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quarta-feira, 11 de agosto de 2021

Sem Fôlego (Abbi Glines)

Não é segredo para ninguém que Abbi Glines é um grande prazer culposo meu, o famoso guilty pleasure, que é usado para definir livros, filmes e outras coisas assim que, apesar de execradas por crítica e boa parte do público, têm um lugar especial no coração do espectador ou leitor. Eu já li todos os quatorze livros da série Rosemary Beach e li também, mais recentemente, outros livros da autora que me surpreenderam demais (Existência e No Meu Sonho te Amei). Mas precisamos falar a verdade aqui, os livros da Abbi são bem problemáticos (principalmente esses mais antigos em data de publicação) quando o assunto é machismo e relacionamentos bem duvidosos... que ainda assim eu amo. E por isso comentei sobre o prazer culposo (quem nunca?). Esse é o primeiro livro da série Sea Breeze, mas aqui no Brasil a série parou no segundo livro (que também li e que a resenha vai sair em breve). Temos nessa "nova" série todos os ingredientes que fizeram a outra série famosa da autora, que já citei, bombar, mas acho que depois de tantos anos lendo os clichês dela, eu esperava ou pouco mais. Não quer dizer que é ruim, ou melhor, pode ser que seja, mas eu esperava um pouco mais da escrita da autora (que tinha melhorado tanto na reta final da outra série e que até mesmo luta no livro para não ser problemática nos relacionamentos que escreve... e algumas vezes consegue) que no final o livro ficou com quatro estrelas. Importante lembrar que estamos falando de um livro para maiores de dezesseis anos.

Sadie se mudou para a cidade de Sea Breeze com sua mãe, que está grávida, pois as duas precisavam de dinheiro para pagar as contas e, por lá, a mãe dela tinha um emprego garantido como doméstica em uma casa de uma família muito rica. O problema, é que a mãe de Sadie não sabe o que a palavra responsabilidade significa e, como está entrando na reta final de sua gravidez (que poderia ter sido evitada) ela acaba se recusando a trabalhar e, com isso, sobra para a adolescente, que está de férias escolares, trabalhar no lugar da mãe. Em tese, o pessoal da casa não gosta que jovens trabalhem lá por conta de um dos chefes da casa, mas a menina se mostrou boa de trabalho e estava disposta a obedecer todas as regras muito bem para poder manter o emprego. O que estava acontecendo ali, de fato, era que a casa era de um dos astros do rock jovem mais famosos do mundo, Jax Stone. 

De primeira, Sadie realmente não vê nada demais no roqueiro famoso, mas ele logo se sente muito atraído por ela e todo o fato de que seria algo errado, uma vez que ela trabalhava para ele, torna tudo ainda mais atrativo para ele. Enquanto isso, Sadie conhece Marcus. Um jovem que também está trabalhando na mansão e que logo se apaixona por ela. Mesmo o vendo só como um grande amigo, ela fica bem dividida sobre tudo que está acontecendo. O verão vai passando e Jax acaba conquistando Sadie, mas eles sabiam que esse relacionamento tinha uma data de validade. Mais do que isso, Jax sabia que ela merecia alguém bem melhor que ele. O problema, é que a ligação deles é infinitamente mais forte do que imaginavam e toda a separação deixa ambos sem fôlego (hehe). Será que vale a pena lutar por esse relacionamento mesmo vivendo em mundos tão diferentes?

O livro tem aquela carinha de fanfic que eu pessoalmente adoro. Sabe quando tem um famoso para o meio, muitas tretas causadas por fofocas e jornais e tudo mais? Amo! Ao mesmo tempo, Abbi acaba forçando um relacionamento em que a personagem principal é muito boba. O mesmo que aconteceu em tantos outros livros dela (como o famoso Paixão Sem Limites). Sadie era muito esperta, trabalhadora e já tinha passado por muitas coisas, mas ao mesmo tempo em alguns assuntos ela parecia uma criança que ainda tinha muito para aprender, sabe? E, com isso, em muitos momentos Jax acaba parecendo tirar proveito do fato dela ser desatenta e distraída. O que me lembra, que ele já era maior de idade e ela não (mesmo sendo coisa de dois ou três anos de diferença, isso me deixou meio bleh durante toda a leitura). Inclusive, esse foi um dos livros que eu acabei torcendo contra o casal principal, mesmo sabendo que o Marcus teria um livro só dele depois, eu queria eles juntos. Porque ele era tão mais legal e com noção (e sobre o livro dele, bom, teremos outra resenha em breve). 

Já que estou problematizando mesmo, todo o drama da separação deles no meio da história (que acontece como o esperado em todo bom e velho clichê... e que está na sinopse) foi forçado num nível que está me fazendo pensar se troco a nota desse livro para três e meio (socorro) ou não. Sério, é algo muito complicado e que, junto com tudo que Sadie estava vivendo com sua família, fica ainda mais doido. Mas vou manter a nota (e parar de pensar nisso agora, rs). Enfim, um livro para quem ama clichês duvidosos (tipo eu, hehe) e está querendo ler algo leve, que não vai te fazer pensar muito e que, no final das contas, até que vale a pena.

SEM FÔLEGO
AUTOR(A): ABBI GLINES
EDITORA: ARQUEIRO
PÁGINAS: 272
SKOOB DO LIVRO.
MEU SKOOB.

terça-feira, 1 de setembro de 2020

Na Estante: As Mil Partes do Meu Coração

Ok, estamos falando de um livro da Colleen Hoover, ou seja, já podemos esperar algumas coisas. O livro é muito bom e tem personagens ótimos, além disso, é um livro absurdamente dramático, mas que consegue te fazer rir em muitos momentos. Dito isso, vou explicar que mesmo com esses fatores e com todo meu amor pela escrita da autora, o livro ficou com quatro estrelas. Demorei algumas (muitas) páginas para pegar o ritmo da história e, até mesmo, entender o que estava de fato acontecendo ali. Isso faz sentido dentro da história? Sim! E vou explicar, como sempre, em detalhes, mas sem spoilers... mas ainda assim foi uma leitura demorada para mim, o que raramente acontece quando leio coisas da autora (que é uma das minhas favoritas da vida). Vale lembrar que estamos falando de um livro para maiores tanto pelos assuntos abordados quanto por alguns vocabulários usados também. Importante avisar que é um livro que, em sua maioria, trata sobre depressão e problemas familiares e, por isso, acho que deveria ter aviso de gatilho em alguma parte do livro (mas como não tem, estou aqui avisando).

Merit faz parte de uma família que acredita em manter tudo em segredo, mesmo que nunca tenha planejando isso de fato. Sua mãe passou por alguns anos lutando contra uma doença e, hoje, mora no porão da casa. Se pai traiu a esposa, enquanto ela estava doente, com a enfermeira dela e agora é casado com ela e moram na mesma casa do porão. Seu irmão esconde um segredo que apenas ela sabe e, para falar a verdade, ela preferia não fazer parte da história. Sua irmã gêmea, Honor, tem uma queda gigantesca por garotos que estão internados no hospital, mas nunca vai falar sobre isso em voz alta. Merit? Coleciona troféus que não ganhou e compra em lojas de coisas usadas sempre que tem um dia ruim e precisa se animar. A cereja no topo do bolo? A casa em questão era uma igreja que foi levemente reformada por dentro para parecer uma casa.

O problema, no geral, é que todos os segredos (citados ou não) acabam sempre caindo no colo de Merit e, além da pessoa responsável, ela sempre precisa guardar ainda mais segredos. Por conta disso, ela tem certeza que ninguém em casa realmente gosta dela, apenas toleram que ela é a outra gêmea menos legal, afinal, ela sabe de muitas coisas e ninguém realmente tem outra opção. Como se a casa já não estivesse caótica o suficiente Luck e Sagan acabam virando inquilinos da casa/igreja também e, mesmo sem perceber, acabam trazendo alguns segredos com eles também. A cabeça de Merit está a poucos segundos de explodir por completo e a única opção que ela vê como possível é revelar todos os segredos, inclusive os mais sujos, de sua família. Mas será que essa seria mesmo a solução? Ou apenas mais um problema?

