terça-feira, 30 de março de 2021

Tarde Demais (Colleen Hoover)

Eu finalmente li o livro mais polêmico da Colleen Hoover e me surpreendi demais (de forma positiva). Desde que o livro foi lançando eu estava enrolando para ler, pois achava que ele não seria muito meu estilo, mas isso apenas me baseando nos que as pessoas estavam achando dele. A gente sempre tenta lembrar que só podemos formar uma opinião depois de conhecer, mas muitas vezes esquecemos disso. O livro é sim polêmico e trata de assuntos muito delicados e complicados, mas ele é muito bem escrito e é muito bom também. Isso não quer dizer que seja uma leitura leve e fácil, muito pelo contrário. Ainda assim, não é nem de perto o que via muita gente falando sobre (mesmo entendendo que cada pessoa tem uma opinião). O que vejo, muitas vezes, sobre o livro é gente falando que ele romantiza um relacionamento abusivo... e é o completo oposto. Assim como em "É Assim Que Acaba", também da autora, temos sim um relacionamento abusivo sendo retratado (aviso de gatilho), mas ele não mostra isso de uma forma irresponsável (como vi alguns falando). Acho que nem preciso avisar, mas farei mesmo assim: É um livro para maiores de dezoito anos e isso está avisado na capa. O livro pode trazer gatilhos sobre: Relacionamentos abusivos, violência doméstica, drogas, estupro e outros temas delicados. Como disse, não é mesmo uma leitura fácil. Nem mesmo uma leitura para releituras (creio eu). Mas não é um livro ruim. Exatamente por isso, ele ficou com cinco estrelas. Teve vlog de leitura no canal também quando li.

Sloan sabia que iria até o inferno para proteger a família dela. Na realidade, ela já vivia no inferno, então nem fazia tanta diferença assim. Desde cedo ela não teve muitas escolhas fáceis em sua família e acabo se tornando responsável por seu irmão. O problema era que ele precisava de um tratamento contínuo e ela não tinha condições de pagar. E é aí que entra Asa. Quando eles começaram a namorar ela nem podia imaginar quem ele era de verdade. Ele a tratava bem e (de certa forma) a fazia se sentir única no mundo. Ela não conhecia muitas coisas boas, mas se sentia bem com ele. Quando ela descobriu quem ele realmente era, um dos maiores traficantes da região, ela decidiu pular fora do relacionamento, mas Asa a segurou pelo elo mais fraco de sua vida: seu irmão. Sem Asa, Sloan não tinha como salvar seu irmão. Exatamente por isso, ela ficou. Ela estava no meio do caos e batalhava diariamente na faculdade para, um dia, poder escapar daquilo. O problema (maior) era que Asa a via como propriedade. Ela era dele e ninguém poderia chegar perto e, muito menos, ela poderia ir para longe.

Tudo começa a mudar quando Sloan conhece Carter na faculdade. Ele era energia e alegria pura e via as coisas de uma maneira prática e leve. Mas como nada em sua vida é simples, ela logo descobre que Carter não é exatamente que ele conta ser. Ele é Luke, um policial que está se passando por estudando para poder chegar mais perto de Asa. De começo, a relação dele com Sloan era puramente profissional. Ele precisava dela para chegar até onde ele queria, mas logo eles percebem que as coisas vão muito além. 

O livro é crítico. O livro é absurdamente crítico. Em nenhum momento a Colleen coloca uma cena absurda e um dos personagens vive achando que aquilo é o certo. Não! Tudo que é errado é colocado como errado. Além disso, o livro critica demais os sistema de justiça dos Estados Unidos e como tudo acontece por lá com condenações e julgamentos (e muitas dessas críticas se encaixam em coisas daqui do Brasil também). O que pode chocar muito (e que justifica o título de "livro mais polêmico da autora") é que essas críticas estão para o meio da história que não é leve. É real. Assustadoramente real. Como tudo que a autora escreve, sim. Mas no caso aqui, é um realidade muito distante, mas que não deixa de ser realidade. A Sloan é a protagonista dessa história. Por mais que a narrativa fique alternando entre ela, o Asa e o Carter (Luke) a história é dela. Ela não é uma donzela em perigo. Ela está sempre em perigo (sim), mas ela sabe disso e, quando finalmente consegue lutar pelo que acredita, ela não fica apenas olhando enquanto outras pessoas tentam salvá-la.

