Na Estante: Sem Esperança

Esse foi o terceiro livro que eu li na minha maratona (a #24hBDE), não vou mentir, já estava morrendo de sono e foi meio complicado de manter a leitura. O livro é ótimo, claro, estamos falando da Colleen Hoover, mas o que complicou foi o fato de que esse livro é o Um Caso Perdido, só que contado pelos olhos de outro personagem. Acredito que o fato de já conhecer a história tenha deixado a leitura um pouco mais lenta (o sono também). De qualquer maneira, tem muita coisa nova da história que amei saber, é claro que vou explicar melhor ali em baixo, rs. O livro ficou com cinco estrelinhas, o que não foi uma surpresa. Se você ainda não leu o primeiro livro não tem (grandes) problema(s) de ler esse, claro, alguns momentos vão parecer picados, mas a história no final das contas é a mesma. Para quem leu o primeiro e gostou é uma leitura quase que obrigatória, rs. Agora vamos focar na resenha, não é mesmo? Sim.

Holder viu tudo que mais amava se perdendo pelo mundo. Sua melhor amiga, Hope, havia sido sequestrada bem na sua frente quando eram pequenos e, para completar, ele cresceu achando que a culpa era dele. Sua irmã, Less, havia se matado sem deixar explicações e ele também achava que a culpa era dele, é claro. Nada fazia mais sentido, ele não via mais motivos para seguir com escola ou qualquer outra coisa do tipo e foi aí que, do nada, uma menina apareceu em sua vida e a deixou de cabeça para baixo. Sky é a cara de Hope, mesmos olhos e mesmo jeitinho de agir, mas será possível? Será mesmo que ele a teria encontrado depois de tantos anos martelando isso?

"A cada passo que dou, lembro a mim mesmo que Sky é Sky e 

Hope é Hope e Less está morta e sou o único que 

sobrou e preciso me resolver com isso tudo." - Página 68

Holder precisa descobrir muitas coisas ainda na vida, não só quando o assunto é Hope, Less e Sky. Muitas vezes deixamos as coisas boas da vida de lado porque estamos focados demais nas coisas ruins. Sky apareceu para melhorar a vida dele, sendo ou não sua melhor amiga de infância. A relação deles é rápido e um era tudo o que o outro precisava. Holder ainda apanharia muito da vida, mas com as pessoas certas ao seu lado.

"Fico me perguntando se é possível se apaixonar

 por uma característica de cada vez ou se é normal 

se apaixonar pela pessoa inteira de uma vez só." - Página 128

Como disse, a história é a mesma do outro livro só que, dessa vez, não é a Sky contando e sim o Holder. Os personagens continuam maravilhosos, mas senti falta das loucuras detalhadas do Breckin, que é um amigo da Sky. Claro, ele aparece no livro, mas muito pouco, rs. O que mais gostei desse ponto de vista foi conhecer um pouco melhor a irmã de Holder, a Less. Sem esquecer que o livro tem muitas cartas que ele escreve para ela, mesmo sabendo que não teria respostas. São leves, divertidas e deixam muitas explicações. O único 'problema' do livro é o nome, sou chata mesmo com traduções (haha) e acredito que esse nome (sem esperança) deveria ter sido do primeiro livro (hopeless). Enfim, é só bobeira minha mesmo, rs. De forma geral, é bem simples, como já disse, se você gostou do primeiro livro precisa ler esse. Colleen arrasou, como sempre.

Sem Esperança

Autora: Colleen Hoover

Editora: Galera Record

Páginas: 319

Skoob do Livro.

Meu Skoob.

Na Estante: O Segredo de Emma Corrigan

Esse foi o segundo livro que li na minha maratona de vinte e quatro horas (a #24hBDE). Adoro os livros da Sophie e com esse não foi diferente, ri até passar mal e nem percebi as páginas passando. Isso é certo quando o assunto é um livro da autora, você vai rir muito e se apaixonar pela história. Eu já estava com um pouco de sono quando comecei a leitura, tanto que dormi longos dez minutos (haha), mas, mesmo assim, a história conseguiu me prender e ainda rendeu cinco estrelinhas. Estava com o pé atrás porque muita gente que conheço estava falando mal do livro (por mais que eu sempre tenha lido ótimas críticas sobre ele), mas acho que o 'problema' é que a Sophie escreve livros bem iguais no final das contas. Isso não atrapalhou minha leitura, mas acredito que desanime muita gente. Vou explicar melhor depois, pode ser? Vamos focar agora.