Eu demorei quase metade do livro para, de fato, entender o que estava acontecendo naquela casa e qual era o rumo que o livro ia tomar. De começo, mais parecia várias histórias dentro de uma só com vários acontecimentos aleatórios juntos. Até que, quase na metade, percebi que na realidade tudo isso fazia muito sentido e que, de certa forma, era genial que antes tudo estivesse tão confuso. Diferente da maior parte dos outros livros da autora, não me apeguei muito nos personagens e esse é um dos motivos que levou a história a ficar com "apenas" quatro estrelas. 

Se você não quer nenhum tipo de spoiler, pode pular as próximas linhas da resenha (vai logo pro próximo parágrafo). Não é bem um spoiler, mas como é algo que eu levei meio livro para perceber, pode ser que você queira descobrir sozinho também. O livro é sobre depressão, como comentei lá em cima (e bem por isso esse comentário não chega a ser um spoiler inacreditável) e é exatamente por isso que ele é todo confuso durante o começo. Merit está, aos poucos, entrando em uma depressão profunda que a cada dia vai piorando, ainda mais se considerarmos os fatores doidos da família e da casa em que ela vive. E estamos o tempo todo dentro da mente dela, uma vez que o livro é narrado em primeira pessoa, ou seja, a confusão que ela sente (com sua depressão ainda não diagnosticada) é o que vamos sentindo também. 

Em resumo, é um livro para quem gosta dos dramas da autora e, de forma geral, é uma leitura muito boa e que trata de assuntos muito sérios e importantes. Adorei a seriedade que o livro trata dos assuntos que aborda e isso é algo que Colleen sabe fazer muito bem. Não é, nem de perto, meu favorito da autora, mas é uma leitura boa. 


As Mil Partes do Meu Coração
Autora: Colleen Hoover
Editora: Galera Record
Páginas: 336
Skoob do Livro.
Meu Skoob.

segunda-feira, 24 de agosto de 2020

Na Estante: Heart Bones

Estou na espera por esse livro desde que Colleen comentou que iria lançar. Não é segredo para ninguém que sou muito fã da autora (vide o número de livros que já resenhei dela por aqui) e o que mais me chamou a atenção nesse lançamento foi a capa e o título. Quando peguei o livro semana passada para ler no Kindle Unlimited, nem mesmo li a sinopse. Ok, eu tenho essa mania mesmo de não ler, mas isso é só um detalhe. Vou falar a verdade, estava muito ansiosa para ler, mas também estava com um pé atrás. Os últimos livros que li da autora tiveram altos e baixos (nenhum com menos de quatro estrelas, mas ainda assim eu estava ficando um pouco cansada das histórias um pouco repetitivas e dramáticas, coisa que eu mais gostava antes) e eu meio que estava esperando esse padrão. Eu estava errada. Não. Eu estava muito mais do que errada. Esse é um dos melhores livros da Colleen que já li. Na verdade, mais que isso, é um dos melhores livros que já li e ponto. Enquanto estava baixando o ebook, vi um comentário na Amazon que falava (em uma tradução livremente feita): "Esse livro merece uma constelação inteira, mas já que não é possível, fica com apenas cinco estrelas". E eu faço das palavras dessa pessoa as minhas. Cinco estrelas e um coração de favorito ainda é pouco para esse livro que já virou o favorito do ano (boa sorte para os que ainda vou ler esse ano). Como sabem, não esperem um livro leve vindo da Colleen, mas esperem um livro absurdamente bem escrito, com personagens muito bem construídos e uma história que te prende muito. Vamos conhecer um pouco mais desse livro e, depois, explico ainda melhor o que achei dele.

Beyah nunca teve pais de verdade. A única coisa que seu pai fazia era enviar pensão mensalmente e o que sua mãe fazia era pegar o dinheiro para ela mesma para se acabar no vicio de drogas que a destruía diariamente. Beyah teve que se criar sozinha desde muito cedo e, para ela, isso era o normal. Ninguém ligava para como sua vida estava um inferno ou toda errada. Ela precisava fazer o possível, o impossível e o impensável para sobreviver. Até que, faltando apenas dois meses para ela poder deixar tudo isso para trás e ir para a faculdade, sua mãe faz a melhor coisa que ela poderia imaginar, morrer. Por conta disso, ela precisa colocar todo seu orgulho um pouco de lado para pedir abrigo para seu pai, mesmo não conhecendo nada sobre ele ou sobre sua nova família. Ela passaria um verão em uma casa de praia no Texas ao lado dessas pessoas que ela não conhecia e que não a conheciam também. O plano era seguir sem muitos imprevistos, mas seu mais novo vizinho, Samson iria colocar todas as ideias de cabeça para baixo.

Eles não tinham nada em comum aparentemente, ela veio do fundo do poço e sempre viveu passando por muitas dificuldades, enquanto que ele vem de uma família misteriosa, mas absurdamente rica e cheia de muitas posses. O que os atraí é que ambos são puxados pelas coisas tristes da vida. Beyah ainda não entende muito bem o que Samson esconde, na verdade, ele até prometeu que contaria tudo para ela no final do verão, mas até lá ele era coberto de segredos. O que ele não conseguia esconder, era que tinha passado por algo terrível que havia mudado sua vida e, exatamente por isso, os dois se entendem mesmo vindo de mundos tão diferentes. A ideia era simples, aproveitarem ao máximo as semanas que teriam pela frente, mas o que não imaginavam é que o coração deles ficarias à deriva de tudo que ainda estava para acontecer.

Esse livro é denso, mas ao mesmo tempo é leve. Ele é real de uma forma que assusta, mas ao mesmo tempo te acalma. Faz sentido? Juro que sim. Esse é o livro mais real que já li da autora e é incrível como a história de puxa para dentro dela. Toda a loucura que os personagens vivem é real, mas pode parecer irreal por ser tão verdadeira e distante da minha realidade (e da de muitos). Em alguns momentos me vi julgando algumas das escolhas da Beyah e, no minuto seguinte, eu parava para pensar e fica sem palavras ao perceber que aquilo não era um absurdo, pelo menos não na realidade dela. O que a personagem principal passou e viveu não tem nem como ser descrito e o embrulho no estomago se torna ainda maior quando lembramos das diferenças sociais absurdas que existem no mundo. Esse livro deixa isso escancarado quase que de uma forma didática. Que livro necessário. É sempre bom lembrar de nos colocarmos um no lugar do outro mais complicado que possa parecer às vezes.

Os personagens desse livro são absurdamente bem escritos. A profundidade da Beyah é do nível que te coloca pensando junto com ela durante a narrativa e vamos torcendo a cada segundo mais pela felicidade dela, ainda mais quando sabemos de tudo que ela já viveu. Samson tem muitas camadas e é incrível ir descobrindo cada uma delas ao longo da leitura. Ele é misterioso, mas ao mesmo tempo encantador e temos a mesma vontade de torcer por ele, mesmo sem saber muito de primeira. Os personagens secundários, como a madrasta de Beyah e seu pai, o namorado de sua irmã ou ainda a senhora simpática de uma das casas da praia merecem destaque por roubarem sempre a cena de uma forma positiva para a história, mas quem merece toda a atenção mesmo é Sara. A irmã postiça da personagem principal que é, provavelmente, uma das minhas personagens secundárias favoritas da vida. Sara é doce, é positiva e animada, mas também é real. Ela traz um equilíbrio para tudo que se passa na história e, enquanto eu li, me vi muito como ela na história, tentando ajudar Beyah e entender tudo que acontecia por ali. Que personagens! Uau, Colleen! Uau.

Por enquanto, o livro tem apenas sua versão em ebook (em breve sai o físico) e em inglês (não sei se tem previsão para uma tradução). Mas ele está no Unlimited assim como outros livros da autora e vale muito a pena ler, caso o idioma não seja um problema para você. Esse livro é para os fãs da escrita dramática e real da Colleen e, mais que isso, para quem gosta de livros que te fazem pensar e mudam alguma coisa em você durante a leitura. Um livro que vai ficar na sua cabeça por dias e você não vai achar isso ruim. Mas, espere, não vá achando que vai ter um livre leve de se ler, afinal, a realidade muitas vezes machuca (e eu bem chorei algumas vezes durante a leitura). Sem esquecer que não é um livro para menores, por conter cenas e falas para maiores de, no mínimo, dezesseis anos. Ah! Teve vlog de leitura do livro lá no canal.

