quinta-feira, 9 de novembro de 2017

Números


Números são só números. A idade que você tem é só um número. O seu peso, sua altura, seus amigos, suas horas e seus seguidores em uma rede, todos são apenas números. O que importa é como lidamos com cada uma dessas coisas. Você pode ter quantos anos for e ainda acreditar na magia dos sonhos, na verdade das pessoas e que o mundo pode ser um lugar bom. Você pode sonhar com o impossível e lutar para transformá-lo em possível. Você pode brincar, cantar e dançar quando dá na telha, afinal, felicidade e vontade não tem idade. Você pode dar ouvidos para o que todo mundo fala sobre seu peso, assim como escolher dar ouvidos para o que seu coração fala. A única opinião que importa, além da sua, é a médica. Sim, corpo é saúde, mas é também seu templo. É sua vida e é o que você quer ser. Aprender a se amar é melhor e maior que qualquer número que uma balança ou fita métrica consegue mostrar. Você pode ficar triste porque uma roupa não serviu, mas também pode escolher ficar feliz porque você gosta de quem é. São escolhas que a gente faz, e isso está saindo de uma pessoa que já saiu de lojas chorando depois de experimentar várias roupas e nenhuma servir. Uma pessoa que tem calças jeans de quatro números diferentes e que nunca sabe que número usa de verdade. Uma pessoa que levou mais da metade da vida odiando o espelho e hoje carrega mil por aí. Você pode ter todos amigos do mundo, assim como pode ter só um também. O que importa não é se conseguimos contar nas mãos ou não, mas sim que podemos confiar nos que temos. Quando sabemos que ligação não tem horário, emergências acontecem e viramos até psicólogos. Quando esperamos e contamos os dias para um final de semana, mesmo sabendo que a programação vai ser pipoca de micro-ondas e netflix. Seguidores são só números, números assustadoramente reais, mas números. Você pode ter um milhão e não ser feliz de verdade, assim como pode ter um milhão e aproveitar cada segundo. Você pode ter dois e ficar triste por querer mais, assim como pode ser feliz por esses dois estarem te acompanhando e apoiando. Números são números e escolhas são escolhas.

Para uma pessoa de humanos, números são um pesadelo, rs. Então qual o motivo de toda essa filosofia? Simples, felicidade com números mesmo não indo com a cara deles. Oi? Sim, eu sou louca e vocês sabem bem que não é de hoje. Números são realmente só números, mas algumas vezes eles nos mostram que algo valeu a pena. É saber fazer escolhas e entender os resultados. Menina, você tá filosofando demais e quase falando grego. Tô.

No começo do ano eu estava num caminho de desanimar com o blog, com o canal, com a escrita e com várias coisas. Não é fácil trabalhar, ler, escrever e ainda ser adulta com responsabilidades. E aí entra a escolha. Eu escolhi cada um dos números da minha vida. As aulas que tenho, os livros que eu leio e escrevo e as responsabilidades que tenho. Entendendo isso, foquei nos resultados que queria. Eu amo o blog. Eu amo ler. Eu amo escrever. E, mais que tudo, eu amo quem eu sou. Com isso tudo em mente, me organizei ao máximo dentro da minha desorganização para fazer tudo que queria. Não tem segredo nem magia, tem vontade aqui. Leio livros, dou aulas, escrevo histórias, faço peças de teatro e gravo vídeos com um sorriso maior que meu rosto. O resultado de tudo? Mais números.

Nunca tinha ligado para o número de inscritos do canal. Claro, sempre comemorei as vitórias e o crescimento, mas os comentários e carinho que recebo valem mais que qualquer coisa. E aí, pela primeira vez desde que resolvi dar esse tchan na vida, resolvi checar números. Não entendi mais da metade deles, afinal, sigo sendo de humanas. Porém, os que entendi fizeram esse texto aparecer. Texto que, como sempre, começou como um pequeno post na página do blog e, quando vi, já estava grande demais e virou post do blog mesmo. Nesse último mês, em que eu voltei com tudo e nem cabe a felicidade em mim, o canal do blog conseguiu juntar mais de cem inscritos novos. São só números, mas eles me lembraram que vale a pena. Números que para alguns são nada e para outros são tudo. Números. E para o que serve esse texto? Como sempre, não sei. Mas eu precisava escrever e é para isso que temos o blog, não é mesmo? Obrigada. ♥

terça-feira, 7 de novembro de 2017

Na Estante: À Sua Espera


Olha quem voltou para Rosemary Beach? Euzinha! Para quem está mais perdido que sei lá o quê, estamos falando de uma série de livros da autora Abbi Glines. Já expliquei ela uma vez lá no canal do blog, mas vamos por partes. São livros totalmente ligados, mas que fazem sentido fora de ordem, o único problema é que você acaba lendo muitos spoilers das outras histórias que já 'passaram' se ler aleatoriamente. Em resumo, é isso. Na verdade, eu tenho certeza que pulei um livro (sem querer) ao ler esse agora, porque levei um spoiler bem na cara, mas acontece (ok, eu revi meu vídeo sobre a série e sim, pulei um hehe ou seja, a pessoa que fez o vídeo com a ordem, errou a ordem, parabéns). Quem nunca? Para quem quiser ler as outras resenhas da série é só clicar aqui. Ok, agora vamos focar nesse aqui. O livro ficou com quatro estrelas e eu meio que já esperava isso. A escrita da Abbi é uma delícia e, vamos falar a verdade, é bizarro como que ela conseguiu criar tantas histórias (relativamente) diferentes para uma única série, mas o fato é que todos os mocinhos têm sério problemas e, infelizmente, nesse livro isso não foi diferente. Eu estava lá, devorando o livro (que li numa noite), sendo feliz e adorando quando tchan! O mocinho em questão ia lá e soltava uma pérola machista que me fazia até querer largar o livro. Não vou negar, as pérolas foram bem menores se compararmos com outros livros da autora e vi isso como uma leve vantagem, mas ao mesmo tempo isso era irritante. Vou explicar melhor, calma. Primeiro, como sempre, vou contar um pouco mais da história. Lembrando que, se ainda não leu outros livros da série, pode considerar uma coisa ou outra nessa resenha como spoiler. Aviso dado.

Mase nunca quis a vida de uma estrela do rock, por mais que seu pai fosse um dos maiores astros do mundo. Ele recebia a parte que tinha direito do dinheiro, mas não usava nada em exageros, tinha um rancho no Texas e vivia perto da mãe e do Padrasto como se nada fosse diferente, afinal, para ele não era mesmo. Gastava no máximo com cavalos e coisas do tipo, nada além. Ele era muito parecido com sua irmã Harlow, na simplicidade, mas muito diferente de sua outra irmã, Nan, por exemplo. Que vivia de viagens e exageros. E foi numa visita a Halow, que ele acaba tendo que ficar na casa de Nan. Por sorte ela não estava lá, estava ocupada em Paris, mas a moça que cuidava da casa estava. Reese sempre teve muito dificuldade para tudo. Ela se achava burra e todos a sua volta confirmavam isso. Em sua escola, quando era mais nova, os professores não identificaram o transtorno de aprendizagem e simplesmente a rotularam de burra, ela acreditou. A mãe a via como um fardo, enquanto que o padrasto a via como um objeto. Nada era fácil em sua vida, mas depois de viver um verdadeiro caos, ela conseguiu sair de casa para tentar viver sua própria vida. É assim que ela acaba em Rosemary Beach e, com a ajuda de um amigo, acaba trabalhando fazendo faxina nas casas ricas da cidade, incluindo a casa de Nan.

"Aquele momento mudou tudo." - Página 11

Enquanto ela limpava uma das grandiosas salas da casa, acabou se envolvendo em um acidente com um espelho e, por sorte, Mase estava por perto para ajudá-la. Ele acabou logo interessado nela, afinal, ela não estava nem aí para quem a família dele era, na verdade, ela nem imaginava. Reese, por outro lado, tinha medo de tudo aquilo. Ela já tinha tido muitos traumas na vida para saber que confiar em um cara pode ser muito complicado. Mas ele parecia tão doce, cuidadoso e tinha aquele sotaque e jeito de cowboy para completar o pacote. Os dois acabam se distanciando quando ele volta para casa, mas ao mesmo tempo seguem ligados. Mase havia sido a primeira pessoa a notar e se preocupar com a dificuldade de escrita e leitura de Reese e, com o dinheiro de sobra que tinha e não usava, resolveu a ajudaria e provaria que de burra ela não tinha nada. Os dois acabam conversando todo dia pelo telefone e, com isso, a atração que já estava começando fica ainda mais forte. Mas ela tem um passado tenebroso e ele tem uma família relativamente problemática (oi, Nan). Eles precisariam trabalhar dura para isso dar certo.

