quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Na Estante: Lembrança (A Mediadora #7)


Já comentei algumas vezes aqui no blog sobre o que vou contar agora,  mas o fato é que, além de Harry Potter, a série de livros que mais me marcou (e que me fez ter ainda mais vontade de ler quando eu era mais nova) é A Mediadora, da Meg Cabot. Além disso tudo, é uma série muito especial para mim, porque eu li junto com a minha mãe. Nós conversávamos muito sobre os personagens e, definitivamente, isso nos juntou ainda mais (se é que isso é possível, rs). Jesse, o fantasma mais sexy da literatura e, também, um dos personagens principais da série, foi meu primeiro amor literário (ele era para o meu eu adolescente o que o Travis Maddox é para o meu eu de hoje em dia) e isso a gente nunca esquece. Agora imaginem o meu surto quando a autora anunciou, muito tempo atrás, essa continuação. Eu estava contando os segundos para rever meus personagens e fantasmas amados. Esse mês de agosto foi a definição de amor e nostalgia para mim quando o assunto é livros. Pude voltar para o mundo mágico de Harry Potter e ainda rever meus fantasmas e humanos pirados de A Mediadora. Pensa numa serumaninha feliz, eu. Sem esquecer que também foi liberado um ebook gratuito da série contando o 'um pouco antes' do livro novo. É claro que estamos falando de um livro (e um conto extra em ebook, rs) que ganhou cinco lindas estrelas e um mais lindo ainda coração de favorito. Se você não conhece a série, leia, sério. Ah, e pode ser que considere uma coisa ou outra aqui como spoiler. (hehe)

Suzannah sempre soube que sua vida seria de um tudo, menos normal, afinal, ela tinha nascido com um dom muito raro, o de se comunicar e ajudar fantasmas que tinham pendências na Terra. Foi exatamente assim, lidando com um PMNO (Pessoa Morta Não Obediente), que ela conheceu o amor de sua vida, o fantasma Jesse. Depois de muitos problemas, fantasmas querendo acabar com tudo e, claro, o fato de que seu amor estava morto desde mil novecentos e lá vai bolinha, as coisas se resolveram com um milagre e ela acreditava que, dentro do possível, tudo ficaria bem. Só que é claro que nada é tão simples assim, ainda mais quando se lida com  mortos chateados e cheios de poderes e, claro, pessoas bem vivas, mas com muito poder também.

"E sinto informar (...), mas não vou embora nunca." - Página 108

Uma fantasma (criança aterrorizante) resolveu aparecer na ex-escola de Suzannah que, por um pequeno acaso, era o novo lugar de trabalho dela. A menina estava resolvida a resolver sozinha os problemas não resolvidos depois de sua morte e isso renderia uma bela dor de cabeça da mediadora, literalmente. Como já não bastasse isso, Paul, o fantasma bem vindo do passado de Suze, estava de volta para a cidade e bem decidido de acabar com o romance fofo entre o ex-fantasma e a mediadora. Como loucura pouca é bobagem na vida dela, Paul voltou com a bomba de que comprou a antiga casa dela, lugar em que o fantasma de Jesse vivia, e que, caso ele a demolisse, algo muito ruim aconteceria com o espírito, muito bem vivo, dele. O que ele queria para evitar isso? Um nova chance com ela, é claro. Mas isso estaria fora da jogada, uma vez que agora ela era noiva do (Dr.) Jesse de Silva e ainda odiava, com todas as letras, o colega mediador (riquinho mimado).

