terça-feira, 29 de junho de 2021

Jogos de Herança (Jennifer Lynn Barnes)

Esse livro me surpreendeu demais e foi uma loucura acompanhar todas as descobertas e entender tudo que estava acontecendo na mansão Hawthorne. É um livro de suspense e lógica, mas tem uma vibe de romance adolescente que é completamente devorável. Tenho me aventurado aos poucos com os livros de suspense e esse daqui é uma ótima indicação para quem quer começar de leve (mas ainda assim bagunçando a cabeça) como eu. Depois de, recentemente, ler Agatha Christie eu percebi que é um estilo de livro que por muito tempo ignorei, mas que escolhendo direitinho a leitura eu posso gostar demais.  Falando nisso, a leitura desse livro é absurdamente rápida e, por mais que tenha muitos capítulos, todos são relativamente curtos e muito fluídos. É o tipo de história que você embala e quando percebe já passou da metade. O livro ficou com cinco estrelas e é indicado para maiores de treze anos.

Avery não tem nada além de planos para seu futuro. Ela no momento se preocupa apenas em sobreviver e ajudar com as contas da casa que divide com a meia-irmã mais velha. Ela cresceu sem nada e, após perder sua mãe por conta de problemas de saúde, ela se viu ainda mais perdida no mundo. Sempre trabalhou muito e ia bem na escola por conta de seu raciocínio lógico rápido. Sua vida muda de um segundo para o outro ao descobrir que seu nome estava no testamento de um dos maiores bilionários do país. Mesmo sem nunca nem ter ouvido falar sobre ele, Avery descobre que Tobias Hawthorne deixou grande parte da sua fortuna para ela. Mas as coisas não seriam simples, afinal, a família dele estava também nessa jogada e não estava nem um pouco feliz com uma completa estranha ficando com tudo que eles acreditavam que seria deles. Tobias, por outro lado, havia sido muito esperto em arquitetar todo esse esquema para que Avery tivesse segurança, advogados e não caísse nas armadilhas dos parentes do rico que queriam tudo. 

Além de toda essa loucura, ela precisaria morar na Mansão Hawthorne, a casa da família que era conhecida por ser uma verdadeira atração. Passagens secretas, enigmas para abrir portas, túneis, lagos, florestas e tudo mais que poderíamos imaginar estavam dentro daquela propriedade. Se Avery conseguisse ficar um ano lá, aguentando a família de Tobias tentando destruí-la, o dinheiro seria todo dela. Para completar o pacote, os quatro netos dele estariam na casa também e todos estavam prontos para o que parecia ser a última jogada do avô. Tobias Hawthorne era conhecido por criar enigmas e jogos para bagunças a cabeça de todos e os netos acreditavam que a Avery ali era a última jogada dele.

Avery tem uma coisa que eu simplesmente amo em personagens, ela é debochada. No meio de todo esse caos que virou a vida dela, ela consegue soltar comentários que são certeiros e geniais. Entre os personagens que se destacam, além da principal, nós temos os quatro netos de Tobias. Gray, Jameson, Xander e Nash. Os que se destacam mais são Gray e Jameson, que acabam tendo mais interações com a personagem principal e participam mais ativamente para tentar descobrir o que o avô tinha deixado como cartada final. Além deles, temos também como destaque o segurança de Avery, que acaba aparecendo bastante, e a irmã mais velha dela. Não podemos esquecer, é claro, da melhor amiga, Max, dela que era o alívio cômico (sem ser forçado) do livro. Como não podia falar palavrões, por conta dos pais muito rígidos, Max sempre soltava altas pérolas ao se comunicar com a amiga (Sua pata!). No geral, é uma delícia quebrar a cabeça com os personagens e criar teorias para entender tudo que está acontecendo. Exatamente por isso, é bem difícil parar a leitura.

Eu amei o livro e, por isso, ele ficou com as cinco estrelas que comentei. Mas não vou negar que debati muito essa pontuação durante os últimos dias. Afinal, eu fiquei esperando um pouco mais de respostas no final (mesmo sabendo que tem continuação) e acho que esperei por mais enigmas que me fizessem pensar também. Tipo assim, quando os irmãos e a Avery estão juntando as peças desse grande quebra cabeça é bem legal de acompanhar, mas seria ainda mais legal se tivessem mais pistas que fizessem a gente (leitor) tentar brincar de detetive também, sabe? Ainda assim, depois de muito discutir isso comigo mesmo (rs) eu decidi deixar as cinco estrelas porque o livro é absurdamente devorável e, mesmo com esses meus comentários, eu achei a história bem genial. Já que peguei esse final para reclamar (haha) vou comentar que gostei mais da capa gringa também por conter mais elementos da história. A nacional é linda com o tabuleiro que faz todo sentido, mas a original tem muitos elementos legais que conversam muito com a história (tipo a bailarina de cristal!!!!). Enfim, como comentei no começo é um livro absurdamente devorável e eu indico para quem gosta de suspenses leves ou para quem, assim como eu, está se arriscando aos poucos nesse gênero literário. Estou maluca para ler a continuação que vai sair agora no segundo semestre lá fora (ainda sem data por aqui).


jogos de herança
AUTOR(A): jennifer lynn barnes
EDITORA: alt
PÁGINAS: 436
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segunda-feira, 28 de junho de 2021

A Fantástica Fábrica de Chocolate (Roald Dahl)

Sou completamente viciada no filme que foi inspirado nesse livro e fiquei bem chocada quando me dei conta que nunca tinha lido a história. Por mais brega e exagerado que a adaptação mais recente seja, eu simplesmente amo e é aquele filme que uso de conforto, sabe? Acho que só esse ano eu já vi ele umas quatro ou cinco vezes e, de curiosidade, acabei vendo o clássico que foi a primeira versão depois de ler o livro para fazer comparações (que estão por completo no vlog de leitura). Em resumo, é um livro muito leve, rápido de ler e divertido. Ele é uma mescla do que vimos nas adaptações só que, claro, com algumas diferenças e muitos detalhes extras. É um livro indicado para maiores de oito anos e, por isso, geral pode se jogar nessa delícia de história. Por ser um livro curto e uma história já bem conhecida, nem sei muito bem o que falar por aqui (haha), mas vamos seguir o que normalmente faço nas resenhas, não é mesmo?

Charlie é um menino muito pobre. Sua família vive toda junto em uma pequena casa bem quebrada e luta para sobreviver com o pouco que tem. Ainda assim, Charlie é um menino de um bom coração e com muitos sonhos. Ele sempre se demonstra grato pelas coisas que tem e ama passar os dias ao lado de seus avós, que já nem saem mais da cama. Tudo começa a mudar em sua vida quando o grande mestre dos chocolates Willy Wonka resolve criar um grande concurso para escolher cinco crianças para entrarem na sua grande e misteriosa fábrica. Cinco bilhetes dourados seriam espalhados nas barras e doces de todo o mundo e as crianças sortudas passariam um dia na fábrica conhecendo tudo por dentro e ainda ganhariam um grande caminhão de chocolate para levar para casa. Além disso, uma das crianças ganharia um grande prêmio final que era uma grande surpresa. O que nenhuma das crianças e, nem mesmo os adultos, esperavam era que a fábrica não tinha nada de comum e os trabalhadores de lá eram bem incomuns. Para chegar ao final da competição e lucrar o grande prêmio, as crianças vão precisar de muito mais do que sorte.

