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terça-feira, 18 de janeiro de 2022

Reminders of Him (Colleen Hoover)


 Ela conseguiu mais uma vez. Eu acho que acabei de ler um dos melhores livros da minha vida. Eu oficialmente já li tudo que essa mulher escreveu e depois de mais de vinte livros ela continua me surpreendendo. Esse livro, assim como todos os outros dela, é real. Aquele real que machuca, que não é fácil de lidar e que te faz questionar tudo que você sabe sobre empatia. Esse livro, na realidade, é a definição de empatia. De esquecer tudo que você acredita e se colocar de verdade no lugar dos personagens. Assim como a grande maioria dos livros da autora (principalmente Verity, Layla, Tarde Demais e Heart Bones) esse livro vai ser oito ou oitenta. Entendo que não é uma história fácil, mas é completamente devorável e eu estou ainda sem palavras (por mais que esteja digitando muito). Eu não consegui parar de ler e, por sorte, eu tinha esse tempo realmente só para isso hoje. É um livro que aborda temas como morte, prisão, abandono parental, dor e recomeços. Acredito que ele seja para maiores de dezessete anos, mas não acho que vai ser o livro certo para essa idade ao mesmo tempo. Acredito que para de fato entender e aproveitar o livro como ele merece, você já precisa ter vivido um pouco mais de coisas na vida. E voltamos para a tecla da empatia. Leia com o coração e a mente aberta. Deixe que o livro realmente te mostre o caminho dele. E espero que aproveite essa leitura tão completamente como eu.

Depois de cinco anos na prisão por conta de um grande erro, Kenna está pronta para recomeçar. Ela precisou voltar para a cidade em que tudo deu errado, porque é lá que sua filha está. Por mais que todos que estejam em volta da pequena Diem a queira bem longe, ela sabe que precisa tentar. Ela não consegue imaginar sua vida sem sua filha e só de lembrar a dor do dia que a tiraram dela é algo que a faz perder forças. Ela precisa se provar e ela está disposta a tudo para que isso aconteça, mas não estão nem perto de facilitar para ela. Assim que chega de volta na cidade ela conhece Ledger. De primeira, ela nem imagina que ele é uma das pessoas que cuida de sua filha e que a protege com tudo que tem, mesmo assim ela se mostra vulnerável perto dele. E ele consegue abrir espaço para que ela mostre quem ela realmente é. Isso, é claro, não vai ser fácil e muito menos bem visto. Ambas as decisões levam para um caminho perigoso que pode afastar todo mundo e, principalmente, afastá-los de Diem. As escolhas precisam ser feitas de forma sábia e no momento certo, isso é o mais complicado aqui.

O que falar de Kenna? Essa mulher me fez repensar tantas coisas da vida que eu ainda não sei exatamente o que falar sobre. Assim como quase todas as outras personagens principais da autora, ela é forte e já passou por mais coisas do que qualquer um seria capaz de imaginar ou aguentar. Tudo que ela fez e lutou nesse livro é algo que não vou esquecer e, mais uma vez volto para essa palavra, ela me fez repensar muito sobre o que realmente é ter empatia. Ledger é fantástico. Ele está grudadinho no meu coração com o Ridge, outro personagem da Colleen que eu amo (de Maybe Someday). O que ele fez nos últimos cinco anos e o que ele faz ao decorrer da história é algo que muita gente vai julgar (eu tô me segurando para não falar mais uma vez sobre empatia, ooops, falei). Mas que homem! Que história! Diem merece todo o destaque que as crianças escritas pela Colleen merecem. Que criança adorável, que imaginação e que capacidade de deixar tudo leve, o mundo precisa demais Diems.

Os personagens secundários me ganharam. Lady Diana (sim, esse é o nome que ela gosta que a chamem) ganhou meu coração todinho. Ela foi uma luz em muitos momentos do livro e eu simplesmente amei todas as características que Colleen escolheu para ela. Foi muito pessoal para mim ler uma personagem tão forte, independente e maravilhosa com Síndrome de Down, obrigada, Colleen. O pessoal que trabalha no bar, os familiares todos, meu Deus que personagens fantásticos. Dos que aparecem mais, até os que roubam a cena um ou duas vezes apenas. Eu amo isso! Amo quando a história parece real ao ponto de até os personagens secundários serem realmente importantes. As cartas, ai, as cartas que ela escreve nesse livro são o ponto alto de tudo. E quando o título do livro faz sentido é um belo momento também.

Eu amei o ritmo do livro, amei que não teve um plot forçado (principalmente de separar porque uma agulha caiu no chão como tem em tantos livros hoje em dia) para criar um drama. O drama já é a história em si, não precisa fazer os personagens sofrerem ainda mais só para ter uma virada dramática na história. O drama já existe em cada respiração e vírgula desse livro e eu realmente amei que foi por esse caminho. As últimas trinta páginas foram meu tudo e onde perdi o rumo no choro. Que livro! Que experiência. Obrigada, Colleen. Você acabou comigo de novo (e pode continuar, rs). A única coisa que posso falar agora é: Aquilo é uma bosta de um pombo?


reminders of him
AUTOR(A): colleen hoover
EDITORA: montlake
PÁGINAS: 335
VLOG DE LEITURA
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LIVRO +17

sábado, 15 de janeiro de 2022

The Love Hypothesis (Ali Hazelwood)

O queridinho do BookTok não foi muito para mim. Isso quer dizer que eu achei ele ruim? Não! Ainda mais porque eu nem acredito nessa de que existam livros ruins (tirando os problemáticos, mas aí é outra história). Eu acredito que existem livros que não são bons para nós, mas que podem ser fantásticos para outros. Livros que não são muito nosso estilo, ou que não combinam com o momento que estavam vivendo e por aí vai. Faz parte e isso não quer dizer que eu tenha achado o livro péssimo, ainda mais porque quatro estrelas não é uma nota baixa (haha). O que rolou foi que o livro é absurdamente lento (e muita gente ama isso, o famoso slow burn) e a narrativa com pouco diálogo também não é muito minha vibe. Para mim, foi uma leitura cansativa e enrolada, não consegui me apegar aos personagens e nem torcer por eles, mas, ao mesmo tempo, queria ver como iria acabar e entendo o hype em volta dele. O que me lembra, achei o final mega corrido. Tudo que a história não "correu" nas primeiras trezentas e poucas páginas, é corrido nas últimas cinco (hehe). Outra coisa que acho importante registrar é que por mais que "vendam" esse livro nas divulgações dele como +18 e com conteúdo erótico, não é bem isso que encontramos. E mais alguém está percebendo que isso tem rolado demais? Muitos livros com duas ou três leves cenas de sexo sendo "vendidos" como eróticos. Acho que esse povo que faz isso nunca leu um erótico de fato (e não estou julgado, apenas comentando porque não é o primeiro que leio recentemente que falavam que ia por um caminho... mas não foi). Segura essa emoção aí, meu povo (haha). Eu diria que ele é tranquilo para maiores de dezesseis/dezessete anos, mas entendo quem achou melhor colocar dezoito (afinal, existe um plot de assédio no trabalho no livro). Ok, já fiz uma introdução grande demais, né?