"Vamos levar umas cadeiras e um pack de cerveja para 
ficar assistindo. Vai ser mais divertido que 
os fogos de artifício do 4 de julho." - Página 271

O que eu posso falar desses personagens lindos que já conheço tanto e ainda considero pakas. Jesse continua sendo o galã maravilhoso que solta pérolas em espanhol (desde meus treze anos sonho com alguém me chamando de mi hermosa, pode rir) e isso é maravilhoso. Até mesmo o paul continua sendo aquele personagem maravilhoso que amamos odiar, rs. Gostei muito de rever os amigos de Suze e até sua família louca. Mas o melhor nisso tudo? Foi rever a própria Suze. Meu Deus, isso me lembrou muito o motivo de eu amar tanto livros. Ela é a personagem maravilhosa que eu lembrava, só que ainda melhor. Ver a Suze resolvendo os problemas com os fantasmas no mundo cheio de tecnologias em que vivemos foi fantástico. Sem esquecer que, eu tinha me esquecido um pouco de um quão bad-ass ela é e o quão magnífico é isso. Mil ponto para a Suzannah (e para a Meg, hehe).

Esse livro é um presente para os fãs da série (assim como o de Harry Potter). Meg usou esse livro, de forma genial, para agradecer os fãs que, mesmo muitos anos depois, ainda amam essa história fantástica em todos os sentidos da palavra. Ela soube deixar a história interessante, única, inédita e completamente genial. Temos uma pitada de humor que me fez querer bater palmas também (a autora zoa demais as série sobre mediadoras que surgiram na TV) no meio disso tudo. O único problema do livro é a sinopse dele. Me fez enrolar um pouco para começar a leitura porque eu estava esperando, graças ao que tinha lido na capa, um verdadeira dramalhão exagerado mexicano e, graças aos céus, não foi isso que recebi. Recebi um presente da autora e, de quebra, pude matar a saudade e voltar a amar esse personagens. Esse livro é uma leitura obrigatória para quem gosta da série em questão.

Lembrança (A mediadora #7)
Autora: Meg cabot
Editora: Galera
Páginas: 400
Skoob do Livro.
Meu Skoob.

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

O Futuro Chegou!


Nos últimos meses fiz muitos textos sobre o futuro e o medo que eu tinha dele, afinal, quando estamos na faculdade, o que mais ouvimos de todo mundo são perguntas sobre isso. É a versão 2.0 do famoso "O que vai ser quando crescer?". Só que, como já estamos em pânico com a faculdade, acaba soando como um "se vira nos trinta, colega, porque agora você é adulto". Eu já tinha contado aqui para vocês que terminei a faculdade e, com isso, acabei mudando muita coisa na minha vida também, mas agora a coisa toda ficou ainda mais real, porque fui, oficialmente, colar grau. Ou seja, agora eu sou realmente formada em Letras (ahhhhhhhhhhhhhh). Além disso, comecei no meu emprego novo e as coisas apertaram muito mais para o meu lado. Afinal, escola nova, metodologia nova e, claro, alunos novos também. Esse mês de agosto (que parece que nunca vai acabar, não é?) foi e está sendo um mês de adaptações para mim.

Eu estava morando longe dos meus pais, agora moro numa distância de (no máximo) quinze minutos deles. Eu estava trabalhando e estudando, mas agora estou só trabalhando (só entre muitas aspas, porque eu tenho trabalhado bastante, rs). É exatamente por isso que as resenhas foram saindo mais lentamente por aqui, mas como perceberam, foram saindo. Assim como os vídeos lá no canal que seguem firmes e fortes. Esse texto não é s[o mais uma justificativa minha para as minhas loucuras, eu juro. É mais um aviso geral para todos que estão na faculdade ou que, mesmo sem estar, já estão apavorados com ela. É algo que eu gostaria de ter lido quando estava em pânico alguns meses atrás e espero que ajude algumas pessoas por aí.