Como é uma história absurdamente conhecida, além de falar do livro vou comparar um pouco ele com os filmes também. Charlie, como comentei ali em cima, é um menino muito doce, educado e muito (muito mesmo) grato. Isso que o torna um grande campeão (eu deveria colocar um aviso de spoiler aqui?), o fato de que ele tem uma imaginação do tamanho do mundo e um coração ainda maior. No filme de 1971, por outro lado, o Charlie é um pouco diferente e, por mais que de começo vá por um mesmo caminho, muitas das escolhas que ele faz (uma delas que quase lhe custa o prêmio) não combinam com o personagem escrito no livro. Diferente do filme de 2005 que, mesmo com muitas mudanças tecnológicas, é o mais fiel ao livro e eu até vi um vídeo dos bastidores em que o diretor, Tim Burton, comenta sobre essa escolha de ser muito fiel ao livro. 

É um livro infantil, mas que diverte pessoas de todas as idades. Vale a pena mesmo se você não é tão ligado ao filme (como eu, rs) ou mesmo se nunca nem viu os filmes. É um clássico e tem muitos motivos para carregar esse título. Venha comigo e você vai estar em um mundo da imaginação... 


a fantástica fábrica de chocolate
AUTOR(A): Roald Dahl
EDITORA: Martins fontes
PÁGINAS: 176
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sexta-feira, 25 de junho de 2021

Existência (Abbi Glines)

Eu estava enrolando muito para ler esse livro, por mais que eu ame a escrita clichê e levemente duvidosa da autora, porque o livro estava sempre muito caro. Estava me planejando para comprar a versão em inglês pelo kindle, porque estava um pouco mais em conta, quando o preço do livro físico caiu e eu consegui finalmente comprar. E aí então foi só alegria, uhu. E o que mais me chamou a atenção é que o livro tem uma vibe de A Mediadora, da Meg cabot, que eu amo demais (e que é uma série de livros que me marcou muito). Quando soube disso, corri para ler e, de fato, fui muito surpreendida por essa narrativa mais jovem e relativamente calma da Abbi Glines. Isso porque além desse lado sobrenatural da história, da menina que vê e conversa com espíritos, também vamos por um caminho da escrita que lembra muito fanfic e que deixa tudo muito mais devorável, sabe? Aqueles finais de capítulo (e até mesmo o final do próprio livro) que deixam uma bomba no ar que você precisa continuar para descobrir. No final das contas, o livro acabou com quatro estrelas e meia e eu estou bem animada e curiosa para as continuações. O que me fez tirar essa meia estrela foi um pouco do meio para o final do livro, que achei bem parado e bem desconexo com o ritmo do resto da história. Mas quando estamos chegando na reta final as coisas voltam a acontecer de forma frenética e fica bem legal de novo. Diferente dos outros livros da autora, esse daqui é bem tranquilo para leitores maiores de quatorze anos. 

Pagan Moore sempre enxergou almas por onde passava e ela acreditava que elas estavam perdidas e, infelizmente, ela não conseguia fazer muito por elas, uma vez que não conseguia se comunicar diretamente. Aos dezessete anos, Pagan estava lidando muito bem com o fato de que era invisível na reta final de sua vida escolar e que precisava lidar com fantasmas, mas isso estava prestes a mudar. O menino mais popular de sua escola, o jogador Leif, resolveu que precisava de aulas particulares com ela para melhorar suas notas em uma matéria e uma das almas perdidas que estavam pela escola falou com ela diretamente. Assim mesmo, um evento perto do outro para confundir ainda mais sua cabeça. Além disso, porque a vida calma dela estava mesmo ficando para trás, ela sofreu um acidente de carro ao sair mais cedo da escola para fugir de todo o caos que estava acontecendo e foi parar no hospital.

Leife se sentia muito culpado, porque ele e Pagan havia se desentendido antes de ela sair de carro, e resolveu que precisava demonstrar todo amor e carinho que ele tinha para compensar o ocorrido. Enquanto isso o fantasma que falava, que descobrimos que o nome é Dank, resolve fazer companhia para ela também. O mais seguro e confortável é começar um namoro com Leif, mas ela estava a cada dia mais apaixonada e curiosa com Dank. E tudo sai por completo do controle quando descobrimos que ele não é um simples fantasma ou alma errante. Ele é a morte. Pagan começa a ver ainda mais fantasmas que falam diretamente com ela após seu acidente e, ligando os pontos, ela percebe que não deveria ter sobrevivido ao acidente. A hora dela já tinha passado, mas a morte estava quebrando as regras, pois estava apaixonada pela alma da adolescente. E isso não é nem metade de toda loucura...

Os personagens são legais, mas nada fora do comum. De começo, Dank é um ótimo personagem para se acompanhar, mas toda a vibe crepúsculo dele acaba complicado isso. Isso porque, assim como o vampiro Edward, ele fica naquela de que não pode chegar perto nem se apaixonar porque é perigoso demais para ela, mas, ao mesmo tempo, também não consegue mais ficar distante pois já está longe demais. Enfim, acho que deu para entender. Pagan é meio lerda e, com isso, eu estou sendo bem fofa. Porque ela demora uma vida para entender tudo que está rolando e teve hora que eu queria sacodir a menina para ela entender algumas coisas, mas no geral ela é uma boa personagem principal. Leif é um personagem ok, mas que acaba perdendo muito do destaque por conta de todo o drama do vampiro... quero dizer, do Morte. Miranda, a melhor amiga de Pagan, é um alívio cômico bem gostoso de acompanhar e que deixa muitas das cenas mais leves, assim como outro amigo do grupo, o Wyatt.

Recentemente li outro livro da autora (Sem Escolhas, já tem vlog de leitura no canal e a resenha escrita vai sair em breve) e eu tive uma mesma sensação enquanto lia esse daqui: A sinopse entregou demais. É claro que o livro é clichê e vamos descobrindo muitas coisas enquanto ainda estamos nas primeiras páginas, mas muito se perdeu dessas descobertas com a simples frase "Ele é a morte" que está na bendita da sinopse. Seria muito mais legal, na minha opinião, descobrir isso lendo. Acredito que a leitura seria ainda mais devorável se a gente fosse achando que ele realmente era alguma alma perdida que podia se comunicar... mas não. Ele é a morte. Ela ali na capa para todo mundo ler. Isso estragou a leitura? Não, afinal, o livro continuou com quatro estrelas e meia, mas acredito que teria sido mais legal (e essa sou eu sendo chata, acontece). No geral, é um livro devorável, rápido e que te prende até o final... para te deixar ainda asim sem muitas respostas para precisar ler a continuação (acontece, rs). Indico para quem gosta de fantasias sobrenaturais leves e um pouco bregas (eu amo). 


existência
AUTOR(A): abbi glines
EDITORA: charme
PÁGINAS: 216
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quinta-feira, 24 de junho de 2021

A Thousand Boy Kisses (Tillie Cole)

