
Hey, eu perguntei na
página do blog oq ue vocês queriam para o
#BrincandoDeEscritora de hoje, acabou que deu empate e no final das contas vocês votaram por 'queremos tudo'. Realmente eu não tenho como postar tudo, já contei outras vezes do meu trauma com meus textos na internet, então vamos com calma. Entre os votos estava um trecho de
On Stage: Minha Vida em Hollywood, que por um acaso é o meu livro pronto (falta só uma editora me amar, rs). Escolhi algo bem aleatório e espero de coração que gostem. Acho legal lembrar que On Stage já foi uma fic, mas eu mudei bastante coisa na história (além de alguns nomes, rs). Se você leu na época que era
fic provavelmente vai reconhecer a cena, mas vai perceber as mudanças. Se você não leu, aqui vai o básico: Conta a história de Liz (Elizabeth) e de Jake (Jacob), dois amigos de infância que fazem muito sucesso em Hollywood, cada um em sua área, e que depois de muitos anos percebem que a amizade deles podia, e devia, ir bem além. Fica de olho lá na página que sempre faço perguntas e mostro coisas alok por lá.
♫
- Vocês vão realmente viajar de
carro? – Ali disse enquanto eu fechava minha mala, na manha do dia nove de
dezembro.
- Sim. - Respondi animada.
- Algo me diz que isso não vai dar
certo.
- Claro que vai, Ali.
- Vocês vão ficar dentro de um carro indo para
o outro lado do país. Sem esquecer que isso cansa e vão acabar brigando,
aguentar por horas é uma coisa, mas por dias e ainda direto? Já falei que é dentro de um carro?
- Ali, nós vamos parar em hotéis,
não vamos brigar e já estamos com todo o esquema montado, ok? Pode ficar
tranquila. Vamos chegar a Cheviot sem problemas e vamos estar com tudo certo
para chegar antes da apresentação no dia 22.
- Encontro com vocês em Cheviot, ok?
- Ok.
Ali não teve muito mais tempo para
nos chamar de loucos, Jake estava buzinando na frente de casa exatamente na hora marcada. Ele saiu todo sorridente do carro para me ajudar a colocar minha
mala para dentro. Em seguida guardamos os lanches que tínhamos arrumado no banco
de trás e estava tudo pronto. Rob apareceu para desejar boa sorte com a aventura e para acalmar a
Ali.
- Se comportem, ok? – Rob disse
quando entramos no carro.
- Sempre. – Jake falou sorrindo
antes de ligar o carro.
- Tenho lembranças fortes das suas
costas em um tom de vermelho vivo em várias revistas de fofoca, Jake. – Rob disse piscando.
- Se depender de mim a Lizzie que
volta cheia de marcar dessa vez. – Jake disse piscando.
Ri baixo, mas realmente esperava que
aquilo fosse verdade. O lado agente de Ali que não parecia muito feliz com a notícia.
- Eu realmente não precisava ouvir
isso, Jacob. – Rob disse rindo. – Se comportem! É sério.
Lá estávamos nós começando nossa
viagem. Fazia tempos que não via um sorriso tão grande no rosto do Jake, de
fato ele sempre quis fazer essas viagens de dias, mas ninguém tinha topado a
loucura. Nossa primeira parada seria só à noite para dormir mesmo. Dormiríamos
em um hotel em Albuquerque (Novo México), de LA até lá, em tese, levaríamos quase
doze horas. Por isso levamos lanche no carro.
- Isso realmente lembra as nossas
viagens de quando éramos pequenos. – Jake disse rindo.
- Só que antes estávamos no banco de
trás cantando “Barbie Girl” para atormentar nossos pais. E não era bem um carro, era algo mais perto de uma van. – Falei rindo.
- Nada supera aquela voz irritante
que você faz nessa música.
- Nada! Falando nisso, está faltando
música nessa viagem.
- Liga logo o som.