"Mase acreditava em mim." - Página 53

A história é boa, mas os trechos machistas me tiravam do sério. Reese tem um quê de personagem forte e independente, ainda mais depois de tudo que ela passou, mas Mase tinha sempre que dar uma de cowboy machão. O que era irritante e até batia de frente com a personalidade dele. No final, não é nada tão berrante como em alguns outros livros, mas ainda assim é algo existente. Reese me surpreendeu muito. Ela podia ser um nada, mas resolveu ser alguém e lutar pela felicidade dela. Mesmo ouvindo de todo mundo que era burra, resolveu aprender e provar que apenas tinha uma dificuldade de aprendizagem. Por mais que ela caia em algumas das coisas bestas que o Mase fala, ela se supera muito durante a história. Mase, ah, Mase. Você tinha tudo para ser um personagem fantástico, aí você sentiu a necessidade de achar que é dono de alguém, argh.

O livro termina no maior estilo Rosemary Beach: Algo bizarro acontece e isso te obriga a ler o próximo, o que me lembra, preciso comprar o próximo logo, rs. Em resumo, é um livro bem Abbi Glines. Segue os moldes dos outros livros da série, por mais que seja de um lado bem diferente da história. O que me lembra, eu sigo odiando a Nan, na verdade eu acho que a odeio ainda mais agora. Em uma parte do livro, eu até chorei de raiva dela, me deu um nervoso que eu queria entrar no livro e acabar com ela (e olha que não sou agressiva). Enfim, o livro cumpriu o que prometia. Quem gosta de new adults de raiz vai amar sem sombra de dúvidas. O que me lembra de avisar que temos palavrões e canas para maiores (de dezesseis em tese).

À Sua Espera
Autora: Abbi Glines
Editora: Arqueiro
Páginas: 230
Skoob do Livro.
Meu Skoob.

sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Na Estante: Sorrisos Quebrados


Eu já tinha ouvindo falar desse livro, mas não sabia nada sobre sua história. No final das contas, isso foi bom. Tem hora (a maior parte do tempo, na verdade) que o melhor é ler num livro sem saber nada e sem esperar nada. Eu ganhei esse de presente de uma amiga que tem gostos muito parecidos com os meus. Na dedicatória, ela pediu que eu não lesse a sinopse e que eu me preparasse para chorar. Não chorei durante a leitura, mas não por não ter coração ou algo do gênero, muito pelo contrário. Sou o tipo de pessoa que chora vendo comercial de margarina na TV. Ué, então o que aconteceu? Simples. O choque foi maior que as lágrimas, assim como a revolta e a vontade de gritar ao ler algumas das cenas. Com esse livro, a revolta foi bem maior que a tristeza e isso vai fazer sentido em breve. O livro ficou com cinco estrelas, mas não é devorável. Ele é uma leitura bem difícil, tanto que li em duas partes, assim dizendo. Li metade de uma vez só e aí ficou difícil de ler, não por ser ruim, pelo contrário, por ser bem escrito demais e muito real. Só depois consegui ler o resto. Ok, vamos por partes. Vou contar um pouco mais da história e depois conto melhor o que achei dela.

Paola passou por um verdadeiro inferno na Terra. Seu marido, Roberto, parecia o cara ideal. Na verdade, todos a sua volta tinham certeza que eles tinham o casamento mais perfeito do universo, o problema era que não era bem assim. O ciúme exagerado dele junto com uma personalidade conturbada fez com que ele se achasse no direito de ser o dono de sua esposa e, com isso, a castigava por coisas que só aconteciam em sua mente. Castigos que deixaram marcas permanentes do corpo e na alma de Paola. Foi uma missão quase impossível se livrar dessa vida, mas ela conseguiu. Agora sua vida se resumia em tentar esquecer os pesadelos que tinha vivido e seguir com a vida em uma clínica. Ela não se comunicava muito com outras pessoas e tinha medo de que algo de ruim pudesse acontecer de novo em sua vida. Ela havia se fechado em um mundo de pinturas e cores com medo de deixar alguém entrar. Isso até o dia em que uma menina ligada na tomada chegou em sua vida. 

"Para minha filha, você é a única amiga que ela tem."
Página 77

Ela também frequentava a clínica e ficou completamente doida ao conhecer Paola. Ela queria pintar como ela e não tinha medo das marcas do passado que encontrava em seu rosto. Para a criança, Paola era tipo a Fera, do conto clássico. O que ela não imaginava, era que estava criando uma abertura no escudo que Paola havia criado. Enquanto que Paola nem sonhava que a vida da menininha tinhas cicatrizes profundas, talvez tão profundas quanto as que carregava por dentro. Sol tinha traumas da infância e, por conta disso, se afastava de tudo que era novo. Mesmo sendo muito pequena, não tinha amigos e só ia para a clínica com o pai e os avós. Isso até encontrar a moça que pintava tão bem por lá. Ela precisava ser sua melhor amiga. Ela conseguiu. André, seu pai, não entendia como aquela moça havia conseguido se aproximar de sua filha, mas sabia que aquilo era um avanço sem medidas em seu tratamento e a alegria não cabia nele, por mais que tivesse medo de algo tão incerto. Ele sabia que Paola tinha segredos e marcas profundas demais, mas não podia julgá-la, ele mesmo tinha os pesadelos dele e da filha para lidar. O amor pela criança acaba juntando os dois que ficam completamente perdidos em algo tão novo. Os dois têm medo do que tudo aquilo poderia significar e, muitas vezes, a dor acaba vencendo a vontade. 

"Será que estamos irremediavelmente quebrados?" - Página 98

O livro é de uma carga emocional absurda. Logo nas primeiras páginas já entramos na cabeça de Paola e queremos sair correndo de lá, afinal, não é um lugar seguro. Ao mesmo tempo, não queremos abandona-la, não podemos deixa-la vivendo aquilo tudo sem ajuda. É revoltante. É nojento. É algo que não sei colocar em palavras. É um absurdo pelo simples fato de ser real. Milhares de mulheres sofrem isso diariamente e ler sabendo disso não me fez chorar, me fez querer gritar... de dor, de raiva de tudo e mais um pouco. Paola é mais uma para os números. Mais uma que teve que ouvir que talvez tivesse feito algo para merecer aquele inferno. Ela não fez. Ninguém faz.

André e Sol são a luz no final do túnel. Eles tiveram seus próprios pesadelos e, para a idade de Sol, ela já viveu sufocos de uma vida inteira, mas ainda sim eles se aproximam de Paola. Sol é, como descrita no livro, um raio de luz. Uma menina doce que ama estar perto de quem confia e fala mais que a boca sempre que pode, de um jeito muito único e especial. André não sofreu tanto quanto as duas, mas está tão quebrado quanto, afinal, viu sua filhinha sofrer. Ele não confia nas mulheres tanto quanto Paola não confia mais nos homens. Mas sol está ali no meio disso tudo.

Esse livro é completamente pesado emocionalmente. Sério. Se você já passou por momentos assim em sua vida em primeiro lugar, sinto muitíssimo mesmo, e em segundo, esse livro pode ativar muitas coisas (gatilhos) em sua cabeça. É legal avisar. Não é uma leitura fácil, mas ao mesmo tempo tem um tom de esperança. Um livro que conta uma história de recomeços e de fé na vida. É tanta coisa que é até complicado de explicar. Achei alguns dos personagens secundários levemente desnecessários e um até forçado (não vou dar spoiler, mas quem já leu e quiser saber quem é só me perguntar). No final das contas, não é um livro fácil, mas é um livro real. Indico para quem está precisando de uma dose de esperança e uma luz no final do túnel (com os devidos cuidados, claro). 

Sorrisos Quebrados
Autora: Sofia Silva
Editora: Valentina
Páginas: 232
Skoob do livro.
Meu Skoob.

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Na Estante: Deep (Stage Dive #4)


E eu finalmente cheguei ao final da série Stage Dive, um caminho que começou lá em 2015. Não posso negar que me apeguei aos personagens e estava bem ansiosa para saber como isso tudo terminaria. Realmente, os dois últimos livros deram uma caída se compararmos com os dois primeiros, mas de forma geral, é uma série bem gostosa de ler. Na verdade, eu ainda não sei explicar o efeito que a escrita da autora tem em mim, sério. Eu comecei a ler esse livro depois de terminar o Menina Veneno, da Carina Rissi, e, na minha cabeça eu leria só algumas páginas e logo iria dormir. Rá. Quando dei por mim já tinha passado na página oitenta e nem sabia como. Continuei lendo e puft, acabei o livro. Peguei o celular, crente que era no máximo duas da manhã... três e meia. Se considerarmos o horário de verão, estava quase certa, rs. Sério, os livros da série são devoráveis e esse não foge dessa regra. O livro ganhou quatro estrelas e foi um ótimo final para a série, mas calma, vou explicar tudo nos detalhes. 