Esse foi o livro da leitura coletiva do mês de maio do blog e eu não vou negar que esperava bem mais dele. Eu já tinha lido outro livro da autora ano passado (Doce Lar) e gostado bastante, a escrita é clichê na medida certa e eu estava bem curiosa para ler esse livro (que anda bem famosinho). Além disso, é um livro que promete te fazer chorar até perder o ar (ou assim dizem, pelo menos), mas eu não chorei. Ok, vamos ser justos aqui. Eu dei uma leve chorada na metade do livro, mas depois eu estava tão focada em algumas problemáticas da história que eu não chorei mais. Inclusive, vale comentar que eu sou muito chorona real e realmente esperava chorar mais. Não que chorar no livro seja um sinal de que ele é bom ou ruim, mas achei válido comentar isso (já que é algo que falam muito sobre essa história). O livro é para maiores de quatorze anos (e isso estava escrito na sinopse dele da versão em inglês que eu li) e tem alguns gatilhos para relacionamento abusivo e doenças terminais. Em resumo, é muito clichê e tem aquela vibe de livro do Nicholas Sparks. Uma vibe, inclusive, que não tenho gostado muito de ler. Já tem coisas tristes demais rolando no mundo no momento e eu quero me esconder no mundo alegre dos livros quando estou lendo (deixa eu me alienar em paz, rs). Para quem quiser entender melhor o que achei, e com spoilers, é só dar uma olhadinha na live que rolou lá no canal. Aqui, como sempre, vamos sem spoilers, ok? 

Poppy recebeu uma missão de sua avó nos últimos momentos que compartilhou com ela. As duas eram companheiras de aventuras e a avó estava deixando um presente para a neta. Ela teria uma vida toda para lotar um potinho com seus beijos de garoto. Mas não seriam simples beijos, não. Precisava ser um beijo que dava aquela sensação de que o coração iria explodir de tanto amor e felicidade para entrar nos papéis de coração daquele potinho. Aos oito anos, Poppy não entendia muito bem ainda o que a avó realmente queria com aquela ideia, mas ela sabia que precisava compartilhar aquilo com seu melhor amigo, Rune. Ele tinha chegado na cidade pouco tempo antes, ele era da Noruega e, quando era ainda menor, Poppy acreditava que ela era um viking e foi assim que eles viraram melhores amigos. Rune logo empolgou na ideia e ali eles decidiram que iam passar a vida lotando aquele potinho com momentos que fazem o coração quase explodir de felicidade.

O problema é que nem tudo segue como o planejado quando Rune descobre, aos quinze anos, que sua família precisaria retornar para o país de origem por conta do trabalho do pai. Os dois já tinham completado uma boa parte dos beijos, mas eles acreditavam que esse tempo distante atrapalharia demais todos os planos que tinham. Foi assim que, por dois longos anos, os melhores amigos e namorados dos beijos do potinho não se falaram. Aos dezessete anos, Rune retorna para a casa ao lado da casa da família de Poppy, mas ele já não é exatamente o mesmo garoto. Logo ele descobre que Poppy também esteve afastada durante todo esse tempo e que, na verdade, ela está escondendo um grande segredo dele que pode mudar todos os os planos que eles já tiveram. Rune estava completamente revoltado com o mundo e, principalmente, com seus pais. Mas ele começa a ver que as coisas são muito mais complexas na vida e que não comandamos nosso destino, apenas nossas escolhas.

Vamos começar com o balde de água fria, ok? Achei o relacionamento dos personagens principais bem problemático e não saudável. Eu sei que a ideia da autora era deixar claro que eles eram um tipo de alma gêmea um do outro e que a vida deles foi feita para que ficassem juntos... mas eles eram crianças, meu Deus! Aí entra outro ponto que ficou demais na minha cabeça durante toda a leitura, a avó dela era muito irresponsável. Entendo que ela estava se despedindo e queria que a neta tivesse uma vida feliz e realizada, mas a vida de uma menina não pode depender de beijos de garoto. Além do que, eu já acho que deveria ser de garotos no plural escrito no potinho ou, ainda, garotos e garotas, porque seria ainda mais justo... mas ainda assim a vida não é sobre isso. Se era algo tão importante assim, que a avó deixasse isso com uma cartinha (que seria ainda mais emocionante e marcante) para a menina abrir quando estivesse numa idade legal para se preocupar com isso. Mas daquele momento em diante a vida dela virou esses beijos e ela tinha apenas oito anos. Sobre o relacionamento não ser saudável, basta ver o que acontece no final e aquele epílogo que eu gostaria de imaginar que nunca aconteceu. Um depender tanto do outro não é algo saudável. Você não precisa de alguém para te completar, ok? Você já é completo e precisa de pessoas para agregarem coisas legais no seu completo.

A vibe badboy do Rune também não colou muito. Acredito que a autora tentou seguir um caminho clichê, que normalmente amo, mas o Rune não conseguiu manter isso (e era parte da narrativa ele não conseguir), mas deixou muita coisa não crível, sabe? Ele não estava sendo um badboy quando estava brigando com o pai, estava só sendo um adolescente mimado que precisava ter ouvido mais nãos na vida. Nossa, falando assim nem dá para entender como que eu dei quatro estrelas para o livro, né? Na realidade, pensei muito em dar três estrelas e meia, principalmente depois de ler aquele epílogo, mas a história em si (mesmo com todas essas coisas que comentei) é muito devorável e, em muitos momentos, muito fofa. É totalmente fácil de entender o sucesso do livro, porque ele é uma receita para que isso aconteça. Mas acho legal ter em mente os detalhes sobre o que realmente é um relacionamento saudável quando for ler esse livro. No mais, indico para pessoas que gostam de livros clichês devoráveis e, principalmente, para pessoas que gostam de um bom drama no maior estilo John Green ou Nicholas Sparks.


A thousand boy kisses
AUTOR(A): Ttillie cole
EDITORA: Amazon kindle
PÁGINAS: 526
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sexta-feira, 18 de junho de 2021

Malibu Renasce (Taylor Jenkins Reid)


Esse livro é uma obra de arte. Eu poderia inclusive parar a resenha aqui mesmo, porque isso já bastaria, mas eu tenho tanta coisa para comentar que você pode ir pegando a pipoca, porque vai longe. Eu já tinha lido outro livro da autora, Os Sete Maridos de Evelyn Hugo, e simplesmente amado a escrita dela... mas acredito que ela conseguiu se superar aqui com essa narrativa que é o caos e, exatamente por isso, é tão perfeita. Inclusive, já que citei a Evelyn Hugo é bom comentar que por mais que não seja uma continuação, é bom ter lido antes para pegar algumas muitas referências sobre o pai dos personagens principais. Esse livro foi por um caminho completamente oposto do que achei que iria e, exatamente por isso, foi ainda mais fantástico. A história me surpreendeu o tempo todo. O livro é devorável. Juro! É impossível largar a história sem saber o que de fato vai acontecer no final, por mais que o livro comece contando o que podemos esperar, afinal, sabemos o que vai rolar, mas não como isso vai de fato acontecer. Enfim, é um livro que diverte, prende, emociona, te faz torcer pelos personagens e te faz sentir parte da história. Ah! E dá aquela vontade de pesquisar sobre os personagens e a famosa festa de final do verão dos Riva no google... aí você lembra que eles não são reais (e é bem triste isso). O mesmo rolou quando li Evelyn Hugo (queria ver os filmes dela, socorro). E acredito que quando eu ler (em breve) Daisy Jones vai ser por aí também. O livro foi um presente da minha parceria com a editora e quando ele chegou aqui em casa fez meu dia e eu logo comecei a leitura. Enfim, o livro é indicado para maiores de dezesseis anos. 