Olive é uma estudante brilhante e candidata ao Ph.D da faculdade de Stanford. Ela não liga muito para relacionamentos amorosos e acredita que nem tem muito tempo para isso no momento mesmo. O problema é que sua melhor amiga é o exato oposto e acredita que Olive precisa levar seus sentimentos mais a sério. Inclusive, ela leva tão a sério os sentimentos de Olive que não está dando nem uma chance para um homem que ela super sente atração, porque ele já saiu uma vez com a Olive e ela tem medo de que isso acabe com a amiga (mesmo ela deixando claro que não liga, afinal, essa saída não tinha dado em nada mesmo). E é nessa que Olive tem uma ideia, ela resolveu contar para a amiga que já estava em outra e que ela poderia sair com o cara sem problemas. Mas como boas cientistas que são, elas precisam de provas. E é numa dessas que, para que a amiga acredite nela, Olive acaba beijando o primeiro cara que ela vê passando no corredor da faculdade.

Adam. O jovem e belo... mala, quero dizer, professor da universidade. Nenhum dos alunos vai com a cara dele e, na verdade, todos tem um pouco de medo mesmo. Afinal, ele é bem duro e direto com seus alunos. O que ela nem imaginava era que esse beijo renderia uma proposta séria que faria os dois lados lucrarem, afinal, a história se espalhou mega rápido e logo o campus todo já sabia do beijo. Eles teriam um relacionamento falso, é claro. Assim, a amiga de Olive acreditaria nela e teria seu encontro com o cara de quem estava afim. Para Adam, seria um lucro que a universidade acreditasse que ele estava "firmando raízes" por ali com aquele relacionamento, assim liberariam a verba que ele precisava para sua pesquisa. O que poderia dar errado, não é?

Eu entendo o hype, como já falei, mas não me apeguei aos dois. Inclusive, fiquei o tempo todo (mesmo que sem querer) comparando o casal desse livro com o que eu tinha lido antes, que também tinha um relacionamento falso (Written in the Stars). Eles não conversavam direito, eu não vi as fagulhas do amor real crescendo ali (ai que brega haha) e no final quando tudo começou de fato a acontecer nem foi tão emocionante, porque eu não tinha me apegado. Outro fator importante, eu amo livros em que os personagens secundários roubam a cena, mas que mesmo assim não tiram o foco dos personagens principais. Mas eu nem mesmo lembro o nome dos personagens secundários daqui, porque eles são bem esquecidos no churrasco. Enquanto escrevo a resenha estou me perguntando como que dei quatro estrelas, porque acho que se fosse agora eu teria descido para três estrelas e meia (ou três). Mas relembrando que senti lendo o livro, acho que foi porque ainda assim o livro é bom. É bem escrito, dentro do possível é devorável (porque segue sendo lento) e por aí vai. Vou manter minha nota quatro, mas não pretendo ler os próximos lançamentos da autora. Não foi para mim o estilo de escrita dela, infelizmente. 


the love hypothesis
AUTOR(A): Ali Hazelwood
EDITORA: Berkley books
PÁGINAS: 384
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quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

Written in The Stars (Alexandria Bellefleur)

Eu sabia que iria gostar desse livro assim que vi a capa dele... depois de ler a sinopse eu tive certeza! O fato é que esse livro me prendeu logo na primeira página e eu me apaixonei demais pelas personagens principais (especialmente pela Elle, que vive num mundo da lua, bem como eu). Além de que a escrita da autora é devorável, tem referências maravilhosas e me deixou muito animada para ler mais coisas dela, inclusive, existem mais dois livros (até o momento) desse mesmo universo e eles já estão na minha wishlist. Ah! Quase me esqueço da melhor parte, o livro é inspirado no clássico de Jane Austen, Orgulho e Preconceito e podemos ver isso em vários detalhes e, principalmente, no nome das personagens principais. Até onde sei, o livro ainda não foi confirmado aqui no Brasil, mas estou aqui abrindo meu coração e pedindo por favorzinho (com estrelinhas no topo) para que mudem isso (hehe). O livro é indicado para maiores de dezesseis anos e foca no enredo do clássico namoro falso. Já deu para entender que eu amei e que, por isso mesmo, ele ficou com cinco estrelas e um coração de favorito.

Elle Jones é uma das astrólogas responsáveis pelo site de sucesso Oh My Stars. Ela acredita que o amor verdadeiro existe e que isso provavelmente está escrito nas estrelas. Por outro lado, Darcy é direta e não acredita em nada disso. A única coisa que faz sentido em sua vida são os números e coisas lógicas. O problema é que o irmão de Darcy, um romântico sonhador, acredita que as duas poderiam se dar super bem. Elas só precisam se dar uma chance e, exatamente por isso, ele marca um encontro para as duas. Ele inclusive tem certeza de que entende super sobre amor, uma vez que é um dos responsáveis por um novo app de relacionamentos que promete que a pessoa vai achar o seu OTP (nome do app e que significa algo como sua alma gêmea). E é assim que ele conheceu Elle e sua melhor amiga, uma vez que elas vão trabalhar para o app para ajudar com a parte de signos e astrologia. Só tem um pequeno detalhe; Darcy não está nem um pouco com vontade de se apaixonar. Inclusive, ela foi para o encontro decidida de que daria tudo errado e ela seguiria com sua vida em paz. De fato, o encontro é um caos. Tudo dá errado e Elle e Darcy percebem logo que são completamente opostas. 

Quando seu irmão, que está revoltado com a falta de vontade de Darcy, resolve que seguiria tentando arrumar um amor para ela, Darcy resolve contar que ele não precisa fazer isso, uma vez que ela já está saindo com alguém. Elle, é claro. Ela conta como o encontro foi perfeito e que as duas se deram muito bem. Exatamente por isso, ela não pode mais sair com as pessoas que seu irmão que arrumar, afinal, ela já tem alguém em mente... e é assim que nasce o plano. De começo parece (e é!) loucura, mas logo Elle vê vantagens ali também. Darcy ficaria com Elle assim seu irmão a deixaria em paz. Elas iriam juntas na festa de natal da família e todos veriam como elas estavam felizes e iriam parar de ligar para sua vida amorosa. Elle, por outro lado, usaria essa ideia maluca para se mostrar como uma pessoa mais estável para sua família mega problemática. Por ter um emprego nada convencional, ela era sempre vista como a falha da família e ela acredita que ao apresentar sua nova e mega estável namorada, todos ficariam um pouco mais felizes com ela. E é claro que o plano em si mesmo dura poucos dias, afinal, a convivência faz as duas perceberem que o elas estão sentindo pode de fato ter sido escrito nas estrelas... mas como lidar com algo que começou como uma grande mentira?