Inclusive, quando liberei o vlog de leitura quando li (lá em fevereiro, sim... as resenhas ainda estão um pouco atrasadas, mas no canal segue tudo em tempo real), uma pessoa comentou que achava que a Sloan era tão ruim quando o Asa e isso me revoltou num nível absurdo. "Não são todos os homens", mas claramente foi um homem que comentou isso sobre ela. A Sloan usa sim o Asa para ajudar o irmão dela, mas pelo simples fato de que ela acreditava que ele era a única maneira de o irmão dela sobreviver. Ela não "usou" ele para ela se dar bem, muito pelo contrário! Ela se dava muito mal nessa relação toda e continuava pelo irmão. Ela sabia da treta em que estava metida, mas continuava pelo irmão. Ela estava sempre no fundo do poço e, de forma alguma, ela ter ficado com ele para ajudar a única família que ela tinha se compara com todas as bostas que ele fez. Fim de papo. Obrigada. Continuando, eu não tenho nada de bom para falar do Asa, então não falarei nada mesmo. Sobre o Carter (Luke), ele me surpreendeu muito. Ele poderia ter se atrapalhado demais no caminho (e quase o fez), mas ele conseguiu uma volta por cima legal e mostrou o quão fantástica a Sloan era para ela e ela cresceu demais com ele. O que é válido. Em resumo: É sim um livro muito problemático. Não pelo que é, mas sim pela realidade que ele retrata. Se você, assim como eu, evitava ler esse livro pelo que as pessoas falam dele pare já com isso e vá ler (se estiver tudo bem para você todos os avisos de gatilho e se for maior de idade). Ok, já falei demais.

Tarde Demais
Autora: Colleen Hoover
Editora: Record
Páginas: 384
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segunda-feira, 29 de março de 2021

Maybe Now (Coleen Hoover)


Esse foi (provavelmente) o livro que eu mais enrolei para ler na minha vida. Não estou falando de enrolar a leitura (porque devorei o livro em menos de 24h), mas sim de começar o livro para início de conversa mesmo. Como comentei na resenha de Maybe Not, o livro Maybe Someday é o meu favorito da autora (e um dos meus favoritos da vida), então eu estava me segurando demais para ler as continuações com medo de estragar algo que amo tanto. O que é um absurdo se tratando dessa autora, eu sei. Ainda assim, li o primeiro livro da trilogia em 2015 e só agora em fevereiro (as resenhas seguem um pouco atrasadas, mas no canal os vlogs de leitura estão mais em tempo real) que fui ler as continuações. Vou ser bem honesta (como sempre, rs), se não fossem as músicas de Maybe Someday, Maybe Now teria roubado o trono do meu coração. Então acho que já fica bem claro que o livro ficou cinco estrelas brilhantes e um lindo coração de favorito (e entrou no meu top cinco da autora, que está completo num vídeo do canal). Sério, esse é o livro mais leve da Colleen Hoover e o tanto que a leitura me fez bem não está escrito. O livro todo parece uma grande temporada da série Friends (o que é genial) e eu gastei tantos post-its que quase foi uma cartelinha inteira. Ele também tem músicas inéditas, mas não tão marcantes (e importantes dentro da história em si) quanto as do primeiro. Acho que nem preciso avisar, mas farei mesmo assim: Essa resenha vai ser o auge dos spoilers para quem ainda não leu nem Maybe Someday (Talvez um Dia) nem Maybe Not. Obrigada. De nada.

Ridge e Sydney finalmente estão juntos. Juntos mesmo. Não é evitando o que sentiam e nem mesmo com um ou outro se sentindo culpado. É um relacionamento oficial. E é tudo que eles esperavam e muito mais. De fato, eles se completam. Só tem um detalhe que poderia atrapalhar todo esse paraíso, Maggie. A ex de Ridge ainda faz parte da vida dele por completo e Sydney nem tem coragem de falar muito sobre como ela se sente quanto a isso quando ela considera tudo que eles passaram para chegarem ali. E Maggie nem faz de maldade (na maioria das vezes), é porque ela não tem ninguém com quem contar além de Ridge e Warren. Ela precisa deles por mais que, muitas vezes, ela se recuse a acreditar nisso. Vemos o amadurecimentos dos casais Ridge e Sydney e do Warren com a Bridgette também, mas vamos além ao ver o crescimento da Maggie como um todo. A grande amizade que é fortalecida e o tanto que todos ali precisam ver as coisas do mundo de outra forma. 