Emma não estava na carreira dos sonhos, a sua família preferia a sua prima que se deu bem na vida, seu namorado não a conhecia de verdade e ela guardava muitos segredos, de tudo e de todos. Ela nunca tinha visto problema nisso, afinal, todos têm algum segredo, não é mesmo? O problema é que ela teve que fazer uma viagem de negócios e tudo deu errado, por conta disso, ela resolveu beber todas dentro do avião na volta para casa. O que ela não imaginava, nem nos seus piores pesadelos, era que, com todo aquele álcool, muitas verdades sairiam da boca dela e, para piorar, para um completo estranho que estava sentado ao lado dela. Ela contou sobre o namoro, sobre a família, sobre as besteiras que fazia no trabalho e por aí vai. Aos poucos ela foi recuperando a noção do que estava acontecendo e se deu conta da besteira que tinha feito, claro que entrou em pânico, mas pelo menos nunca veria o cara novamente, não é? Só que não.

"(...) e de repente as coisas não parecem 

mais uma merd* tão completa." - Página 21

O cara em questão, Jack,  era simplesmente o chefe (e criador) da empresa em que Emma trabalhava. E sim, ele tinha escutado tudo e lembrava tim-tim por tim-tim. O que ela não sabia era que tinha como piorar, na verdade, sempre tem. Ele iria passar uma semana na empresa olhando seus funcionários e, é claro que, isso incluía nossa personagem principal. Os segredos de Emma vão aparecendo de forma bem delicada, de forma que ela arrume alguma bagunça na empresa, no namoro ou, até mesmo, em sua família. Jack não era tão mal assim e muito menos a demitiria, mas, com certeza, se divertiria muito com aquele leque de segredos.

Como disse lá em cima, os livros da Sophie são sempre muito divertidos e muito bons, mas, no final das contas, são basicamente a mesma coisa. Emma é exatamente igual às outras personagens que já li da autora, assim como temos a prima (que, às vezes, pode ser outro parente próximo) que se deu bem na vida e é má, temos o namorado que vai acabar dançando e as amigas malucas no meio. Sem esquecer do bonitão que aparece de modo inesperado e complicado para virar a vida da mocinha de cabeça para baixo. Se você não liga para isso (eu não ligo) as histórias continuam muito boas, mas se liga, já complica um pouco. Gostei muito da história e ri de passar mal, o final foi meio rápido demais, mas eu superei. Se vocês gosta de chick-lits vai (definitivamente) amar esse livro.

O Segredo de Emma Corrigan

Autora: Sophie Kinsella

Editora: Record

Páginas: 384

Skoob do Livro.

Meu Skoob.

Na Estante: Um Ano Inesquecível

Eu estava bem animada para ler esse livro, mas entre trabalho, faculdade e livros de parceria estava meio (muito) complicado de achar o tempo para isso. Foi exatamente por esses motivos que ele foi a minha primeira leitura da segunda maratona de vinte e quatro horas (a #24hBDE) que fiz. Eu já conhecia a escrita da Paula, da Thalita e da Bruna, sem esquecer que estava muito curiosa para conhecer a da Babi, ou seja, sabia que podia esperar muito do livro. Realmente não quebrei a cara e me diverti bastante com as histórias, umas vez que o livro, na verdade, é uma série de contos ligados às estações do ano. Cada autora ficou por conta de uma das estações e escreveu contos bem grandinhos para isso (em média cada conto tem cem páginas). De forma geral o livro ficou com cinco estrelas, mas isso foi uma pseudo-média que eu fiz, rs. Os contos da Paula, Thalita e Babi realmente receberam cinco estrelas, mas o da Bruna ficou com quatro. Se quiser entender melhor as histórias e as estrelinhas que dei é só continuar lendo a resenha.