Heart Bones
Autora: Colleen Hoover
Editora: Hoover Ink.
Páginas: 251
Skoob do Livro.
Meu Skoob.

sexta-feira, 10 de julho de 2020

Na Estante: O Desejo Secreto do Coração


E depois de alguns anos (é isso mesmo, produção?) aqui estamos nós de novo com mais um livro da série Batidas Perdidas, da Bianca Briones. O livro, que não faz mais parte da mesma editora dos anteriores, está disponível em forma física, mas também está em ebook na amazon e, inclusive, está pelo unlimited. Eu já li toda a série, e tem vídeo no canal sobre ela, e eu já sabia que podia esperar uma história com uma carga emocional muito forte, mas esse aqui foi um pouco além. Estou avisando desde o começo da resenha, pois o livro não faz isso... e eu acho que devia (tem por cima na sinopse, mas não é todo mundo que lê sinopse antes de ler um livro, tipo eu). O livro trata sobre relacionamento abusivo e toca em temas como violência doméstica e estupro. Ou seja, na minha pequena opinião, deveria ter um aviso no começo. Isso não daria spoilers, mas evitaria que algumas pessoas não se sentissem bem durante a leitura. Eu que nunca passei por nada disso me senti bem mal no final da leitura, estranha mesmo. Isso quer dizer que é um livro ruim? Muito pelo contrário, o livro, como sempre, é muito bem escrito, devorável, com uma história que te prende e, por tudo isso, ele ficou com cinco estrelas. Não ache que por ele conter o que eu avise ali em cima ele é só sobre isso. Ele é sobre a vida da personagem principal e como isso tudo a afetou e afeta milhares de mulheres no mundo todo. Mas isso tudo em um ambiente relativamente leve e rodeada de personagens que já conhecemos bem (da série) que são divertidos e leves. Nem preciso falar que é um livro com conteúdo adulto, né? Mas vou falar de novo: O livro toca em assuntos delicados. Leia com cuidado.

Fernanda se casou muito nova logo após descobrir que estava grávida. Ela estava apaixonada e acreditava ter achado alguém que nunca a abandonaria, afinal, ela já tinha perdido muitas pessoas que confiava. Com o passar do tempo, o sonho vai se transformando em pesadelo quando ela vai descobrindo quem seu marido é na verdade. Um homem controlador, machista e abusivo que não a deixa viver sua própria vida e a afasta de tudo e todos que poderiam perceber que algo estava errado. Com medo de perder a única pessoa que ela acreditava que não a abandonaria, ela aprendeu a fingir para o mundo que estava bem, mesmo quando estava vivendo seu inferno pessoal.

Lucas perdeu toda a sua família, mas encontrou forças para seguir em frente e lutar pelo que ama e acredita, seu trabalho. Ele conseguiu um emprego na agência do avô de Fernanda e dava sempre seu melhor, sempre disposto a se desdobrar para ajudar o dono do lugar, que o considerava da família já. Exatamente por isso ele nem pensa duas vezes quando o chefe o pede para trabalhar em um projeto especial e social com sua neta. Uma amizade começa a surgir quando os dois passam os dias juntos e, delicado como é, Lucas começa a perceber que tem algo na vida de Fernanda que não é bem como ela conta. O que ele nem imaginava é que a história era ainda mais complicada do que parecia e que o marido de Fernanda não estava nem um pouco disposto a perder sua esposa e tudo que ele comandava com isso.

Lucas é um personagem doce e cativante, assim como muitos dos já criados pela autora. Ele é quem dá a leveza dessa história que tanto precisa de alguns momentos leves para conseguir seguir em uma balança. Fernanda é uma personagem absurdamente bem escrita e você consegue sentir o medo e as angustias dela a cada linha que lê (e é aí que mora o perigo que avisei). Vale comentar, também, que é sempre bom rever os personagens queridos dos outros livros, mas que me confundi várias vezes com quem era quem... quem namorava quem... quem era parente de quem. Por sorte, a autora colocou uma tabela informando os detalhes disso no começo do livro. O problema? Pelo kindle ficava ruim ficar indo e voltando toda vez que eu esquecia quem era algum dos personagens. Acredito que com o livro físico isso seja mais fácil.

Se você ainda não leu a série, indico muito a leitura de todos que vieram antes desse para, depois, começar essa leitura. Em tese, você não precisa ler um para entender outro, mas esse (em especial) acredito que vai confundir muito quem ler sem ter lido os outros. O que me lembra, esse é o livro mais curto da série. Claro, tem contos que são menores, mas dos livros mesmo esse é o menor e, de começo achei que seria um ponto negativo, mas dada a carga emocional que ele carrega eu achei que ele, no final, tem o tamanho perfeito para o que ele conta. No mais, vale a pena a leitura, mas tenha em mente que não será uma leitura leve... mas sim uma necessária.

Acabei de perceber que tem seis anos que li o primeiro livro da série... tô ficando velha.

O Desejo Secreto do Coração
Autora: Bianca Briones
Editora: Amazon
Páginas: 294
Skoob do Livro.
Meu Skoob.

terça-feira, 7 de julho de 2020

Na Estante: Mais que Amigos


Eu simplesmente amo histórias clichês com amigos que se apaixonanam. Acho que é aquela coisa boba, mas que funciona, sabe? Porque a relação dos personagens normalmente já é boa e tem tudo para dar certo... e foi exatamente por isso que comprei esse livro. Inclusive, tem vlog do dia que comprei e recebi esse livro (e mais alguns outros) aqui em casa. Um pouco antes de começar a ler eu recebi uma mensagem de uma leitora falando que não gostou do livro e que ele não era bom e, por isso, minha expectativa já foi logo lá para baixo. E acho que exatamente por isso eu acabei gostando do que li, porque não estava esperando nada mesmo. É a melhor histórias de amigos que se apaixonam? Não. É a mais bem escrita? Também não. Mas tem uma vibe dos livros da Abbi Glines que eu estava com saudade de ler e que, por mais duvidosa que seja, é uma formula gostosinha de ler. Ainda assim, o livro ficou quatro estrelas e claro que ainda tenho muita coisa para falar sobre ele. Vale lembrar que estamos falando sobre um livro com conteúdo adulto.

Parker e Ben se conheceram no início da faculdade e, desde então, são melhores amigos. Uma das coisas que sempre se orgulharam é o fato de que a amizade deles era verdadeira e que isso não mudava nada na vida deles. Não tinha que ter romance e era simples. Eles já estavam nessa amizade já tinha tempo e todos já estavam acostumados com isso, inclusive o namorado de Parker que já sabia que não precisava se preocupar. Como era algo natural, eles até mesmo eram colegas de casa. O que ninguém esperava era que o namorado de Parker iria terminar com ela e isso viraria a vida dos amigos de cabeça para baixo. Ela precisava seguir em frente, mas não estava conseguindo e é aí que os dois resolvem colocar em ação um plano para resolver isso.

Eles teriam uma relação casual que seria puramente para ajudá-la a seguir em frente e, quando desse certo, eles voltariam a ser apenas amigos e a vida iria seguir como sempre. Agora se isso vai dar certo é outra história, afinal, a relação dos dois sempre foi perfeita, mas colocando sexo no meio poderia complicar tudo... ou apenas simplificar tudo. Mas e a amizade? E se der errado? Os dois não pensaram muito no depois e é aí que a história toda se desenrola (ou se enrola mais).

Ok. Os personagens principais são bem sem sal. O Ben é o típico bad boy pegador dos livros new adults que tanto já vimos por aí, enquanto que Parker já tem um quê um pouco mais feminista, mas ainda assim longe de ser um livro revolucionário. Como um casal, funcionou... mas meu Deus do céu como faltou diálogo nessa relação e nesse livro. Sério, os dois eram melhores amigos, estavam se pegando (é feio falar, mas trago verdades) e mesmo assim não se comunicavam. Que nervoso que isso me deu enquanto eu lia. Um ficava tentando adivinhar o que o outro estava pensando e tudo se resolveria com uma simples pergunta. O livro iria fluir melhor e a relação deles seria outro nível. Ou seja, crianças, fica aí a dica: Diálogo. Não só em livros, mas na vida também (hehe).