Elle é uma personagem fantástica. Eu me diverti demais com as loucuras astrológicas dela e é muito dificil não ir com a cara dela logo de cara. Darcy, assim como o rabugento de mesmo nome da outra história, leva um pouco mais de tempo para conquistar o leitor, mas quando isso acontece é um caminho sem volta. As duas formam um casal muito lindinho e que te deixa com o coração quentinho. Além de que o livro não enrola mil anos para elas perceberem que de falso o relacionamento não tem nada... e uau quando elas percebem isso! Claro, tem uns tropeços no caminho, afinal, é um livro clichê de romance, mas eu amei demais e fiquei muito apegada. O que me lembra, estou mega curiosa para ler também o livro do Brendon (irmão da Darcy) e da Margot (melhor amiga de Elle). Como comentei, a escrita da autora é completamente devorável. O livro também tem muita cara de filme de comédia romântica e é uma delícia ainda maior por isso (com todos os clichês possíveis). Indico demais e espero mesmo que ele venha logo para cá traduzido para mais gente se apaixonar por essa história maravilhosa.


written in the stars
AUTOR(A): alexandria bellefleur
EDITORA: avon books
PÁGINAS: 384
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segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

Crazy Stupid Bromance (Lyssa Kay Adams)

E lá vamos nós para a primeira resenha do blog do ano de 2022! Uhu! Assim como no ano passado, todos os livros que eu leio (sem exceção) saem como vlog de leitura no canal (e vocês podem acompanhar tudo aqui), mas alguns acabam vindo parar aqui no blog também com a resenha escrita. Não existe um padrão para isso, infelizmente. Eu vou seguindo minha vontade (hehe). E, no momento, estou com muita vontade de escrever essa resenha, então, vamos lá!

Esse livro é o terceiro da série do Clube do Livro dos Homens (mas pode ficar tranquilo que não tem spoiler de nenhum deles na resenha, rs). Eu escolhi ele para começar o ano uma vez que o segundo da série, Undercover Bromance, acabou no meu TOP5 das leituras de 2021. Ou seja, as expectativas eram altas e eu queria começar meu ano literário muito bem. Eu arrasei na escolha! Esse livro é simplesmente fantástico, devorável, tão bom quanto os outros da série e recheado com todos os clichês que eu amo. O meu favorito continua sendo o segundo, mas esse daqui (que conquistou cinco estrelas e um coração de favorito) agora ocupa o segundo lugar quando o assunto é essa série no meu coração. Importante lembrar que estamos falando de um livro para maiores de dezesseis anos.

Depois de receber muita atenção da mídia por denunciar os abusos que sofria de seu ex-chefe, Alexis resolveu focar todas as suas energias no seu café. Um lugar seguro para mulheres que, assim como ela, estavam prontas para falar sobre o que tinham vivido e precisavam de um lugar para serem ouvidas ou, simplesmente, para se sentirem bem. Além disso, o lugar tinha comidas deliciosas e, claro, era um abrigo também para gatos. Os que estavam disponíveis para adoção ou, até mesmo, o seu próprio gato de estimação que ficava por lá. Noah é um hacker brilhante que mudou um pouco o curso da sua vida e, agora, é dono de uma bem-sucedida empresa de segurança para computadores de empresas. Ele conheceu Alexis ao ajudar um grupo de amigos e o Clube do Livro dos Homens na missão de derrubar o famoso chefe de cozinha (e ex-chefe da Alexis). Desde então, eles viraram melhores amigos. Por não tem mais uma família próxima, Alexis se sente muito acolhida e amada por Noah, além de, claro, suas amigas e até mesmo uma de suas colegas de trabalho do café. 

O que todo mundo sabia, mesmo os dois, é claro, é que ambos eram completamente apaixonados um pelo outro. Mas o medo de acabar com a amizade que é tão forte e importante é algo que acaba sendo maior que o próprio desejo. E é assim que, mesmo sem acreditar muito que vai dar certo, Noah se joga no Clube do Livro com seus amigos e, usando como um manual o livro (fictício) Coming Home ele vai aprendendo como lidar com seus sentimentos. Do outro lado, Alexis está muito confusa com tudo que sente e, para complicar tudo ainda mais, uma garota apareceu em seu café alegando que são irmãs. Não só isso! Ela estava ali porque o pai das duas, que Alexis nem sabia da existência, precisava urgentemente da ajuda dela. E é no meio desse episódio digno do programa Casos de Família que os dois vão tentando se entender.  Ah, se o gato deixar, é claro. Porque o gato de Alexis sente um ciúme absurdo (e quase mortal hehe) de Noah. 

Quando eu vi que esse livro seguiria pelo caminho de amigos que se apaixonam eu dei pulinhos de alegria. Esse é um dos meus clichês favoritos em livros e eu sabia que iria se encaixar muito bem na narrativa dos personagens, pelo que eu tinha visto deles no outro livro. Eu amei conhecer melhor a Alexis, que o segundo livro é apenas a personagem secundária. Uma mulher forte que tem lutado diariamente pelo que acredita e juntando forças com a comunidade para ajudar ainda mais mulheres a se sentirem fortes. Sem esquecer que Noah também é um neném e é impossível ele não virar um crush. Todo o carinho e cuidado que ele sente pela Alexis é algo que nos faz torcer ainda mais pelo casal. Uma das melhores parte, no entanto, não fica focada no casal principal, mas sim em um evento que o Clube do Livro está organizando (sem maiores detalhes para não dar spoilers, rs). O livro é bem mais leve que o segundo, por mais que também aborde temas delicados e um pouco pesados em alguns momentos (mas nada que mude o tom de comédia e leveza da história). Enfim, uma leitura obrigatória para quem ama clichês e ama acompanhar esse grupo de amigos que se apoiam nos nossos queridos romances literários para aprender como lidar com o mundo. Estou muito animada para ler o quarto livro e, na verdade, leria quantos fossem (haha). Porque a cada personagem novo que aparece eu já fico imaginando o que eles aprontariam e qual livro usariam de manual.