Enquanto a Neve Cair (Paula Pimenta): Mabel já estava com todos os seus planos de inverno prontos e esquematizados. Ela sabia que precisava de um tempo com as amigas e, principalmente, de um tempo com um dos maiores gatinhos da escola, Igor. Por conta disso, já tinha dando um jeito de levar toda a galera para os sítio da família de uma de suas melhores amigas. O que ela não esperava, nem em pesadelos, era que sua família tinha uma ideia bem diferente para o inverno. Seus pais haviam organizado uma viagem surpresa para o Chile, assim, toda a família poderia conhecer a neve e viver um inverno de verdade, Entre revoltas e ameaças, Mabel acaba sem opções e se vê em um avião indo para o meio da neve. Era realmente um sonho conhecer tal lugar, mas seria muito melhor dividir uma barraco com Igor no sítio, ou pelo menos era isso que ela pensava. Assim que chega ao hotel Mabel percebe que nem tudo é o que parece, mesmo vendo muitas coisas por mensagens, e logo vê que o que ela realmente precisava era um bom tempo na neve com a família e, até mesmo, com o mais novo instrutor gato de esqui, o Ben!

Eu gostei bastante do conto da Paula e, para falar a verdade, é o que mais goste dela até agora. Já li toda a série da Fani, do Fazendo Meu Filme, os dois livros de princesas e o primeiro livro da Minha Vida Fora de Série, mas o fato é que a história da Mabel realmente prendeu minha atenção. Ela é meio (muito) mimada e tudo mais, mas, de certa forma, nos lembra muito dos nossas ataques de adolescente, dos dramas de 'minha vida vai acabar e a culpa é sua' e tudo mais. É uma história leve e muito devorável. Ficou em segundo lugar dos meus favoritos do livro UAI.

"Garanto para vocês que esse vai ser um inverno inesquecível." - Página 10

O Som dos Sentimentos (Babi Dewet): Anna Júlia nunca foi de viver grandes emoções, sempre viveu pelas regras e acreditava de verdade que essa era a única maneira de se levar a vida, pelo menos era assim que seu pai via o mundo. Ela estava com tudo pronto na escola para se formar e já sabia muito bem o que queria fazer, Direito. Tanto que já estava, até mesmo, fazendo um estágio no centro da cidade em um ótimo escritório. Tudo parecia estar seguindo o curso certo, pelo menos até ela conhecer um cantor de rua enquanto ia para o estágio. João paulo, nome para homenagear dois dos Beatles, cantava e encantava em uma das ruas mais movimentadas de uma das cidades mais malucas do mundo. E entre muita correria e músicas o olhar dos dois se cruza, mas será que valeria a pena sair do curso certo das coisas por uma troca de olhares? Ainda mais quando a cantada master do cara é jogar uma das músicas mais clichês do mundo para jogo. Oh Anna Júuuuliaa...

Eu simplesmente me apaixonei pela escrita da Babi. Ela é bem leve e muito hipster (haha). Sem esquecer, é claro, que o conto inteiro é baseado em músicas e muito amor. Sério, só tem músicas boa nessa história e todas ajudam o conto a ir para frente, de uma maneira muito boa. Fiquei bem curiosa para conhecer mais da autora. Ok, não posso negar, o começo é bem chato e parado, mas quando a história pegou o ritmo foi de uma vez só, puro amor musical. Ah, esse conto ficou em terceiro lugar.

"Saudades de um rosto que eu tinha visto só de passagem e que ainda não tinha um nome e nem voz." - Página 126

A Matemática das Flores (Bruna Vieira): Jasmine estava no último ano do colégio e acreditava que já tinha todo o seu futuro definido, o problema era, apenas, a bendita da matemática. Os números simplesmente não entravam em sua cabeça e, para piorar, ela não se dava muito bem com algumas pessoas de sua sala. Suas amigas até tentavam ajudar, mas quando o assunto era matemática a única coisa que prestava era a letra dela no caderno, que no final até que era bonitinha. Ela estava correndo o risco de perder o ano e, por conta disso, a escola encontra uma maneira de emergência para salvar tudo, um professor extra para ajudá-la. O que ela não esperava era que, entre números e cálculos, ela poderia encontrar muito mais. 

A escrita da Bruna é bem bipolar. Definitivamente o conto é bem melhor que o primeiro livro que li dela, o De Volta aos quinze, mas não chega nem perto da qualidade do segundo, o De Volta aos Sonhos. O conto até que é legal, mas é muito previsível e clichê de uma forma não muito boa. Eu li desde o começo já sabendo tudo que aconteceria, e a escrita não estava ajudando muito nisso. O conto ficou em quarto lugar e, como comentei, levaria apenas quatro estrelinhas.