As festas anuais de despedida do verão dos filhos do famoso cantor Mick Riva são uma lenda de Malibu. Todos que são alguém, ou querem ser alguém, no mundo do entretenimento estão lá. Mas a fama da família vai ainda além do músico. Nina é a maior modelo do momento, além de ser uma surfista muito talentosa também. Para completar, sua vida estava virada de cabeça para baixo após o término traumático do seu casamento. Jay também é surfista e é dos profissionais. Já ganhou troféus o suficiente para fazer uma coleção e, por conta disso, acabou fazendo uma grande parceria com seu irmão, Hud. O irmão que, além de surfar muito também, era um grande fotógrafo de surfistas renomado. E, para finalizar o combo, temos Kit. A irmã mais nova, que também ama o mar, mas que ainda está batalhando para se descobrir no mundo. Além disso, ela era a queridinha de todos por ser a mais nova. 

Por mais que a festa não dure muito tempo, ela é sempre capaz de mudar a vida de muitas pessoas para sempre. E a festa do verão de 1983 tinha tudo para pegar fogo... em mais de um sentido da palavra. Além disso, acompanhamos também a família Riva desde os anos 1950, quando Mick Riva conheceu uma jovem garçonete chamada June e jurou amores para ela e para a família que iriam construir juntos. Ao longo da narrativa, vamos acompanhando as horas do dia até a chegada da festa e, em seguida, vamos acompanhando cada acontecimento dessa noite marcante em detalhes. Além disso, para completar, acompanhamos as ligações do passado e presente da família, ao percebermos junto com eles que existem muitos segredos que eles nem imaginam e que todos estão prestes a explodir naquela noite.

Eu nunca li nada assim e não sei se vou ler algo assim de novo tão cedo. O livro é caótico e, acredite, isso é maravilhoso. Ele é dividido em duas partes de doze horas. Começamos acompanhando a preparação para a festa às 7h da manhã e vamos até às 7h da manhã seguinte com o aguardado final. Além disso, para o meio da história voltamos várias vezes no tempo para entender quem de fato é a família Riva e como tudo começou. De primeira, achei que esses trechos seriam cansativos, mas foi o exato oposto. Tudo se encaixava e, inclusive, é possível traçar paralelos entre o passado e o momento atual da vida da família e isso faz tudo ser ainda mais genial. Quando eu fui entendendo tudo que os irmãos já tinham passado na vida eu comecei a entrar ainda mais na história e torcer ainda mais por eles. Tudo parece um grande reality show que é impossível tirar o olho. Eu realmente fui surpreendida mais de dez vezes durante a leitura e, por mais que eu tenha gravado vlog de leitura, queria ter gravado as minhas reações enquanto eu lia. Porque foi genial e uma delícia acompanhar essa loucura.

Nina carrega essa família e esse livro nas costas. Que personagem complexa, meu Deus! Eu me apeguei demais e torci muito para a felicidade dela. De primeira, quando a conhecemos na manhã da festa, não estava muito entrando na vibe dela, mas ao conhecer tudo que ela tinha passado para chegar até ali eu até perdi o fôlego. Eu jurava que iria ler sobre a vida dos filhos mimados de um astro do rock, mas encontrei uma história muito profunda sobre família, sobrevivência e empoderamento. Me diverti demais com a Kit, que acaba sendo muito do alívio cômico da história, mas sem ser forçado. Inclusive, foi muito legal ler a história dela e acompanhar tudo que ela foi descobrindo sobre si mesma. Assim como sua irmã, ela te faz torcer por ela. Os gêmeos entre aspas (leia o livro!) Hud e Jay também roubam por completo a cena quando aparecem e todo o arco dramático deles é um grande dramalhão mexicano e eu amei demais isso. Como falei, um grande caos que faz muito sentido. Falando em caos... a festa! A festa sozinha já vale como um personagem. Ela ganha vida e sai por completo do controle e, quando lá pelas 1h da manhã, vamos acompanhando isso é algo que é impossível de parar de ler. Tudo acontece nessa festa e quando eu falo tudo... é ainda além. Esse é o livro perfeito para quem gosta de histórias bem contadas que tem prendem do início ao fim. O vlog de leitura do livro vai ao ar esse final de semana no canal (no dia 20 de junho).


malibu renasce
AUTOR(A): taylor jenkins reid
EDITORA: paralela
PÁGINAS: 360
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quinta-feira, 17 de junho de 2021

Vergonha (Brittainy C. Cherry)

Gostaria de começar essa resenha falando que a capa não tem absolutamente nada a ver com a história e o título (em português) menos ainda. Eu fico pensando no número de pessoas que deixam de ler a maravilhosidade que é essa história por conta do que veem quando pegam o libro ou quando olham para ele num site da vida. Atualmente já li quase todos os livros publicados da autora e amo demais a receita de bolo dela para os livros, mas ainda assim estava enrolando para ler esse... porque eu olhava e não tinha vontade. Que bom que parei de besteira e fui logo ler, porque esse é um dos melhores livros dela. Então estou aqui te pedindo: ignore a capa e o título, que não combinam em nada com a história em si, e se joga nesse livro (se você for maior de dezesseis anos, rs). O título original Disgrace (que inclusive aparece como fundo na capa nacional) faz muito mais sentido e vou explicar isso melhor mais para o final da resenha. De modo geral, temos um livro que é muito clichê e muito bem escrito. Tem todos os dramas que gostamos com o final feliz que tanto esperamos e por isso, e muitos outros detalhes, esse livro ficou com cinco estrelas e um coração de favorito. Ai, Brittainy... você sempre consegue acabar comigo e fazer eu amar cada segundo disso (haha).

Grace sempre teve sua vida controlada. Quando era mais nova, morava em uma cidade pequena em que seus pais eram conhecidos como a realeza do lugar, por comandarem a igreja da cidade. Sua mãe escolhia suas roupas, seus amigos, seus gostos e tudo mais que podia controlar (ou achava que podia). Quando ficou mais velha, sua mãe inclusive a ajudou a conquistar o garoto mais popular da cidade, que estava estudando para ser médico. E aí o controle de sua vida passou a ser dele. Ele que escolhia a cidade em que iriam morar, as pessoas que Grace teria no grupo de amigos e como a vida toda deles seria. E quando as coisas saíram do controle de ambos, após Grace passar por alguns abortos espontâneos, as coisas começam a ficar bem frias entre eles. Exatamente por isso, ela nem se assusta tanto quando descobre que estava sendo traída. Mas o pior disso tudo é que sem ele, ela não sabia quem era. Ela não conseguia se achar no mundo sem o apoio do marido que, nos últimos anos todos, havia feito todas as escolhas por ela. 

É assim que Grace vai parar em sua cidade natal. Sem ter para onde ir, enquanto seu novo apartamento em sua cidade não ficava pronto, ela precisava voltar para casa dos pais... que moram na mesma cidade em que seu ex-marido está trabalhando. Se isso tudo já não fosse complicado o suficiente, a cidade é o lar das pessoas mais fofoqueiras do planeta e todos estão prontos para espalhar meias verdades sobre o que de fato aconteceu com a vida da mulher que um dia já tinha sido a princesinha da cidade. Tentando escapar de tudo isso, ela acaba conhecendo Jackson. O cara que é considerado o monstro da cidade, mas que todas as mulheres dali sonham com ele. Ele de fato era muito difícil de se lidar, mas tinha seus motivos para isso, mas vez que teve que, desde cedo, lidar com muitos problemas em casa. Quando os pedaços quebrados de Grace se encontram com o de Jackson, eles entendem que podem se ajudar na hora de ficarem completos. Mas isso tudo enquanto uma cidade inteira julga, critica e atrapalha tudo que tentam fazer. Além disso, a cidade pequena guarda segredos sobre a família de ambos e eles ainda nem imaginam o quão longe isso pode ir.