Lizzy tinha toda a sua vida planejada e arrumada, estava cursando psicologia e estava bem longe de problemas. O que ela não esperava é que duas linhas poderiam mudar todo o rumo dos seus planos. Duas linhas. Positivo. Como? Não era possível que aquilo fosse real, ela tomava tanto cuidado com tudo e nem estava com ninguém desde Ben. Ben. O baixista mimado da Stage Dive, banda que estava presente em sua vida por conta de sua irmã, Anne, que era casada com o baterista, Mal. Ela já tinha sido completamente apaixonada por Ben, mas tudo tinha ficado para trás desde aquela noite em Vegas. Era isso. Vegas era culpada, ou melhor, ela e Ben eram culpados em Vegas. Isso colocaria a vida dos dois de cabeça para baixo e ainda deixaria a banda um caos, uma vez que o baixista havia prometido para mal que não daria em cima de sua cunhada. Como tanta coisa aconteceu em tão pouco tempo e como que tudo se resumia a duas linhas em um teste de gravidez?

"Nenhum de nós planejou isso. Mas você tem que parar de querer
concorrer ao prêmio de idiota do ano e dar um jeito
nessa sua cabeça antes que seja tarde demais." - Página 162

Eles estavam ligadas e isso não podia ser desfeito. A banda estava para sair em turnê e a única solução que todos acharam foi colocar Lizzy no avião com todos eles sob os cuidados médicos mais caros e possíveis do mundo. Ah se esse fosse todo o problema. Ela não tinha o esquecido, não de verdade, e agora tinha algo crescendo dentro dela para lembrá-la o tempo todo que eles já tinham tido a chance de tentar, mas não tinha dado certo. Será que uma segunda chance daria jeito? Mas como, se Ben evitava tudo que era ligado a relacionamentos sérios e compromissos de forma geral. Todos tinham muita coisa para resolver.

"- O que é isso? Você sabe o que a gente está fazendo?
- O que eu não deveria estar fazendo."
Página 104

Ben é meio bobinho. Ele não chega a ser babaca como o Jimmy, cantor e personagem principal do terceiro livro, mas também não é nenhum bad-boy apaixonante como Mal, baterista e personagem principal do segundo livro. Ele é mais como David, o guitarrista dono da história no primeiro livro. Dito isso, não me apeguei demais a ele. Ele é infantil em suas escolhas e ações, por mais que já seja um pouco mais velho. Em alguns momentos acerta muito e em outros erra feio, ou seja, é um personagem bem humano. Lizzy segue o mesmo caminho, boba de tudo no começo do livro, mas por uma obra divina vai ganhando uma força bem legal durante o livro. Ela muda bastante e é de um jeito bom, ela começa a se dar mais valor e a entender que não precisa de alguém, quem dera todas as personagens de new adult percebessem isso.

O livro não é perfeito, mas faz seu papel. Conhecemos bem a história dos personagens principais e ainda vemos como todo o resto da banda está no meio disso, como sempre, a maior parte dos post-its foram para frases do Mal, rs. O livro ficou com quatro estrelas porque, por mais devorável e gostoso que seja de ler, ele ainda tem muitas falhas quando o assunto é o relacionamento dos personagens principais. A relação deles foi quase pro mesmo caminho da do terceiro livro e isso deu uma leve preguiça, mas nada grave. Em resumo, a série toda é baseada em relacionamentos forçados (nossa, falando assim fica até feio). Vou explicar, os personagens principais sempre se viam forçados de alguma forma a se aguentarem, romanticamente ou não, mas acabando em romance. Em alguns livros isso funcionou, em outros nem tanto, mas de forma geral é uma série obrigatória para quem ama tretas hollywoodianas, new adults de raiz e muito drama com bandas de rock, rs.

Deep (Stage Dive #4)
Autora: Kylie Scott
Páginas: 319
Editora: Universo dos Livros
Skoob do Livro.
Meu Skoob.

sábado, 21 de outubro de 2017

Na Estante: Menina Veneno


Eu acho que estava esperando um pouco demais e, por conta disso, quebrei um pouco minha cara. Não é segredo aqui no blog que sou apaixonada por tudo que a Carina escreve, mas esse livro fugiu um pouco do comum. Não me apeguei a personagem principal, fiquei com preguiça de ler em alguns momentos e fiquei sem entender como que isso podia estar acontecendo. O livro em questão começou como um conto que fazia parte de um livro que adaptava histórias clássicas de contos de fadas, mas pelos olhos dos vilões. Aqui vamos falar da história da Branca de Neve, pelos olhos da Madrasta. Eu ainda não tinha lido o conto, mas pelo que li por aí, o livro e o conto são exatamente a mesma coisa, no máximo uma cena ou outra a mais. Em resumo, quem já leu o conto, já leu o livro. Vamos por partes, afinal, acho que estou sem palavras e, pela primeira vez com essa autora, não sei se isso é tão bom assim. O livro ficou com quatro estrelas (vou explicar!) e, quando perdi a preguiça de ler, li enquanto via o final da novela das nove (hehe).

Malvina Neves é a maior modelo do mundo. Ela está em todas as revistas, comerciais e propagandas imagináveis. Todos sonham estar por perto dela ou, até mesmo, ser ela. Ou melhor, existia uma pessoa que achava tudo em volta de Malvina muito normal e até sem graça, sua enteada Bianca. Uma menina que estava entrando aos poucos no mundo da moda e roubando um pouco do brilho de sua madrasta, mesmo que sem querer. O que Malvina nem sequer sonhava era que a irritantemente doce Bianca seria o mais novo rosto do perfume Menina Veneno, emprego que sempre tinha sido dela. Aos poucos ela ia conquistando o público, as manchetes e tudo mais que, pelos olhos de Malvina, eram coisas dela e de ninguém mais.

"Eu estava no topo de novo. O mundo era meu!" - Página 104

Ela precisava dar um jeito. Ela não era só um rostinho bonito, conhecia muito sobre cosméticos e produtos químicos que, se misturados direitinho, serviriam para qualquer coisa, até mesmo tirar uma pessoa de cena. Ela não machucaria ninguém, apenas mudaria o destino de algumas das coisas em sua vida e na vida de sua enteada. Ela só precisava da ajuda de seu fiel amigo e motorista e de sua melhor amiga e empresária. Malvina tiraria Bianca de cena, nem que isso custasse sua carreira (e dignidade).

Eu tentei gostar da Malvina, eu juro que tentei, mas vilã de conto de fadas não me desce (haha). Entendo que ela não deixaria de ser malvada, afinal, é apenas uma releitura do conto, mas meu Deus, que personagem irritantemente metida. Mais uma vez, sei que essa é a personagem, que faz sentindo e tudo mais, mas você não consegue entendê-la, nem torcer por ela e, para falar a verdade, nem por ninguém ali. A ideia era mostrar o lado da Malvada, mas continue torcendo pela mocinha, rs. Se você está se perguntando aí como que então o livro ganhou quatro estrelas, calma. O fato é que, por mais que seja isso tudo, o bichinho é muito bem escrito. Carina não deixou de ser Carina. Mesmo não indo com a cara dos personagens, eu devorei a história porque ela, no fundo, ela realmente muito interessante e bem bolada. Afinal, podemos ver todos os detalhes do clássico nas entrelinhas e isso é bem legal. Mas acho que teria curtido mais se fosse pelo ponto de vista da Bianca, teria mais torcida e até uma estrela a mais no final.

Menina Veneno
Autora: Carina Rissi
Páginas: 190
Editora: Galera Record
Skoob do Livro.
Meu Skoob.

terça-feira, 3 de outubro de 2017

Na Estante: Lead (Stage Dive #3)


Eu gastei um bom tempo pensando sobre o que eu tinha achado desse livro de verdade, eu realmente não tinha ideia do que falar sobre ele ou como explicar como tinha sido a leitura. Ele é o terceiro da série Stage Dive e eu não posso negar que estava com as expectativas lá no alto, mas acho que quebrei um pouco minha cara enquanto lia. O primeiro livro, Lick, me conquistou muito na época em que li e com segundo, Play, não foi diferente. O que aconteceu enquanto lia esse livro foi bem mais parecido com o que senti quando li Princesa de Papel, raiva do personagem principal. Vamos por partes, vou tentar me explicar direitinho. Eu li esse livro de uma vez só, ou seja, não posso negar que ele é devorável, mas, ao mesmo tempo, eu devorei grande parte da história não por estar amando tudo, mas sim por querer saber como a autora ia se virar com o que tinha feito, faz sentido? O livro recebeu quatro estrelas e, como sempre, vou contar tudo que achei.