O medo passa. É claro que temos milhares de dúvidas enquanto estamos na faculdade, as mais variadas loucuras teimam em aparecer na nossa cabeça, mas isso passa, eu juro. Afinal as coisas que pensamos vão desde o clássico será que vou conseguir um emprego até o mais dramático possível, que é o será que vou sobreviver até o final desse curso (rs). Quando a gente forma, de primeira, é um grande susto. O "E agora?" vira oficial, mas, ao mesmo tempo, se cursamos algo que realmente amamos, tudo fica bem mais fácil. Achar um emprego não é um mar de rosas, mas se nos dedicamos la atrás, tudo fica relativamente mais tranquilo aqui na frente. Ah, e entenda que também é normal o medo voltar para algumas visitas, afinal, a vida adulta tem disso. Contas para pagar, problemas para resolver e, é claro, o trabalho com todas as suas preocupações (e alegrias também).

Você vai sentir saudades. Eu sei, isso é ridiculamente clichê, mas é igualmente verdade. A gente sente falta sim, afinal, era uma rotina e, por mais louco que fosse, era a nossa vida. Eu tenho amado chegar do trabalho e ter um grande nada para fazer (em tese, porque professor nunca fica sem algo para fazer, inclusive, quando eu terminar aqui vou corrigir mais algumas tarefas, rs), afinal, antes eu saia do trabalho direto para aula e ficava até tarde da noite por lá. Eu chegava morta em casa e já ia direto para cama, afinal, começava cedo o dia. O estranho, é que faz falta toda essa loucura. Ok, o que mais faz falta mesmo são as pessoas presentes nessa loucura. Os amigos da faculdade que aguentavam todo o drama e fazia de tudo aquilo algo especial. Aí, agora estou com mais saudade ainda.

Não significa que acabou. Quando eu era pequena, na realidade, até uns três anos atrás, eu achava que tudo acabava ali na faculdade. Formou, tá pronto para vida. Não é bem assim. Você têm muitas oportunidades legais de se especializar no que gosta de fazer (e não, não estou falando só de mestrados e afins, afinal, muito disse é mais nome que qualquer outra coisa, uma pós ou um "simples' curso extra já valem também.) e é bom aproveitar isso. Ah, mas também não precisava ficar maluco pensando que se não fizer algo assim que se formar está errado. pode respirar um pouco antes de voltar para a loucura, rs.

A vida segue sendo uma caixinha de surpresas. Olha, estou cheia dos clichês hoje, ein. A gente se mata de planejar tudo que queremos, mas aí vem a vida e ri da sua cara comendo pipoca. O que só aprendemos depois é que, muitas vezes, esse riso da vida é bom. Nem sempre sabemos o que realmente é bom para a gente, afinal, às vezes estamos crentes que precisamos de algo, quando, na verdade, precisamos exatamente do contrário. Isso é algo que descobri logo no meu primeiro ano de faculdade e que foi se confirmando a cada dia que passava. Inclusive, ficou ainda mais forte esse ano quando me formei. Eu fiz seis vestibulares e passei em cinco faculdades, a única que não passei era a que mais queria. O que eu, bobinha com meus dezessete anos, não sabia era que toda a minha vida precisava do lugar que eu ia morar para ir para frente. Criei o blog, fiz amizades de uma vida e vivi coisas que, com toda certeza, não teria vivido no lugar que eu achava que era melhor. Aí esse ano, só para me lembrar desse fato, estava crente que seguiria um rumo e um emprego, acabei em outro e, mesmo só estando nele desde Julho, já tenho certeza de que fiz a escolha certa e não poderia estar mais feliz com isso.

Em resumo, vai dar tudo certo. Respira fundo e segue em frente. Não tenha medo de arriscar e saiba que todo o drama que está sentindo é totalmente normal. Claro, a gente ama fazer um drama a mais na vida, mas é bom lembrar dessas coisas também. O futuro vai chegar e ele pode ser bem legal.

