos.

O final me agradou muito? Não. Mas eu achei mega curioso e muito corajoso também. Algo que poderia ter dado completamente errado, mas que Colleen soube escrever muito bem (tanto que o livro ficou com cinco estrelas). Leeds é um personagem ok, mas quem rouba mesmo a cena o tempo inteiro são as donas da história toda, Willow e Layla. É um livro para ler com a cabeça bem aberta, afinal, o lado sobrenatural dele é bem criativo e muito doido (mas faz muito sentido no conjunto da obra). Em muitos momentos eu me pegava pensando se tudo que estava acontecendo por lá estava mesmo acontecendo, ou se os personagens estavam todos doidos e eu estava ficando maluca junto. Mas é tudo "real" mesmo na história e você vai entrando pro meio e querendo entender junto. É um caos bom. É algo que é emocionante no sentido de trazer emoções misturadas. Não entrou para o meu top cinco de favoritos da autora, mas definitivamente foi uma ótima leitura.

Layla
Autora: Colleen Hoover
Editora: Montlake
Páginas: 290
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sábado, 16 de janeiro de 2021

Life and Death (Stephenie Meyer)

Quem acompanha o blog, o canal e meu instagram sabe que ano passado eu reli Crepúsculo (tem vlog de leitura) e me redescobri crepusculete (haha). Além disso, também li Midnight Sun quando o livro lançou (tem resenha no canal e vlog de leitura) e aí foi um caminho sem volta. Voltei a me sentir a menina de uns treze anos atrás (socorro) que era muito team Edward. Depois disso tudo, resolvi que ia ler o único dessa brincadeira toda que me faltava, O Vida e Morte (Life and Death) que, para quem não conhece, é a história que já conhecemos de Twilight, mas com os gêneros de todos os personagens (menos dos pais da Bella e ela justifica isso na introdução) trocados. Ou seja, agora temos uma vampira que se apaixona por um humano. Inicialmente, achei a ideia bem genial e estava muito animada para ler, ainda mais porque, quando comprei o livro, muitas pessoas vieram me falar que era maravilhoso e que conseguia ser melhor que o original. Ou seja, minhas expectativas estavam ridiculamente altas. De fato, é muito bom, mas não achei que superou toda a magia de ter lido o original. Por conta disso, e de alguns mini fatores, o livrou acabou com quatro estrelas e meia (porque agora sou uma pessoa que aceita dar notas assim quebradas, rs). 

Quem está acostumado a ler minhas resenhas, sabe que agora seria a hora que eu contaria um resumo sobre a história de um jeito leve e já deixando um pouco claro o que achei dos personagens e da trama. Só que estamos falando aqui de uma das histórias de livro (e filme) mas conhecida dos últimos tempos. E é aí que está um dos motivos pela perda da meia estrela: É EXATAMENTE A MESMA COISA. É claro, não foi uma propaganda enganosa nem nada. Eu sabia que ia ler a mesma história, mas com a troca dos personagens... mas eu não esperava que era tão exatamente a mesma história. Ok, a autora já havia falado na introdução que seria assim e que ela adaptaria algumas coisas (e eu amei as adaptações) e mudaria também algumas coisas que a deixavam nervosa desde o lançamento do primeiro e oficial (que também achei super legal)... mas acho que lá no fundo eu esperava que fosse, ao menos, um pouco mais diferente. O que, de fato, foi totalmente diferente é o final e eu, pessoalmente, não gostei do final novo, rs. Na verdade, essa nova possibilidade de finalização da história me fez até valorizar mais toda enrolação, drama e loucura de Lua Nova e Eclipse. Porque vi que tudo que Bella e Edward passaram fez tudo fazer mais sentido no final. Ok, mas agora vamos voltar o foco para esse livro aqui.

A história se foca em Beaufort Swan o menino que se mudou para Forks para morar com o pai, para que sua mãe vivesse viajando com seu novo marido que era um jogador. Ao chegar lá, ele conhece a família misteriosa e muito bonita dos Cullen. Incluindo a bela (olha o trocadilho) Edythe Cullen. Ok, o resto é tudo igual e é isso mesmo. Claro, todos os personagens que eram mulher viraram homens e vice e versa. E isso ME CONFUNDIU DEMAIS. Chegou a ser divertido ver minha cabeça tostando os neurônios para lembrar que a Bella era na verdade o Beau e o Edward era na verdade a Edythe e minha cabeça ficou bagunçada por umas cem páginas. Além disso, como faz relativamente pouco tempo que li Midnight Sun, eu ainda bagunçava ainda mais o rolê todo. Porque minha cabeça li o trecho de Vida e Morte, lembrava de Crepúsculo e, como a cereja no topo do bolo, bagunçava os as informações extras que eu tenho por ter lido Sol da Meia-Noite. Em resumo, foi divertido a bagunça no final, mas no começo eu tive que ler com muito foco para não me perder nos gêneros novos todos que tínhamos ali.