Lena estava brigada com uma parte da sua família, principalmente sua irmã, e, por conta disso, estava tentando achar empregos que a levasse para bem longe de casa. É numa dessas tentativas de emprego que ela acaba caindo no meio de uma banda de rock muito famosa, a Stage Dive. Os caras da banda precisavam da ajuda dela para bancar a babá do vocalista, Jimmy, que estava se recuperando dos problemas que havia tido com drogas no passado. O emprego era bem simples, em tese. Ela precisava acompanhar a banda em eventos e precisava estar por perto do vocalista quando ele não estava com os amigos. Segundo os integrantes da banda, ela era perfeita para o emprego pois não não levava desaforo para casa e também não se rendia as bestereiras que o vocalista falava. De certa forma, os amigos de Jimmy também torciam para que Lena desse uma quebrada no coraçãpo de gelo de Jimmy, o que eles não imaginavam era que seria bem por aí mesmo, mas de um jeito catastrófico que podia destruir o coração dos dois no final.

"Porque eu gosto de você! E não grita comigo." - Página 100

Para Lena, adimitir que ela tinha se apaixonado por seu mais novo patrão era algo impossível. Só que é claro que ele percebe, afinal, os dois passavam quase vinte e quatro horas juntos. Jimmy também estava sentindo o mesmo, mas com medo de fazer besteira, resolveu atacar os sentimentos de Lena e afastá-la de qualquer coisa ligada ao amor. Ele tentou arranjar encontros para ela com alguns funcionários e amigos da banda, em todos os casos ele terminou a noite com ciúmes e raiva dele mesmo, tentou se afastar, mas se arrepende no segundo seguinte e tentou, até mesmo, lembrá-la de todos os defeitos que ele tinha, que não são poucos. Mas nós não podemos mandar no coração e os dois logo começam a perceber isso da pior maneira possível, se apaixonando ainda mais justo quando todo o estrago já havia sido feito.

"Também não sei se eles ficarem juntos 
seria uma boa ideia." - Página 127

O livro ganhou quatro estrelas por dois motivos básicos, um é que é muito bem escrito (tanto que eu devorei a história) e o outro é que ele conta com os personagens dos outros dois livros da série que vieram antes desse. Sério, mais da metade dos post-its que usei nesse livro não foram com os personagens principais, mais sim com um secundário que eu já conhecia e amava, Mal, o protagonista do segundo livro. Agora vamos por partes, porque os protagonistas dessa história têm probleminhas e não são poucos. Jimmy é um senhor babaca. Sério, eu torci o livro inteiro para Lena se apaixonar em um dos encontros que teve ou simplesmente que ela sumisse do mapa e o deixasse para trás. Entendo que grande parte da personalidade de Jimmy tenha a ver com tudo que ele passou, e é contado na história, mas a outra parte é puro cara chato mesmo. Lena tinha me conquistado no começo da história, mas depois foi ficando bem difícil de defendê-la. Ela perdeu muito de sua personalidade quando se entregou ao desejo que estava sentido e isso foi meio irritante. Eu me animava de verdade, como comentei, quando os outros integrantes da banda apareciam e animavam o livro todo, rs.

Ainda vou ler o último livro da série, Deep, e em breve conto para vocês como foi. Tenho a esperança de que o último vai ser mais parecido com os dois primeiros do que com esse terceiro. De qualquer maneira, para quem gosta de New Adults de raiz (ou seja, cenas para maiores de dezesseis anos), esse é um livro que provavelmente vai entrar para seus favoritos. Ah! E se você gostou do livro Princesa de Papel, provavelmente vai amar esse, porque, como disse antes, os protagonistas são bem parecidos. O que me lembra que, por mais que faça parte de uma série, você consegue ler ele sem ter lido os outros dois, mas isso tiraria a graça da história caso um dia você resolva ler o resto. Em resumo, sigo sem ter muita certeza sobre a minha opinião sobre esse livro. Uma relação de amor e ódio, talvez.

Lead (Stage Dive #3)
Autora: Kylie Scott
Páginas: 351
Editora: Universo dos Livros
Skoob do Livro.
Meu Skoob.

domingo, 1 de outubro de 2017

Meu Momento Peter Pan


Eu entendo que cada pessoa tem uma opinião e um gosto. Entendo mesmo, afinal, resenho vários livros aqui no blog e sempre vejo opiniões diferentes das que tive. Mas o que percebi é que algumas pessoas tiveram uma mesma opinião sobre um conto meu que me deixou meio (muito) boba. Não fiquei chateada pelo que falaram do conto, mas por toda uma realidade que é a minha. Vamos por partes, porque já faz um bom tempo que quero falar sobre isso (tipo, alguns meses). Esse post começou como um post lá na página do facebook, mas quando vi que ele poderia ficar um pouco grande demais, resolvi passar aqui para o blog. Me lembrei também que vocês gostam quando escrevo o que estou pensando por aqui. Não é um texto mimimi (ainda mais porque odeio essa expressão que, na minha opinião, é usada apenas para tentar diminuir o que alguém pensa), é um texto do fundo do meu coração. Então, vamos começar pelo começo. O que falaram é que as meninas do conto, que estão na idade de começar a faculdade, são infantis demais e nunca que alguém daquela idade faria o que ela fazem e pensam. Não, eu não estou criando palavras, apenas resumi em uma frase o que ouvi e li em algumas resenhas e comentários por aí. O que me lembra, isso não é uma crítica aos comentários, é a minha explicação e espanto.

Tenho vinte e três anos e quando escrevi A Noite das Garotas, conto que gerou tais comentários, eu estava com vinte e um. Eu faria, já fiz e já pensei muitas das coisas que aparecem no conto. Na verdade, não só eu como muitas amigas minhas que viraram inspiração para as meninas da história. Ok, mas onde você quer chegar, Izabela? No fato de que não existe uma regra ou um padrão de ações e pensamentos por conta da idade. Envelhecer é obrigatório, deixar de ter uma alma de criança não. E isso vai bem além dos comentários que li sobre o conto (ainda mais porque, como disse antes, cada um tem todo o direito do mundo de ter sua opinião sobre uma história). Tenho alunos pequenos que me veem como uma deles, assim como já ouvi coisas parecidas (de que eu seria infantil) de pessoas que conheço e de pessoas que acham que me conhecem. Aparentemente, para algumas pessoas, é errado continuar sonhando, acreditando e brincando pela vida. Afe! Que tédio, sou mais meu eu (e das minhas meninas queridas Bru, Vi e Mari) criança.

E aí esses comentários se juntaram a uma outra coisa que tenho pensado e viraram uma grande bola de neve. Eu sou oficialmente adulta já tem algum tempo. Saí de casa com dezessete anos para a faculdade e me formei com vinte e dois. Desde então, pago meu aluguel, meu telefone, meu celular, minha luz e blá-blá-blá. Fiquei esperando por um bom tempo quando tudo faria sentido, ou melhor, quando tudo pareceria mais fácil e isso até agora não aconteceu. E aí entendi que ser adulto não é um padrão e que a maioria de nós nem sabe direito o que está fazendo, apenas segue fazendo. Eu trabalho com o que amo, não posso e nem vou reclamar, esse não é o problema. O problema é que muitos esperam que eu cresça, que eu deixe de ser uma Peter Pan e, nossa, não vou deixar não. Assim como minhas amigas, tanto que somos amigas, também não deixaram seu lado criança para trás. Ainda cantamos e muito no karaokê, ainda jogamos jogos de tabuleiro e de cartas (que não são baralho) e ainda fazemos muitas noites das garotas, mesmo eu tendo minha própria casa.