sábado, 13 de agosto de 2016

Na Estante: Harry Potter and the Cursed Child


Quando eu comecei o blog, alguns anos atrás, nunca que imaginava que resenharia um novo livro sobre Harry Potter, mas aqui estou eu. Quase dez anos após o lançamento oficial do último livro do bruxinho, a autora, J.K. Rowling, resolveu dar um presente para os fãs. É isso que Cursed Child é, um grande presente para quem ama a história que a J.K. criou. Não vou negar, e vou falar de uma vez, estava com os dois pés atrás com esse livro (que, na verdade, é o script da peça que está em Londres). Afinal, por mais que tenha dedo da autora nessa nova história, temos também dois novos autores que ajudaram com a criação da peça. Para complicar ainda mais a minha vida, recebi milhares de spoilers nessa coisa que chamamos de internet e, como foram spoilers picados, tudo parecia uma grande fanfic mal escrita. Ok, não posso negar, a história tem um grande quê de fanfic, mas isso só a tornou mais interessante e, ao meu ver, ainda mais agradável para os fãs que sonhavam com essa continuação. E é um livro (script) escrito maravilhosamente bem. Foi um presente e não me canso de falar e pensar nisso. Exatamente por isso, recebeu cinco estrelas e um coração de favorito no meu skoob, como todos os outros livros do mundo bruxo. Não se preocupem, não postarei nenhum tipo de spoiler aqui, afinal, é uma história que merece as surpresas que oferece. Eu ri de doer a barriga (e quem sabe até mesmo acordei alguns vizinhos), eu chorei de solução, eu me senti em casa no mundo mágico, me emocionei e torci com os personagens. Isso tudo em pouco menos de quatro horas (seguidas), que foi o tempo que levei para ler todos os quatro atos da peça. Ah, ainda tem isso! Como é uma peça, conseguimos imaginar perfeitamente o cenário e tudo mais, ou seja, só fiquei com mais vontade de ir para Londres ver tudo isso. Só de imaginar a magia acontecendo num palco já fiquei arrepiada. Ok, menos falação de fã e mais resenha, não é?

A história começa exatamente onde parou, dezenove anos depois onde tudo estava bem. Estava. Logo conhecemos Albus a caminho de seu primeiro ano na escola de magia e bruxaria de Hogwarts. O medo de cair na casa errada e de não se enturmar assombravam o garoto, mas ele tinha grandes esperanças de que tudo daria certo no final. Logo no trem, ele faz uma grande, e inesperada, amizade, Scorpius Malfoy. Um grande amante dos livros que carregava um peso parecido com o de Albus nas costas. Um sobrenome famoso e toda uma história. Não era fácil lidar com as fofocas, boas e ruins, que se espalhavam pela escola, ainda mais quando todos esperavam tanto do filho do grande Harry Potter e ele, no meio disso, queria apenas ser um garoto normal. Tudo só se complica ainda mais quando seu maior medo vira realidade, o chapéu seletor resolve que ele deveria ir para Sonserina. Pelo menos ele ficaria perto do amigo, era o que o consolava. Os dois se aproximavam cada vez mais a cada ano que passavam lá, afinal, eles se entendiam e sentiam o mesmo peso. Albus aos poucos foi percebendo que ele era tudo, menos o que esperavam dele. Isso inclui seu próprio pai que, por mais que sempre apoiasse o filho, não sabia exatamente como lidar com as escolhas dele.

"Eu não escolhi, sabe? Eu não escolhi ser filho dele." Página 28
(Tradução livre)