Sério. Mano do céu. Sério mesmo. Surreal. Parei. Ok, vamos voltar a falar sério agora (haha). O livro é o mais leve da autora em questão dramas (e sabemos que Colleen é a rainha dos dramas que quebram nossos corações e nós amamos cada segundo disso) e eu posso falar isso agora que oficialmente já li todos os publicados da autora. Claro, tem algo para ser resolvido entre os personagens aqui ou ali, principalmente com tudo que rolou entre o casal Ridge e Sydney e a Maggie, mas não é nada absurdo e não temos o nosso coração quebrado em nenhum momento do livro. O que é maravilhoso! Como comentei no começo, o livro é muito a cara da série Friends. Porque eles estão todos tentando se resolver (Ridge, Sydney, Maggie, o crush novo da Maggie, Warren, Bridgette e algumas vezes o povo da banda), muitas vezes estão todos na mesma casa e tem sempre um clima leve e muitas vezes debochado que é genial e o clima sei nem explicar. É um grande "vou fechar todas as pontas soltas de todos os personagens e deixar os corações dos meus leitores quentinho, mas vou fazer eles rirem demais também" da Colleen para gente. Ah! E o livro começa exatamente de onde o primeiro parou. Nível de dia seguinte mesmo e eu adorei isso (hehe).

Sobre as músicas, como comentei também, elas estão presente e são inéditas, mas não são parte essencial da história como no primeiro livro. Como assim? Simples. Em Maybe Someday os personagens muitas vezes precisavam se comunicar com as músicas. Eles perguntavam coisas e respondiam pelas letras e melodias e nós, leitores, sentíamos tudo isso com eles, afinal, estávamos ali lendo e esperando uma resposta tanto quanto eles. Por isso que, na minha opinião, o primeiro livro ainda é melhor. Essa ligação entre as músicas, a história e o leitor é algo único e que me marcou demais... mas o terceiro livro é fantástico também e tem músicas, mas elas são extras. Elas não são mais respostas que estávamos segurando o ar enquanto não apareciam. São momentos legais e que falam muito também, mas sem todo esse impacto.

Em alguns (muitos) momentos, Maggie me irritou demais. Do nível de que peguei o celular durante o vlog de leitura só para reclamar dela mesmo. Mas aí aos poucos fui me colocando no lugar dela (com a ajuda do Ridge, que faz esse caminho junto com a gente) e vamos entendendo e torcendo por ela. Todo o clima de amizade e torcida que vai se formando no livro é uma delícia de ler. Ah. Um pedido, de coração, leiam esses livros dessa trilogia em inglês ou, pelo menos, leiam a tradução das músicas originais. Porque fiquei sabendo que a editora adaptou as letras (ou seja, não traduziu... mudou coisas pro meio) e isso mudou demais tudo que sentia nas letras. Sei que não é todo mundo que lê em inglês e tudo bem, como falei, pode ler a tradução das letras quando a música aparecer (hehe). Obrigada. Por fim, apenas leiam. Não façam como eu que enrolei, ok?

Maybe Now
Autora: Colleen Hoover
Editora: Atria Books
Páginas: 414
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quinta-feira, 25 de março de 2021

Maybe Not (Colleen Hoover)

Sabe quando você gosta demais de uma coisa e tem até medo de respirar perto para não estragar? Essa era a minha relação com o livro Maybe Someday da Colleen Hoover. É um dos meus favoritos da vida e quando começaram a sair as continuação eu fiz que nem uma criança mimada, bati o pé e decidi que não iria ler. O tempo passou e eu resolvi que leria todos os livros publicados da autora (atualmente, posso realmente falar que já li os vinte e cinco títulos já publicados por ela, rs) e aí não tinha como fugir, não é mesmo? E, com essa explicação toda, eu gostaria de informar a todos que eu sou uma grande anta. Eu não acredito que enrolei tanto para ler um livro (novella) tão incrível como esse. Eu me diverti horrores, eu ri e fiquei feliz até o final da leitura. Como faz parte de uma trilogia, você aproveitar a leitura muito mais se já tiver lido Maybe Somday (Talvez Um Dia), mas conseguiria entender mesmo sem. Acho que já ficou claro que ficou com cinco estrelas e nem preciso falar muito mais. 