Um viva para Brittainy por ter escrito um relacionamento tão bem construído e saudável como esse: Viva! Sério. É claro que, de começo, vemos Grace passando por muitos estágios de relacionamentos abusivos (e fica aqui meu aviso de gatilho), mas quando ela começa a se relacionar de verdade com o Jackson a gente vê como um relacionamento saudável funciona e faz bem para todos os envolvidos. Um se preocupa de verdade com o outro e sabe o momento que o outro precisa de espaço para crescer sozinho... e tudo bem. Nossa! Sério mesmo. Personagens absurdamente bem construídos e que, como sempre, roubam a cena quando aparecem. A autora tem esse dom com seus personagens secundários e eu amo isso. Aqui fica o destaque para a melhor amiga de infância de Grace que ela se reconecta e a irmã dela também, que é uma pessoa fantástica. Sobre a família dela, me vi uma grande parte do livro julgando demais eles, e fui aprendendo muito com isso (principalmente mais pro final da história). Inclusive, chorei lindamente com o final. Porque foi tudo tão bem escrito e bem fechado que aquele final me deixou com um quentinho no coração.

Como eu comentei, o título original Disgrace faz muito mais sentido na história. Uma vez que temos a personagem principal Grace, além disso, o título ao pé da letra, significaria desgraça. Claro que vergonha seria uma tradução aceitável dependendo do contexto. E é aí que está o tcham do negócio, porque nesse contexto aqui do livro não combina! Entendo que para muitos no Brasil desgraça é uma palavra forte (e alguns consideram até mesmo como palavrão, por isso, desculpa), mas vamos entender um pouco mais sobre o motivo de eu ter achado o título original tão genial (e ter ficado triste que isso se perdeu na adaptação). O meu lado profissional, de professora de inglês, vai falar e, por isso, se prepare (haha). Disgrace é uma palavra formada por um substantivo (grace) que significa graça, elegância, encanto entre outras coisas e com o prefixo dis que indica negação e oposto. Ou seja, é pegar uma palavra que significa tudo que a Grace sempre foi treinada para ser e mostrar que ela foi se descobrindo e deixando tudo isso de lado. Além de o contexto da palavra formada pelo substantivo e o prefixo em si, o título original também faz sentindo com a história do Jackson e a história que eles começam a viver como um casal. Agora Vergonha? Passa a ideia de que ela teria vergonha de se relacionar com ele ou que a família dela passa a ter vergonha dela e isso não é bem por aí. Ou seja, aqui fica a minha revolta gramatical.

Indico esse livro para quem, assim como eu, ama livros clichês que zoam o clichê (os personagens várias vezes comentavam brincando sobre como eles eram um casal clichê com a mocinha e o carinha problemático, rs) esse livro é totalmente para você. Ignore a capa duvidosa e o título sem sentido e se jogue nesse livro que só prova que quando a Brittainy resolve escrever uma história marcante, ela consegue.


vergonha
AUTOR(A): brittainy c. cherry
EDITORA: RECORD
PÁGINAS: 420
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terça-feira, 15 de junho de 2021

O Príncipe Cruel (Holly Black)

Temos aqui mais um livro (da longa lista de livros) que eu estava enrolando muito para ler. Em parte, acredito que era por conta de toda atenção e coisas do tipo que rolam em volta dele (e isso me deu uma leve preguiça, quem nunca), mas aí o pessoal que me segue lá no tiktok me convenceu a comprar e ler o primeiro livro dessa série do povo do ar. E eu gostei. Sério, me surpreendeu demais. É uma fantasia (indicada para maiores de treze anos) e, dentro desse universo fantástico, é clichê (que eu amo) e é bem devorável. Claro, achei o meio um pouco lento (inclusive tirei meia estrela por conta disso), mas depois que pega o ritmo do final você não consegue parar de ler e... uau. Não tenho como não fazer comparações, uma vez que li duas fantasias muito famosas num espaço curte de tempo e, a verdade, é que o livro tem muitas coisas parecidas com A Rainha Vermelha. Nada de nível de plágio ou algo assim, mas ter lido esse livro antes, por exemplo, me fez adivinhar muito rapidamente qual seria o plot twist do outro livro citado. Ainda assim, apenas a receita de bolo é parecida (e é esperado isso), mas os livros em si e a história como num todo não segue por um caminho parecido de seres mágicos. Ok, vamos focar na história e no que achei no geral, não é mesmo?

Jude é humana, mas acabou crescendo no mundo das fadas. Quando era mais nova, ela e suas irmãs foram sequestradas pelo ex-marido de sua mãe e levadas para serem criadas nesse mundo mágico e completamente diferente. Por conta de todos os traumas que passou e de tudo que aprendeu ao longo dos dez anos que já passou com as fadas, Jude acredita que precisava fazer parte daquela de alguma forma. O que, em tese, era bem impossível, uma vez que as fadas eram muito mais atraentes e, para completar o combo, eram também imortais. A única forma de ela ser levada mais a sério, uma vez que eles desprezavam os humanos, seria vencendo batalhas e virando uma guerreira real. Ela queria se provar digna custasse o que custar.

E no meio de toda essa tentativa de se destacar, ela ainda precisava lidar com Cardan, um dos filhos do Grande Rei, que era um verdadeiro insuportável. Junto com sua equipe de fadas que se achavam maiores que tudo e todos ele acreditava que fazer a Jude passar vergonha e quase morrer era um passatempo bem legal. Mas ele nem era o maior dos problemas dela, afinal, em breve teria uma coroação e o clima estava muito tenso em todo reino. Uma guerra civil estava prestes a explodir e ela estava bem no meio de tudo aquilo. 

Eu gostei muito da Jude, mas eu não concordava com muitas das escolhas dela. Ela tem uma necessidade de aceitação que beira a a loucura (vamos levar geral para uma terapia aqui). Por ela não ser do mundo mágico, ela cresceu com essa ideia de que, mesmo sendo humana, precisava ser tão boa ou ainda melhor que eles. Mas, literalmente, isso era humanamente impossível. Claro, ela consegue coisas fantásticas por ser esperta e por, muitas vezes, estar no lugar certo e na hora certa, mas ainda sim eu entendia bem mais o lado da irmã mais velha dela querendo correr para a loucura normal dos humanos, porque as fadas são todas doidas e doidos. Ah! E as fadas não conseguem mentir. Sente só a bosta que isso daria aqui no nosso mundo, rs. Eu enrolei o que pude, mas vamos lá... vamos falar de Cardan. O príncipe que não é cruel, é apenas babaca.