Procurei meu cartão de memória na
bolsa e entreguei para ele. O fato é que ele teve um ataque de riso bem sério quando a
primeira música da minha seleção especial começou a tocar.
- Eu penso em tudo, baby. – Falei
rindo, mas ele estava ocupado entrando no personagem.
- Hi, Barbie! – Jake disse numa voz
forçada.
Segurei para não rir.
- Hi, Ken! – Aí vem a famosa voz
irritante.
- You wanna go for a ride?
Ele
falou com a mesma voz forçada, mas virando o rosto para mim.
- Sure, Ken! – Falei sorrindo.
- Jump in!
Estávamos segurando para não rir.
- I'm a
Barbie Girl in a Barbie world, life in plastic, it's fantastic! You can brush
my hair, undress me everywhere, imagination, life is your creation. – Cantei e ainda teve direito à uma coreografia.
- Come on Barbie, let's go party! –
Jake continuo a parte dele.
- (…) I'm a blond bimbo girl in a
fantasy world, dress me up, make it tight, I'm your dollie. – Cantei segurando
para não rir.
- You're my doll, rock'n'roll, feel
the glamouring in pink, kiss me here, touch me there, hanky panky. – Jake cantarolou batendo a mão no volante.
- You can touch, you can play if you say: "I'm
always yours", ooh wow. – Cantei serelepe até que parei para pensar. –
Como nossos pais deixavam a gente cantar isso com tanta naturalidade? Nós
éramos crianças! – Falei e Jake começou a rir.
- O quê? Só porque posso tocar e
brincar com você só por falar que serei sempre seu? – Jake disse rindo.
- Exatamente.
- Acho que eles gostavam de rir da
gente pagando mico.
- Como sempre. Aposto que tinha dedo
da Becca nisso. – Falei rindo.
- Não tenho dúvidas. Minha tia tem
uma mente maligna e se não me engano as fitas que tocavam nas nossas viagens
eram sempre dela.
- Isso explica o fato de uma das
nossas maiores lembranças de viagem ser ligada à Barbie.
(...)
-
Lizzie, obrigado.
Jake disse colocando a mão em minha
perna.
- Ahn?
- A viagem. Obrigado por vir comigo.
- Sempre conte comigo, afinal, ainda
é nós dois contra o mundo, cabeção. – Falei sorrindo.
- Ao infinito e além, baby.
(...) Ficamos
conversando e tudo estava indo realmente bem. Quando já estava quase
escurecendo chegamos ao hotel que estava nos nossos planos. Não tivemos problemas nem com fãs nem com
fotógrafos, ninguém tinha ideia de que estávamos ali e isso era maravilhoso. Avisei para todos da família que já
estávamos em Albuquerque e que estávamos bem. A primeira a receber a ligação foi a Ali, que reclamou muito por não termos dado notícias durante a tarde.
- Amanha vamos sair cedo para
Oklahoma City, não é? – Perguntei quando deitamos.
- Estava pensando em ficar aqui mais
um dia e aproveitar as férias, o que acha? Temos muito tempo. Mesmo com as horas de estrada que falta até nossa próxima parada conseguimos chegar em casa à tempo de tudo.
- Perfeito. – Falei apoiando minha
cabeça no peito dele.
- Eu sou o cara mais sortudo do
mundo. – Ele disse colocando a mão em volta dos meus ombros.
- E olha que estou com meu pijaminha
de ursinho. - Falei fazendo uma cara de criança fofinha.
- Eu te amo, Lizzie. Mas esse pijama
é horrível.
- Sério? – Falei sem graça.
- Muito sério. – Jake disse sentando
na cama e me puxando para fazer o mesmo. – Acredito que o melhor lugar para ele
seja o chão desse quarto, bem longe do seu corpo, sabe.
Ri baixo antes de responder.
- Preciso concordar, agora que falou
percebi que é realmente horrível. – Falei séria. – Será que poderia me ajudar?
– Pisquei.
- Não precisa pedir duas vezes,
Elizabeth.
(...)