Onde eu queria chegar? Nem eu sei. Mas eu sei que não é um problema não ser o padrão da sua idade (seja no sentido que for). O que me lembra que odeio a palavra padrão, mas isso pode ser outro texto, rs. Então, queridos leitores que se incomodaram demais com as minhas meninas que ainda fazem noite do pijama e brincadeiras por aí, eu entendo que é a opinião de vocês, mas, por favor, não esperem que todos sejamos iguais. Eu, graças a Deus, aprendi a filtrar muito do que escuto e leio por aí, mas se eu tivesse lido um comentário desses quando eu tinha a idade das meninas no conto, provavelmente teria tipo uma crise existencial. Então, esse texto, além de uma resposta para vocês, é um abraço em quem aguenta o povo mandando a gente crescer. Sei (sabemos) de todas as minhas (nossas) responsabilidades. Nunca faltei trabalho ou cheguei atrasada, nunca deixei de pagar uma conta e também nunca deixei de ser a adulta que preciso ser, mas fiz isso tudo com minha alma de criança. Afe, espero que esse texto sirva para alguém, sei que ele serviu para mim, rs. ♥

Foto retirada do meu instagram, como prova de tudo que falei e para mostrar que gosto de segurar minha cabeça, vide foto aqui do blog e essa hehe.

sábado, 30 de setembro de 2017

Na Estante: Geekerela


Essa é uma leitura obrigatória para todas as pessoas que, em algum momento da vida, já foram fãs de verdade de alguma coisa. Dito isso, posso continuar minha resenha em paz. Eu não tinha ido muito com a cara desse livro de começo, como quase sempre, rs. Eu estava no shopping com a minha mãe e, quando entramos na livraria, ele estava lá, de boa. Dei uma olhada por cima, mas segui com a vida, afinal, estava caro e nem parecia assim tão legal. Sério, quantas mil histórias em forma de livros e filmes nós já vimos copiando a história clássica da Cinderela? Algumas funcionam muito bem, enquanto que outras conseguem falhar muito bem. Não quis arriscar. Logo vi minha mãe com ele nas mãos enquanto andava entre os livros e fui falar com ela. Guardei bem a frase, porque não esperava mesmo ouvi-la: "Faz tempo que você não compra um livro ou pede um, vou te dar esse de presente". Ok. Realmente, eu estava afastada da leitura desde que perdi as parcerias do blog, por mais que deteste admitir isso em voz alta (ou num post do blog, rs). Voltei com o livro para casa e ele ficou na minha mesa esperando. Não consegui colocá-lo na estante, eu queria ler, só não sabia quando. Até que, semana passada, comecei a leitura. De começo, foi devagar quase parando, mas não era culpa do livro, não mesmo, era culpa da minha vida de adulta sem tempo (bleh). Li um terço do livro entre intervalos de aulas e correções de tarefas. Tentei ler antes de dormir, mas o sono era mais forte que qualquer vontade. Até que, hoje, resolvi ser inútil e, cara, eu faço isso muito bem. Ignorei um pouco o mundo e minha obrigações como adulta (bleh) para ler e foi a melhor escolha que podia ter feito. Li o que faltava do livro, uns dois terços, de uma vez só e sem conseguir parar. Vocês me conhecem, vou contar melhor sobre o livro e tudo que achei sobre, mas antes posso contar que ele ganhou cinco lindas estrelas no skoob e um coração de favorito. Uma história cativante que toca fundo no coração de quem já participou de algum fã clube da vida e, principalmente, para quem é da época hard core das fanfics (oi!). Sério, esse livro tocou fundo no meu coração e me lembrou que é por livros assim que eu amo ler.

Elle cresceu em um mundo de fantasia criado pelo seu pai. Os dois era muito fãs de uma série de TV que tinha marcado toda uma geração, a Starfield. Eles se entendiam como ninguém e eram inseparáveis desde que a mãe dela havia falecido muito jovem. Tudo seguia perfeito na vida deles, pelo menos até ele arranjar uma namorada que ia contra tudo que os dois tanto acreditavam e, de brinde, a família ainda lucrou as irmãs gêmeas da namorada que logo virou madrasta (com ênfase no má). Depois de um trágico acidente de carro, Elle virou órfã de vez e viu todo o seu mundo mágico de fantasia sendo destruído. Sua madrasta fez questão de jogar tudo que lembra-se seus pais foram e tornavam sua vida um verdadeiro inferno. Elle cresceu sem amor, mas com uma lembrança muito forte que a fantasia e a magia de ser fã podia mudar muita coisa no mundo, ainda mais porque seu pai, enquanto ainda era vivo, havia criado junto com alguns amigos uma grande convenção de fãs que até hoje era uma das mais cheias e famosas. Não podia piorar, ou melhor, sempre pode. 

"(...) não sou uma princesa. E este é o universo impossível, 
onde nunca acontece nada de bom." - Página 136

Darien Freeman era o novo queridinho da América. Fazia prte de uma série de TV adolescente que arrancava suspiros gerais e arrastava fãs por onde passava. E, para completar o pacote de galã ele agora seria o personagem principal da adaptação cinematográfica de uma série muito famosa, Starfield. O problema? Ninguém acreditava que ele era bom para o papel. Nenhum dos fãs fies da série conseguia acreditar que aquele rostinho bonito conseguiria dar vida ao querido Carmindor. O que ninguém sonhava, era que Darien era fã da série, mais fã do que muitos que o criticavam, mas ele não podia contar isso. Afinal, segundo seu pai e também empresário, que se derreteria de amores por um geek. E é aí que, numa tentativa de ser um pouco normal e fugir de toda a atenção negativa que estava recebendo, tenta entrar em contato com quem organiza a maior convenção geek que ele conhecia. Só tinha um problema, o cara já tinha falecido e o celular dele agora estava com sua filha, Elle. Os dois começam a trocar mensagens, um sem saber direito quem é o outro, e acabam se ajudando muito também. Elle precisava de forças para conseguir fugir das garras de sua madrasta e Darien precisava de forças para acreditar que era capaz de dar vida ao seu personagem preferido. O resto vocês já sabem, uma carruagem de abobora vegana em forma de food truck e um horário fixo para chegar em casa. Ah! Não podemos esquecer do sapatinho de pó de estrelas, quer dizer, de cristal.

"Vou fazer o que o Carmindor deveria ter feito no 
último episódio de Starfield. 
Vou atrás da garota." - Páginas 338

Eu dei tantos gritos de alegria e empolgação enquanto lia esse livro que meus vizinhos, provavelmente, acabaram de confirmar a teoria do prédio de que eu sou louca. O livro é fantástico, não só por ter feito uma adaptação muito legal do clássico conto de fadas, mas por ter mil e uma citações de coisas do mundo geek. Até meu querido e amado musical Wicked foi citado nessa brincadeira, sente minha emoção. Sério, é divertido demais ver essa história tão conhecida em um mundo que parece tão real e próximo do que vivemos (como fãs). Sem esquecer que as adaptações foram geniais (tipo quando eu entendi quem eram os ratinhos amigos nessa história). Os personagens são divertidos e, de verdade, estou até com saudade deles.

Darien é um personagem muito fanfic de tretas hollywoodianas e eu amo isso com todas as forças. Eu me diverti com o jeito fofo que o personagem se desenvolve e torci muito por ele. Elle é divertida e trapalhada na medida certa para não virar um clichê desastroso. Não podemos esquecer da amiga doidinha da personagem principal, a Hera. Uma fada madrinha atual que foi aparecendo aos poucos na história mais, muitas vezes, roubou a cena. Sério, se em algum momento você já foi fã de algumas coisa, já leu fanfics ou já as escreveu, se já fez parte de um fandom esse livro é uma leitura gostosa e obrigatória para você. vale comentar também que a diagramação do livro é linda que eu, por dentro, ele tem uns detalhes fantásticos (amo livros com detalhes ou desenhos por dentro da capa). Enfim, leiam.

Ah, aqui vai uma curiosidade meio inútil, mas eu já tinha lido um livro da autora e resenhado também, uns três anos atrás. Para quem quiser, foi The Sound of Us e a resenha está aqui. Percebi isso tudo porque estava jurando que já tinha visto o nome da autora em algum lugar, rs.

Geekerela
Autora: Ashley Poston
Páginas: 377
Editora: Intrínseca
Skoob do Livro.
Meu Skoob.

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Na Estante: Quando a Noite Cai


Sabe aquele livro que era muito esperado? Então. Esse foi um livro assim. Já tem um bom tempo que acompanho a carreira da autora Carina Rissi e sou fã de tudo que ela escreve (provavelmente até a lista de compras). Assim como também já tem um tempo bom que ela comenta sobre um livro que ela queria muito lançar que se passava na Irlanda. Era tanta curiosidade que nem cabia em mim. Foi aí que, ano passado, eu participei de uma Bienal (em Juiz de Fora, tem vídeos lá no canal) e tive a honra de estar lá como imprensa, até hoje não acredito na sorte que tive. Foi exatamente por isso que, nessa loucura toda, acabei entrevistando a Carina (ahhhhhhhh). E adivinha sobre o que ela falou? Exatamente. O bendito do Irlandês e o seu livro, que, na época, nem nome tinha. Quem quiser ver esse momento lindo é só clicar aqui. Ok, menos blá-blá-blá e mais resenha, eu sei. Mas é que eu precisava me explicar. Ah, para completar, o meu livro é um presente (obrigada, mãe) e veio autografado, sei lá, achei digno comentar isso (haha). Foco, Izabela. Ok. Eu enrolei muito para ler o livro. Oi? Como assim? Você espera um livro mais de um ano para depois enrolar a leitura dele? Sim! E é por isso que precisei fazer toda essa explicação aí de cima. Viu? Fez sentindo. Eu estava com medo, afinal, havia esperado muito pela história e não queria quebrar minha cara. Não quebrei. E li em um começo de madrugada. Direto. Sem parar. Uau. Pensa num livro devorável que, por mais que seja bem clichê, te deixa preso do início ao fim. Cinco lindas estrelinhas e um coração de favorito. Agora posso contar um pouco do livro e o que achei sobre ele. 