Enquanto eu lia o livro (e comentei muito disso no vlog de leitura), fui entendendo quem era o príncipe cruel de fato e onde isso levaria a história, porque sério, tem muitos príncipes naquele mundo e até a gente entender onde vai chegar demora um pouco. Cardan, como comentei, até tenta passar uma imagem de cruel com seus fiéis seguidores, mas ele é só muito infantil, babaca e um péssimo ser humano que precisa de terapia mesmo. Esse também foi um dos fatores que me fez tirar a meia estrela (e se eu continuar falando dele, vou acabar tirando mais meia... então melhor eu focar e mudar logo de assunto haha). O povo é péssimo e tudo fica como normal, sabe? Ok, é uma fantasia e é um mundo inteiramente novo, mas ainda assim o número de gente babaca que faz maldade e acaba como se tudo estivesse normal é absurdo. Então é basicamente isso. Falando assim parece que nem gostei, mas pior que gostei (haha). A escrita é devorável (tirando o meio enrolado), a história em si é legal e você quer entender onde ela vai parar e, claro, o que acontece no final deixa aquele gosto de quero mais. Sim, vou ler as continuações, mas não por agora. Não é uma prioridade para mim no momento. Mas, para quem curte livros de fantasia, é sim uma ótima indicação e vale sim a pena.


o príncipe cruel
AUTOR(A): holly black
EDITORA: galera record
PÁGINAS: 322
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sexta-feira, 11 de junho de 2021

A Rainha Vermelha (Victoria Aveyard)

A verdade é que eu nunca tinha tido vontade de ler esse livro. É claro que já tinha visto algumas (muitas) pessoas comentando sobre, mas sempre que eu olhava para o livro batia uma preguiça de leve. Até que, recentemente, (quase) todo mundo que me segue no tiktok começou a perguntar o que eu tinha achado do livro e eu já estava oficialmente sem graça de responder que eu ainda não tinha lido. Basicamente o mesmo que aconteceu com O Príncipe Cruel, que já tem vlog no canal e a resenha vai ser a próxima aqui no blog. Eu finalmente tomei vergonha na cara e... gostei. O livro tem uma vibe Jogos Vorazes, A Seleção e isso tudo batido no liquidificador com os quadrinhos dos X-Men. Inclusive, depois que eu li e comentei isso lá no meu perfil do tiktok muita gente me contou que, de fato, a autora se inspirou muito na saga dos mutantes da Marvel. É um livro de fantasia, mas também é uma distopia e muitas coisas acontecem ao mesmo tempo. Além do mais, a personagem principal é mega debochada e eu adoro isso. Achei o final um pouco previsível, mas nada que atrapalhasse a minha leitura. No final das contas, o livro acabou com cinco estrelas e eu li em uma tarde. O que mostra que ele é bem devorável, mesmo que tenha um meio um pouco lento e um começo um pouco enrolado. Ahn? Eu explico. O universo é apresentado meio que correndo, sabe? Então muitas vezes eu me sentia perdida nas explicações do começo, mas depois peguei o ritmo dos vermelhos e prateados... e da Mare. Ah! O livro é indicado para maiores de treze anos. Agora vamos para a resenha em si, eu sei. 

Mare vive em um mundo dividido pelo sangue. Os que têm sangue prateado são grandes líderes do mundo e dominam as grandes riquezas com seus poderes mágicos. Os de sangue vermelho, como a família de Mare, são os trabalhadores que vivem uma vida humilde e esquecida, afinal, eles não têm poderes. Para ajudar em casa, Mare acaba se tornando uma grande ladra em sua pequena cidade, ela não se orgulhava disso, mas precisava sobreviver e ela sabia que em breve teria que partir para a guerra por conta de sua idade e de ainda não ter conseguido um emprego de verdade. Numa tentativa de fugir de tudo isso, ela acaba cometendo um grande erro em uma de suas tentativas de roubo e isso muda por completo o rumo de sua vida. Ela achou que estava acabada, mas na verdade havia conseguido uma vaga de emprego como servente no palácio do Rei. E tudo estava muito agitado por lá, uma vez que o príncipe mais velho, Cal, estava no meio de uma seleção para escolher sua futura esposa, que viria a ser a futura rainha. A competição era um concurso de miss, mas com o diferencial que cada menina estava li para mostrar o quão fantástico e único era o seu poder mágico.

Sem querer, Mare acaba caindo (literalmente) para o meio de uma das apresentações e descobre ali, na frente de tudo e todos, que também tinha poderes mágicos. Espera. Ela sangrava vermelho. Ela não pode ter poderes. Algo está muito errado em toda essa situação e é exatamente por isso que o rei e a rainha resolvem tirá-la de toda atenção e criar um plano. Contariam para todos que ela, na verdade, era uma prateada perdida que havia sido encontrada após muitos anos e, para completar o pacote, ela ficaria noiva de um dos príncipes mais novos, assim todos poderiam mantes os olhos nela, que naquele momento era uma aberração nada bem-vinda ao mundo dos prateados. Enquanto tudo isso acontece, alguns vermelhos rebeldes estão planejando destruir a monarquia e lutar pelo direito deles. Mare precisa decidir de que lado da história ela vai ficar e isso tudo enquanto descobre de fato quem ela é e como seus poderes funcionam. Ah. E isso tduo enquanto tenta lidar com seu coração apaixonado também.

Foi muito difícil não fazer comparações enquanto eu lia esse livro. Afinal, toda a história de O Príncipe Cruel estava muito fresca na minha cabeça e os livros, além da fama no mundo das fantasias, vão por um caminho bem parecido de narrativa. O que me lembra que eu achei o final de A Rainha Vermelha previsível (com todo o combo do plot twist) porque eu segui a lógica do que tinha rolado no outro livro já citado. Tiro e queda (literalmente, rs). É uma grande receita de bolo que é seguida... mas uma receita de um bolo gostoso e que funciona. Mas como disse no começo, eu gostei demais do livro e ele é super devorável. Gostei muito da Mare também, tem muito de Katniss nela. Não só por ter um apelido (a Katniss, de Jogos Vorazes, é a garota em chamas e a Mare é a garota elétrica), mas por acabar no meio de uma causa e tudo depender muito dela, mesmo que sem querer. Indico demais para quem gosta de fantasias, mas curte muito distopia também. Ainda não li as continuações, pois ainda não tenho os livros, mas devo ler ainda esse ano (mesmo com tanta gente me falando que o segundo livro é péssimo).


a rainha vermelha
AUTOR(A): VIctoria aveyard
EDITORA: seguinte
PÁGINAS: 422
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quinta-feira, 10 de junho de 2021

Quinze Dias (Vitor Martins)

Faz um bom tempo que acompanho o lado literário do Vitor na internet, mas por motivos até então desconhecidos, eu ainda não tinha lido seus livros. Ah! Que besta que fui. Eu simplesmente amei Quinze Dias e já estou com o outro livro dele (Um Milhão de Finais Felizes) aqui na estante para ler em breve. Mais um livro que entra para a lista de livros que eu precisava ter tomado vergonha na cara antes para ter lido logo, mas antes tarde do que nunca. O livro é leve, divertido, inteligente e rápido. Além do que, ele te faz torcer demais pelo personagem principal e é impossível não se sentir um pouco parte da história. Um garoto gordo (e aí eu já me identifico demais) com dificuldade de aceitar seu corpo e ainda lidando com o primeiro amor passando um tempo bem ali na casa dele. É sobre ser você e estar tudo bem. É sobre buscar melhores versões de quem você é também. É sobre amar alguém, mas aprender a se amar pro meio. É claro que ficou com cinco estrelas e ainda levou um coração de favorito de brinde (haha). O livro é indicado para maiores de quatorze anos. Ah, eu já contei que tem uma boia de flamingo para piscina que se chama Harry Styles nessa história? E que é um livro de temática LGBTQIA+? E que aborda temas mega importantes incluindo fazer terapia? Sério. Leia. Obrigada. De nada.