Como comentei, o livro tem uma vibe da escrita da Abbi Glines e isso pode ser tanto bom quanto ruim. É bom por ser uma leitura leve, sem muito que pensar por mais que tenha alguns draminhas e no final até que vale a pena. Mas, ao mesmo tempo, falta alguma coisa ali e é por isso que ele ficou com apenas quatro estrelas (o que é até uma nota boa, vai). Fiquei curiosa para ler mais coisas da autora e, no final das contas, foi uma leitura ok. Se quiser acompanhar mais, tem um vlog do dia em que li e comentei um pouco sobre o livro. Ah! O que me lembra que achei um erro no livro. Na história a Parker conta (mais de uma vez) que tem 24 anos de idade. Enquanto que na sinopse e na capa do livro fala que ela tem 22 anos. Algo de errado não está certo aí. Isso atrapalhou a leitura? Não. Mas acho digno comentar, rs.

Mais que Amigos
Autora: Lauren Layne
Editora: Paralela
Páginas: 256
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terça-feira, 23 de junho de 2020

Na Estante: O Silêncio das Águas


Vou ser bem sincera, eu nem lembrava que esse livro existia. Eu até li os dois primeiros dessa série de elementos, e você ler as resenhas aqui, mas como não viraram meus favoritos, acabei não focando muito no fato de que ainda tinha outros dois livros. A série é completamente independente e nem mesmo se passa num mesmo "universo" de personagens, ou seja, você pode ler na ordem que quiser e quais quiser (o que é mara). A coisa em comum entre os livros são os elementos (ar, fogo, água e terra). Quando li os outros livros já citados, eu adorei e sou muito fã da escrita maravilhosa da autora, mas eu acho que a autora entrega muito da história nos detalhes o que, algumas vezes, chega a dar preguiça de ler... mas isso definitivamente não aconteceu (tanto) nesse livro. Aconteceu? Sim e vou falar melhor sobre isso logo mais, mas em comparação aos outros é nada. Além disso, essa história ficou com cinco estrelas fáceis. O livro é mega devorável, cativante e eu estou até mesmo com saudade dos personagens (e olha que só li tem dois dias). Para vocês entenderem, esse livro empatou com outro da mesma autora, o Sr. Daniels. Ou seja, acho que dá para entender o quão bom é. Agora vamos para os detalhes, não é? Quase, antes eu acho válido lembrar que estamos falando de um livro para maiores (de dezesseis no mínimo) e que ele aborda alguns temas complicados com traumas. Ok, agora sim vamos lá.

Maggie May presenciou uma cena horrível, quando mais nova, que a marcou tanto que ela não conseguia mais falar. Ela ainda tinha voz, mas ela simplesmente não conseguia juntar coragem para falar depois de tudo que tinha vivido naquele dia. Os anos passaram e a única coisa constante em sua vida era sua amizade (meio apaixonada) com o melhor amigo de seu irmão, Brooks. Eles estavam juntos desde sempre e ela sabia que poderia sempre contar com ele e confiar. Ao longo dos anos, a família tentou vários tratamentos possíveis para lidar com o trauma de Maggie para ver se sua voz voltava ou se, até mesmo, ela juntava coragem para sair de casa, mas nada funcionava e, de fato, ninguém sabia realmente o que tinha acontecido com ela uma vez que ela não falava sobre isso (literalmente). Desde então, ela via o mundo através do livros que lia e conhecia cada coisa que acontecia no mundo pelos personagens. 

O que acontece é que com o passar dos anos, Maggie e Brooks vão vendo que a amizade deles é de fato muito mais forte do que imaginavam e que, na verdade, o que sentiam um pelo outro ia muito além disso. O problema é que ele tinha um mundo de sonhos que estavam começando a virar realidade pela frente enquanto que ela continuava presa em casa. Não seria justo segurá-lo ali. Mas é claro que o destino havia preparado algo para a história deles que mudaria o rumo de tudo. A vida dos dois seria mudada e muita coisa seria colocada em prova. Um precisaria do outro mais do que se é possível imaginar e a amizade (e o amor!) pode mudar o rumo de tudo.

Eu não tenho palavras ainda para descrever essa leitura. Sério. É incrível como você consegue sentir o mesmo que os personagens estão sentindo e como a história da Maggie balança não só a vida dela, mas a de quem está lendo também. Como comentei no começo, os livros da autora costumam ser bem previsíveis, mas até que nesse livro muita coisa (mesmo) me surpreendeu. Apenas um detalhe da história eu adivinhei desde cedo (e pelo que vi, não foi só eu... uma amiga minha leu também e percebeu a mesma coisa), mas isso não chegou a atrapalhar a leitura. Outra coisa digna de comentário, e que eu falo toda santa vez que falo dessa autora, é sobre o dom que ela tem para escrever personagens secundários. É surreal como a Brittainy escreve bem os personagens extras de suas histórias e como eles roubam a cena, de uma forma boa, quando aparecem. Isso acaba dando uma leveza necessária na história. Enfim, indico mil vezes essa leitura, mas tenha em mente que ela não é leve. A história em si tem um quê de drama estilo Colleen Hoover, mas vale muito a pena... de verdade. Ah! E eu li o livro pelo Kindle Unlimited! Sucesso.

O Silêncio das Águas
Autora: Brittainy C. Cherry
Editora: Record
Páginas: 364
Skoob do Livro.
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sábado, 20 de junho de 2020

Na Estante: Raio de Sol


Pensa num livro que eu enrolei para ler. Faz um bom tempo que esse é um dos livros favoritos de uma das minhas melhores amigas (ela tem até mesmo tatuagem dele!) e mesmo assim eu enrolava. E aí eu ganhei um kindle novo (de uma outra amiga que também é maravilhosa) e ele estava lá no unlimited e eu pensei: está na hora de ler. Sim! Ele foi a estreia do meu kindle novo e isso, por si só, já é bem legal. Mas calma lá que eu passei por uma senhora montanha-russa de emoções lendo esse livro e é claro que vou compartilhar isso com vocês. A história, de certa forma, é bem leve e devorável, mas tem um final de que pode quebrar seu coração em mil pedacinhos (estou avisando isso, pois gostaria que alguém tivesse me avisado... não é mesmo dona Bruna). A escrita da autora também é ótima e todos os personagens conseguem um lugar em nosso coração durante a leitura. E é aí que vem o choque. E deu quatro estrelas mesmo assim. Oi? Como? A culpa é do final e eu vou explicar melhor (mas sem spoilers). Então... vamos lá.

Faça épico, é isso que Kate gosta de levar como meta de vida. Uma espécie de Poliana moderna (jogo do contente!), é assim que ela leva a vida. Mesmo tendo passado por muitas coisas bem complicadas, ela sempre tenta ver o lado bom de tudo e seguir da maneira mais leve possível. Exatamente por isso que seu melhor amigo de uma vida toda, Gus, a chama de Raio de Sol. Mesmo estando bem na Califórnia, depois de passar por mais algumas provações da vida ela decide que precisa mudar de estado, indo para Minnesota, e fazer faculdade. O que ela não esperava, era encontrar novos amigos maravilhosos por lá e como que isso ia deixar a vida dela ainda mais feliz. É assim que ela conhece Keller. Um universitário que trabalha na cafeteria perto do campus que divide com Kate muitas coisas. O gosto por músicas boas, alguns amigos em comum e alguns segredos do passado também.

É o seguinte. Os personagens secundários desse livro roubam a cena sempre que aparecem e eu adoro quando isso acontece e é de uma forma bem escrita. Além disso, a relação do Keller e da Kate e amizade dela com o Gus e todos os outros personagens fez meu coração ficar quentinho. Mas quando terminei o livro eu estava com tanta raiva do final que, de birra, tirei uma estrela do livro. Essa é a verdade. É um livro real, meio que para nos lembrar que nem tudo são flores na vida, mas que a forma como vemos isso é o que de fato nos define. Mas o que me irritou mais (olha a revolta ainda presente aqui) é que o livro é tão leve, divertido e do nada, boom, temos o final dele que eu, obviamente, não vou falar o que acontece. Para quem gosta de new adults que são verdadeiros e muito devoráveis, eu super indico o livro mas já aviso, prepare seu coração para o final dele.

É importante lembrar, também, que o livro trata de assuntos bem sérios que podem ser gatilho para muita gente. Bulimia, assédio, homofobia... Enfim, a lista vai crescendo e, por sorte, nada é tratado de forma irresponsável. Muito pelo contrário, como eu disse, o livro mostra a realidade. Mas é sempre bom avisar, não é? Em resumo, é uma história que tenta nos lembrar a importância de viver o agora sem se preocupar tanto com o amanhã, afinal, nunca sabemos o que pode acontecer. Por isso, faça épico.