Sobre o final, que comentei que não gostei, deixei um spoiler (para quem gosta disso) no final do vlog de leitura desse livro. Não se preocupe, o spoiler está depois que eu falo tchau, então não tem risco de ver sem querer. Ah! E para quem, assim como eu, é bem curioso... sim os trechos são idênticos aos de Crepúsculo (salvo as alterações que a autora avisou que faria). Eu cheguei a pegar a minha cópia em inglês e Twilight para comparar trechos com o Life and Death (chamo isso de tempo livre nas férias). Em resumo, vale a pena ler se você gosta muito da saga. É uma leitura legal e, até mesmo, leve e divertida por imaginar essa bagunça de universo novo. Mas, se eu pudesse dar uma dica, seria ler só se não leu nem Twilight nem Midnight Sun muito recentemente, pois acredito que isso vai bagunçar menos a cabeça (hehe).

Life and Death
Autora: Stephenie Meyer
Editora: Little Brown
Páginas: 387
Skoob do Livro.
Meu Skoob.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2021

Uma Dama Fora dos Padrões (Julia Quinn)

Até o final do ano passado, eu nunca tinha lido um romance de época e, na verdade, nunca tinha tido vontade também. Eu amo histórias atuais e coisas com que podemos nos identificar, mas a curiosidade surgiu e, em mais ou menos dois meses, eu li toda a série (os nove livros) dos Bridgertons. Tem tudo isso documentado lá no blog e, inclusive, tem um vídeo em que comento sobre todos os livros de forma geral. E aí, mesmo ainda preferindo histórias atuais, me vi gostando dos tais romances de época. Mas calma que não foi uma transformação drástica na minha vida de leitora (hehe)! Eu, em especial, gosto dos que fogem das regras (levemente cansativas) da alta sociedade. Tanto que os meus favoritos dos Bridgertons foram os livros do Benedict e da Eloise (por serem os menos "bailes e regras"). Ok, agora que já fiz toda essa introdução, fica fácil entender o motivo por trás da minha escola para seguir nesse mundo de época começando por algo que tem "fora dos padrões" no título. De fato, encontrei um estilo que queria e me diverti com a leitura... mas minha maior surpresa aqui foi com o fato de que estamos (ainda) falando de uma Bridgerton aqui. O livro conta a história da tia dos personagens que já conhecemos da outra série (ela é a irmã mais velha do pai do povo todo da série Bridgerton). Inclusive, o nome do livro em inglês já deixa isso bem na cara, uma vez que é "Because of Miss Bridgerton" (Algo como: Por causa da Senhorita Bridgerton). Ok, já introduzi demais essa resenha, vamos focar na história agora, né? É. O livro ficou com quatro estrelas e, na animação, já garanti os outros três da série pelo kindle (porque estava em uma mega promoção o box e eu sou humana).

Billie Bridgerton nasceu para comandar as terras e posses da família, inclusive, ela já fazia isso para ajudar o pai e era muito boa com os números das contas e com os afazeres do campo. Só tinha um problema, ela era uma mulher. Mesmo sendo a filha mais velha dos Bridgertons, ela nunca teria controle sob nada daquilo que tanto cuidava e amava, uma vez que, quando o pai não estivesse mais ali, tudo iria para o irmão mais novo dela (o primeiro filho homem da casa). Mesmo assim, ela seguia fazendo o que amava fazer na casa e nas terras da família e ficava longe de tudo que era pomposo e exagerado no centro de Londres. George Rokesby, por outro lado, tinha tudo que Billie sempre sonhara em ter (ele era o primeiro filho e tinha direitos por isso), mas ao mesmo tempo sonhava com a liberdade que seus irmãos mais novos tinham. Ele, inclusive, não tinha muita paciência com os irmãos e com a própria Billie, que cresceu junta da família dele, uma vez que as famílias eram vizinhas e os filhos mais novos dos Rokesbys eram muito amigos de Billie.