Felipe está sonhando com as férias provavelmente desde que as aulas haviam começado. Seus colegas de sala sempre achavam um novo motivo para atormentá-lo durante as aulas e poder ficar em casa colocando as séries e livros em dia parecia um verdadeiro paraíso. Além do que, ele poderia assistir também muitos tutoriais úteis no youtube que ele sabia que nunca testaria, mas que eram bem legais de assistir. O que ele não espera (de forma alguma) é que o grande crush da sua vida iria passar quinze dias em sua casa. Isso mesmo. Quinze dias dividindo o mesmo quarto e as mesmas atividades com o menino pelo qual ele sempre teve uma queda. Caio era o vizinho do prédio que tinha passado a infância brincando com o Felipe na piscina. Inclusive, ele amava demais a piscina, mas desde que tinha crescido e ganhado peso, Felipe não chegava nem perto de uma roupa de banho ou da piscina. E, também por isso, ele tinha perdido muito do contato que tinha com Caio.

Os pais de Caio não confiavam muito nele, muito por ele ser gay e eles acharem que isso era algum tipo de desvio de caráter, mas muito por serem protetores demais também. Exatamente por isso, mesmo o filho tendo dezessete anos, eles o mandam para a casa do Felipe, uma vez que a mãe do Caio confia muito na mãe do Felipe, para passar os tais quinze dias. E é aí que nossa história realmente começa. Felipe sente algo muito sério por Caio, mas morre de vergonha de até mesmo respirar perto dele. Ele não tem problemas com o fato dele ser gay também, mas o corpo dele o faz criar uma bolha de contato social. Por sorte, sua psicóloga cria um desafio para que ele converse com Caio... uma conversa de verdade mesmo. Aos poucos ele vai perdendo a vergonha e criando a coragem de conversar sobre tudo um pouco e ele percebe que Caio também sente alguma coisa por ele. Além do mais, eles têm muitas coisas em comum, entre sonhos, gostos, medos e muito mais. 

Torcer pela felicidade do Felipe é fácil. Ele é um personagem que te faz ficar feliz, que te faz torcer por ele e pela vida dele. Que você sente que conhece desde sempre, sabe? Claro, o Caio também é fantástico e você se diverte muito com ele e acaba torcendo demais (principalmente para que a família dele o aceite do jeitinho que ele é), mas como ele não é o narrador da história acabamos focando mais no Felipe mesmo. Mas no final das contas, ao torcer para um... torcemos para os dois (hehe). Os personagens secundários, que no caso são as migas de Caio e a mãe do Felipe, também roubam a cena quando aparecem, de um jeito que eu adoro. Sério, a mãe do Felipe é maravilhosa e me diverti demais com as cenas dela. Inclusive, comentei no vlog de leitura que ela me lembrava muito a mãe da Mia, de O Diário da Princesa. Em resumo, é um livro sobre descobertas, primeiros amores, aceitação e ser feliz. Enfim, o livro é fantástico e eu realmente indico demais. Se joga! 


quinze dias
AUTOR(a): vitor martins
EDITORA: alt
PÁGINAS: 206
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quinta-feira, 3 de junho de 2021

Foi Assim que Tudo Explodiu (Arvin Ahmadi)

Estava muito curiosa para ler esse livro (que recebi de parceria com a editora), uma vez que muita gente tem falado tantas coisas maravilhosas sobre ele. De fato, ele é fantástico, delicado e importante... mas eu achei um pouco cansativo também. O livro é narrado de duas formas diferentes e tudo ao mesmo tempo, o que gera um dinamismo legal, mas acabou que eu gostei muito de uma das narrativas e a outra me cansava um pouco. Isso não atrapalhou muito a leitura em si, uma vez que levei duas horas para ler o livro (o que indica que ele é devorável), mas, ainda assim, ele acabou ficando com quatro estrelas porque, além disso que comentei, acho que ficou faltando alguma coisa na reta final. Eu gostei do final, mas acho que baseado nas expectativas que eu tinha criado, pelos comentários sobre a história que eu estava lendo, estava esperando um pouco mais (aí o problema já é meu também, né, rs). O livro é indicado para maiores de quatorze anos e explora as aventuras de um jovem recém (quase) formado do ensino médio enquanto ele busca caminhos para sair do armário para sua família. Ok, vamos focar na resenha em si, eu sei.

Amir estava se descobrindo aos poucos. Ele sabia que era gay, sempre soube, mas sabia também que sua família teria dificuldades de lidar com essa informação, exatamente por isso, ele planejava estar bem longe na faculdade quando contasse para eles. Mas as coisas não estavam saindo muito como o planejado, os valentões da escola haviam descoberto sobre ele e seu então namorado, que acabou também nem dando tão certo, e estavam ameaçando contar para todos o grande segredo dele se ele não conseguisse muita grana para eles. Ele fazia alguns bicos escrevendo páginas para a wikipedia e conseguia ganhar um dinheiro legal com aquilo, mas os valentões queriam ainda mais e, na véspera de sua formatura, ele decide que não vai deixar uma pessoa má controlar a sua vida. Ele pega o dinheiro que tinha juntado para calar uma pessoa e se joga no mundo, literalmente.

Amir vai para na Itália, depois de ter se apaixonado pelo tipo de sorvete de lá no aeroporto de Nova Iorque. Ele conhece pessoas que, como ele, estão se descobrindo e a cada encontro com essas pessoas ele vai percebendo seu lugar no mundo e o quão fantástico é viver sem se esconder. O problema é que os dias de vida dos sonhos estão com os dias contados, quando sua família aparece em peso para buscá-lo. Ele sabia que o momento da conversa chegaria e que seria tenso, mas nunca que ele imaginou que seria em uma sala de interrogatório do aeroporto e com a polícia em volta deles. Ele precisaria contar cada detalhe da sua verdade para não perder a liberdade de toda a família. E foi assim que tudo explodiu...

Como falei, o livro é narrado de duas formas diferentes. E isso vai acontecendo enquanto vemos uma contagem regressiva para o dia em que tudo explodiu na cara do personagem principal. Me lembrou muito os episódios das séries criminais que eu amo ver, mas que me dão um leve nervosinho. O livro começa com eles (a família) na sala de interrogatório do aeroporto, para onde foram levados depois de um desentendimento dentro do avião. O que por si só já é algo que levanta muita discussão, uma vez que são uma família árabe. Então tem todo esse debate (necessário) sobre as entrevistas aleatórias dos aeroportos com certas pessoas. Ok, partindo disso, vamos vendo os dias anteriores de tudo que Amir viveu nas últimas semanas e um pouco dos últimos meses também. E cada capítulo desse tem como título quantos dias antes do episódio do aeroporto foi o ocorrido narrado. Esses capítulos foram os que mais me cansaram. Eu gostei demais do dinamismo dos capítulos que eram as entrevistas com a família na sala do aeroporto. Eles contavam de forma muito mais devorável os acontecidos e me prendia bem mais. Claro que era importante ver essa retrospectiva que rolava nos capítulos do menino na Itália, mas foi isso que senti. Ah! E falando do que senti, já que comentei que episódios de séries assim me dão nervosinho... é porque já sabemos que "deu tudo errado" e vamos vendo todo o caminho até lá e isso me deixa levemente ansiosa.