Quatro anos se passaram e Albus chega numa fase rebelde de sua adolescência. Seu pai definitivamente não o entendia e a escola só ficava pior a cada segundo. E é aí, no meio disso tudo, que ele escuta, sem querer, uma conversa entre seu pai e um antigo conhecido dele, Amos Diggory. O pai de Cedrico queria uma única coisa de Potter, seu filho de volta. Haviam grandes boatos no mundo bruxo de que o Ministério da Magia, com a Ministra Hermione, tinham um vira-tempo, que havia sido apreendido pelo próprio Harry numa operação dos aurores. Um objeto completamemente ilegal, mas que se bem usado poderia salvar uma vida (e mudar toda a história ao mesmo tempo). Aquilo entra na cabeça e Albus e, como estava distraído, não percebe que estava sendo observado. Delphi, que se apresenta como a sobrinha de Diggory, estava logo ao lado dele, também ouvindo tudo. Harry, obviamente, nega toda a história do vira-tempo e, pedindo muitas desculpas, se recusa a fazer o que Amos estava pedindo. Albus fica com aquilo na cabeça e, com a ajuda de tudo que ele estava passando, começa ver o pai como uma grande farsa, afinal, como assim ele, o grande Harry Potter, não poderia ajudar aquele senhor? No final das contas, Cedrico havia morrido por causa dele. E é aí que, no meio da viagem de trem para a escola, Albus decide que vai mudar a história com ajuda de seu melhor amigo e, claro. Delphi. Afinal, ela também fazia parte da história. O que eles não imaginavam é que até mesmo uma pedra fora do lugar no passado pode alterar drasticamente todo o futuro, e eles vão descobrir isso da pior maneira possível. Vivendo isso. 

"Nós não iremos mais existir e Voldemort reinará novamente." - Página 250
(Tradução livre)

É complicado não citar spoilers (mas consegui, rs). Toda a história é ligada no 220v e quando eu acreditava que já tinha visto de um tudo, boom, algo ainda mais surpreendente acontecia. Meu personagem favorito do livro é o Scorpius. Ele tem um jeitinho meio Hermione, todo sabe-tudo, mas de um modo único e muito leve. Albus é um grande personagem também, mas toda a estrela do livro, na verdade, é a relação de pai e filho que ele tem com o Harry. Ah, não posso esquecer o lado cômico de Ron(y), que rendeu muitas gargalhadas e uma saudade sem tamanho. Até mesmo o Draco me surpreendeu na história e eu amei cada segundo disso. Eu amei rever todos os personagens de forma geral e, quando digo todos, bom leiam o livro para entender isso melhor (rs). Como disse ali em cima, foi um presente para os fãs que criavam mil e uma teorias sobre o futuro da história. Ainda sem dar spoilers, os leitores podem ver o que aconteceria em várias possibilidades de futuros e como isso afetava cada um. Sem esquecer que em vários momentos temos flashbacks emocionantes que, para quem é fã, dá aquele quentinho no coração.

É uma história leve, emocionante, divertida e, definitivamente, feita para os fãs. Mesmo sendo um script, conseguimos entender o que cada um está sentindo e como aquilo afeta diretamente na história. Gastei tantos post-its que achei que minha cartela fosse acabar. O que me fez pensar sobre reler, mais uma vez, toda a série, mas dessa vez com os post-its do lado. Não vou negar, achei o último ato, e toda a resolução dele, um pouco corrido, mas ao mesmo tempo gostei de como tudo termina. Me senti bem com os personagens e tudo mais. Foi como rever grandes amigos que mudaram a minha vida, afinal, é isso que Harry Potter significa para mim. Uma mudança que afetou tudo em minha vida de uma maneira muito boa. Algo que me transformou e me fez chegar onde cheguei. Estava um pouco revoltada por ter essa peça só lá em Londres e blá-blá-blá, inclusive, estava evitando ler qualquer coisa sobre essa história, mas ao abrir a primeira página fui levada para o mundo mágico como quando abri o primeiro livro da saga pela primeira vez. Fantástico define, mágico explica. 

Harry Potter and the Cursed Child
Autores: J.K. Rowling, John Tiffany e Jack Thorne
Editora: Scholastic
Páginas: 320
Skoob do Livro.
Meu Skoob.