Warren teria uma grande oportunidade e ele tinha certeza que ia sair ganhando alguma coisa na história, ele teria uma nova colega de casa mulher. Talvez fosse uma mudança legal na vida dele... ou talvez não. Ainda mais porque a colega de casa em questão era a Bridgette, uma mulher de opinião muito forte que é vista como fria e calculista por todos que a conhecem.  É óbvio que isso não daria certo... ou daria. Instantaneamente, os dois já batem de frente e uma guerra fria se inicia na casa. Entre pegadinhas, gritos dramáticos e exagerados e muitas risadas, o casal mais improvável da história começa a se formar.

Estamos falando de uma novella (maior que um conto, mas menor que um romance), exatamente por isso eu não posso contar muitas coisas, caso contrário vou estragar a graça da leitura (hehe). Mas eu já conhecia os personagens principais, pois eles haviam aparecido em Maybe Someday como personagens secundários. Não vou negar, no primeiro segundo custei um pouco para me lembrar deles na história original, mas isso apenas porque tem uns seis anos que li o livro e isso é bem normal. Acabei relendo minha resenha e lembrando, de boa, o contexto dos dois na história em onde esse livro ia se encaixar. Quando falamos de Colleen, é normal esperar um drama de destruir o coração (que vamos amar), mas nesse caso temos um livro bem mais leve e divertido (com leves pitadas de dramas). O que eu amei. Warren e Bridgette são o deboche em forma de casal e eu me diverti de um jeito absurdo (tem vlog de leitura no canal) com as coisas que eles estavam aprontando enquanto negavam para o universo que estavam se apaixonando. Qualquer coisa que eu falar muito além disso, pode ser querer virar um spoiler, mas se você gostou de Maybe Someday tanto quanto eu, precisa dar uma chance para Maybe Not (e Maybe Now, mas aí é outra resenha, rs). Se joga!

Maybe Not
Autora: Colleen Hoover
Editora: Atria Books
Páginas: 150
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Os 25 Livros da Colleen Hoover

quarta-feira, 24 de março de 2021

Eastern Lights (Brittainy Cherry)

Temos aqui o melhor livro que li esse ano (até o presente momento, mas acredito que ele vai continuar sendo um dos melhores até o final do ano, rs). Não é segredo para ninguém que sou fã da escrita da Brittainy C. Cherry (quem tem assinado apenas como Brittainy Cherry agora) e eu amo os romances clichês que ela escreve. Além disso, sou completamente apaixonada pelos personagens secundários que ela cria e, esse livro em questão, é sobre um (ex) personagem secundário que eu tinha simplesmente amado e estava louca para conhecer melhor. Estamos falando do segundo livro da série Compass e o Connor já havia aparecido no primeiro livro (e roubado toda a minha atenção). Como comentei, o livro ficou com cinco estrelas e eu posso falar sem medo que as 80 primeiras páginas desse livro são algumas das melhores páginas que já li em toda minha vida. Dito tudo isso, é importante lembrar que estamos falando de um livro para maiores (no mínimo dezesseis) e que o livro faz parte de uma série e, mesmo podendo ser lido de forma independente, é mais legal na ordem correta.

Aaliyah não tinha muita sorte quando o assunto era amor. Inclusive, ela acredita que não havia nascido para esse sentimento. Depois de ter crescido sem família e pulando de lares provisórios em lares provisórios, ela se jogava de cabeça em toda e qualquer chance de ser amada, mesmo que isso fosse significar que ela ficaria em pedaços no final. Ela queria ter a chance de sentir amor, mesmo que não fosse o que ela realmente merecia. Numa noite de Halloween em Nova Iorque, ela acaba encontrando um Capitão América salvando uma pessoa em um beco atrás da festa. Eles começam a conversar e ele percebe que Aaliyah era uma pessoa muito especial que merecia toda a sua atenção naquela noite. Mas nenhum dois queria sair daquela festa em um relacionamento, exatamente por isso o Capitão decide que vai criar um desafio para os dois. Ele se apaixonariam durante a madrugada um pelo outro e aproveitariam cada segundo daquela noite. Depois, seguiriam suas vidas lembrando daquele flash of love (momento de amor) que mudou a vida deles. Ela teria que prometer que se valorizaria mais. Eles saem nessa missão e cada um mostra para o outro um lugar único que eles amam na cidade. Quando a noite chega ao fim, eles sofrem, mas entendem que o melhor seria mesmo eles seguirem com a vida. Se fosse para ser, o destino os juntaria de novo.