"E então eu soube que eu não precisava ser de uma família de bruxos ou estudar em Hogwarts para encontrar a magia." - Página 302

Amor de Carnaval (Thalita Rebouças): Inha já não acreditava no amor, uma vez que tinha passado por um término de namoro bem chato. Kaká estava decidida a encontrar um príncipe, de verdade, para se casar. Tati queria ser famosa, simples assim, As três melhores amigas tinham planos bem diferentes, mas acabaram sendo afetadas da mesma forma quando o irmão de Tati, um jogador de futebol, que mais vivia no banco que no campo, começou a sair com uma das maiores cantoras de funk do momento. Sem mais nem menos ela começaram a sair em sites de fofocas como sub-sub-sub-celebridades e, por conta disso, conseguiram entrar em um dos mais badalados camarotes do carnaval carioca. O que elas não esperavam é que tudo viraria de cabeça para baixo lá dentro e tudo por conta de um beijo que ficou mais compartilhado na internet que qualquer outra coisa. O preço da fama é bem alto, ainda mais quando você não quer pagá-lo.

Definitivamente minha história favorita do livro, tanto que ficou com o primeiro lugar. A Thalita arrasou na escrita, na história e, principalmente, no fato de que ela consegue deixar tudo o mais atual o possível. Desde situações citadas até coisas mais bobas como gírias do momento. A escrita dela é muito leve e simplesmente hilária. Eu me diverti de verdade com a história e fiquei naquela de quero mais. Me lembrou um pouco (muito) o livro da Zoella, o Garota Online, mas com um gostinho brasileiro muito mais gostoso.

"Quem nunca deu uma surtadinha e desejou a todas inimigas vida longa para que elas vejam cada dia mais nossas vitórias?" - Página 308

Em resumo, o livro realmente vale a pena e é bem divertido. Vale comentar, também, que a diagramação é maravilhosa e muito caprichada. Cada conto tem uma imagem diferente para dividir os textos e é tudo bem delicado. Por mais livros nacionais que reúnem várias autoras e autores lindos.

Um Ano Inesquecível

Autoras: Thalita Rebouças, Paula Pimenta, Babi Dewet e Bruna Vieira

Editora: Gutenberg

Páginas: 400

Skoob do Livro.

Meu Skoob.

Na Estante: Poderosa #1

Eu li esse livro, pela primeira vez, quando tinha uns 12 anos de idade (lá em 2006). Era um dos primeiros livros que eu lia para valer depois que Harry Potter entrou na minha vida e eu estava muito orgulhosa disso. Como eu ainda não era a leitora maluca com três estantes que sou hoje, li o livro da biblioteca da minha escola, na verdade, lutei muito por esse livro, rs. A lista de espera por ele era gigante e eu sempre batia meu ponto na biblioteca para ver se minha vez tinha chegado (minha fichinha de livros de lá ganhou, por um bom tempo, como a mais cheia da minha turma!). Até que o dia chegou e eu lembro, de verdade, como foi ler esse livro, foi mágico. Lembro que, boa parte dele, li na sala da casa da minha avó e lembro também de como me senti adulta lendo o livro que falava sobre o começo da adolescência. Foi exatamente por todos esse detalhes aí de cima que eu resolvi que precisava ler esse livro mais uma vez, precisava sentir tudo isso de novo. Mais uma vez, foi mágico. Dessa vez não esperei fila alguma (porque sou parceira da editora e pude solicitar o livro, rs), e muito menos li na casa da minha vó (porque moro em outra cidade por conta da faculdade), mas posso contar que senti muitas coisas com a história. O livro ainda é cinco estrelas e me mostrou que muito de quem sou hoje como leitora, escritora e, até mesmo, pessoa, teve influência da história da Joana Dalva. Se ainda não conhece essa história, não perca tempo. Ela não tem idade e é sempre bom ter uma leitura leve por perto. Se quiser conhecer mais um pouco, ou relembrar, a história, é só continuar lendo aqui.