Crazy stupid bromance
AUTOR(A): lyssa kay adams
EDITORA: berkley
PÁGINAS: 352
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quinta-feira, 9 de dezembro de 2021

Jogo do Amor e "Ódio" (Sally Thorne)

Eu nunca pensei que esse dia realmente iria chegar, mas aqui estamos nós. O primeiro livro que eu avalio com apenas uma estrela. Normalmente, sou muito chata com isso. Não me sinto bem dando menos de duas estrelas, afinal, o livro foi o trabalho da vida de alguém. Mas tudo tem limites, não é mesmo? Esse daqui testou meus limites (e minha paciência) e aqui estamos nós. Já vou avisar de primeira que o negócio não ficou muito bom para o lado do livro quando, em menos de cinco páginas, eu já dei de cara com comentários gordofóbicos gritantes na história. Como por exemplo, temos a personagem principal, Lucy, falando que gostaria que seu colega de trabalho, Joshua, fosse "feio e gordo", assim seria mais fácil odiar ele. Além de um apelido que ela dá para seu chefe, que se repete durante o livro todo, que também usa o corpo gordo como ofensa. Como uma mulher gorda que lidou com muitas coisas ao longo dos anos, eu posso afirmar que isso me deixou muito incomodada enquanto eu lia. Inclusive, pensei em abandonar o livro (coisa que não faço deve ter uns seis anos). Eu continuei a leitura apenas para poder reclamar com propriedade e escrever essa resenha como um alerta, afinal, até então eu só via comentários positivos sobre essa história. O que me lembra, a gordofobia não foi o único problema. Vou explicar isso melhor ao longo da resenha, mas o livro como um todo é algo bem problemático. Inicialmente, eu queria ler por conta do filme que vai sair (que já tem até trailer), mas acabou que terminei apenas por questão de honra (e ódio) mesmo. Izabela, você está exagerando. Não, não estou. Aqui vão dois trechos que me tiraram do sério (teve mais, mas acredito que esses já vão deixar bem claro onde quero chegar):

"(...) Joshua deveria ser baixo, gordo, com uma fenda nos lábios (...). Mas ele não é assim. Mais uma prova de que não existe justiça nesse mundo". - Página 10

"Abro a boca e ergo a língua como uma paciente com problemas mentais esperando o medicamento." - Página 27

Dito isso, vamos começar com a sinopse (porque não quero nem gastar meus pequenos divertidamentes escrevendo uma descrição da história): Lucy Hutton e Joshua Templeman se odeiam. Não é desgostar. Não é tolerar. É odiar. E eles não têm nenhum problema em demonstrar esses sentimentos em uma série de manobras ritualísticas passivo-agressivas enquanto permanecem sentados um diante do outro, trabalhando como assistentes executivos de uma editora. Lucy não consegue entender a abordagem apática, rígida e meticulosa que Joshua adota ao realizar seu trabalho. Ele, por sua vez, vive desorientado com as roupas coloridas de Lucy, suas excentricidades e seu jeitinho Poliana de levar a vida. Diante da possibilidade de uma promoção, os dois travam uma guerra de egos e Lucy não recua quando o jogo final pode lhe custar o trabalho de seus sonhos. Enquanto isso, a tensão entre o casal segue fervendo, e agora a moça se dá conta de que talvez não sinta ódio por Joshua. E talvez ele também não sinta ódio por Lucy. Ou talvez esse seja só mais um jogo.

Aqui vai ter reclamações, mas não spoilers, ok? Vamos lá. Tudo para eles é um jogo. Se encarar sem virar o rosto durante o trabalho? Um jogo. Reclamar do que o outro falou com o RH da empresa? Outro jogo. Se odiarem? Mais um jogo. Tudo vira uma comeptição sem sentido com eles. Nada disso é saudável e, por mais que muita gente goste dos livros "enemies to lovers" (inimigos que se apaixonam) esse daqui não é bem por esse caminho, por mais que venda essa vibe, uma vez que o tal do ódio dura menos de cem páginas. Logo eles estão em mais um jogo, levemente doido, em que a tensão entre eles é algo absurdo.

Vamos falar sobre Lucy. Eu já peguei um ranço absurdo dos comentários capacitistas e gordofóbicos dela, mas no final acabei com pena da personagem pelo que a autora fez com ela. A personagem tem como único traço de personalidade amar/odiar seu colega de trabalho. Achei a família dela, a história deles em si, fofa... mas meio que acaba aí tudo sobre ela. Ela não tem amigos, não tem vida social, não se relaciona com as pessoas de forma alguma e tudo que ela respira é o colega de trabalho que ela ama odiar. Agora sobre Josh, ele é o boy lixo que fica disfarçado entre as problemáticas que surgem mais para o lado de Lucy. Ele a provoca o tempo todo, dentro do jogo maníaco deles, e tem uma obsessão por controle da vida dela (coisa que vemos de forma gritante no final... sobre a agenda, não é spoiler, mas quem leu vai pegar onde quero chegar).

Acabei de, literalmente, respirar fundo aqui do outro lado da tela. Essa resenha é um desabafo. Eu queria que tivessem me alertado sobre tudo isso, mas tudo que via (e muito ainda vejo) é puro amor e elogios para esse livro que me deixou chocada. Você tem todo direito do mundo de gostar do livro que for, mas se esse é um dos seus favoritos, gostaria de pedir, de coração, que repense baseado em alguns dos pontos que comentei (principalmente sobre o capacitismo e gordofobia). Afinal, se machuca uma pessoa e/ou um grupo de pessoas, coisa boa não pode ser, né?


jogo do amor e "ódio"
AUTOR(A): sally thorne
EDITORA: universo dos livros
PÁGINAS: 400
VLOG DE LEITURA
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terça-feira, 2 de novembro de 2021

Undead Girl Gang (Lily Anderson)

Pensa em um livro absurdamente devorável, divertido e com uma história única que te prende até o final. E com isso nós temos o Undead Girl Gang, que tem muita cara de filme de suspense teen da Netflix, mas com aquela vibe divertida de filme da Sessão da Tarde dos anos 90 (por mais que seja um livro com a história que se passa por agora).  Esse livro foi um achado do feed do Instagram. Ele estava em uma lista com indicações de livros com personagens principais gordas e eu fui logo colocando na wishlist e, quando rolou promoção, comprei. Inclusive, estou eu mesma montando uma lista de livros com personagens principais gordas, em breve compartilho tudo que estou achando (maravilhoso). E já que tocamos nesse assunto, o peso dela é citado de forma "normal", ou seja, é citado porque vivemos numa sociedade que vê necessidade de citar nosso peso em momentos aleatórios. Mas isso não é o ponto central da vida dela e nem do livro (ponto!). O livro lida muito com assuntos importantes, como o luto, a gordofobia, a preconceito contra latinos, preconceito religioso e amizades tóxicas, mas isso tudo de uma forma leve sem perder o foco. Em resumo, já deu para ver que eu amei, dei cinco estrelas e um coração de favorito e acho que todos deveriam ler (editoras nacionais, olhem esse pedido, nunca pedi nada haha).