Raio de Sol
Autora: Kim Holdem
Editora: Planeta 
Páginas: 448
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quarta-feira, 17 de junho de 2020

Na Estante: Bedmates


Um tempo atrás eu li um livro da mesma autora e fiquei completamente apaixonada pela escrita água com açúcar sem dramas e era uma história gostosa de ler (estou falando de De Repente Royal). Então comecei uma busca pela amazon por outros livros da mesma autora e que fossem no mesmo estilo. Segundo algumas resenhas e avaliações que dei uma olhada, esse era o que melhor se encaixava no que eu estava procurando e foi assim que acabei lendo Bedmates (e tem vlog disso!). De começo, o livro realmente estava indo para um caminho parecido, mas depois ele acabou se enrolando um pouco e teve sim drama (o que eu queria evitar, mas aí não é culpa do livro e, sim, minha culpa, rs) e acabou que o livro ficou com quatro estrelas e é claro que vou explicar tudo para vocês. No geral, eu gostei bastante e, realmente, a escrita da autora é muito boa. Não podemos esquecer também que o livro tem um quê de drama de famosos, que eu amo de paixão, e que isso ajudou muito. Enquanto que em Royal temos a realeza de verdade, em Bedmates temos a quase realeza americana... a família do presidente do país, é claro.

A filha do presidente precisa sempre se comportar três vezes mais que uma pessoa normal, afinal, tudo que ela faz acaba nas capas das maiores revistas e jornais do país e alguém ligado à política consegue falar que a culpa é do pai dela... então é claro que Maddie segue isso, só que não. Maddie McGuire sempre acaba se encrencando e sua última conquista foi acabar na prisão por tentar liberar animais que seriam descartados (mortos!) depois de não servirem mais para testes de cosméticos. Como punição, ela precisa fazer um trabalho voluntário escolhido pela equipe de seu pai. E é assim que ela caba tendo que ajudar na construção de casas para os veteranos de guerra. Isso não era um problema, ela adorava colocar a mão na massa e, ainda por cima, ajudar as pessoas, o problema é que ela teria que fazer tudo isso ao lado do filho da vice-presidente, Jake.

Um dos queridinhos da américa, é assim que ele é visto. Mas, para Maddie, ele é só o filho irritante da aliada política de seu pai. O que ela não esperava, é que ele estava completamente mudado. Não só por ter crescido e tudo mais, mas pelo fato de que agora ele também era um veterano tinha suas próprias histórias de guerra e algumas feridas também. Para ele, toda aquela construção não era só algo para publicidade ou ainda uma punição (como era para Maddie), era algo pessoal. Os dois acabam se conhecendo melhor no tempo que passam juntos e crescem com tudo que vão aprendendo no caminho, mas é claro que nada é fácil, ainda mais para Jake, que viveu coisas horríveis em uma guerra e ainda está aprendendo a lidar com tudo isso.

Ok, o que me fez tirar uma estrelinha do livro é o fato de que do meio pro quase final do livro eu achei que a história ficou enrolando muito e isso me deu uma leve preguiça. Mas, no geral, o livro é muito bom e devorável. O casal principal tem muita química e a história funciona muito bem. Nós torcemos para que tudo acabe bem e, de forma geral, é legal de acompanhar tudo. Outra coisa, é o assunto delicado que é abordado no livro. Ele (o assunto de veteranos) se desdobra de uma forma que eu não estava esperando muito e isso também me deu uma leve preguiça. Uma coisa que gostei, mas que depois ficou um pouco forçado é que o livro cita os personagens de "De Repente (Royal)" algumas vezes e, depois, eles até mesmo aparecem na história e fazem parte de alguns acontecimentos. De começo, fiquei animada, afinal, adorei esse outro livro da autora, mas depois ficou um pouco demais. Ok, legal que os personagens do outro livro estão aqui, mas eu quero focar no livro de agora (obrigada).

Bedmates
Autora: Nichole Chase
Editora: William Morrow 
Páginas: 384
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segunda-feira, 25 de maio de 2020

Na Estante: De Repente (Royal)


Quando comecei a leitura não estava esperando muita coisa, de verdade. Eu não lembrava nem como o livro em questão tinha ido parar no meu kindle (acho que foi pelo unlimited), mas eu queria ler alguma coisa e a sinopse me chamou atenção. É um livro clichê sobre uma menina que descobre que tem um pé na realeza de uma país que ela nunca ouviu falar. Ok, nesse momento você está pensando: Espera, já vi isso em algum lugar. Sim! Já vimos isso em outros lugares como O Diário da Princesa e Simplesmente Ana. Só que o livro em questão é tão leve e gostoso de ler que, mesmo sendo ultra clichê, ficou com cinco estrelas. Ok, no primeiro capítulo eu estava achando tudo bem parado e meia boca, mas depois fui pegando o ritmo (e o livro também entrou num ritmo legal) e eu achei tudo muito amorzinho. Um livro sem dramas, passados que acabam com relacionamentos e coisas do tipo, mas ainda sim um New Adult que vale a pena. Ok, vamos por partes. Vou contar um pouco mais do livro e depois, como sempre, continuo falando minha opinião.

Samantha Rousseau é uma estudante de mestrado em biologia e sempre adorou estar sempre os animais sujando as mãos. Ela nunca se ligou muito em fofocas sobre celebridades, muito menos sobre príncipes e princesas de países tão pequenos que eram quase que esquecidos em aulas de geografia. O que ela não esperava, era que ela vinha de uma família real! Ela era uma duquesa e a família real do país, Lilaria, estava atrás dela. Para alguém não ligava muito para notícias, logo ela estava em destaque em todas elas. O mundo dela virou de cabeça para baixo e, quando percebeu, ela já estava se mudando para seu país de origem para viver a vida que sempre esteve preparada para ela... ela que não estava muito preparada para aquela vida.

Por sorte, ao descobrir que era da realeza, Sam também acaba conhecendo Alex. Príncipe de Lilaria. O que começa como uma amizade acaba evoluindo para um romance que faz com que a vida nova nem seja assim tão apavorante. Alex, mesmo já tendo tido drama suficiente de sua vida sendo noticiado, não polpa esforços para que Sam se sinta bem e em casa. Além disso, ela tem amigos que estão prontos para ajuda-la com isso também. Seja ainda na américa, ou já em sua nova terra.

O livro é totalmente livre de dramas de relacionamento e merece dez estrelas só por isso. Eu gosto de dramas? Sim! Mas tem hora que cansa começar um livro já sabendo que tudo vai dar errado para que só nas páginas finais tudo volte a dar certo (ou ainda correndo o risco de nada mais dar certo mesmo). Uma história leve e gostosa que vale muito a pena ler.  Tem um draminha ou outro aqui ou ali? Sim. Caso contrário também não teríamos livro, mas fiquei tão feliz de ver um relacionamento saudável se desenvolvendo na história que deixou um quentinho no meu coração.

De começo, de fato, achei o livro meio lento, mas, como já comentei, quando entramos no ritmo nem vemos mais o tempo passando. Um pouco do meio é enrolado também, mas só porque o livro é relativamente grande. Também fiquei um pouco bleh com a tradução do livro, mas isso eu comentei melhor num vídeo lá do canal. Porque sim! Eu documentei toda a leitura desse livro e o resultado está lá no canal, para conferir é só clicar aqui.

No mais, se está procurando uma leitura leve e livre de dramas exagerados, essa fofura de livro é para você. Ah! Estou chamando de fofo e comentando sobre com ele é leve, mas isso não muda o fato de que estamos falando de um livro New Adult com cenas mais quentes e que são para maiores. Quem avisa, amigo é.