Connor, nosso querido Capitão América do Halloween, era um empresário absurdamente rico do ramo de venda de imóveis da cidade que nunca dorme. Ele tinha tudo que sempre sonhou e um pouco mais, mas sem nunca esquecer de sua mãe, o motivo de ele ter batalhado tanto na vida. Tudo estava perfeito, mas ele sempre ficava pensando na chapeuzinho vermelho que havia conhecido uns anos antes. E, como era para ser, o destino tratou de colocar o caminho deles para se cruzar de novo. Mas não da maneira que eles acreditaram que um dia poderia acontecer. Aaliyah estava noiva de um dos colegas de trabalho de Connor. E podemos ir além ainda, ela precisava de uma entrevista exclusiva com ele e ele já tinha decidido que só ela poderia entrevistá-lo. O destino muitas vezes trabalha de uma forma que não entendemos. Os dois precisam lembrar de tudo que viveram e que ainda podem viver, mas sem passar dos limites e lembrando dos muitos flahes of love que compartilham.

Como falei ali em cima, as primeiras quase cem páginas desse livro são surreais. Não é que o resto não seja (porque também é maravilhoso), mas é que eu queria morar nas primeiras páginas de tão fantástico que é o primeiro encontro desses personagens. Eu me vi fazendo tudo aquilo com eles e meu coração ficou quentinho demais com aquela noite de flashes of love que eles criaram. O Connor é oficialmente o meu crush literário do momento e eu já tinha gostado muito dele como personagem secundário, mas como personagem principal ele se supera num nível incrível. Que homem! Que cara fantástico com um coração lindo e uma relação que merece palmas com a mãe dele e com toda a empresa que ele criou também. Ele continuou sendo o personagem leve que conhecemos no outro livro da série, mas com muitas novas camadas que eu amei conhecer. Aaliyah é uma personagem feminina muito forte, mas que vai aprendendo a ser forte. Como todas nós. No mundo machista que vivemos é importante nos encontrarmos e entendermos que somos fantásticas e merecemos o mundo. A personagem vai aprendendo isso aos poucos e ficamos na torcida pelo coração dela (de muitas maneiras, ai, só de lembrar o meu coração fica em pedacinhos aqui). O romance deles é incrível, mas melhor que isso é acompanhar a amizade deles nascendo e cada minuto deles se apaixonando pelo caminho.

Eu chorei feio. Eu chorei tanto. Meu Deus, como eu chorei. Eu sabia o caminho que o livro iria tomar e tudo foi escrito com maestria pela Brittainy, mas mesmo assim meu pobre coração (olha aí o coração de novo) não aguentou. Inclusive, conversei com a autora e contei para ela que ela tinha me feito chorar muito, mas que eu tinha amado cada segundo (ela riu e agradeceu como a fada maravilhosa que ela é). E meu Deus os detalhes desse livro me conquistaram de uma forma que nem sei colocar em palavras. As referências que deixariam Capitão América todo feliz fazem parte da história, inclusive, porque o Connor estava de Capitão América quando eles se conhecem (e ela de chapeuzinho vermelho). Moedas são uma parte incrível da história também... e parede de post-its. Ai só de lembrar (li o livro na semana em que lançou, as resenhas que andam saindo um pouco atrasadas aqui no blog, mas estão sempre em dia no canal). Conhecemos também o personagem que vai ficar por conta do próximo livro da série, Damian, e, assim como Connor, ele já me conquistou como secundário e eu mal posso esperar para conhecê-lo melhor como personagem principal. Desejo muitos flashes of love para vocês.