Joana Dalva recebeu esse nome porque a mãe, uma doutora em história, sempre foi muito devota da santa Joana d'Arc e o pai, um dentista cheio de ideias, queria homenagear a mãe que havia falecido e que se chamava Dalva. O nome sempre a afetou, mas ela tinha muito outros problemas para lidar no auge dos seus treze anos. Os pais estavam brigando por tudo e sempre ameaçavam se separar, o irmão mais novo tinha como meta infernizar a vida dela e sempre conseguia isso, a avó estava bem doente e não saia da cama, a escola estava virando um grande inferno, uma vez que todos estavam crescendo e os hormônios estavam tomando conta de tudo e, para melhorar, Joana está sofrendo comas próprias dúvidas da idade. O mundo estava sempre uma bagunça sem lógica para ela, afinal, como sempre sonhou em ser escritora, Joana, imaginava as coisas de um modo bem melhor, ou, pelo menos, com um enredo bem melhor. O que ela não imaginava e, muito menos, sonhava, era que ela tinha (literalmente) o mundo em sua mão.

"Tirar ficção da cartola é uma delícia..." - Página 29

Enquanto escrevia um trabalho de história para o colégio, ela resolveu que podia mudar a história de uma das personagens mais conhecidas da realidade, sua quase xará, Joana d'Arc. O que ela não imaginava era que suas palavras seriam capazes de realmente mudar a realidade. O trabalho era apenas o começo, ela podia escrever coisas fantásticas e doidas (como um jantar de graça em um restaurante chique) em papéis que tudo virava a realidade. O problema é que, em grandes poderes existem, também, grandes responsabilidades e, nem sempre, o que achamos que é certo e bom realmente é o ideal. Joana aprende isso vivendo suas trapalhadas e tentando arrumar o mundo a sua volta com as palavras. Aos poucos ela vai entendendo melhor tudo que está acontecendo, mas é claro que muita coisa dá errado pelo caminho.

"O mundo está nas suas mãos, menina. Você tem o poder 
de mudar a vida de qualquer pessoa." - Página 61

Eu realmente não lembrava de grande parte dos personagens desse livro, claro que, enquanto ia lendo, fui me lembrando aos poucos, mas o que me marcou mesmo foi a avó de Joana e, claro, ela mesma, a personagem principal. O livro em si também é bem diferente do que eu me lembrava, mas de uma maneira muito boa. A narrativa se faz de uma maneira bem leve e cheia de crônicas no meio da história, nem sei se isso existe, mas foi o que pensei enquanto relia. Dentro da história principal vamos conhecendo várias outras histórias e é bem com a personagem principal fala que gosta de fazer logo na primeira página do livro. Como escritora em treinamento, Joana, deixa claro que não gosta de histórias que seguem algo sério demais e o livro é exatamente a cabeça da personagem. Essa é uma das coisas que meu eu com doze anos não percebeu, os outros detalhes foram muito mais profundos (e até mesmo atuais), como, por exemplo, a mãe dela ser feminista em sala de aula mas aguentar ordens e afins do marido em casa como se fosse algum certo. Sem esquecer, é claro, da mensagem principal do livro, o poder das palavras.

É claro que quando eu era mais nova entendia que tinha algo com as palavras e o poder delas, mas nada como o meu eu de hoje em dia. O detalhe é que, naquela época, eu estava mais preocupada com o fato de que queria muito mesmo escrever as coisas e elas virarem realidade. Quase dez anos depois de ler o livro pela primeira vez, eu percebi que a história realmente me influenciou muito e que sempre acreditei no poder que as palavras têm, mesmo não sendo literalmente mágicas como as da Joana. É por isso que indico esse livro para todo mundo e também indico que você leia algo que marcou sua infância, leia com novos olhos e veja como o livro ajudou a formar quem você é. É muito doido, mas também é muito legal. Por último, mas não menos importante, queria agradecer muito a Fundamento por essa oportunidade.

Poderosa 

Autor: Sérgio Klein

Editora: Fundamento

Páginas:185

Skoob do Livro.

Meu Skoob.

