quarta-feira, 29 de junho de 2016

Na Estante: No Limite do Desejo


Eu já tinha lido alguns outros livros dessa série (No Limite...) e estava bem animada com esse, mas demorei quase uma semana para terminar a leitura (what?). No geral, é um livro bem legal, mas eu achei a história bem lenta no começo e isso me fez desanimar logo de cara (por isso deixei o livro de lado por quase uma semana). Depois de algumas páginas (e de recuperar a coragem), a história foi tomando forma e eu me apeguei aos personagens de verdade. Assim como os outros livros que li da autora, esse recebeu quatro estrelas lá no skoob. É um new adult de raiz, rs. Os personagens são cheios de problemas e eles têm uma atração incontrolável e inexplicável. Para quem gostou dos outros livros da série, esse é um prato cheio de amor. Para quem, como eu, tinha gostado, mas não apaixonado, é um livro que vale a pena, mas se prepare para um começo lento (rs). No resto, vale a pena.

Hayley é uma lutadora. Ou melhor, ela foi uma. Ela não chegava mais perto do ringue e muito menos da acadêmia já tinha uns seis meses. Para complicar tudo ainda mais na vida dela, tudo que sua família era e tinha estava indo por água abaixo. Ela estava tendo uma vida horrível, as contas estavam chegando e ela sabia que não podia entregá-las para a família, eles não teriam como pagar, mas elas estavam acumulando. Do outro lado temos West, que acabou de ser espulso de uma ótima escola por brigar muito e lida com uma família rica e cheia de falsas aparências. O que nenhum dos dois imaginava era que a vida deles seria lançada, quase que literalmente, uma na outra.

"Somos mais fortes juntos, Hayley. 
Mais fortes do que somos separados." - Página 256

E é assim que o cara de família rica acaba na vida da garota completamente sem nada que costumava ser uma grande lutadora. Eles acabam se encontrando mais uma vez e é aí que, para ajudá-la, ele resolve que vai pegar a culpa de algo que, na verdade, ela fez. O que ele não imaginava, na verdade, nem sonhava, era que essa situação o colocaria no meio de uma luta de verdade com uma pessoa que sabia muito bem o que estava fazendo. West não sabia nada sobre lutas, mas Hayley sabia muito. É assim que ela resolve que vai treiná-lo, prepara-lo para a tal luta. Eles sabiam que os riscos eram grande, mas precisavam ao menos tentar. 

De forma geral, eu adorei o West. Principalmente porque ele é totalmente irônico (de uma forma divertida) e se acha o tempo todo (ok, ele pode). Hayley é uma lutadora, mas não só em lutas de verdade. É uma personagem forte que passou por poucas e boas e que muitas vezes me deixou preocupada de verdade. O livro está bem ligado ao último da série (No Limite do Perigo), por conta da família do West, então, se você não leu, pode considerar uma coisa ou outra na história como spoiler. Como eu disse no começo, estamos falando de um new adult, então tenha em mente o estilo dos temas que são trados no livro. Para quem gosta do estilo, é uma leitura bem gostosa e, mesmo com todo o drama presente, leve. Só mantenha em mente que o começo pode te segurar um pouco. A capa é um pouco breguinha, mas é exatamente igual a original, rs. A diagramação, por outro lado, é linda como sempre nos livros da Verus.

No Limite do Desejo
Autora: Katie McGarry
Editora: Verus
Páginas: 350
Skoob do Livro.
Meu Skoob.

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Na Estante: A Garota do Calendário - Janeiro


Acho que nunca fiquei tão animada com um livro como fiquei com esse. Isso porque recebi uma prova não revisada dele, ou seja, antes de todo mundo e de todas as livrarias (ah!). É isso mesmo. Eu recebi no meio de maio um livro que só vai sair no final de Junho, tipo assim, eu me senti muito VIP e chique, rs. E eu não podia postar a resenha antes de hoje, tipo assim, pensa na ansiedade que eu estava. Enfim, agora vamos focar, não é? Eu já tinha ouvido falar sobre essa série e fiquei bem animada com toda a loucura por trás dela. De forma geral, me lembrou muito a série De Janeiro a Janeiro, só que dessa vez com uma única personagem em todos os livros (na série da Aline, DJAJ, cada mês era um casal diferente). O livro ganhou quatro estrelas e é claro que eu vou explicar tudo nos detalhes para vocês. É uma grande aposta da editora e eu acho, pessoalmente, que realmente tem tudo para bombar.