De Repente (Royal)
Autora: Nichole Chase
Editora: Pandorga
Páginas: 452
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sábado, 18 de abril de 2020

Na Estante: A Chama Dentro de Nós


Pela primeira vez, depois de escrever mais de duzentos e cinquenta resenhas, eu estou começando uma sem saber com quantos estrelas o livro ficou. Estou em duvida ainda se tiro um estrela ou se deixou todas lá na avaliação e, por isso, conto para vocês o que eu decidir no final da resenha. Esse é o terceiro livro da autora que leio e eu, de verdade, tinha esquecido que ele estava na estante. Foi aí que resolvi separar uma pilha de livro que ainda precisava ler (e que achava que ia gostar) e ele estava lá no topo. De começo, o livro não me agradou muito mas, aos poucos ele foi me conquistando e, quando me dei conta, tinha lido ele todo em uma manhã. A escrita da Brittainy é uma delícia e é incrível como não vemos, de verdade, o tempo passando. Ao mesmo tempo, a escrita dela lembra um pouco a da Colleen Hoover. É densa e sempre trata de assuntos mais pesados. O que me lembra, que a escrita dela, diferente da da Colleen, é um pouco previsível. E que, por mais que o padrão tenha se mantido nesse livro, ele me surpreendeu em muitos momentos. Mas vamos por partes, não é mesmo. Esse livro me deixou confusa com relação aos meus sentimentos com a leitura dele e, por isso, acredito que tenho muita coisa para falar. Então, vou parar de enrolar.

Alyssa nasceu em uma família que já tinha tudo planejado para a vida dela. Seu pai, era um espírito livre amante das artes. Sua mãe, uma advogada cética que acreditava ter pleno controle da vida de todos que a cercavam. E Aly, e sua irmã, entavam lá no meio disso. Logan, por outro lado, não sabia nem ao menos se podia se dar ao luxo de sonhar com um futuro. Vivia em algo que nem sequer se parecia com uma família e era cercado de problemas. A única coisa certa em sua vida era seu irmão mais velho, que cuidava dele como podia e o deixava ter um vislumbre do que era ter uma vida normal. Duas pessoas completamente opostas, mas que ao mesmo tempo se encaixam muito. Os dois sentiam falta de muitas coisas em suas famílias e, quando descobriram isso, começaram uma amizade histórica. Enquanto ainda era adolescentes, eles perceberam que se completavam e que um sempre precisaria do outro, mas eles acreditavam que era apenas uma amizade. Até que tudo mudou.

Quando foram crescendo, perceberam que tudo que sentiam ia bem além de uma amizade e que a necessidade que um sentia de o outro por perto era algo que não poderiam ignorar. Mas eles eram fogo e quando juntamos duas coisas inflamáveis, só criamos um incendio maior. Os dois passam por muitas coias tentando se entender e tentando entender o que de fato é a relação deles. Só que Logan tem traumas do passado que vivem voltando para assombrá-lo e Aly, não sabe se tem forças para lidar com todo o caos. Pior, ela não tem forças também para ficar longe de tudo isso.

Ok, qualquer coisa que eu falar a mair, é spoiler. Não que eu precise dar spoilers, o livro já faz isso sozinho. Na tentativa de deixar algumas pontas da história bem amarradas, a autora acaba entregando muitas das coisas que vão acontecer ao longo de todo o livro. Assim que comecei a leitura, o personagem fez um comentário e boom... pensei. Já sei que vai acontecer isso, mais isso e aquilo outro. Dito e feito. Ao londo da leitura minhas previsões estavam certas e, de primeira, isso me desanimou bem. E aí, lá pro meio da história, ela começou a me surpreender e muitas coisas, que eu não estava esperando, começaram a acontecer e eu empolguei na leitura e só parei quando terminei. Mas antes disso tudo, teve todo aquele drama pessoa de preguiça de uma história que parecia (e estava sendo) previsível. Mas aí entra meu dilema, nem com todas essas coisas, consegui parar de ler. Porque a escrita é muito boa. 

Logan é o galã problemático clichê dos new adults raiz. Tudo nele grita problema e, ao mesmo tempo, ele é narrado como sexy. Nada de novo por aqui. O mesmo para a personagem principal, Alyssa, que também segue bem a onda do clichê, mas que, ao mesmo tempo, me surpreender por ter sido muito bem escrita. O que me lembra, o dom da autora, Brittainy, é escrever personagens secundários. Relendo minhas resenhas de outros livros dela, percebi um padrão. Ela escreve spoilers em suas história e escreve personagens secundários fenomenais. O irmão do Logan e a irmã da Aly muitas vezes robam a cena, a irmã principalmente.

Em resumo, decidi que o livro vai ficar com quatro estrelas, afinal, em alguns momentos do começo da leitura pensei em deixar o livro de lado e toda essa parte de prever metade da história também me desanimou um pouco. Mas no conjunto da obra, é um livro muito clichê e, por isso, muito bom. Ele é bem escrito, devorável e me deixou confusa, o que é bom. Se você gostou de algum outro livro da autora, pode ler esse sem medo de ser feliz.  

A Chama Dentro de Nós
Autora: Brittainy C. Cherry
Editora: Record
Páginas: 322
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sábado, 4 de abril de 2020

Na Estante: The Deal (O Acordo)


Não se deixe enganar pela capa do livro (a capa da versão brasileira é bem melhor). Eu quase me deixei e poderia ter perdido uma leitura muito boa. Eu amo livros clichês e nunca escondi de ninguém que sou louca por new adults, mas tem hora que o exagero e apelo nas capas e títulos me cansam um pouco. E não, não estou tentando ser puritana e/ou tentando esconder o fato de que sim, esses livros tem um pezinho lá no erótico (muitas vezes, até os dois pés mesmo). É só porque passei um bom tempo tentando achar livros bons no kindle essa semana e foram muitas listas que não me chamaram a atenção. No final, percebi que estou bem chata. Na verdade, estou insuportável. Desde que comecei a pensar um pouco mais sobre a série de problemas que encontramos em muitos livros (e eu falei melhor sobre isso em um vídeo) eu fico sempre esperando não gostar do clichê (que tanto amo!). Em resumo, esse livro apareceu em muitas das listas que olhei no goodreads e, além disso, uma amiga me indicou e, para completar o pacote, ele estava de graça na amazon (em inglês). Ou seja, ele estava lá e eu também e pouco menos de um dia depois cá estou eu escrevendo a resenha dele que ficou com cinco estrelas no final das contas. Menos blá-blá-blá e mais resenha, eu sei. Então vamos lá e vocês já conhecem meu esquema. Vou contar um pouco da história e, depois, conto mais da minha pequena e humilde opinião sobre ela.

Hannah já passou por muitos traumas em sua vida, mas nunca usou disso para se passar de coitadinha ou para receber mais atenção. Muito pelo contrário, a estudante de música luta diariamente para ir contra o que seria esperado e, dentro do possível, consegue controlar muito bem suas emoções e o caos que é a cabeça dela. Ela estava muito preocupada com uma apresentação da faculdade que poderia lhe render uma bolsa extra de estudos e, com isso, quase não restava tempo para pensar em muitas coisas. O que ela não esperava, era que o novo aluno da faculdade, transferido de outro estado, chamaria tanto a sua atenção. Justin parecia ser tão diferente e, além disso, era tão lindo. Era inteligente também e sempre se mostrava um cara legal. Pelo menos isso era o que Hannah imaginava, uma vez que nunca nem sequer havia trocado um cumprimento sequer com ele. Ela precisava de um plano de ação, alguma coisa que fizesse Justin ao menos olhar para ela. O que ela não imaginava era que o plano viria em forma de jogador de hóquei. 

Garrett estava zero interessado em brincar de cupido, mas, ao mesmo tempo, ele precisava desesperadamente da ajuda de Hannah para conseguir passar nas provas de uma matéria. Além disso, se suas notas não melhorassem, ele não poderia mais jogar e isso, para ele, seria o fim. No geral, ele ia muito bem nos estudos e aquela matéria era a única que ele não estava conseguindo ir bem e, por sorte, Hannah havia conquistado a melhor nota da turma. Ele só precisava fazer um acordo com ela. Ela o ajudaria a estudar para a prova e ele a ajudaria a chamar a atenção de Justin. Mas é claro que a vida não segue simples assim, afinal, com o tempo que os dois passam junto começam a se conhecer melhor e o foco principal da história acaba ficando em segundo plano quando eles percebem que pode ter algo mais ali.