"(...) quem mais passaria por ali no pior momento dela, no mais estranho e embaraçoso, 

na única maldita hora que ela precisava ser resgatada?" - Página 11


Os dois não se suportavam. Ele não tinha paciência para as loucuras dela e ela não gostava muito do jeito fechado dele, além do fato de quem podia ser exatamente o que ela gostaria de ser, mas não podia. Tudo muda quando os dois se veem presos em um telhado por conta de umas das loucuras de Billie fez e, ali naquele lugar inusitado, eles percebem que algo anda diferente entre eles. Billie sempre achou que acabaria se casando com um Rokesby por conveniência, mas nunca passou pela cabeça dela sentir algo pelo único irmão da família com quem ela tinha zero contato e intimidade. Aos poucos eles vão percebendo que estão sentindo algo bem diferente do que sentiam antes, a falta de paciência e o desentendimento acaba virando um desejo e uma paixão incontrolável e tudo acabando ficando ainda mais intenso quando se beijam. Um verdadeiro escândalo para época, mas um segredo só deles. Mas será que pararia em um único beijo?


"(...) eu gostaria de pensar que você me ama demais 

para deixar isso acontecer." - Página 263


Ok. O livro é leve, divertido e totalmente fora dos padrões mesmo (para a época em questão), o que me fez gostar e dar as quatro estrelas... mas qual o motivo de não ser cinco? A enrolação desse casal meu Deus do céu! Até esse escandaloso primeiro beijo sair foram páginas e mais páginas enrolando e eu já estava até desanimando com a torcida pelo casal... mas aí o beijo saiu e foi só alegria (claro, teve uns dramas de leve para bagunçar a trama e movimentar os personagens, mas nada exagerado demais). No final das contas, o que mais gostei na história foi, de fato, ela ser fora dos padrões e é legal repetir isso, afinal, é o nome do livro e acho demais quando o título realmente faz sentido na tradução que escolhem. 

Virei a nova fã número um de livros de época? Não. Ainda não foi dessa vez, galera. Mas vou seguir com essa série dos Rokesbys ao longo do ano. Decidi que vou ler esses próximos três livros com alguns bons intervalos entre as leituras. Aprendi isso depois de ler os  nove livros dos Bridgertons de uma vez só e ficar um pouco cansada da escrita e do ambiente dos livros (hehe). Então, um bom intervalo entre as leituras pode me fazer gostar ainda mais. No geral, é isso. Um livro de época para quem, assim como eu, gosta de estar por fora das regras da alta sociedade da época. Um romance água com açúcar gostoso (leve, mas ainda assim bom) e personagens que ainda vão ser bem explorados nos próximos livros. Ah, tem vlog de leitura desse livro lá no canal.


Um Dama Fora dos Padrões
Autora: Julia Quinn
Editora: Arqueiro
Páginas: 270
Skoob do Livro.
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terça-feira, 12 de janeiro de 2021

The Chase (Elle Kennedy)

Eu estava bem animada para começar Briar U, nome dessa série de livros, uma vez que recentemente li outra série da mesma autora (que se passa exatamente nesse mesmo universo, bem uma vibe Abbi Glines com Rosemary Beach), Off-Campus (Amores Improváveis, no Brasil). A escrita da autora é mega clichê, mas de um jeito bom. O livro em questão, The Chase, estava de graça na Amazon um tempo atrás pela loja kindle e eu aproveitei e baixei. Queria uma leitura leve, divertida e clichê e, de fato, achei tudo isso... mas ao mesmo tempo achei a história muito lenta e cansativa. Sério, eu torci para todo mundo nesse livro, menos para o casal principal. Mas calma, eu vou explicar isso melhor. No geral, o livro ficou com três estrelas. Seriam apenas duas, mas a personagem principal é tão maravilhosa que ela (sozinha) ganhou mais uma estrela para o livro (hehe). Importante lembrar que estamos falando de um livro com conteúdo adulto aqui. Além disso, ele também trata de assuntos sérios e delicados (de uma maneira inteligente) e, por isso, preciso avisar sobre gatilhos quando o assunto é abuso. Ok. Explicações feitas, vamos seguir em frente.

Summer havia sido convidada a se retirar de sua faculdade (uma das melhores do país) após um pequeno acidente na república em que morava. Ela sabia que tudo aquilo era um grande exagero, mas, ao mesmo tempo, ela também sabia da fama que tinha e, por isso, acabou sendo transferida para outra faculdade, a Briar. Um lugar tão bom quanto o que ela antes estudava, mas isso significava que ela teria que passar por muitas aulas novas, conhecer pessoas novas e tudo novo... de novo. Para complicar um pouco mais, a república em que ela moraria na faculdade a recusou, após o que aconteceu com ela, e ela não tinha nem mesmo um lugar para morar. Por sortem ou não, o irmão mais velho dela havia acabado de se formar na mesma faculdade e era quase que uma lenda do esporte por lá. Ele tinha muitos contatos, inclusive alguns dos quais Summer queria manter distância.