Mila Flores nunca ligou para o que falavam sobre ela na escola, afinal, sua melhor amiga Riley estava sempre por perto para deixar as coisas mais leves e, claro, para praticar bruxaria com ela. Nada muito fantástico ou sobrenatural, apenas pequenos feitiços com flores e pedras para o mundo delas ser mais leve. Elas nem de fato sabiam se tudo aquilo funcionava mesmo, mas era algo que as unia e que as fazia muito bem. Além do mais, uma coisa que elas haviam aprendido sobre ser Wiccan era a gratidão, então estava tudo sempre ótimo... até que um dia não estava. Riley foi achada morta e, assim como as outras duas meninas mega populares que foram achadas mortas também poucos dias antes, a morte foi colocada como suicídio. Mas isso estava errado. Mila sabia que sua amiga não faria isso, como poderia? Ela nunca ia para o lugar em que seu corpo foi achado, ela estava muito bem pouco tempo antes do acontecimento e, na cabeça de Mila, ela nunca faria algo tão grande sem falar sobre antes com ela. Só tinha uma explicação lógica, é claro: a escola tem um assassino a solta. As três meninas que morreram estavam concorrendo a uma bolsa de estudos que todos queria e, sem elas vivas, mais pessoas estavam perto da conquista. Esse era o caminho lógico para pensar, pelo menos na cabeça de Mila.

E quando tudo isso estava em sua cabeça, um novo livro de magias, que Riley havia encomendado pouco antes de morrer, chega para Mila e ela sente que é um sinal. Um dos feitiços falava sobre um sopro de vida, uma possibilidade de trazer alguém de volta dos mortos por sete dias apenas. Era perfeito! Mila traria sua melhor amiga de volta e, juntas, elas iriam atrás do assassino antes que ele atacasse de novo. O que poderia dar errado (haha)? O problema é que alguma coisa no feitiço sai do controle e, ao mesmo tempo que tudo dá certo, algumas coisas saem um pouco além do esperado. Riley estava de volta, mas junto dela estava também June e Dayton, as meninas populares que nunca foram muito com a cara de Mila. Infelizmente, nenhum das três se lembravam de como haviam morrido e, o que era para ser algo simples (haha) acaba virando uma verdadeira investigação e ligação de pontos. Entre muitas conversas, pedidos de fast food e gatorade (porque é isso que essas zumbis têm vontade de comer, rs) as meninas vão criando uma ligação fantástica e cada vez ficam mais perto de descobrir a verdade.

É um caos, mas é um caos maravilhoso. Ver a amizade de Riley com a Mila e, até mesmo, ver a amizade de June e Dayton crescendo com as duas é fantástico. Claro que tudo dá um aperto no coração, afinal, sabemos que elas só vão ter os setes dias, mas ainda assim é tudo tão maravilhosamente bem escrito que ficamos com aquele quentinho no coração até o final e com o final também. Inclusive, falando no final, PENSA NUM PLOT TWIST DE RESPEITO. É clichê? Muito! Mas ainda assim eu fui completamente surpreendida e fiquei muito em choque quando as coisas se conectaram. Percebi o que estava rolando umas poucas páginas antes da revelação e, ainda assim, fiquei com cara de besta olhando o livro (haha). Você só consegue ficar em paz quando descobre o que rolou e como as coisas vão se resolver. É impossível largar o livro antes disso. E, como comentei, ele é completamente devorável. Ajuda demais o fato de que ele é leve, tem citações pop que fazem muito sentido da história e que deixam tudo mais divertido. Coisas simples, mas que no meio da leitura você começa a rir porque aquele pequeno comentário faz todo sentido do mundo no momento da história. Além disso, as três meninas de zumbi são absurdamente maravilhosas, rs. Elas ficam variando entre a forma "normal" delas e a versão "zumbi" dependendo do quão perto da mila elas estão e é claro que isso rende muitas cenas maravilhosas e hilárias. O livro é indicado para maiores de quatorze anos.

undead girl gang
AUTOR(A): lily anderson
EDITORA: RAZORBILL
PÁGINAS: 320
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quinta-feira, 21 de outubro de 2021

This Coven Won't Break (Isabel Sterling)

Não vou negar que eu estava enrolando para ler a continuação de These Witches Don't Burn (que eu amei), mas acho que comecei a me dar a desculpa de que era porque eu estava esperando o mês das bruxas para ler (e acabou rolando isso mesmo, rs). As desculpas acabaram e eu me joguei na leitura... e amei tanto quanto o primeiro. Acredito que tenha ajudado o fato de que fui com as expectativas bem baixas depois de ler algumas resenhas negativas por aí, mas, ainda assim, o livro entrega o que promete e fica na mesma vibe do primeiro. A história é leve e divertida até mesmo quando tenta se levar a sério. É um livro no melhor dos estilos dos filmes clássicos da sessão da tarde. Muito disso se deve ao fato de que a classificação indicativa dele é de doze anos (e tem isso escrito nele, ponto para a editora gringa), ou seja, a ideia aqui é ser mais leve mesmo. Ok, já deu para entender que é um livro brega e clichê (e isso já deixar claro meu próximo ponto) e que eu gostei demais, porque esse estilo é o meu favorito. Outra coisa importante de deixar claro aqui, é que estamos falando de uma continuação, ou seja, você pode considerar uma coisa ou outra como spoiler, por mais que eu tome muito cuidado com isso, quando se trata de uma continuação é meio complicado de evitar. 

Hannah aprendeu muitas coisas nos últimos meses. As bruxas de sangue, por exemplo, não são todas terríveis, ainda mais considerando que estar ao lado de sua nova namorada sempre fazia muito bem para ela. Em segundo, os caçadores de bruxas estavam soltos por toda parte e prontos para tentar destruir os covens. E eles, ainda por cima, estavam estudando formas de derrubar grupos inteiros de bruxas de uma única vez. Os resultados das tentativas estavam sendo terríveis, uma vez que o que eles acreditavam ser um antídoto, era algo capaz de tirar todos os poderes das bruxas e, dependendo do caso, até mesmo algo pior. Isso tudo no meio de um ano letivo em que Hannah precisava correr atrás de muitas matérias e ainda lidar com o novo relacionamento. Sem esquecer de que ela estava vivendo um grande luto em sua vida, mas não sabendo lidar com todos os seus sentimentos e como aquilo afetava sua ligação com a magia elemental. Agora as bruxas precisam se juntar sem olhar sua origem. Os feiticeiros, os elementais e os de sangue precisam estar todos do mesmo lado. Eles precisam de planos e mais planos para descobrir como chegar na fonte, quase que literalmente, do problema dos caçadores. Para isso, os grandes mestres dos covens precisam contar com a última bruxa que conhecem que sobreviveu ao ataque de um caçador para contar história e que está disponível para ajudar, Hannah, é claro. 

Uma das maiores reclamações que li, nas resenhas que comentei no começo, é que a Veronica não aparece muito. Ahhhhhhhh! É claro que não aparece, meu povo (inclusive, ela não está nem nas cartas da capa desse livro). Ela é a ex-namorada da personagem principal e foi fazer faculdade em outra cidade. Se ela ficasse sendo citada toda hora ficaria bem chato para a atual namorada de Hannah, a Morgan, e, até mesmo, daria a impressão de que o relacionamento não foi superado, o que não é verdade. Quando ela precisou aparecer, para ajudar a resolver todas as tretas que estavam rolando, ela apareceu e foi legal. Mas ela não era o foco, era a Hannah. 