terça-feira, 2 de agosto de 2016

Na Estante: Uma Mulher Livre


Faz um bom tempo que tenho vontade de ler algo dessa autora. Uma vez recebi, de presente de uma editora, um livro dela, mas nessa de resenhar os que combinam mais com meu estilo, esse livro, por mais interessante que fosse, ficou perdido na minha estante. E aí, agora no meio do ano, a editora lançou mais um livro da autora (que tem uma lista chocante de livros publicados) e acabei solicitando, finalmente mataria a curiosidade e leria algo dela. O problema é que, no final das contas, o estilo dela não é bem o meu estilo. Não posso negar, a história é muito boa, mas o livro não conseguiu me prender (tanto que levei alguns bons dias para conseguir terminar de ler). Achei bem legar como a autora consegue ligar fatos históricos ao que ela narra na história, mas isso foi o que mais gostei (ainda mais porque meu lado feminista gritou em/com algumas cenas, por mais que eu soubesse o contexto histórico da história, mas não posso negar que, ao mesmo tempo, ela abordou temas que eram e ainda são grandes tabus). Como sempre, darei detalhes da minha opinião. O livro ficou com quatro estrelas, afinal, como disse, ele não é ruim, só não é meu estilo. Agora vamos focar, menos enrolação e mais ação.

Annabelle cresceu com privilégios em um bairro nobre da cidade de Nova Iorque. Sempre foi uma boa menina e levava sua vida tranquilamente, até que, tragicamente, perdeu seu irmão e seu pai. Ninguém podia imaginar que o Titanic afundaria, afinal, era o melhor e maior navio já criado pelo homem, mas ele fundou e levou junto uma grande parte da vida dela. Ela também acabou perdendo a mãe por problemas de saúde e nada mais parecia dar certo, até que ela conheceu o amor de sua vida e, por mais que ele fosse bem mais velho, ela sentia que era o certo.

"Você merece mais do que posso lhe dar. Annabelle, 
você precisa me ouvir." - Página 120

O que ela não imaginava, mais uma vez, era que ele não a amava como ela imaginava e que, na verdade, ele estava apaixonado por um amigo de infância. Tudo tinha desmoronado e, como última opção, Annabelle se muda para a Europa, no meio de uma guerra, para tentar realizar seu sonho de virar médica. la consegue realizar seu sonho e ajuda a salvar muitas vidas, mas no meio de tanta coisa ruim acaba sobrando para ela também e sua fé na vida é, mais uma vez, colocada em prova quando ela perde todo o controle sobre sua vida e até mesmo seu corpo. Qualquer decisão que ela tomasse poderia e mudaria sua vida, por isso mesmo ela precisa de força e, até mesmo, coragem para seguir.

Uma vez vi no Programa do Jô um esquete de humor sobre um cara (Joseph Climber) que perdia tudo que se é possível imaginar, desde membros até a dignidade, mas que seguia firme e forte (meio revoltado com o narrador, rs), o que fazia toda a graça da história. Annabelle é a versão literária dessa história humorística, mas com um tom trágico. Sério, quando você achava que tudo ia melhor, boom, dava algo errado de novo. Aí a vida voltava para os eixos e, boom de novo, saia tudo de ordem. Ela é uma personagem muito forte, não por todas as suas escolhas, mas por aguentar tudo que acontece na vida dela. Acho que isso foi algo que me desanimou na leitura, além da forma como o livro é narrado no começo.

Acredito que, para quem gosta dos livros da autora, esse é uma ótimo escolha. Como comentei, o livro é uma grande montanha-russa (cheia de loopings) de emoções. Para quem tem o estilo literário mais parecido com o meu, acredito que esse livro não vai agradar muito, mas não posso comentar sobre os outros dela, afinal, ainda não li (sério, são muitos mesmo). Se alguém aí já leu algum outro dela comenta aqui o que achou! Ah, algo que não posso deixar de comentar e a edição maravilhosa que a editora fez, sério. A capa do livro é fantástica (e foi o que me fez querer lê-lo de vez). Em tons de dourado e com a torre Eiffel de fundo, tipo, wow, que capa. Bem mais bonita que a original (rs).

Uma Mulher Livre
Autora: Danielle Steel
Editora: Record
Páginas: 294
Skoob do Livro.
Meu Skoob.