Agora o autor que se vire. Eu quero um livro todinho sobre a irmã do personagem principal. Sério, onde que assina para ler mais sobre a Soraya? A menina roubava a cena da história por completo quando aparecia como narradora e, para completar, mesmo ela falando sobre o irmão eu queria era saber mais do musical que ela estava ensaiando e sobre ela brincando de detetive para descobrir o que estava rolando. Agora que já falei da estrela do livro, vamos focar no personagem principal (hehe). Amir e o crescimento dele na história é algo gostoso de acompanhar, mas, ao mesmo tempo, é meio irreal sabe. A graça dos livros, no geral, é te fazer acreditar até mesmo no inacreditável, mas desde que a história te faça sentir assim. Eu não estava comprando muito a ideia do menino de dezoito anos que juntou o dinheiro com a wikipedia e viajou sozinho e a louca para a Itália. Acredito que como esses trechos eram narrados pro meio da parte que achei mais dinâmica isso atrapalhou (para mim) também. Mas no geral, da parte da Itália, adorei ver ele conhecendo as pessoas e se conhecendo de brinde. No geral, é um livro muito incrível com uma história muito importante (por vários fatores). Indico demais por ser uma leitura leve, rápida e importante. Para quem gosta desse tipo de narrativa (da contagem regressiva de acontecimentos) é ainda mais perfeito.


foi assim que tudo explodiu
AUTORA: arvin ahmadi
EDITORA: alt
PÁGINAS: 294
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terça-feira, 1 de junho de 2021

O Livro dos Vilões (Vários Autores)

Eu já tinha lido o conto escrito pela Carina Rissi que faz parte desse livro, inclusive, a resenha dele (que acabou saindo como um livro único depois) foi publicada aqui no blog uns quatro anos atrás. Eu li esse livro pela Árvore de Livros num dia em que estava com vontade de ler alguma coisa bem levinha e rápida. Mal sabia eu que ia passar muita raiva com um dos contos (hehehelp), mas no geral é um livro legal e bem escrito, tirando o bendito do primeiro conto que eu queria ignorar a existência. Exatamente por isso, o livro acabou com três estrelas e meia. Temos quatro autores diferentes reescrevendo algumas das histórias dos contos de fadas, mas focando por completo no lado dos vilões. As escritas são bem diferentes, mas combinaram muito bem com as histórias escolhidas. 

Temos a Carina contando um pouco sobre uma nova versão de A Branca de Neve pelos olhos da madrasta. Além disso, passamos por uma versão completamente repaginada de A Bela Adormecida (que tinha tudo para ser a melhor do livro, mas perdeu por completo o rumo e teve um final duvidoso e meio problemático). Até mesmo o Lobo Mal faz parte de um dos contos e achei bem legal como o mundo mágico dos contos de fadas foi retratado nessa versão. E por último (e menos importante) temos a versão das irmãs de Cinderella e o caos que esse conto é. Juro, é absurdo atrás de absurdo com poucos detalhes que conseguimos salvar, mas que perdem o destaque no meio de tanta coisa problemática. Como é um livro com quatro contos de quatro autores diferentes, vou contar mais um pouco sobre cada conto de forma geral, afinal, qualquer coisa além que eu fale sobre pode acabar virando spoiler. Além disso, teve vlog de leitura lá no canal e acabei comentando muito por lá também. 

O conto da Cecily Von Ziegesar (autora de Gossip Girl!) é um grande show de preconceitos, gordofobia, caos e machismo. Eu fiquei muito animada com toda a ideia de ver esse lado das irmãs da Cinderella, ainda mais porque a história se passa em Nova Iorque, mas o trem desandou de forma desastrosa. A ideia em si era boa, as irmãs iam para um baile famoso dos alunos da cidade com notas boas, elas queriam o sapato da moda, que só tinha no tamanho da Cinderella, e mais alguns detalhes bem legais e criativos (como a mocinha não dando muita bola para o pseudo-príncipe). Mas a grande maldade das irmãs e como a Cinderella reage a tudo isso é um grande caos. Comentários absurdos, machistas e gordofóbicos que me deixaram chocada e sem entender como ele foi publicado nessa leva (ok, a autora é famosa, eu sei).

O conto da Diana Peterfreund que foca no que seria uma Malévola atual, da história da Bela Adormecida foi o mais legal, mas também caminhou para um final problemático e levemente desastroso. Se segurou naquele clichê de adolescente que muda por completo para se encaixar na escola, mas acabou de forma rápida (deixando quase sem solução o drama) e, quando parei para analisar, percebi que o buraco era mais em baixo e tinha sido algo delicado e problemático real. A personagem principal vinha de uma família de bruxas (que fazia poções e pequenos encantamentos para as pessoas da cidade) e um dia ela resolve que queria estudar na escola. O que ela não imaginava era que ser uma adolescente "normal" era muito complicado e isso implica romances que não funcionam, amigas falsas e uma festa com um fim bem duvidoso.

O conto da Carina Rissi é mais fácil eu colocar um ttrecho da resenha que escrevi quatro anos atrás, por mais que eu de fato tenha relido agora também. "Eu acho que estava esperando um pouco demais e, por conta disso, quebrei um pouco minha cara. (...) Não me apeguei a personagem principal, fiquei com preguiça de ler em alguns momentos e fiquei sem entender como que isso podia estar acontecendo. Aqui vamos falar da história da Branca de Neve, pelos olhos da Madrasta. (...) Eu tentei gostar da Malvina, eu juro que tentei, mas vilã de conto de fadas não me desce (haha). Entendo que ela não deixaria de ser malvada, afinal, é apenas uma releitura do conto, mas meu Deus, que personagem irritantemente metida. Mais uma vez, sei que essa é a personagem, que faz sentindo e tudo mais, mas você não consegue entendê-la, nem torcer por ela e, para falar a verdade, nem por ninguém ali. A ideia era mostrar o lado da Malvada, mas continue torcendo pela mocinha, rs. (...) Carina não deixou de ser Carina. Afinal, podemos ver todos os detalhes do clássico nas entrelinhas e isso é bem legal. Mas acho que teria curtido mais se fosse pelo ponto de vista da Bianca, teria mais torcida e até uma estrela a mais no final.

Por último, mas não menos importante, temos a versão do Lobo Mal por Fábio Yabu. Esse foi o que mais me surpreendeu, mas também o que menos me prendeu. Todo o drama em volta do mundo dos contos de fadas e as escolhas (ou não) dos personagens e como aquilo vivia se repetindo é algo muito legal e genial, mas a escrita não me segurou muito (o que não quer dizer que seja ruim, é só que não foi muito para mim). Foi o conto em que o vilão de fato mais se destacou e que seguiu toda a ideia do livro mais a fundo. Como eu disse, bem criativo.

Vale a pena? Olha, acho que vai muito do gosto de cada um. No final das contas um pouco de cada (menos o da Cinderella) valeu bem a pena para mim, mas definitivamente não viraria uma releitura no futuro. 


o livro dos vilões
AUTORA: vários autores
EDITORA: galera RECORD
PÁGINAS: 320
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