Falando na personagem principal, no vlog de leitura do livro (que sai em tempo real lá no canal do blog de todos os livros que eu leio), até comentei que ela está passando por uma fase Harry Potter aqui nesse livro. Aquela mania de achar que tudo gira em torno dela e de que todos fazem tudo por ela (o que no caso do HP até tem um fundo de verdade, mas aqui tem muito drama e trauma por trás também). Mas não é nada chato demais, é algo que faz parte da personalidade dela e, mais do que isso, que faz sentido com tudo que ela viveu nos últimos meses e tem vivido no momento. O que me lembra que até bruxas precisam de terapia, como bem vemos aqui. Mudando de assunto, por completo, a melhor amiga da personagem principal, Gemma, continua sendo uma ótima personagem que rouba a cena quando aparece. E a Morgan, que agora tem muito mais destaque, também tem ótimo comentários e é uma leitora que traz comentários fantásticos para a história (inclusive, citando Vermelho, Branco e Sangue Azul em um momento, rs). Antes que eu me esqueça, também adorei acompanhar a Alice, mais uma bruxa de sangue. 

Em resumo, é um livro leve e com soluções fáceis, mas ainda assim, me surpreendeu com o final mais que o primeiro. Como comentei no começo, ele entrega o que promete e eu amo esse estilo levemente brega e clichê.

this coven won't break
AUTOR(A): isabel sterling
EDITORA: razorbill
PÁGINAS: 321
SKOOB DO LIVRO.
MEU SKOOB.

terça-feira, 28 de setembro de 2021

Izabela, Cadê as Resenhas?

Eu escrevo resenhas na internet desde setembro de 2012 e eu amo demais isso, de verdade. Eu amo falar sobre livros e amo mais ainda que o blog virou minha memória digital, mas ao mesmo tempo, muitas coisas mudaram nesse anos todos. Atualmente minha maior plataforma é o TikTok. Depois vem o canal, o Instagram e por último aqui no blog. Eu sempre escrevi pensando em como isso me fazia bem e como que eu gosto de deixar as coisas registradas em algum lugar. Mas de uns tempos para cá virou meio que uma tarefa que era só cobrança (e isso me trava por completo). Os vlogs de leitura que faço quase que semanalmente no canal viraram também resenhas. Afinal, eu faço todo um documentário da leitura e no final falo o que escreveria por aqui. Além disso tudo, meu computador começou a dar sinais de idade (hehehehelp) e ontem alguns pixels dele morreram (o que deixa espaços pretos na tela onde estavam os tais pixels). Nos últimos meses eu trabalhei direto na frente do computador (por conta das aulas estarem todas online) e isso também me deixava sem vontade de sentar para escrever. Quem sabe quando meu computador novo chegar isso mude um pouco... ou quem sabe não. E tudo bem! Mas, Izabela, você falou isso tudo, mas na realidade ainda não falou nada. Eu sei! E sou assim desde sempre (e tudo bem, de novo haha). Eu comecei a escrever esse post com uma ideia e estou aqui na metade dele já com outras novas três ideias. E pode ser que no final das contas nada disso que pensei pelo caminho eu leve para frente. Então vamos por partes, ok? Aqui vão os nomes dos últimos livros que li, mas não estão resenhados aqui no blog (mas todos tem vlog de leitura e basta clicar no título para ir para o vídeo) e o que achei deles.

  1. Para Educar Crianças Feminitas (Chimamanda Ngozi Adichie) - 5★ - 
  2. Sejamos Todos Feminitas (Chimamanda Ngozi Adichie) - 5★ - 
  3. O Perigo de Uma História Única (Chimamanda Ngozi Adichie) - 5★ - 
  4. Sem Escolha (Abbi Glines) - 3,5
  5. Very Good Lives (J. K. Rowling) - 5★ - Esse não teve no vlog, desculpa (hehe)
  6. Quando Te Vejo (Holly miller) - 5
  7. Undercover Bromance ( Lyssa Kay Adams) - 5★ - 
  8. The Bad Beginning (Lemony Snicket) - 5★ - 
  9. Conectadas (Clara Alves) - 5
  10. A Maldição do Espelho (Agatha Christie) - 5
  11. Três Coroas Negras (Kendare Blake) - 3
  12. Amor e Gelato (Jenna Evans Welch) - 4,5
  13. Corte de Espinhos e Rosas (Sarah J. Maas) - 4
  14. The Reptile Room (Lemony Snicket) - 5★ - 
  15. Enquanto Eu Não te Encontro (Pedro Rhuas) - 5★ - 
  16. One Last Stop (Casey McQuinston) - 5★ - 
  17. Obsidiana (Jennifer L. Armentrout) - 2,5
  18. Corte de Névoa e Fúria (Sarah J. Maas) - 4
  19. Um Amor Desastroso (Brittaicy C. Cherry) - 5★ - 
  20. Predestinada (Abbi Glines) - 4
  21. Férias em Taipei (Abigail Hing Wen) - 4
  22. Felix Para Sempre (Kacen Callender) - 5
  23. Resistindo a Um Libertino (Aline Sant'Ana) - 5
  24. Querido Ex (Juan Julian) - 3,5
  25. Um Corpo de Verão (Maria Freitas) - 5★ - 
  26. Perfeitamente Errada (Mariana Pereira) - 4
  27. Honestamente: Sinceramente? (Bruna Zielinski) - 4,5
  28. Reticências (Solaine Chioro) - 4,5★ - O vlog desse vai ao ar no final de semana.
  29. Releitura de Harry Potter do 1 ao 7 (J. K. Rowling) - 5★ - 

Ok, linda organização de post! Inclusive, você encontra todas as resenhas (e vídeos de resenha) que já postei na vida separado por ordem alfabética aqui. Mas e como vai ficar tudo no final das contas? Não sei. Libertador falar isso, sabe? A ideia é continuar com os vlogs de leitura, pois eles têm funcionado muito bem para mim. Mas, além disso, quero resgatar algumas resenhas antigas aqui do blog e repostar numa forma mais atualizada no insta (como se fosse um "Direto do Túnel do Tempo", inclusive, bom nome esse). E quero, quando tiver vontade, postar algumas resenhas aqui no blog também. Em resumo, a regra é não ter regra (haha). Espero que acompanhem essa jornada comigo e que o caminho seja leve e gostoso. Porque o que importa de fato na vida (literária ou não) é aproveitar. 

quarta-feira, 11 de agosto de 2021

Sem Fôlego (Abbi Glines)

Não é segredo para ninguém que Abbi Glines é um grande prazer culposo meu, o famoso guilty pleasure, que é usado para definir livros, filmes e outras coisas assim que, apesar de execradas por crítica e boa parte do público, têm um lugar especial no coração do espectador ou leitor. Eu já li todos os quatorze livros da série Rosemary Beach e li também, mais recentemente, outros livros da autora que me surpreenderam demais (Existência e No Meu Sonho te Amei). Mas precisamos falar a verdade aqui, os livros da Abbi são bem problemáticos (principalmente esses mais antigos em data de publicação) quando o assunto é machismo e relacionamentos bem duvidosos... que ainda assim eu amo. E por isso comentei sobre o prazer culposo (quem nunca?). Esse é o primeiro livro da série Sea Breeze, mas aqui no Brasil a série parou no segundo livro (que também li e que a resenha vai sair em breve). Temos nessa "nova" série todos os ingredientes que fizeram a outra série famosa da autora, que já citei, bombar, mas acho que depois de tantos anos lendo os clichês dela, eu esperava ou pouco mais. Não quer dizer que é ruim, ou melhor, pode ser que seja, mas eu esperava um pouco mais da escrita da autora (que tinha melhorado tanto na reta final da outra série e que até mesmo luta no livro para não ser problemática nos relacionamentos que escreve... e algumas vezes consegue) que no final o livro ficou com quatro estrelas. Importante lembrar que estamos falando de um livro para maiores de dezesseis anos.