Briana é um imã de desastres. Se alguma coisa pode dar errado, vai ser com ela. Para piorar, não consegue ficar mais de quatro dias em um emprego e precisa muito do dinheiro, afinal, a pensão de sua família está falindo e eles podem perder tudo a qualquer momento. Sua irmã, a doidinha Aisla, entre uma prova e outra da faculdade ficava por conta de achar vagas de emprego e brincar de estilista da irmã. Enquanto que a mãe das duas tentava manter a casa e o negócio delas de pé. Tudo estava dando mais errado que o comum e, para complicar ainda mais a vida de Briana, ela vivia tendo sonhos estranhos sobre lugares que nunca nem tinha visitado. Toda noite, desde o seu aniversário de dezoito anos, ela sonhava ser uma princesa irlandesa, Ciara, que estava fugindo de um grande mal, mas que era salva por um grande guerreiro, Lorcan. Ela sonhava como se estivesse acompanhando uma série que sempre reprisava, mas sempre perdia o último capítulo. Sonhava tanto a ponto de se apaixonar pelo guerreiro irlandês. Já era difícil demais viver a realidade, parecia mais simples tentar se aproveitar dos sonhos.

"(...) eu estava desempregada, prestes a ver minha
 família ser jogada na rua e 
apaixonada por uma fantasia. Argh."
Página 21

E é aí que tudo vira de cabeça para baixo na vida dela quando, depois de perder mais um emprego, ela é quase atropelada por um caro muito charmoso. Só isso já seria uma grande loucura, mas a grande surpresa para Briana foi dar de cara com o guerreiro de seus sonhos ao olhar para o motorista charmoso. Era Lorcan, parado ali na frente dela. Claro, ele não estava com roupas medievais e, muito menos, estavam na Irlanda, mas era ele. Ela tinha certeza, afinal, sonhava com ele toda noite. Só que não, não era seu guerreiro, era só o dono da empresa que ela quase destruiu, sem querer, é claro, ao tentar uma vaga de emprego. Gael era um milionário irlandês que tinha muita sorte no trabalho e na vida, exatamente o oposto de Briana. Espera, ele era Irlandês? Isso só podia ser uma palhaçada do destino. Depois do quase atropelamento, Gael se sente culpado e acaba contratando Briana para trabalhar na empresa. Era o que ela precisava, o dinheiro da hipoteca da pensão. O mais difícil não seria o trabalho, mas sim não destruir nada no escritório e, de uma vez por todas, entender que seus sonhos eram apenas sonhos e não podia misturá-los com a realidade. Mas será mesmo? Seria impossível não se apaixonar pela versão de carne e osso do amor de seus sonhos e, para completar, tudo que Briana sempre sonhava estava começando a parecer sua realidade. Nada fazia sentido, mas ela logo descobriria que todo o conto de fadas podia ser real, ou quase isso, e que tudo estava em risco, até mesmo todo o azar que ela sempre teve.

"Enquanto Ciara continuava amando Lorcan a cada vez 
que a noite caía, eu fui me apaixonando 
por Gael a cada vez que o sol nascia."
Página 427

Cara. Tipo assim, cara! Carina se superou num grau que não sei nem explicar, sério. O livro é fantástico, ponto. Rico em detalhes de forma que você realmente se vê na Irlanda medieval enquanto que também se vê na vida dos personagens. Uma história emocionante, clichê na medida certa e com piadas leves e muito inteligentes (inclusive, algumas que rementem à outros livros da autora). Temos lendas, emoção e muito amor em forma de livro. Valeu a espera e até mesmo a enrolação para ler. Afinal, se tivesse lido antes, teria lido picado por falta de tempo e, ontem, consegui ler tudo de uma vez só. A parte clichê que citei, é porque é muito previsível todo o desenrolar da história, mas é isso que torna ela tão devorável. Eu juro. Além do que, mesmo já sabendo e imaginando o final eu perdi o ar muitas vezes durante a leitura. O livro também mistura os sonhos da personagem principal com a realidade que ela está vivendo, no começo, eu não tinha gostado disso, mas aos poucos vi como aquilo seria importante para história e logo me apeguei aos sonhos também.

Gael é um personagem maravilhoso, ele lembra muito outra cria da autora, o cavalheiro Ian Clarke e, só com isso, já dá para imaginar o quão maravilhoso ele é. Eu simplesmente amei a Briana e me diverti demais com toda a falta de sorte dela (que no final das contas tem todo um motivo para existir). Amei também os personagens secundários que, mesmo aparecendo pouco, roubam a cena e fazem sentindo na história. Um ponto para a senhora Lola, a única moradora da pensão que roubava a cena quando aparecia. Enfim, se você gosta de emoção, romance, história e lendas medievais e muitas risadas e suspiros durante uma leitura, esse livro é uma leitura obrigatória para você. É de se apaixonar pelos personagens, pelos lugares e por cada coisinha ali descrita. Sou suspeita para falar dos livros da autora, mas esse realmente merece um destaque.

Quando a Noite Cai
Autora: Carina Rissi
Editora: Verus
Páginas: 448
Skoob do Livro.
Meu Skoob.

domingo, 10 de setembro de 2017

Na Estante: Entre o Último e o Primeiro Dia


Olha quem está de volta! Sim! As resenhas aqui do blog, afinal, euzinha nunca saí daqui, não é mesmo (vide os vídeos do canal, hehe)? E elas não só voltaram, como voltaram com tudo! Hoje vamos falar de um conto que foi escrito por uma das minhas autoras favoritas (quando o assunto é livros nacionais) e faz parte de uma série que amo muito. A autora em questão é a Bianca Briones e a série é a Batidas Perdidas. Se vocês ainda não leu a série pode achar algum spoiler por aqui, mas pode ficar tranquilo quanto o conto, afinal, ele foi escrito para não ter spoilers do resto da série, o que na minha opinião tirou metade da graça dele, mas vamos por partes. Eu li muito rápido, afinal, são poucas páginas, mas isso é normal para mim. Deitei para ler enquanto meu cabelo secava e, quando terminei, meu cabelo ainda estava pingando (haha). O conto ganhou quatro estrelas e sim, até eu estou chocada com isso. Afinal, faz parte de uma série que amo e foi escrito pela Bianca e blá-blá-blá! Eu sei. Eu sei. Mas, como já disse, vamos por partes. 

Nesse contos revemos todos os personagens dos livros já lançados da série, mas quem fica por conta da narrativa é a Vivi e o Rafa (casal do primeiro livro, As Batidas Perdidas do Coração). Festas de final de ano sempre reúnem todos da família e agregados. O natal já tinha passado e tudo estava relativamente bem no núcleo familiar dos Villa e Albuquerque (e cia). Faltava apenas o ano novo e é aí que a bagunça começa. Ninguém sabe ao certo onde vai ser a comemoração, quem vai, quem não vai e todo o drama relacionado a isso. É aí que Vivi e Rafa começam a organizar tudo e decidem muita coisa no lugar de todo mundo. A festa seria na casa de praia da família e todos teriam que ir, sem desculpas e muito menos sem draminhas. A piada era boa, afinal, o que mais sabem fazer nessa família é criar desculpas e dramas. E é assim que vemos a festa, muita comemoração, mas muito drama também. Dúvidas sobre o futuro, medos com relação a família e filhos, casais que não decidiram ainda se são casais e tudo mais em uma única casa.

"Sobrevivemos a mais uma ano e, não importa
 o que aconteça, sobreviveremos ao próximo também."

Isso é tudo que posso falar sem estragar a história, afinal, é um conto e não tem muito mistério na história. É aí que entra a nota que dei para ele. Pensei em dar cinco, afinal, a escrita, como sempre, está devorável e o conto é gostoso de ler, mas tem um pequeno problema, ele é meio (muito) inútil, sabe? Sei que foi apenas um "presente" da autora para quem gosta da série (para ajudar na espera dos próximos lançamentos), mas, mesmo assim estava esperando mais. Na verdade, o próprio conto me fez esperar mais. A forma que a autora escreve, não só nesse conto, te faz esperar por algo ali na próxima esquina. Você fica esperando algo muito uau acontecer, por conta de como o livro/conto é narrado e aí, nesse caso, quando eu achei que o trem ia para frente, ele parou e a história acabou.