Vamos começar com os pontos positivos? Sim! A leitura é relativamente leve, por mais que o livro aborde temas pesados em muitos momentos (alerta de gatilho para estupro e violência doméstica). E é aí que entra um dos meus primeiros elogios ao livro, ele não passa pano para atitudes machistas e problemáticas, inclusive, ele muito sutilmente até mesmo zoa alguns desses pontos o que achei bem fantástico enquanto estava lendo. É perfeito? Não. Infelizmente não foi dessa vez, mas se compararmos com outros livros, esse se superou demais em como abordar, de forma saudável, a relação dos personagens principais e todas as outras relações que eram citadas. Garrett respeita muito a Hannah e não colocado isso de forma forçada para parecer legal, não, é uma relação de fato com muito respeito e que dá gosto de ler e acompanhar. Sobre o alerta que dei ali em cima, não vou dar spoilers, mas é algo muito citado no livro todo. Poderia ter sido abordado de forma melhor? Sempre. Mas acho que como um simples romance clichê, o livro faz mais que bem o papel dele.

Sobre pontos negativos, na verdade, só tenho um comentário. Achei que quando o livro chegou na metade enrolou muito. Acho que uns 15% da história poderiam não estar ali que não fariam falta e deixariam o livro mais leve e gostoso de ler. Isso atrapalhou minha leitura? Sim e não. Quando isso começou a acontecer já estava de noite e eu coloquei o kindle de lado e fui dormir, terminando a leitura só pela manhã. Se não tivesse enrolando tanto, eu provavelmente teria continuado a leitura e terminado logo. Mas isso atrapalha tudo? Não. Tanto que o livro continuou com cinco estrelas.

No geral, é um livro muito bom para quem, assim como eu, ama clichês e new adults raiz de qualidade. Já vi que a autora tem mais livros, inclusive mais alguns que se passam no mesmo universo desse e estou bem curiosa para conhecer mais da escrita dela. Não vá esperando um livrinho leve, afinal, expliquei bem que ele aborda temas bem delicados e que, de verdade, não são leves de ler. Indico também para quem curte livros que se passam na universidade, porque ele tem um ar bem gostoso de universitário. 

The Deal (o Acordo)
Autora: Elle Kennedy
Editora: Createspace Publishing
Páginas: 357
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sexta-feira, 3 de abril de 2020

Na Estante: Conto de Fadas Rock'n Roll - O Vocalista


Vocês não imaginam a saudade que eu estava de escrever resenhas, afinal, as últimas que liberei foram todas em vídeo. E, bom, vocês me conhecem. Sabem o quanto que eu amo escrever e, sobre esse livro, tenho muitas coisas para falar. Eu estava com expectativas bem altas para a leitura, uma vez que muita gente me indicou essa autora e, mais que isso, muita gente me indicou esse livro em específico. Agora que sou uma pessoa muito chique com o Kindle Unlimited quis aproveitar ao máximo e ler mais ebooks (tanto que dos últimos que li, apenas um era livro físico). Como esse livro faz parte do pacote Unlimited fui sem medo de ser feliz... e quebrei um pouco a cara nessa brincadeira. Eu simplesmente detesto não gostar de um livro, ainda mais quando é de autor independente, porque eu sei o quão difícil é publicar e receber críticas, mas realmente teve muita coisa na leitura que me deixou um pouco incomodada e, por isso, a leitura acabou ficando com apenas duas estrelas (e isso me dói demais, de verdade). A escrita é gostosinha na maior parte do tempo, a história em si é bem legal e, de fato, tinha toda a receita que normalmente amo (e que inclusive um dos meus livros publicados, On Stage, segue uma linha parecida) com pessoas famosas e uma bailarina (que só cita isso umas duas vezes), mas mesmo assim não rolou. Como sempre, vou contar um pouco da história para vocês e depois conto mais o que me levou a dar essas benditas duas estrelas.

Nicole Black estava vivendo um dia caótico em que tudo estava dando errado. Ela estava indo realizar um grande sonho, assistir ao show de sua banda preferida, mas a lei de Murphy estava definitivamente contra ela. Depois de se atrasar e tentar cortar caminho, ela acaba sendo atropelada pelo motorista da banda e, com isso, a vida dela muda por completo em (literalmente) questão de segundos. Dentro do carro estava seu amor platônico de uma vida toda, o vocalista da banda, Malcolm Black. Ela acaba precisando de atendimento médico, por mais que estivesse relativamente bem, e o motorista da banda acaba levando-a para resolver isso. Ao voltar da ida rápida ao hospital tudo começou a acontecer (literalmente) muito rápido. Ela é logo colocada no camarim da banda como um pedido de desculpas pelo ocorrido e, com isso, ela conhece todos os integrantes que vão logo com a cara dela e é assim que, em questão de minutos, ela resolve alguns problemas de imagem deles e é contratada para trabalhar com a banda.

Já no dia seguinte, todos embarcam de volta para Califórnia, estado sede da banda, e Nicole vai junto, afinal, já estava trabalhando com eles. Por não ter onde ficar, a banda toda oferece para ela um quarto na casa do sexy e rabugento Malcolm, afinal, todos perceberam como eles trocaram faíscas e estavam atraídos um pelo outro desde que se conheceram (um dia antes). A relação deles vai ficando cada vez mais complicada, uma vez que um não entende o que o outro sente de verdade e, para complicar ainda mais, existe uma cláusula no contrato que ela assinou a proibindo de ter relações com os integrantes da banda. Com o andar da história, vamos acompanhando o desenrolar da história de amor dos dois e de como ela vai lidando com a fama repentina que surgiu com tudo isso.

Ok, vamos por partes. A primeira coisa que me deixou um pouco incomodada com esse livro é o tanto de coisas que não encaixam na realidade da história. Coisas que são muito bobas, mas que me tiravam da história e atrapalhavam a leitura. Detalhes esses que não são comuns nos Estados Unidos, mas que ali eram colocados como se a história acontecesse no Brasil. Coisas bobas mesmo, tipo pão de queijo sendo vendido numa parada de ônibus no interior do estado de New York. Ou a personagem principal falando que queria ouvir axé, mas sem contextualizar que era um estilo de música brasileiro. Foi com isso que o livro perdeu a primeira estrelinha dele. Outra se perdeu pela rapidez com que tudo acontece e a falta de lógica cronológica que eu senti enquanto estava lendo. Em menos de 48h a menina foi atropelada pelo amor platônico da vida dela, foi para o camarim da banda, foi contratada, esqueceu que ela tinha uma vida na cidade dela (amigos e famílias só são lembrados quase que no final da história, mas nunca nem passaram na cabeça dela no começo), mudou de estado, começou a morar com alguém que ela não conhecia e virou sub-celebridade. A vida dela é anulada e só existe o amor, galera, isso não é saudável. Além disso, não conseguia entender muito bem o tempo passado. Tipo, uma hora eles acabaram de se conhecer e na outra preciso perceber pelos detalhes da cena que pode já ter passado um mês na história.

Mas até aí estava tudo relativamente bem e eu já tinha decidido que o livro ficaria com três estrelas. E aí tudo mudou e eu não tive como manter isso, afinal, uma coisa muito grave (ao meu ver) me fez tirar a terceira estrelinha da história. Gordofobia. Gordofobia em um dos seus estilos mais perigosos, em minha opinião. O estilo que tenta deixar tudo leve e engraçado, mas que não conseguiu me fazer rir, muito pelo contrário, me irritou. A partir da metade do livro a cada duas páginas, sem exageros, a personagem comentava sobre como estava ficando gorda, sobre como ela não podia ser vista de biquíni, sobre como para usar um simples vestido ela precisaria usar não-sei-quantas cintas. E pior, sobre como ela ficou feliz ao ser paquerada, porque isso indicava, na cabeça dela, que ela não estava tão fora de forma assim. Tudo isso para a cereja no topo do bolo, onde ela convidada para um evento mega famoso que só modelos muito magras fazem parte. Em resumo, um pequeno show de horrores para quem é gorda, como eu, ler. Me dou muito bem com meu corpo hoje, mas imagino a Izabela de uns anos atrás lendo isso e ficando mal. Imagino muitas outras meninas lendo por aí e ficando mal.

E com isso, terminamos essa resenha por aqui. Me sentindo um pouco monstro por não ter curtido o livro que tinha tudo para ser um favorito. Para quem curte rockstars, indico a série Stage Dive, que mesmo com alguns problemas, é bem gostosinha de ler.