Sadie se mudou para a cidade de Sea Breeze com sua mãe, que está grávida, pois as duas precisavam de dinheiro para pagar as contas e, por lá, a mãe dela tinha um emprego garantido como doméstica em uma casa de uma família muito rica. O problema, é que a mãe de Sadie não sabe o que a palavra responsabilidade significa e, como está entrando na reta final de sua gravidez (que poderia ter sido evitada) ela acaba se recusando a trabalhar e, com isso, sobra para a adolescente, que está de férias escolares, trabalhar no lugar da mãe. Em tese, o pessoal da casa não gosta que jovens trabalhem lá por conta de um dos chefes da casa, mas a menina se mostrou boa de trabalho e estava disposta a obedecer todas as regras muito bem para poder manter o emprego. O que estava acontecendo ali, de fato, era que a casa era de um dos astros do rock jovem mais famosos do mundo, Jax Stone. 

De primeira, Sadie realmente não vê nada demais no roqueiro famoso, mas ele logo se sente muito atraído por ela e todo o fato de que seria algo errado, uma vez que ela trabalhava para ele, torna tudo ainda mais atrativo para ele. Enquanto isso, Sadie conhece Marcus. Um jovem que também está trabalhando na mansão e que logo se apaixona por ela. Mesmo o vendo só como um grande amigo, ela fica bem dividida sobre tudo que está acontecendo. O verão vai passando e Jax acaba conquistando Sadie, mas eles sabiam que esse relacionamento tinha uma data de validade. Mais do que isso, Jax sabia que ela merecia alguém bem melhor que ele. O problema, é que a ligação deles é infinitamente mais forte do que imaginavam e toda a separação deixa ambos sem fôlego (hehe). Será que vale a pena lutar por esse relacionamento mesmo vivendo em mundos tão diferentes?

O livro tem aquela carinha de fanfic que eu pessoalmente adoro. Sabe quando tem um famoso para o meio, muitas tretas causadas por fofocas e jornais e tudo mais? Amo! Ao mesmo tempo, Abbi acaba forçando um relacionamento em que a personagem principal é muito boba. O mesmo que aconteceu em tantos outros livros dela (como o famoso Paixão Sem Limites). Sadie era muito esperta, trabalhadora e já tinha passado por muitas coisas, mas ao mesmo tempo em alguns assuntos ela parecia uma criança que ainda tinha muito para aprender, sabe? E, com isso, em muitos momentos Jax acaba parecendo tirar proveito do fato dela ser desatenta e distraída. O que me lembra, que ele já era maior de idade e ela não (mesmo sendo coisa de dois ou três anos de diferença, isso me deixou meio bleh durante toda a leitura). Inclusive, esse foi um dos livros que eu acabei torcendo contra o casal principal, mesmo sabendo que o Marcus teria um livro só dele depois, eu queria eles juntos. Porque ele era tão mais legal e com noção (e sobre o livro dele, bom, teremos outra resenha em breve). 

Já que estou problematizando mesmo, todo o drama da separação deles no meio da história (que acontece como o esperado em todo bom e velho clichê... e que está na sinopse) foi forçado num nível que está me fazendo pensar se troco a nota desse livro para três e meio (socorro) ou não. Sério, é algo muito complicado e que, junto com tudo que Sadie estava vivendo com sua família, fica ainda mais doido. Mas vou manter a nota (e parar de pensar nisso agora, rs). Enfim, um livro para quem ama clichês duvidosos (tipo eu, hehe) e está querendo ler algo leve, que não vai te fazer pensar muito e que, no final das contas, até que vale a pena.

SEM FÔLEGO
AUTOR(A): ABBI GLINES
EDITORA: ARQUEIRO
PÁGINAS: 272
SKOOB DO LIVRO.
MEU SKOOB.

terça-feira, 10 de agosto de 2021

De Repente Adolescente (Vários Autores)

Adoro livros com vários contos assim dentro de um tema em comum. São leituras leves e que, normalmente, te fazem conhecer autores bem legais. No caso, eu já conhecia alguns dos autores, mas tive também muitas surpresas agradáveis por aqui. Temos um livro que foca nos dramas, amores e vivências no geral de um adolescente brasileiro e é uma delícia ler sobre essa época, mesmo já estando bem longe dessa realidade (hehe). Os contos são bem variados e as escritas e estilos também, o que garante que pelo menos um deles vai te prender demais e mais de um você vai gostar muito. Ao mesmo tempo, isso não garante que vai gostar de todos, não que não sejam bons, mas, como falei, os estilos são bem diferentes. No caso, eu gostei muito mesmo de dois dos contos, mas também gostei muito de outros quatro. Enquanto isso, os outros quatro foram leituras legais, mas não foram muito meu tipo. Juntando todos esses fatores, o livro acabou com quatro estrelas e meia (e com eu comprando livros dos autores que gostei mais dos contos também, rs). É uma leitura bem leve e divertida, além de ser indicada para maiores de onze anos (belezura).

Temos dez contos que, por caminhos diferentes, focam na vida do pré-adolescente e do adolescente na nossa realidade. Entre jovens que estão lidando com a separação e briga constante dos pais, jovens que estão se apaixonando pela primeira vez, jovens que estão lutando pelo que acreditam e outras coisas, temos até mesmo a formação de um estado brasileiro e as vivências de uma jovem indígena. Como falei, tem assunto para agradar tudo e todos e de uma forma bem leve. Como falar dos dez seria bem complicado e por serem contos tudo pode acabar virando spoiler, vou focar aqui nos meus dois favoritos: Agulhas e Bolinhas, do Vitor Martins e A Revolta dos Salgados, da Iris Figueiredo.