E aí com essa de evitar spoilers (oi?) a autora também deixou de aprofundar dentro de sua própria história, o que é mega bizarro. Ok, teve um epílogo (sim) de duas páginas para quem já leu os livros e esperava algo a mais, mas, mesmo assim, foi bem bobinho e foi meio que "toma aqui". Ai, detesto falar "mal" de um livro/conto, ainda mais fazendo parte de uma série que gosto tanto e sendo de uma autora que adoro, mas eu não tenho como mentir aqui, vocês sabem.

De forma geral, eu indico para quem leu a série, realmente gostou e quer um pouco mais dos personagens. É como visitar amigos que não vemos já tem um tempinho e não dá para negar que isso é bom. Tem também o fato de que a escrita é maravilhosa, só não pode ir esperando grandes revelações e momentos emocionantes (como no resto da série). Enfim, acho que é isso.

Entre o Último e o Primeiro Dia
Autora: Bianca Briones
Páginas: 60
Skoob do Livro.
Meu Skoob.

quarta-feira, 24 de maio de 2017

Na Estante: A Garota do Calendário - Maio


Sigo com a minha missão de ler um livro da série por mês (nos meses corretos da história), com isso, li o mês de Maio dessa vez (yay). Os livros estão me surpreendendo cada vez mais e, em muitos momentos, isso é algo bom. A personagem está crescendo (na história e na escrita da autora) e a cada página que leio me preocupo mais com ela, sua família e, até mesmo, seus clientes (que acabam virando amigos). O que me lembra, meu maior medo, ao começar a ler essa série, era encontrar doze histórias forçadas de uma garota completamente perdida com alguns clientes bizarros e abusados, inclusive, achava que todos iam ser bem parecidos. Cara, como eu estava errada, muito mesmo. A cada livro percebo que a autora conseguiu criar algo bem legal. Os clientes são completamente diferentes e nem sempre são casos amorosos. Já teve cliente/amigo gay que precisava de ajuda para agradar a família, já teve cliente/amigo jogador de baseball que precisava melhor a imagem pública e que, mesmo sem querer, acabou virando quase um irmão e por aí vai. Vou explicar, como sempre, o que gostei e o que não gostei no livro, mas vamos por partes. Para ler minhas outras resenhas dessa série é só clicar aqui. Agora, focando em Maio, o livro ficou com quatro estrelas e agora vamos lá, que vou explicar tudinho, como sempre. Lembrando que, esse é o quinto livro de uma série e, se ainda não leu o resto, é bem provável que ache uns spoilers do começo por aqui.

Mia conseguiu um tempinho extra, no meio de sua agenda maluca, para passar um tempo com sua família. Ela estava ainda mais preocupada com o pai, que seguia em coma no hospital, e com sua irmã, que estava seguindo com a faculdade em Las Vegas. O que ela não esperava era que sua irmã, que em seus olhos sempre vai ser um bebê, estava com um namorado série e estava, até mesmo, fazendo altos planos para o futuro. Mia se viu feliz pela irmã, mas, ao mesmo tempo, isso tudo só complicou ainda mais sua cabeça, afinal, ela ainda pensava em Wes, seu primeiro cliente, mas sabia que sua vida estava um caos e que ele merecia ser feliz, mesmo que se fosse sem ela. Para complicar tudo ainda mais, ela precisa ir a um jantar de família da casa de seu mais novo cunhado. Coisa que ela nunca tinha feito na vida e, pensando bem, não sabia se estava preparada para tal evento.

"Sim, eu era uma verdadeira megera e 
não me desculparia por isso." - Página 31

Depois de toda essa loucura e drama familiar, ela fez as malas e partiu para seu próximo destino. Havaí. Isso mesmo, o cliente do mês a esperava em uma ilha paradisíaca. Para o mês de Maio, ela ficaria na praia por quase um mê para fotografar, como modelo, para uma campanha de biquíni. O cliente em si era casado, muito bem casado, e só precisava dela mesmo para as fotos. Para isso, ela teria que se dar bem com seu companheiro de fotos, um samoano absurdamente sexy, o Tai. E é aí que as coisas esquentam, uma vez que os dois não conseguem resistir a atração e, claro, o clima paradisíaco. O que ela não imaginava, era que, na verdade, estava encontrando mais um grande amigo que a ensinaria, com a ajuda de sua família, muito sobre a vida e o que esperamos dela.

"Havaí. Melhor. Mês. De. Todos." - Página 96

Eu simplesmente amei o Tai, sua família e todo o clima do Havaí. O que me fez tirar uma estrela do livro foi o conteúdo erótico. Mas, Izabela, estamos falando de uma série erótica! Dã! Eu sei. Eu sei. Mas é que os livros estão indo para um caminho bem diferente dos eróticos puramente eróticos (faz sentido?) e quando tais cenas aparecem fica um pouco forçado. Porque está tudo num clima calmo, tomando rumo e colocando os personagens como amigos e blá-blá-blá... Quando BOOM! Uma cena erótica pula na sua frente e soa um pouco forçada. 

Ficou um pouco confuso? Bom, eu também fiquei. Na realidade, a história em si para mim ganharia quatro estrelas, mas como a autora colocou as cenas mais quentes de qualquer jeito, para mim, ficou parecendo que ela as escreveu simplesmente porque "precisava" ter algo assim no livro, sabe? Enfim, mas eu sigo indicando essa série, porque tenho me divertido de verdade com as leituras e essa história de ler um por mês foi uma ideia maravilhosa. Porque realmente vai combinando com a história e quando começo a sentir falta dos personagens já está na hora de ler o próximo mês. Quero só ver quando chegar em Dezembro, vou ficar órfã, rs.

A Garota do Calendário - Maio
Autora: Audrey Carlan
Editora: Verus
Páginas: 144
Skoob do Livro.
Meu Skoob.

sábado, 20 de maio de 2017

Na Estante: Prometida (Perdida #4)


Não posso negar, estava com os dois pés atrás antes de ler esse livro. Não é segredo aqui no blog que sou apaixonada pela escrita da Carina e sou fã de tudo que ela resolve escrever, mas não via mais nada possível na história que começou com Sofia em Ian, em Perdida, e, por isso, estava com medo de ler esse livro sobre Elisa Clarke. Não posso negar que, de começo, a leitura foi bem lenta mesmo, estava parecendo tudo do mesmo, sabe? Eu já tinha lido aquilo, já conhecia aquela história e estava com um baita medo de ser uma grande reprise do terceiro livro da série (Destinado). Por sorte, ou melhor, por talento da escritora mesmo, a história me surpreendeu e muito. Sim, demorou umas cinquenta páginas para eu pegar o ritmo, mas como estamos falando de um livro de mais de quatrocentas páginas acho que está tudo bem. O livro ganhou quatro estrelinhas e, como sempre, irei contar tudo que achei nos detalhes para vocês.

Elisa havia sonhado em encontrar o amor de sua vida desde que se entendia por gente. Sonhava com o primeiro beijo, o pedido de casamento e tudo que tinha direito. O que não imaginava era que tudo aconteceria de uma maneira completamente errada, para os olhos da época, e que isso viraria sua vida de cabeça para baixo. Ao receber um beijo inocente de um jovem médico, por quem estava apaixonada, ela se viu em um noivado forçado e corrido que acabou colocando-a em uma situação completamente maluca. (Acompanhamos tudo isso no terceiro livro da série, em maiores detalhes.)

"(...) e eu interpretara errado pensando que 'juntos para sempre' 
significava o mesmo que 'felizes para sempre'." - Página 49

Com a sua volta, os dois acabaram se desentendendo e, com isso, ficaram presos em um noivado de aparências. Exatamente por isso, Lucas, o jovem médico, resolve partir para Europa, por conta de uma pesquisa que poderia mudar sua vida acadêmica, mas sem se preocupar com a vida de sua noiva e, muito menos, com o que a cidade estava falando sobre sua honra. Eles eram destinados a ficarem juntos, o futuro tinha isso como prova, mas a vida dos dois estava a cada dia mais distante até que, sem aviso, ele retorna de sua viagem, após alguns anos, e a vida dos dois volta a ficar de cabeça para baixo. Eles ainda se amam, mas não conseguem se suportar, afinal, um está tentando afastar o outro e nenhum dos dois consegue entender muito bem o que está sentindo. Até que, mesmo no meio dessa bagunça, eles acabam se casando e esse não é nem de longe o maior dos problemas, alguém na cidade está ameaçando os dois e eles precisam descobrir quem é.