Na Estante: Perdidos Por Aí

A primeira coisa que me chamou a atenção nesse livro foi a capa, ela é tão (simplesmente) linda que eu coloquei na cabeça que precisava ler esse livro, isso tudo sem nem saber qual era a história, rs. Para minha sorte, o livro é tão bom quanto a capa e ele ganhou quatro lindas estrelinhas lá no meu skoob. É diferente de tudo que eu já tinha lido e, por mais que me lembre um pouco outro livro (Cidades de Papel, do John Green), a história é única e muito criativa. Eu li o livro em pouco menos de um dia e isso fala muito sobre ele, não é? A escrita é leve e quando você percebe já passou da metade da história. O livro conta bem mais de uma única história de um único personagem e, de começo achei que isso tinha tudo para dar errado, mas não foi bem assim. Por isso, se ficou curioso para conhecer melhor o livro é só continuar lendo a resenha!

Hudson, Bree, Elliot e Sonia não têm nada em comum, nem mesmo a cidade em que vivem. Essa era a verdade, pelo menos até Leila passar pela vida deles. Ninguém sabe muito bem de onde a menina vem, só sabem que ela chega com seu carro vermelho, bagunça tudo de uma forma muito boa e, depois, vai embora com a mesma velocidade da chegada. Hudson acreditava que tudo em sua vida estava certo, que ele sabia cada passo que daria no dia seguinte e que nada mudaria isso, mas ele não sabia na verdade o que era viver, bom, pelo menos até Leila dar as caras em sua oficina. Bree estava fugindo de tudo e de todos, não tinha medo de se meter em encrencas e não estava nem aí para as pessoas que realmente se preocupavam com ela. Ok, pode até ser legal não ter regras e viver por aí, mas em alguns momentos precisamos voltar para aqueles que realmente nos amam, e é isso que Leila mostra para ela, pelo menos depois de aprontarem muito. Elliot acreditava no felizes para sempre e numa vida com um roteiro de cinema, mas o que ele não sabia era que nem todos sabem o script para poderem seguir com as cenas esperadas. Mais uma vez, Leila aparece para mostrar que as mudanças são boas e uma troca de diretor pode ajudar o filme a fazer mais sucesso. Sonia acredita que não consegue mais amar, depois de perder o namorado, mas também acredita que não pode guardar todas as dores para si mesma. E é claro que Leila estava passando por lá quando ela mais precisava.

"Carpe diem é uma filosofia bem conhecida, mas, 

se fosse fácil poê me prática, não teríamos de passar o 

tempo todo lembrando uns aos outros." - Página 74

O livro é uma mistura de contos que tem uma personagem em comum. Me lembrou muito aqueles filmes que têm várias histórias diferentes, mas que no final são todas ligadas por um ou dois personagens. De começo achei que isso seria bem confuso, mas o autor conseguiu contar cinco histórias de uma forma muito simples e bem feita. Em alguns momentos as histórias ficavam um pouco forçadas demais, e a escrita não conseguia deixar a situação crível, foi por isso que o livro ficou com quatro estrelas, mas de forma geral é algo realmente que vale a pena. Se você gosta de histórias sobre descobertas, recomeços e que todo mundo precisa se perder um pouco para se achar de verdade, esse livro definitivamente é para você.

Perdidos Por Aí:

Autor: Adi Alsaid

Editora: Verus

Páginas: 294

Skoob do Livro.

Meu Skoob.

Na Estante: Sweet

Esse final de ano não está sendo fácil (haha). São muitos trabalhos para entregar, muitas provas para fazer e corrigir (quem mandou virar professora, ein), muitas coisas para resolver e, claro, um tcc que ainda vai me levar a loucura e que está na reta final do final (rs). Como já comentei aqui (algumas muitas vezes), sou muito ansiosa e é claro que toda essa bagunça tem me afetado um pouco.  Para vocês entenderem um pouco melhor o drama, estamos na quarta-feira e, mesmo assim, eu já li dois livros e meio (já li Magimakía, Sweet e estou terminando o terceiro, Perdidos por aí, rs) e vi metade de uma série (bem mais, na verdade, estou no episódio dezoito de The Flash, mas isso pode ficar para outro post, né?). Enfim, foco, Izabela! Esse livro conseguiu melhorar muito essa semana maluca, sério. O livro é exatamente o que diz no nome, doce. É uma história simples, mas muito devorável e doce de verdade. Um tipo de livro que amo de paixão (mais que o new adults de raiz, rs), uma história que te prende do começo ao fim e sem precisar ficar colocando dramas, brigas e separações para fazer isso. A autora está, mais uma vez, de parabéns. E, para melhorar isso tudo, ainda bati altos papos com ela no meu instagram na segunda. A Tammara é um amor de pessoa e uma escritora maravilhosa. O carinho que ela tem com os leitores (mesmo os que não falam a mesma língua que ela) só mostra o quão importante as histórias que ela cria são para ela. Não é nem mistério, o livro ganhou cinco estrelas e um coração bem vermelho e fofo de favorito lá no skoob. Ah, essa história faz parte de uma série (a mesma de Easy!), mas você consegue ler, tranquilamente, sem ter lido os outros livros.