Eastern Lights
Autora: Brittainy Cherry
Editora: Amazon Kindle
Páginas: 422
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terça-feira, 23 de março de 2021

A Festa de Formatura (Saudra Mitchell)

Quem acompanha o blog, sabe que sou completamente viciada em musicais da Broadway. No começo do ano passado, pouco depois que a quarentena começou, eu assisti online ao musical The Prom e fiquei completamente apaixonada pela história e pelas músicas. Na mesma hora ele entrou para a lista dos meus favoritos e eu não parava de cantarolar as músicas pela casa. Não muito tempo depois, descobri que o musical estava sendo adaptado para as telas da Netflix e fiquei ainda mais empolgada quando vi o elenco maravilhoso que o filme teria. O livro já havia sido publicado lá fora, mas o preço estava absurdo (com todos os livros gringos no momento, vide o preço do dólar). Quando vi que iriam lançar aqui no Brasil fiquei mega animada e, claro, garanti o meu. Mas não li correndo assim que ele chegou... muito pelo contrário, eu enrolei um bom tempo para ler (e li em fevereiro, lembrando que as resenhas estão saindo um pouco atrasadas aqui no blog, mas os vlogs de leitura no canal são em tempo real). Sabe quando você gosta demais de uma coisa e fica com medo de estragarem essa coisa? Normalmente é ao contrário, né? Um livro sendo adaptado e tudo mais, mas agora era o caminho contrário (hehe). Mas é claro que não acabou nada mal e o livro ainda ficou com cinco estrelas e eu amei demais todas as mudanças e adaptações que fizeram para transformar essa história em um livro.

Emma só queria dançar com sua namorada no baile de formatura. Não podia ser tão complicado assim, não é mesmo? As duas já estavam juntas tinha um bom tempo, mas apenas Emma já tinha se assumido na escola (e totalmente sem querer). Alyssa vinha de uma família que via tudo o que ela sentia como errado e ela estava com medo de como sua mãe iria reagir a notícia. Exatamente por isso, as duas estavam planejando chegarem juntas ao baile... e dançar. Ela queria aquele momento para elas, mas a escola não estava muito disposta a resolver isso. O grupo de pais da escola, quando soube que Emma levaria uma menina, na mesma hora começou a criar regras de que só poderiam casais héteros na festa e que ela estava indo contra tudo isso. Ela não queria criar uma revolução, mas acabou começando uma mesmo assim.

Alguns atores da Broadway estavam precisando de uma causa. Algo que os colocaria nos jornais e que mostraria para todos que eles se importavam com as pessoas, diferente dos que os jornalistas tinham para falar. Com a ajuda do twitter, eles descobrem o caso de Emma e resolvem que vão até a cidadezinha dela para ajudá-la... do jeito deles é claro. Com muito show, música e atenção da mídia. Não era o que Emma queria, ela só queria dançar com Alyssa. Nessa bagunça todas, as duas vão entendendo como o relacionamento delas pode funcionar e como vão seguir com isso, além de tudo que está acontecendo com os pais dos alunos, que estão causando, e do diretor tentando resolver tudo da melhor maneira possível.

Não vou negar, toda a parte das estrelas da Broadway tentando salvar a Emma no musical/filme é bem legal, mas tinha muito momentos que eu queria conhecer mais delas e estavam focando neles (e eu entendo haha)... mas o livro conseguiu mudar isso de um jeito muito fantástico. Claro, os famosos que vieram ao resgate ainda têm seus momentos de destaque, mas o foco é a história das personagens principais e da luta delas. Amei também que muuuuuitos trechos das músicas acabaram viraram falas dos personagens e esse era um dos meus medos no começo da leitura, sentir falta das músicas. É claro que não é a mesma coisa, mas achei genial colocar como falas em alguns momentos (não ficou exagerado também). Mas eu acho que, para quem não viu nem o filme nem o musical o livro pode ficar um pouco confuso por conta de todas essas adaptações. Para mim, que já vi os dois, p livro ficou completo e ainda trouxe coisas além (como elas se conhecendo e tudo mais), mas acredito que para quem não conhece a história vai ficar sem a experiência completa da leitura... mas isso é bem simples de resolver, bata assistir o filme e depois ler o livro e ser feliz.

O livro, assim como o musical/filme, trata de assuntos sérios e muito importantes de um jeito leve e divertido. Claro, com alguns dramas e sofrimentos aqui e ali, mas isso apenas porque a vida também é assim e seria bem sem noção retratar algo sem esses fatores, na verdade, se fosse assim nem teríamos história. Um livro leve, rápido e que deixa aquele quentinho no coração quando terminamos. Indico demais para quem gostou do musical/filme ou para quem, apenas, quer um livro leve e gostoso de ler com um assunto tão importante como pano de fundo. 