"Uma mulher não é definida por quem namora, mas por 

suas conquistas (...)" - Página 8 (Tradução Livre)


Fitz era um atleta fora dos padrões da faculdade. Ele gostava de jogar, de verdade, mas era um grande nerd na verdade e seu maior sonho era longe do gelo. Ele queria e sabia muito bem programar vídeo games fantásticos. Além disso tudo, ele era também o tormento dos sonhos de Summer. Desde que ela havia conhecido ele, alguns meses antes da mudança, ela se sentia muito atraída por todo aquele mistério e charme em forma de atleta, mas por conta de um grande desentendimento durante uma festa de ano novo, ela acredita que não teria chance alguma com ele. O que nenhum dos dois imaginava, era que o irmão de Summer havia resolvido o problema de falta de um lar para ela... ela iria morar na antiga república de faculdade dele. Que por um acaso, não tão acaso assim, era exatamente o mesmo lugar em que Fitz morava.


"(...) Você quer um cara que grita de cima de um prédio 

o quão sortudo ele é por ter você." - Página 207 (Tradução Livre)


Ok, podemos começar falando que Summer é simplesmente uma personagem fantástica. Ela me surpreendeu demais durante todo o livro e muitas vezes me vi pensando coisas como "é isso aí, garota". O livro é altamente feminista e eu queria abraçá-lo por isso, mas não é nada forçado ou simplesmente querendo aparecer em cima de uma causa. É algo natural, afinal, estamos falando de personagens fortes e mulheres incríveis aqui. Ué, mas Izabela, se é tão fantástico assim, como que só ficou com três estrelas? Simples. Vocês só me viram elogiando a Summer ali. Fitz é um personagem que, por mim, nem existiria no livro. Sério, zero química com esse casal e eu passei mais da metade do livro torcendo contra eles (hehe). O menino é enrolado demais, obtuso demais e não sabe se comunicar. Guardem isso para vida: comunicação é a chave da vida.


Toda a vida acadêmica de Summer (que lida com um transtorno do déficit de atenção) é muito mais legal do que todo o drama e enrolação do Fitz. Chegou na metade do livro e eu já estava torcendo para a personagem principal acabar solteira ou, simplesmente, se apaixonar por qualquer outra pessoa. Claro, no final do livro (bem final mesmo) as coisas foram se resolvendo e eles ficaram fofos juntos (blá blá blá), mas isso demorou quase trezentas páginas e... sem tempo para isso. 

Como comentei, o livro trata de alguns assuntos mais sérios, como abuso. No caso, o abuso é físico, psicológico e de poder. Ou seja, aviso de gatilho. Não é spoiler, pois está na sinopse (pelo menos na em inglês) que o caso é com um dos professores, ou seja, fica aqui o detalhe do que pode ser gatilho para alguém. No mais, é um livro muito bom se ignoramos a existência de Fitz. Fiquei curiosa para ler o resto, mas só vou ler se achar alguma promoção no kindle, não pretendo comprar físico como fiz com a outra série da autora. Um bônus legal é que não tem draminha forçado para separar o casal principal... mas isso só porque eles enrolaram tanto para dar certo que nem daria tempo (hahahahelp). Para quem quiser, temos o vlog de leitura desse livro no canal.


The Chase (Briar U #1)
Autora: Elle Kennedy
Editora: Amazon Kindle
Páginas: 378
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segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

Arte & Alma (Brittainy C. Cherry)

Fiquei uns bons meses sem escrever resenhas aqui para o blog, por mais que ano passado (2020) eu tenha lido 59 livros no total. O que aconteceu, então? Assim como para todo o resto do mundo, eu estava em um momento muito atípico da minha vida, trabalhando de casa e tudo mais, e, ao mesmo tempo que voltei a ler mais com isso, também comecei a vloggar mais minhas leituras. Foi assim que nasceram os "Vlogs de Leitura" lá no canal e me orgulho em dizer que amo o formato que "criei" por lá para compartilhar minhas leituras. Mas algo estava faltando... As resenhas escritas, é claro. Só que um lado da minha cabeça (meus Divertidamente estavam pirando) pensava que não valeria a pena, uma vez que já estava tudo documentado em horas e mais horas gravadas no canal. Mas um novo ano começou e, por mais que na tese não mude nada de fato, quis eu mesma mudar algumas coisas. Começando, é claro, com a volta das resenhas escritas (mas sem abandonar os vlogs de leitura). Agora que já me expliquei, vamos para a primeira resenha escrita do ano... que é sobre o primeiro livro que li no ano (uau, será que ainda sei o que eu estou fazendo aqui?).