Mia sempre trabalhou muito para ajudar a família. Seu pai era um viciada em em jogos e sua irmã mais nova estava começando a faculdade. A mãe delas tinha deixado tudo para trás quando as duas ainda eram crianças e, por isso, Mia sempre cuidou de tudo sozinha. Ela sabia que o pai não batia muito bem das ideias, mas nunca que iria imaginar que ele meteria a família toda na maior furada possível. Ele estava em coma no hospital, após apanhar muito, por estar devendo cerca de um milhão de dólares para um agiota. Seria impossível manter a família e ainda juntar esse dinheiro, na verdade, seria impossível em qualquer situação. É aí que aparece a luz no final do túnel, a tia de Mia, dona de uma empresa de luxo para acompanhantes, resolve oferecer um emprego para ela e garante que com os clientes certos ela teria o dinheiro dentro de um ano. Cada cliente passaria um mês com ela e tudo seria previamente combinado. Ela seria uma acompanhante de luxo, mas sexo estava completamente fora da lista, a não ser, é claro, que ambas as partes quisessem e o dinheiro seria por fora.

"Não estamos no filme Uma Linda Mulher
e eu não sou a Julia Roberts." - Página 9

E é assim que Mia acaba topando toda essa loucura. Ela precisava do dinheiro e essa era a única forma. Em Janeiro, conhecemos o milionário Wes, um roteirista de Hollywood que precisava de uma acompanhante para afastar as mulheres interesseiras que se jogavam neles nos jantares de negócio. O que nenhum dos dois esperava era que a ligação seria instantânea. O desejo e a atração foram bem maiores que qualquer contrato e seria bem difícil lidar com isso. O problema? Era apenas o primeiro mês e assim que o mês chegasse ao final, Mia estaria indo para a casa de outro cliente. Não seria um ano fácil, mas definitivamente ela viveria coisas inimagináveis. Wes era apenas o primeiro do calendário, mas já deixaria uma marca muito forte.

"Parece que eu sou a sua nova Garota do Calendário." - Página 20

Eu adorei o Wes e estou com muita raiva de saber que os outros livros não vão ser com ele, rs. Sério, eu realmente me apeguei à ele e não posso negar, estava até mesmo torcendo pelo casal, por mais besta que isso seja da minha parte. Mia é uma personagem bem clássica de livros eróticos (pelo menos dos que já li). Ela é a personagem que não esperava nada do que estava acontecendo em sua vida, mas que é completamente selvagem (é, essa é uma boa palavra) quando se da conta do que está vivendo. Não posso negar que quero muito ler os outros livros, afinal, fiquei mega curiosa para saber onde isso tudo vai parar, ainda mais depois de ver a loucura desse primeiro livro.

Ele ganhou só quatro estrelas porque, em determinado momento, achei que a história correu muito. O livro começa num ritmo muito bom e que me prendeu, mas quando vamos chegando ao meio da história, que está tudo bem animado, do nada, a autora começa a correr com a história e, quando me dei conta, o livro tinha acabado. O livro é erótico, mas as cenas de sexo são relativamente leves (perto de outros livros, inclusive new adults que já li). A escrita da autora é gostosa e divertida e, como comentei, fiquei animada para conhecer a série toda.