Pearl sempre foi apaixonada pelo mar e seus mistérios. Ela se sentia atraída pelas ondas, pelo barulho da água, por tudo que tinha lá dentro e foi exatamente por isso que, quando tinha cinco anos, ela tentou entrar lá para conhecer um pouco melhor. O mar é lindo, mas também é bem rápido. A sorte dela foi que Boyce estava por perto, um menino de sete anos que não pensou duas vezes antes de ir salvar a garotinha que estava no mar. Naquele dia eles viraram grande amigos, mas bem mais que isso, eles perceberam que tinham uma conexão muito forte que duraria a vida inteira. Pearl tinha uma família com o passado meio complicado, mas cresceu como uma das meninas mais ricas da cidadezinha em que morava e nunca faltou nada para ela, muito menos amor. Ela conseguiu entrar em uma faculdade muito boa e tinha planos para uma vida inteira com o namorado. Tudo era perfeito, bom, era. Boyce sempre sofreu muito, desde pequeno. Sua mãe o abandonou porque não aguentava mais sofrer nas mãos do marido. O irmão mais velho, que era tudo para ele, foi para a guerra e não voltou e, para completar, ele sempre apanhava e sofria muito com o pai. Tudo estava complicado e infeliz demais, estava.

"Havia uma coisa em Pearl que fazia parte de mim desde 

o momento em que a puxei do mar para a areia (...)." - Página 76

Não é preciso acreditar no destino para saber que tudo que eles viveram era apenas uma ponte para que eles se encontrassem mais uma vez. Pearl se formou em biologia e percebeu que não queria mais tentar entrar na faculdade de medicina, queria estudar o mar. O problema é que seu namorado viu isso como uma traição para os planos deles e sua família não aceitava isso, bom, não pensaram muito quando a colocaram para fora de casa sem lenço ou documento. É aí que Boyce aparece para salvá-la mais uma vez. Ele estava sozinho, seu pai tinha falecido e por mais terrível que seja, ele nem estava sofrendo com isso. Pearl precisava de um lugar para ficar e ele tinha isso para oferecer. Eles já sabiam que tinham uma amizade muito forte, que existia desde que se conhecem por gente, o que não sabiam era que tinha muito mais ali no meio. Uma relação muito mais doce e saudável, algo que faria bem para os dois e todos em volta. Claro que nada vem fácil, mas quando se está ao lado de quem gosta, basta dar o primeiro passo.

"Talvez ele fosse minha combustão 

interna ou minha gravidade." - Página 212

Boyce é o bad-boy mais fofinho da história dos new adults. Sério, ele é a definição de coisa mais fofa desse mundo, claro, ele é cheio dos palavrões, tatuagens, bebidas e outras coisas, mas ele é tão cheio de surpresas que foi bom demais acompanhar a história. Pearl é uma menina que nem sempre teve tudo, mas sempre deu muito valor para tudo e em nenhum momento se mostra mimada, dramática ou coisa do gênero. É um casal simples, mas que é extraordinário exatamente por isso. Como comentei lá em cima, a história não precisou de dramas exagerados, traições, mortes, separações e afins para me prender e é uma das coisas que mais amo, sem aquecer do humor leve e divertido.O legal, também, foi rever alguns personagens (de Easy) e conhecer alguns novos. Já quero mais livros dessa série, porque sim. Se você gosta de histórias leves, românticas e devoráveis, esse livro é para você. Vale lembrar que, mesmo com toda a doçura, o livro é um NA e tem cenas que prova isso, rs. Já falei que adoro a autora? Pois é, Tammara ganhou muitos pontos comigo (e olha que já tinha muitos, rs).

Sweet

Autora: Tammara Webber

Editora: Verus

Páginas: 320

Skoob do Livro.

Meu Skoob.