Conto de Fadas Rock'n Roll - O Vocalista
Autora: L.C. Almeida
Editora: Kindle
Páginas: 234
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sábado, 15 de junho de 2019

Na Estante: A Garota do Calendário - Outubro


Olha eu aqui de novo para falar sobre essa série que é uma montanha-russa de amor, confusão e emoções. Estamos quase no final, na verdade, eu já li tudo durante minha maratona de 24h, mas ainda estamos aqui "batalhando" com as resenhas e, ok, deu para entender. Digo que é uma batalha não por ser chato resenhar, mas por cada dia eu ter menos tempo para fazer isso. Agora vamos falar menos sobre meus dramas e mais sobre os dramas da personagem principal, não é mesmo? Sim. O livro em questão é o décimo da série e isso já deixa meio claro que é uma boa você tomar cuidado com spoilers, caso ainda não tenha lido, é óbvio. O livro ficou com três estrelas e eu achei que foi o ponto mais baixo da série, como um todo. Ficou meio enrolado, sabe? O que é meio que esperado numa série tão grande, mas ao mesmo tempo não é legal (por vários motivos).

Mia está tentando se adaptar as novas partes de sua vida, o que inclui um relacionamento sério com o seu grande amor, mas nem tudo é tão simples como parece, afinal, nada é simples na vida dela. Wes passou por um momento muito traumático e aos poucos ele está tentando entender o que é ou não realidade e como ele pode fazer para voltar com o ritmo que tinha antes. Isso tudo vai acontecendo enquanto Mia tenta entender que rumo a vida dela deve seguir agora que já conseguiu pagar as dividas do pai e que está com tudo relativamente organizado a sua volta. 

"A história não era minha para que eu contasse." - Página 61

Ok, vocês já sabem, quando é resenha de meio de série (nesse caso, final) não tenho como escrever muita coisa. O que me fez dar três estrelas para esse livro foi o fato de que ele é meio inútil. Claro, é uma leitura ok e cumpre o papel do mês, mas tem muita coisa não necessária acontecendo ao mesmo tempo. Sem esquecer que a relação de Wes com a Mia, que sempre achei fantástica, ficou bem cagada durante o mês em questão. Forçada, problemática e mais algumas outras palavras que não consigo pensar (de forma leve, pelo menos) agora. Vale a pena? Sim e não. Sim por fazer parte da série e por ser preciso ler para dar continuidade, mas ao mesmo tempo não, porque deixou a qualidade da história lá em baixo. Ou seja, nem eu sei muito bem do que estou falando, rs.

A Garota do Calendário - Outubro
Autora: Audrey Carlan
Editora: Verus
Páginas: 144
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quarta-feira, 24 de abril de 2019

Na Estante: A Garota do Calendário - Setembro


Li esse livro já deve ter uns dois meses, mas só hoje tive "tempo" (bem entre aspas mesmo, porque foi bem corrido e não podemos chamar isso de tempo de verdade, rs) de sentar e escrever a resenha para vocês. O livro é o nono de um série de doze e todos os outros até então já foram resenhados e você pode vir aqui para conferir. Considerando isso, se ainda não leu a série pode achar que essa resenha aqui está cheia de spoilers, então cuidado! Vamos por partes, como sempre. O livro ficou com três estrelas e isso segue provando minha teoria de que a série é uma grande montanha-russa de qualidade, rs. Quando eu resenhar o último, comento isso melhor. Como o livro é pequeno, a resenha acaba ficando também, afinal, se eu escrever demais sobre acaba a graça.

Mia já teve vários clientes de todos os tipos e já passou por várias coisas que nunca nem sequer imaginou. Agora, que o final de sua jornada está próximo, as coisas começaram a ficar um pouco mais complicadas para o lado dela. Com isso, ela acaba precisando cancelar o seu cliente do mês de setembro para resolver problemas familiares. Além disso, coisas estranhas aconteceram com o grande amor da sua vida e, para completar o pacote, sua melhor amiga está em apuros por algo que Mia fez. Muitas coisas aconteceram ao mesmo tempo e ela precisou voltar para Las Vegas correndo para controlar, ou pelo menos tentar, tudo isso.

"Por enquanto estava em um momento muito complicado 
para enxergar a luz no fim do túnel" - Página 62

Achei que esse livro foi uma grande bagunça. De forma geral, estou adorando a série, mas esse livro ficou meio exagerado. Era muita coisa (muito doida) acontecendo e tudo ao mesmo tempo, sabe? E aí já tinha coisa que, talvez por não ter sido tão bem escrito ou por estar corrido, ficava complicado de acreditar. Em resumo, o livro segue bem os moldes dos outros todos da série, mas perde um pouco em qualidade se compararmos. Agora estamos quase no final da série! Uhul!

A Garota do Calendário - Setembro
Autora: Audrey Carlan
Editora: Verus
Páginas: 144
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sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Na Estante: O Último Adeus


Finalmente a resenha do último livro que li na maratona de vinte quatro horas que fiz no feriado de setembro. Demorou, mas saiu e é isso que importa, rs. Vocês não imaginam a minha alegria (real/oficial) de escrever essa resenha. Estamos falando do penúltimo livro da série Rosemary Beach e isso é uma grande vitória. Acho que quando terminar vou sentar num cantinho e chorar (por um misto de sentimentos, hehe). Como a mior parte da série, o livro ficou com quatro estrelas, mas vale comentar que a escrita da Abbi melhorou de forma visível. Tanto quando o assunto é a forma de escrever a história, tanto quando o assunto é machismo. Percebi uma mudança radical nesse último detalhe, e isso me deixou bem feliz como leitora fiel da série. Enfim, como já falei ali em cima, é uma série e está quase no final, então pode ser que você considere alguma coisa aqui como spoiler, por isso, evite ler (mas quem sou eu parar dar regras, né?). Ah! Também é um livro para maiores, hehe. Como sempre, vou contar um pouco do livro e, depois conto mais da minha opinião sobre ele e os personagens principais da vez.

Quando River voltou para Rosemary ele não podia imaginar que todo o seu passado estaria lá esperando por ele de uma forma completamente doida. Ele só estava ali para ajudar na montagem de um restaurante luxuoso, mas uma das funcionarias estava mexendo demais com ele. Rose tinha uma risada conhecida, um som que ele queria esquecer, ou melhor, que ele podia jurar que tinha esquecido. Tudo nela o lembrava de alguém muito especial que tinha feito parte de sua vida, mas não fazia sentido ser ela. Enquanto ele tenta desvendar todo o mistério que envolve Rose, ele ainda precisa lidar com muitas das besteiras que fez na vida e precisa fazer isso rápido, para conseguir seguir com sua vida sem ser assombrado pelos fantasmas de seu passado.

"Essa noite poderá ser a mais longa da minha vida, 
mas não conseguiria me imaginar querendo estar 
em outro lugar que não fosse aqui." - Página 148

Rose tinha muitos segredos. Uma mãe solo, que parecia ser mais alguém na multidão, que estava trabalhando dura com o que podia e além para criar bem sua filha, mas que tinha algo no seu passado que a tinha marcado para sempre. River, que era mais conhecido como Capitão, também estava mexendo demais com ela, mas ela sabia o motivo, por mais que estivesse com os dois pés atrás na história. Ela sabia o motivo de estar ali e de tudo parecer tão familiar para ele. Mas tudo era complicado demais, triste demais. Ela não sabia nem por onde começar, mas só de estar ali já era um grande primeiro passo.

Palmas para Abbi que está deixando o machismo de lado, aleluia! Esse livro é o primeiro que leio da autora que não me fez fazer (muitas) caretas para as frases dos personagens principais (homens). Inclusive, algumas das coisas que ela normalmente escreve foram até mesmo zoadas na história e, com isso, ela ganhou muitos pontinhos comigo. Sobre os personagens, Capitão já tinha aparecido em outros livros e, com isso, eu já o conhecia e sabia o que esperar e, na real, estava bem animada para a história dele. Rose foi uma surpresa agradável e é o tipo de personagem que te faz torcer sabe? Você quer que tudo fique bem logo e se apega ao que está acontecendo. De forma geral, é um bom livro e, se você está lendo a série, vale a pena continuar e chegar nele. Se está com dúvida se lê ou não, se joga! Agora estou doida para ler o último e, como falei, vai ser uma avalanche de emoções quando eu acabar tudo (afinal, tem anos que estou nessa, sem exageros).

O Último Adeus
Autora: Abbi Glines
Editora: Arqueiro
Páginas: 224
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