A Garota do Calendário - Janeiro
Autora: Audrey Carlan
Editora: Verus
Páginas: 144
Skoob do Livro.
Meu Skoob.

sexta-feira, 3 de junho de 2016

Na Estante: Namorado de Aluguel


Vocês me conhecem, eu realmente amo clichês e tudo nesse livro, logo de cara (e de capa), indicava que era exatamente isso que eu iria achar. Não estava errada e, é claro, eu amei (muito!). Não é a toa que ele ficou com cinco lindas estrelinhas lá no meu skoob e ainda lucrou um coração de favorito (coisa para poucos, rs). Ele, diferente do que eu estava imaginando, é um young adult muito fofo, a parte da fofura eu já esperava, mas pela capa eu tinha imaginado um new adult da vida, rs. Tirando a parte do clichê que eu imaginava e que eu amei, o livro inteiro me surpreendeu muito e eu simplesmente amei a escrita da autora, leve, divertida e apaixonante. Um livro para quem quer esquecer da vida por algumas horinhas (inhas mesmo, porque li em pouco mais de uma hora, rs) e simplesmente sorrir com uma história fofa de amor.

Gia é a garota mais popular do colégio e sempre teve tudo como quis. Ela acreditava que tinha a vida, a família e os amigos perfeitos. Suas amigas a seguiam como se ela fosse uma abelha rainha e seu namorado, um garoto da faculdade, era um sonho. O que ela não imaginava, nem nos piores pesadelos dela, era que tudo isso mudaria e, para piorar, tudo começaria justo no seu baile de formatura. Seu namorado, que já nem era mais assim um sonho, resolver terminar com ela no estacionamento do baile e ela ficou em pedaços, afinal, como explicaria isso para as amigas que, por um pequeno acaso, estavam malucas para conhecê-lo? Elas nunca acreditariam que o tal namorado era real. A não ser, é claro, que ela achasse um substituto. O problema era que ela ainda estava no estacionamento e o baile já tinha começado, ela precisaria de um milagre e foi, exatamente aí, que o milagre, ou melhor, o substituto, apareceu.

"Só para constar, eu posso 
ser muitas coisas. (...)" - Página 210

Um menino misterioso que estava dentro de um carro esperando a irmã mais nova sair do baile. Gia não tinha dúvidas Ela implorou, fez cena e prometeu até mesmo pagar se fosse preciso, ele só teria que ser o namorados dos sonhos por algumas horinhas e, logo depois, terminar com ela na frente de todos, é claro. Ele topou, depois de muito pensar, e até mesmo deu um pulo em casa para ficar com mais cara de baile. Tudo parecia muito simples e teria dado perfeitamente certo,  mas é claro que não foi assim. Afinal, umas das "amigas" de Gia não estava comprando a ideia e queria de todo jeito envergonhá-la. Depois de alguns dramas e uma história toda torta, mas que acabou crível, Gia sabia que estava devendo ser substituta para o menino um dia, o que ela não imaginava era que ele cobraria isso e que, para piorar toda a bagunça, ela não sairia da cabeça dela.

"Amanhã todos nós vamos ser pessoas melhores." - Página 103

Demoramos um pouco para descobrir o nome do menino em questão e eu achei isso relativamente divertido, por isso não vou contar o nome dele nessa resenha, para não tirar essa graça de vocês. Mas o fato é que ele virou um dos meus xuxus da vida. Em conjunto com toda a família louca e amável dele, sério, a mãe dele é uma personagem genial. O personagem em si, o substituto, me lembrou muito o St. Clair, de Anna e o Beijo Francês e isso mostra o quão amorzinho ele é. Gia me matou de orgulho. Me apeguei muito a essa personagem e até mesmo chorei com ela em alguns momentos. Quis matar as amigas dela, mas acho que é porque consegui ver com outros olhos toda essa história.

Gastei milhares de post-its e me diverti de verdade com a leitura. O livro é sobre achar seu lugar no mundo e ser quem você é, sem medo de ser feliz. Afinal, quando estamos no colegial, por exemplo, como somos vistos pelos outros importa muito, mesmo que não queiramos que isso seja real. O livro passa ensinamentos delicados, mas muito importantes e acredito que deveria ser uma leitura obrigatória para meninas e meninos que ainda estão no colégio. Faz refletir bastante, sabe? Amei demais o jeito leve da autora de lidar com assuntos que são tão importantes na vida dos jovens. E já estou, até mesmo, com saudades dos personagens (principalmente dos principais e da irmã do substituto, rs).

Namorado de Aluguel
Autora: Kasie West
Editora: Verus
Páginas: 250
Skoob do Livro.
Meu Skoob.