A festa de Formatura
Autora: Saudra Mitchell
Editora: Bertrand
Páginas: 256 
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segunda-feira, 22 de março de 2021

Sonhos de Avalon (Bianca Briones)

Não é segredo para ninguém que a Bianca Briones é uma das minhas autoras nacionais favoritas. Eu simplesmente sou apaixonada pelos dramas (clichês) que ela escreve e eu adoro a coleção das Batidas Perdidas. Mas por algum motivo desconhecido, no geral, tenho uma leve preguiça de ler livros de fantasia. Até que, no momento, tenho lido mais que o meu normal do estilo, mas isso sempre me segurou, além do preço, é claro. O livro estava quase toda vez que eu olhava com um preço bem alto até que, um tempo atrás, achei uma mega promoção e comprei. Enrola de um lado aqui, enrola de outro lado acolá e em fevereiro tomei vergonha na cara e li (as resenhas estão saindo atrasadas aqui no blog, mas no canal os vlogs de leitura são em tempo real). No final das contas, ainda bem que eu enrolei tudo isso. Porque a continuação dessa história (segundo a autora) vai ser lançada esse ano e, com isso, eu acabo esperando menos (haha). No geral, o livro me surpreendeu demais e eu fiquei completamente viciada na história e em seus personagens. Por isso mesmo, ele acabou ficando com quatro estrelas e meia e eu estou mega ansiosa para saber como essa aventura toda irá acabar. Importante lembrar que é um livro de fantasia e que ele recomendado para maiores de quatorze anos.

Melissa é uma jovem do século XXI que estava vivendo sua vida o mais dentro do normal o possível. Ela havia perdido seu irmão em um acidente de carro e o seu pai, desde então, estava em uma cama de hospital. Ela ia levando as coisas com a ajuda de alguns amigos, mas ela tinha quase certeza de que estava, aos poucos, ficando um pouco maluca desde que tudo tinha acontecido. Ela às vezes se via em outra realidade. De começo, pareciam sonhos que a levavam para um mundo mágico com reis e rainhas. Um mundo com feiticeiros e com cavaleiros. Ela via tudo como se realmente estivesse vivendo aquela realidade, mas logo acordava em seu mundo real. Aos poucos, os sonhos vão ficando ainda mais reais e não esperam ela dormir para que aconteçam. Quando ela percebe, ela já não é mais quem sempre foi e o mundo dos sonhos era tão real quanto o que ela vivia antes. Melissa estava predestinada a voltar para a Idade Média e se casar com o Rei Arthur para, assim, mudar a história e salvar o herói.

Falando assim, parece até mesmo fácil, mas na realidade era algo complicado demais. O coração dela queria levá-la para uma direção diferente do que a que contavam que seria seu destino final. Mas como que ela conseguiria lutar contra a magia que tomava conta do lugar se tudo por ali parecia novidade para ela? Aos poucos ela vai conquistando amigos que a ajudam a entender melhor tudo que ela precisa fazer e até a entender melhor as escolhas que ela tem. Mas nada disso é simples. Poderia parecer simples na profecia, mas a vida é de Melissa e ela quer escolher seus próximos passos, mesmo que isso seja ariscado e a leve em uma direção completamente desconhecida.

O que mais me chamou a atenção, foi o fato de que o romance é uma nova versão da conhecida história do Rei Arthur. E, exatamente por isso, pensa numa história com muitos personagens. Por sorte, a autora começa o livro com uma lista explicando quem é quem e qual a função da pessoa no universo em questão. Parece bobeira ou, até mesmo, exagero... mas quem dera mais autoras e autores fizessem isso. Facilita demais a vida (sério, rs). Temos nossa personagem principal, Melissa, mas também temos a feiticeira Morgana, seu irmão Rei Arthur, o grande mago (babaca na história) Merlin, Marcos e Paula que são os amigos do século atual de Melissa, mas também temos os Cavaleiros da Távola Redonda e entre eles se destacam Lancelot e Galahad. Como disse, muitos personagens mesmo. Mas eu juro que você não se perde (e olha que nem comentei todos). Dentro da história, todos fazem sentido e conseguimos acompanhar o que está rolando (nos dois mundos, inclusive). 