No primeiro citado (que é o último do livro) temos a escrita contagiante, leve e devorável do Vitor. Um conto LGBT+ focado nas primeiras descobertas de quem de fato você é e como tudo é tão simples e puro. Um menino que acaba indo aprender a bordar para lidar com todos os sentimentos que guarda dentro dele (inclusive, a perda de um ente muito querido) e por lá encontra bem mais que linhas e agulhas. Encontra algo que realmente gosta, um novo amigo e também o cachorro mais brincalhão do mundo todo. No segundo citado (que é o terceiro do livro), temos a história de uma jovem que quer salvar a biblioteca da escola e, para conseguir isso, acaba no meio de uma candidatura a representante de turma na escola. Uma eleição muito acirrada que acaba com compra devotos (com salgado da cantina!), muita parceria dos colegas de sala e muitos posts divertidos e trocas de mensagem, que deixam o conto devorável e bem delícia de ler. Sem esquecer que todo o envolvimento da biblioteca na história deixa um quentinho no coração.

Como sei que são curiosos (como eu), os outros contos que gostei muito foram: Eu Estou Aqui (Clara Alves), A Última Suspeita (Camila Fremder), Casa Nova (Keka Reis) e Segunda Chance (Lully Trigo). Os outros são tão bons quanto, mas, como comentei, não foram muito meu estilo de leitura (e isso acontece!). E realmente uma leitura muito leve e rápida, além de que vale a pena para todas as idades. Para quem está vivendo esse momento e para quem já viveu (meu caso!). E aí, já leu? Qual foi o seu favorito? 


de repente adolescente
AUTOR(A): vários autores
EDITORA: seguinte
PÁGINAS: 256
SKOOB DO LIVRO.
MEU SKOOB.

quinta-feira, 15 de julho de 2021

Minha Versão de Você (Christina Lauren)

Esse livro fez parte da leitura coletiva de junho aqui do blog e tem um vlog de leitura (sem spoilers) dele e uma LIVE (com spoilers) também e tudo lá no canal. No começo do ano me indicaram esse livro e logo baixei ele pelo Unlimited do Kindle, mas a verdade é que a capa não me chamou muito a atenção e ele ficou ali por um bom tempo esperando. Até que quando fui escolher a leitura coletiva do mês de junho, eu li com mais calma a sinopse e achei que seria uma escolha perfeita para o mês do orgulho. De fato, foi. No final das contas, o livro que é para maiores de quatorze anos, ficou com quatro estrelas, mas não vou negar que já pensei muitas vezes em subir para quatro estrelas e meia. Aí eu lembro que o começo foi beeeeem enrolado e volto com a ideia e, por isso, fechamos com quatro mesmo (haha). Tirando esse começo que comentei, o livro é completamente devorável e muito bem escrito. Trata de assuntos muito importantes e tudo de uma forma muito responsável e muito natural também. Temos um livro LGBTQIAP+ que fala sobre descobertas, primeiros amores, corações quebrados e religião. E, como falei, tudo de uma forma muito bem pensada (falei muitos sobre isso na live que teve). Enfim, se joga nessa leitura que te deixa com o coração bem quentinho no final das contas e ainda te faz pensar sobre muitas coisas pelo caminho.

Tanner sempre lidou muito bem com sua bissexualidade e sua família sempre viu isso de uma maneira natural (como de fato é), mas precisou voltar de certa forma para o armário quando se mudou para uma cidade pequena com a família por conta do trabalho de sua mãe. Em Utah, numa cidade feita basicamente de mórmons, ele não tinha como colocar tudo que sentia para fora sem ser colocado para baixo por isso. Por isso, ele estava contando os dias para se formar no ensino médio e ir para uma faculdade em que poderia voltar a ser totalmente quem era. O que ele não imaginava, era que teria uma pedra em seu caminho no formato de um seminário da escola. Uma matéria que levava os alunos a escreverem um livro em quatro meses (!!!!) e cujo a nota importava demais. Onde ele tinha ido se meter? 

Ele não tinha ideia do que escrever e nem mesmo de como começar, tinha ido parar ali para acompanhar sua melhor amiga, mas as coisas estavam saindo do controle. Foi aí que ele conheceu Sebastian. Um ex-aluno do curso em questão que tinha escrito um livro tão fantástico que seria até mesmo publicado e, a convite do professor, tinha voltado para auxiliar os alunos nesse projeto. Escrever um livro era bem complicado, mas se apaixonar por Sebastian foi bem rápido. O problema era que Seb era filho do bispo dos mórmons na cidade e tinha muita dificuldade em aceitar o que estava sentindo. Ele também estava muito apaixonado por Tanner, mas tudo dentro dele e tudo que ele entendia da vida gritava que aquilo era errado. Ele precisaria entender de fato quem é para poder começar a entender o que ele queria no seu futuro. Enquanto isso, Tanner começa a escrever uma autobiografia sobre como está sendo se apaixonar... mas em algum momento ele precisa entregar esse livro.

Tanner é um personagem principal fantástico e como sempre teve um entendimento muito legal sobre sua bissexualidade, ele consegue passar algumas ideias muito importantes e legais durante o livro. E com isso precisamos comentar sobre a relação incrível que ele tem com os pais e o amor, carinho e apoio que ele recebe dos dois. Por outro lado, vemos tudo que Sebastian passa com sua família e tudo que ele sempre acreditou que era certo. A batalha interna que ele passa durante o livro te faz ter vontade de entrar na história só para dar um abraço nele. A melhor amiga de Tanner, Autumn, também aparece bastante e merece ser citada aqui, mas ela também faz parte da cena mais nada a ver com nada do livro e eu precisava deixar isso registrado (mesmo sem explicar para não dar spoilers, rs). Eu amei a irmã do Tanner também e acho, inclusive, que ela merecia ter tido mais destaque. Ela era uma ótima personagem secundária. Bem debochada e eu adoro isso (e sempre comento, vocês ainda me aguentam?).

Sou católica e, por mais que minha religião vá por um caminho bem diferente dos Mórmons do livro, amei a relação que Sebastian tem com Deus e concordo demais com muitas falas que vemos no livro sobre o amor de Deus e de tudo sobre isso. Não achei que foi algo que faltou com respeito, muito pelo contrário, é algo muito bem escrito... por mais que em alguns momentos o livro perca o ritmo (no começo, como comentei) por parecer um manual do que é ser mórmon (muitas explicações, sabe?). Entendo a necessidade de explicar muitas coisas, uma vez que é uma religião pouco conhecida, ainda mais por aqui, mas tinha hora que era um pouco demais. Em resumo, eu adorei o livro e foi uma leitura muito proveitosa. Vi muitas coisas com muitos olhares diferentes e acredito que isso tenha feito tudo valer ainda mais a pena. Adorei o final, por mais que fique algumas coisas em aberto. Indico muito a leitura e fiquei curiosa para ler outras coisas das autoras (que assinam como se fossem uma pessoa só, mas são duas, rs).


minha versão de você
AUTOR(A): christina lauren
EDITORA: Hoo editora
PÁGINAS: 320
SKOOB DO LIVRO.
MEU SKOOB.