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Na Estante: Wicked


Pensa numa pessoa que quebrou (lindamente) a cara. Eu \o/. Contei para vocês um tempo atrás, aqui no blog, que realizei meu grande sonho de ver o musical Wicked, que está em cartaz em São Paulo. Como sou uma pessoa muito ansiosa (e maníaca, rs) eu acabei conseguindo uma gravação (linda e em HD) de uma apresentação da peça na Broadway e é claro que já vi cinquenta mil vezes, ou seja, eu já decorei, de verdade, o musical. Estava muito ansiosa para ler o livro que deu origem para a história da Bruxa nem tãoassim do Oeste. O problema é que o livro é uma coisa e a peça é outra, tipo assim, os nomes dos personagens são os mesmos e os eventos são relativamente parecidos, mas a peça é leve, divertida e encorajadora, enquanto que o livro tem uma onda mais dark e bem desanimadora, sem esquecer que definitivamente não é para crianças. De forma alguma é um livro ruim, é muito bem escrito e não podemos negar que o autor se superou ao pegar personagens mega conhecidos (principalmente na cultura americana) e criar outra profundidade para eles. De forma geral, o livro ficou com três estrelas. Não é meu estilo de livro, por mais que seja de fantasia. Por outro lado, o musical continua ocupando um grande espaço dentro do meu coração. O foco da história, tanto no livro quanto na peça, é tentar entender de onde vem o mal. Se você não conhece a história do Mágico de Oz pode considerar uma coisa ou outra daqui como spoiler. 

O livro, assim como a peça. conta o antes, o durante e o depois da conhecida história de Dorothy, a menina do Kansas que foi parar em Oz. Temos como foco a história por trás da história da bruxa má. Elfaba (no original, Elphaba) não teve uma infância nada fácil. Além de crescer cercada de problemas familiares e apenas com o carinho de uma babá, ela também tinha nascido com um tom de pele diferente de todos em Oz, ela era verde. Acompanhamos um pouco de sua infância, mas logo vamos para quando ela vai para a faculdade. É aí que conhecemos alguns personagens que marcam a história, como Mandame Morrorosa, Dr. Dillamond, Nessa, Boq, Galinda (que depois viraria Glinda, a bruxa boa) e, claro, o rebelde Fiyero. Aprendemos um pouco mais sobre ela, como sua alergia a água, e percebemos que o que a diferencia mesmo dos outros não é bem a sua cor, mas sim a forma como pensa. Muitas coisas absurdas estavam acontecendo em Oz e ela não podia ficar quieta.

"Eu nunca disse que era mágica." - Página 336

Não podemos negar que toda a história que se passa no livro, principal ou de fundo, é bem ligada a tudo que vivemos em nossa sociedade. Uma grande crítica a tudo, na verdade. Principalmente quando o assunto é política e acredito que esse seja um dos principais motivos de eu não ter me apegado muito ao livro. Não consegui me ligar aos personagens, por exemplo, por mais que G(a)linda tenha uma personalidade mais leve na história, ela não é a maluquinha que eu adoro da peça. O mesmo serve para Elphie (apelido que em português virou Elfinha), ela é minha personagem favorita e no livro não consegui sentir o que senti (e ainda sinto) com a peça. Sei que é muito chato fazer tais comparações, mas elas são inevitáveis.

Claro, existem prós também, afinal, estamos falando de um livro. Os detalhes são bem mais presentes no livro e conseguimos entender um pouco melhor toda a bagunça que rolou em Oz, mas algumas das explicações ainda são melhores no musical (por mais que no livro tenha muito mais detalhes). O que me lembra, o musical é para toda a família, o livro não. Tem cenas de sexo, palavões e por aí vai. Indico para quem gosta de livros de fantasia com um toque de política e, claro, para quem ficou curioso com tudo isso. Ah, e é preciso comentar que a capa é maravilhosa (haha).

Wicked: A História Não Contada das Bruxas de Oz
Autor: Gregory Maguire
Editora: Leya
Páginas: 496
Skoob do Livro.
Meu Skoob.