Brittainy cada dia mais se torna uma das minhas autoras favoritas da vida. Aquela autora que se publicar a lista de compras do mercado... eu compro para ler. O meu livro favorito de 2020 foi dela (Eleanor & Grey) e, pensando assim, achei que seria muito justo começar o novo ano com um livro dela também. E eu acertei em cheio! Como é de se esperar, o livro quebrou meu coração em mil pedacinhos, mas valeu a pena cada segundo. Chorei, ri, me emocionei, chorei mais um pouco e ri de novo mais algumas vezes. É um livro real. Um livro com situações que fazem parte da nossa vida, mas que nem sempre paramos para pensar em realidades que não são nossas. Mesmo tratando de muitos assuntos delicados, o livro é leve. Exatamente por todos esses fatores (e mais alguns outros que ainda vou comentar) o livro ficou com cinco estrelas e um lindo coração de favorito.

Aria tem a alma de artista. Na verdade, ela em si é a arte. Mas isso nem sempre é muito apreciado pelas pessoas no geral, exatamente por isso, ela é invisível em sua escola. Muitos, mesmo tendo estudado a vida toda com ela, nem sequer lembram o seu nome. E ela não liga muito para isso, de verdade. Ela tem a arte para ser uma companheira fiel e, para quando precisa de contatos humanos, tem seu melhor amigo Simon. Ele também não é lá muito popular e, para completar, lida com alguns transtornos compulsivos (no caso dele, com o número quatro). Só que em questão de semanas, a vida dela muda por completo. É como se tivessem colocado uma grande seta neon apontada para ela e todos que nunca perceberam que ela estava ali, começam a perceber, mas não de uma forma muito agradável.


"Você é uma montanha-russa de emoções e tem medo de se envolver." - Página 11


Levi é a carne nova no pedaço. Ele acabou de chegar na cidade para passar mais tempo com o pai (que ele basicamente não conhecia muito sobre) e virou logo a atração da escola. Bonito, talentoso e com um sotaque do Sul que fez muitas e muitos suspirarem. Assim como Aria, ele também tinha alma de artista. Ele era músico e era toda a alma da música também. Mas toda essa atenção não é nem de perto algo que ele queria ou gostaria de ter, na verdade. Aria e Levi acabam sendo escolhidos como parceiros de um trabalho que envolve a arte e a alma dos dois: música e pinturas. O mundo dos dois colide e eles percebem que, mesmo no caos que vivem, ambos têm muito em comum. Se apaixonar não era nem de perto o plano deles, não com tudo que estavam passando, mas isso não é algo que podemos controlar. A conexão deles é forte e eles percebem que um precisava muito do outro, por mais que nunca fossem de fato admitir isso. A arte e a alma se completam.


"(...) eu encontrei alguém que meio que está juntando os pedaços de novo." - Página 230


O que mais gosto na escrita da Brittainy é o dom que ela tem para escrever personagens secundários. Isso tudo torna a história ainda mais real, afinal, um conjunto de personagens bem escritos nos ajudam a entrar ainda mais na história e a acreditar em tudo que está acontecendo ali. Dito isso, outro dom da autora é criar história que são muito dramáticas, mas sempre na medida certa. O suficiente para você chorar, mas logo se recompor com esperança e quentinho no coração. Essa história me pegou de surpresa em muitos momentos e eu tomei muito cuidado para não soltar nem um mini spoiler aqui para vocês. Ela merece ser lida com todas as suas surpresas e reviravoltas.  

O livro, como comentei, toca em muitos assuntos delicados, mas faz isso de forma inteligente e cativante. Não é sofrível ler o livro, por mais que você sinta algumas dores dos personagens. É uma história que parece real e isso torna a leitura ainda mais gostosa. Indico o livro para que já leu outros da autora e gostou ou para quem gosta da escrita levemente (muito, vamos falar a verdade) da Colleen Hoover. Indicaria a leitura para maiores de quinze anos também. Para ser uma leitura mais bem aproveitada. E você, já leu? O que achou dessa história? Lembrando que tem vlog de leitura desse livro lá no canal e que você pode clicar aqui para ver.


Arte & Alma
Autora: Brittainy C. Cherry
Editora: Galera Record
Páginas: 308
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