"O orgulho dos Clarke sempre fala mais alto (...)." - Página 384

Lucas começa o livro sendo um personagem frio e distante. Sabemos que ele já foi doce e romântico uma vez, mas é complicado acreditar nisso nas primeiras páginas. Aos poucos, ele vai se entregando ao que está sentido e vamos vendo um personagem carinhoso e até mesmo com alguns traços de outro personagem que já conhecemos muito bem, Ian. Enquanto que Elisa continua a mesma de sempre. A mesma menina doce e sonhadora que quer ajudar o mundo. O diferente, é que vemos o crescimento dela nesse livro e é algo muito bem montado. Como casal, funciona. Torcemos para que tudo dê certo logo, porque já sabemos que vai dar tudo certo mesmo. O que mais amei foi rever Ian e Sofia e todas as confusões que esses dois são capazes de criar, rs.

De modo geral, a história ficou com quatro estrelas porque me deixou confusa em muitos momentos. Os capítulos são narrados em primeira pessoa, pela Elisa, mas em alguns capítulos, sem aviso, vemos um narrador em terceira pessoa, onisciente, que foca mais no lado do Lucas. Até eu entender o que estava acontecendo foi complicado (haha). Depois, também, a história dá umas voltas pelas memórias da personagem principal com avisos muito delicados. Ela começa a explicar que se lembra de alguma coisa e quando vemos o próximo capítulo inteiro, ou mais que um, é uma lembrança. E aí a volta, e até mesmo a ida, para tais lembranças ficaram um pouco confusas. Mas calma, muita calma. Estamos falando de Carina Rissi aqui e é claro que a escrita é algo impecável e completamente devorável. Tanto que li umas trezentas páginas de uma vez só.

Como fã da série perdida, fico feliz por ter visto um pouco mais da história e, até mesmo, conhecido um pouco mais dos personagens, Só queria um pouco menos de drama (drama, inclusive, que me lembrou muito a história de Mentira Perfeita, não a trama em si, mas a forma como foi escrita) e, até mesmo, um livro um pouco menor. Porque muito do que é contado já sabíamos, por outros olhos, mas já sabíamos. Enfim, indico para quem é fã da série e é apaixonado pela escrita da autora. O que me preocupa é que, aparentemente, ainda vem mais da série por aí.

Prometida (Perdida #4)
Autora: Carina Rissi
Editora: Verus
Páginas: 474
Skoob do Livro.
Meu Skoob.

quinta-feira, 18 de maio de 2017

E SE EU... | BOOK TAG (Tradução - If I Were...)


Como sempre, fiquei um bom tempo tentando achar tags literárias que ainda não respondi, rs. No meio disso tudo, achei uma tag lá na gringa que achei bem divertida e, como não achei uma tradução, resolvi adaptar para poder responder. O nome da tag, original, é If I Were... e você pode clicar aqui para ver. Enquanto que a minha versão ficou como E Se Eu... e você pode clicar aqui ou ir lá para o canal para ver. As perguntas, traduzidas e adaptadas, estão aqui em baixo, caso alguém queira responder essa versão. Espero, de coração, que gostem. ♥
  1. Se eu estivesse em um vôo muito longo, qual personagem eu gostaria que estivesse sentado ao meu lado?
  2. Se eu descobrisse que tinha poderes mágicos, quem eu escolheria como mentor?
  3. Se eu tivesse que ir para uma missão perigosa, quais personagens eu gostaria de levar como apoio?
  4. Se eu estivesse presa em casa, por conta de uma tempestade de neve, qual personagem eu gostaria de ter ao meu lado para me esquentar?
  5. Se eu tivesse que fazer um trabalho de escola com um personagem, qual seria?
  6. Se eu fosse uma fotógrafa (do mundo literário, rs) de famílias, qual família eu iria rezar para não ter que fotografar?
  7. Se eu pudesse levar um personagem para uma festa, qual seria?
  8. Se eu dosse madrinha de casamento de um casal literário, qual seria?

quarta-feira, 3 de maio de 2017

Na Estante: Harry Potter and the Chamber of Secrets


Reler a série Harry Potter foi a melhor ideia que tive esse ano (e olha que ainda nem chegamos, oficialmente, na metade do ano ainda), oficialmente. É algo que tem me feito um bem enorme e tem me lembrado (de verdade) o motivo de eu amar tanto ler, de forma geral mesmo. Está fácil entender como me apaixonei pela série e pela leitura quando era mais nova, porque está acontecendo tudo de novo enquanto releio a história. O segundo livro nunca foi meu favorito da série, mas, definitivamente, é muito bom. Eu me lembrava da história, é claro, mas alguns detalhes se perderam na memória e fui recuperando-os enquanto lia. Muito mágico, literalmente. Acabei fazendo uma leitura bem picada esse mês, por conta do trabalho, mas no final das contas toda a loucura valeu a pena. O começo fui lendo aos poucos quando conseguia tempo, mas todo o resto foi de uma vez só, completamente devorando a história. O livro, como eu bem me lembrava, é devorável como todos os outros da série. A história é fluída e gostosa, por mais tensa que seja (se compararmos com o primeiro). O livro, é claro, continuou com cinco lindas estrelas.

Harry não conseguia acreditar em tudo que tinha acontecido em sua vida no último ano. De um garoto que morava em baixo da escada da casa dos tios, ele passou para um bruxo famoso que estuda em uma das maiores e melhores escolas de bruxaria do mundo. Tudo parecia um sonho bom demais para ser verdade. Ele sabia que tinha vivido tudo aquilo, mas estava distante de toda essa realidade, afinal, desde que tinha voltado para casa, nas férias, não recebia notícias de seus amigos. Tudo começa a fazer sentido quando um elfo doméstico, Dobby, aparece em seu quarto avisando que ele não poderia voltar para Hogwarts. Algo muito ruim iria acontecer e Harry Potter, de acordo com o elfo, precisava ficar longe daquilo. Besteira, Harry pensou. Hogwarts é o lugar mais seguro que existe e ele nem sabia se podia confiar em um ser que, até pouco, nem sabia que existia. Ao tentar voltar para sua escola, com seu melhor amigo, Ron, Hary acaba ficando preso do lado de fora do portal que os levaria para o trem e é aí que uma lista de coisas estranhas começam a acontecer. Os dois conseguem, quebrando muitas regras mágicas, voltar para a escola, mas aquilo era só o começo de mais um ano maluco.

"Harry Potter must not go back to Hogwarts." - Página 22

Entre tentar não matar o menino mais mimado e insuportável do mundo, Malfoy, e aguentar seu novo professor, Lockhart, Harry ainda tem que entender tudo que está acontecendo ao seu redor. Vozes estranhas começam a sair das paredes do castelo e só ele consegue ouvi-las. Pessoas começam a sofrer ataques no meio dos corredores da escola e ninguém sabe ao certo como as coisas aconteceram. Tudo que Harry sabia, graças a um escrito sanguinolento em uma das paredes da escola, era que a Câmara Secreta estava aberta e que os inimigos do herdeiro (de um dos fundadores da escola, Sonserina) precisavam ter cuidado. As pessoas começam a duvidar umas das outras, isso inclui Harry, que vira, mais uma vez, o centro das atenções entre os colegas. Quem seria o culpado? O que estaria escondido na tal Câmara? Harry precisa descobrir antes que algo pior, bem pior, aconteça.

"(...) the Chamber of Secrets is open once more." - Página 194

Eu estava maluca para reler esse livro, porque sabia que tinha um capítulo nele que não tem nada parecido nos filmes. Me lembravam por cima, o que acontecia, mas queria ler tudo nos detalhes. Tudo isso por conta de uma cena em que os personagens principais, Harry, Ron e Hermione, vão parar em uma festa de fantasmas (mas isso é tudo que conto, mas não perder a graça de quem ainda não leu, rs). Enfim, mais uma vez fiquei ainda mais apaixonada pelo personagem Hagrid. Como comentei na resenha do primeiro livro, não me lembrava o quão fantástico o gigante consegue ser. Ah, o que me lembra que achei alguém para odiar mais que o Malfoy, o professor Lockhart. Me lembrava que não ia com a cara dele, mas é algo bem pior que isso, não o suporto, rs. Mais uma vez, também, tive a certeza do personagem maravilhoso e único que Harry é. Mesmo com toda a fama e loucuras que acontecem em sua vida ele segue sendo um menino que acredita no bem e busca sempre o melhor para todos (que merecem, hehe).

Se ainda não leu (ou releu) esse livro, indico muito. É claro que, por conta dos filmes, muita gente já sabe a história, mas os detalhes estão apenas no livro e, claro, as cenas que só existem em palavras também. Definitivamente não me lembrava o quão fantástico esse segundo livro era. Valeu muito a pena.

Harry Potter and the Chamber of Secrets
Autora: J.K. Rowling
Editora: Bloomsbury
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Meu Skoob.