O livro perdeu meia estrela na pontuação final (porque sou chata e) porque ele é longo. E não estou falando pelo número de páginas, por mais que ele de fato seja grande. É porque é muita coisa acontecendo ao mesmo tempo e, em alguns momentos, isso o deixa cansativo. Mas tirando isso o livro é genial e eu devorei o final dele em busca de respostas e até que consegui algumas, mas a maioria ficou para o próximo livro (o que faz sentido) e me deixou bem ansiosa e animada para a continuação. No geral, é um livro para quem gosta de romances clichês e dramáticos (especialidade da Bianca, que amo) e está querendo se aventurar pelo mundo das fantasias. Me surpreendeu de forma muito positiva. Ainda mais por abordar temas muito políticos (o que é bem normal para autora) e bem atuais.

Sonhos de Avalon
Autora: Bianca Briones
Editora: Bertrand
Páginas: 427 
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terça-feira, 2 de março de 2021

A Fera em Mim (Serena Valentino)

Vou começar essa resenha contando algumas coisas para vocês. A primeira coisa é que esse livro já estava um pouco abandonado tem um tempinho na minha estante, mas recentemente tomei vergonha na cara e resolvi ler. A segunda coisa é que eu li errado. Como assim, Izabela? Como se lê um livro errado? Simples. Ele faz parte de uma série de livros e eu li ele antes do que devia. Mas a culpa não é (totalmente) minha. Porque mesmo eu sabendo que o livro fazia parte de uma série (sobres os vilões da Disney) eu não tinha como saber ou imaginar que existia uma ordem de leitura (achei que eram vários livros únicos, apenas com a mesma temática). Eu fiquei sabendo só depois que postei o vlog de leitura e vieram me alertar. Só que em lugar algum da capa (ou do livro num geral) explica que existe uma ordem correta de leitura. Em resumo, complicado isso aí. Agora que já falei o drama todo, posso contar que (mesmo assim) o livro ficou com quatro estrelas e meia e eu gostei demais da leitura e de toda a ideia dele. É algo espetacular? Não. Mas é uma leitura muito leve, muito rápida e que diverte. Ou seja, ele cumpre muito bem o papel dele. Poderia ser ainda melhor se a autora tivesse colocado mais alguns detalhes, mas vou falar melhor sobre isso em breve.

Adam (o nome dele não é citado no livro, mas lembro de algum lugar que é Adam e, para facilitar minha vida, vou usar) é um príncipe que acredita que o mundo inteiro precisa servi-lo e que ser bondoso é apenas um desperdício de tempo. Esse lado do príncipe que vira Fera conhecemos bem por cima no início do filme clássico, mas nesse livro somos levados a entender como ele chegou até o momento em que recebe uma maldição e uma rosa. Adam começa o livro em um relacionamento com uma bela moça, pela qual ele acreditava estar apaixonado e, até mesmo, pronto para dar o próximo passo. O que ele não imaginava, é que seu melhor amigo, Gaston (imagina o berro que eu dei!), iria descobrir que a moça, na verdade, não era exatamente quem ele achava que ela era. Ao sair para investigar melhor, ele acaba descobrindo que seu amigo estava falando a verdade e que a moça não era uma princesa, na verdade, ela trabalhava no campo. Ele fica horrorizado, como que um príncipe seria visto com uma moça que se misturava com os animais? Impossível! O que ele não imaginava, era que as irmãs da moça eram bruxas e que iriam se vingar. Uma maldição que mostraria, na marra, que ele precisava ver muito além da beleza e que colocaria todos do castelo junto com ele. Uma maldição, muito conhecida, de quem alguém precisaria se apaixonar por ele por quem ele era de verdade (o que de início era péssimo). E o resto? Bom, o resto é um dos maiores clássicos da Disney.

Qual a grande diferença entre o filme clássico e o livro? Ver um pouco mais do antes da história de fato acontecer e também conhecer melhor como os funcionários do castelo foram se transformando (um dos detalhes que mais gostei). Algo que eu acho que poderia ter recebido mais atenção é a história em si. O livro é bem curto (basicamente uma novella), mas daria para a autora ter colocado mais detalhes, sabe? Mas, ao mesmo tempo, não sei se penso isso por essa ser a minha história de princesa favorita. Vemos algumas novidades do antes e do depois, mas o meio em si fica meio esquecido, sabe? Mas no geral é isso. Um livro leve, divertido e que encanta tanto quanto o clássico. Em breve deve ler os outros da série (e na ordem certa).

A Fera em Mim
Autora: Serena Valentino
Editora: Universo dos Livros
Páginas: 192 
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