terça-feira, 9 de outubro de 2018

Na Estante: Você Acredita Mesmo em Amor à Primeira Vista?


Esse foi o primeiro livro de blogueira, em muito tempo, que realmente tive muita vontade de ler. Acompanho a Fabi desde que ela criou o blog, uma vez que já a acompanhava pela irmã Nina e sempre gostei de ver os vídeos dela. Uma coisa que sempre me chamava atenção era ela falando de livros. E falando por gostar mesmo, sabe? Não era por estar na "moda" ou algo do tipo. Por isso mesmo, achei legal quando ela falou que lançaria um livro. Claro que rolou aquele pé atrás, afinal, sabemos que a maior parte dos blogueiros que lançaram livros não tocaram em uma só tecla do teclado, mas acompanhei ela escrevendo em vlogs, em postagens das redes sociais e coisas do tipo. Sentia que era verdadeiro da parte dela e, quando descobri do que se tratava o livro, fiquei com ainda mais vontade de ler. O livro é um romance que mistura a realidade da vida dela, com algumas adaptações leves na história. Em resumo, o livro ficou com cinco estrelas e eu vou contar tudo nos detalhes para vocês, como sempre.

Como não é ficção, o jeito de contar é diferente. Aqui não temos personagens, temos realidade. Fabi contou com todos os detalhes possíveis e imagináveis como se apaixonou por seu atual noivo, Leandro. Mas calma, não temos um conto de fadas aqui, afinal, como eu já disse, estamos falando de realidade. Temos uma relação que começou com muitos problemas e uma dependência que já dava para todos perceberem, menos os dois, que não iria para frente, pelo menos não naquele momento. Os dois precisavam crescer muito para continuarem juntos. Para entenderem que um relacionamento é feito pelos dois e é isso que vemos na história. O livro acaba na "melhor parte", assim dizendo. Para quem acompanha a blogueira, o final não é mistério (visto o pedido de casamento lindo que rolou esse ano), mas é muito doido como ficamos ansiosos pela continuação de tudo isso.

"Hoje paro e penso nessas coisas e me pergunto: 
sou realmente a Fabiana que viveu tudo isso?"

O mais fantástico, na minha opinião, é que conseguimos ligar os fatos citados no livro aos vídeos que Fabi foi publicando em seu canal de youtube. Muitas coisas batem com o que fomos acompanhando de fora e tudo faz muito sentido, sabe? É lindo também ver a autora e personagem principal descobrindo que o mais importante é a felicidade dela e o amor próprio. Ela achando a força dentro dela para ser quem ela é. Importante falar também, que você sente muita raiva enquanto lê. Tive vontade de bater em um e de sacudir a outra. E ai lembrava que tudo aquilo não é ficção e que a vida é assim. Muitos erros formam as relações, sejam elas românticas ou não. Os dois são humanos e verdadeiros e é isso que prende tanto no livro. A torcida por um final feliz, que sabemos ser real, e a vontade de estar ali acompanhando toda a loucura que forma aquela história de amor.

"Ai, Fabiana, dá vontade de entrar nessa cena e 
dar um tapa nessa sua cara pra ver se você acorda." 

Acho que é a primeira vez que leio um livro assim e estou bem feliz. De começo, a leitura estava lenta, acho que até eu me acostumar com a narrativa (que é beeeeem detalhada) foi complicado, mas depois foi de uma vez só e eu não queria parar. É um livro gostoso de ler e muito real, afinal, é literalmente isso. No começo, achei que daria quatro estrelas, não aguentava mais ver cada detalhe de tudo (cor da mesa, detalhe da porta e por aí vai), mas isso foi passando com as páginas e logo me apeguei na história e acabei com aquele gosto de, por favor, eu quero e preciso de mais. É um livro que poderia facilmente ser ficção e o fato de não ser o torna ainda mais interessante. Indico para quem acompanha o trabalho da blogueira, afinal, vai entender muitos detalhes e, acredito, se apegar ainda mais na história.

Você Acredita Mesmo em Amor à Primeira Vista?
Autora: Fabi Santina
Editora: Planeta
Páginas: 224
Skoob do Livro.
Meu Skoob.

sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Na Estante: O Último Adeus


Finalmente a resenha do último livro que li na maratona de vinte quatro horas que fiz no feriado de setembro. Demorou, mas saiu e é isso que importa, rs. Vocês não imaginam a minha alegria (real/oficial) de escrever essa resenha. Estamos falando do penúltimo livro da série Rosemary Beach e isso é uma grande vitória. Acho que quando terminar vou sentar num cantinho e chorar (por um misto de sentimentos, hehe). Como a mior parte da série, o livro ficou com quatro estrelas, mas vale comentar que a escrita da Abbi melhorou de forma visível. Tanto quando o assunto é a forma de escrever a história, tanto quando o assunto é machismo. Percebi uma mudança radical nesse último detalhe, e isso me deixou bem feliz como leitora fiel da série. Enfim, como já falei ali em cima, é uma série e está quase no final, então pode ser que você considere alguma coisa aqui como spoiler, por isso, evite ler (mas quem sou eu parar dar regras, né?). Ah! Também é um livro para maiores, hehe. Como sempre, vou contar um pouco do livro e, depois conto mais da minha opinião sobre ele e os personagens principais da vez.

Quando River voltou para Rosemary ele não podia imaginar que todo o seu passado estaria lá esperando por ele de uma forma completamente doida. Ele só estava ali para ajudar na montagem de um restaurante luxuoso, mas uma das funcionarias estava mexendo demais com ele. Rose tinha uma risada conhecida, um som que ele queria esquecer, ou melhor, que ele podia jurar que tinha esquecido. Tudo nela o lembrava de alguém muito especial que tinha feito parte de sua vida, mas não fazia sentido ser ela. Enquanto ele tenta desvendar todo o mistério que envolve Rose, ele ainda precisa lidar com muitas das besteiras que fez na vida e precisa fazer isso rápido, para conseguir seguir com sua vida sem ser assombrado pelos fantasmas de seu passado.

"Essa noite poderá ser a mais longa da minha vida, 
mas não conseguiria me imaginar querendo estar 
em outro lugar que não fosse aqui." - Página 148

Rose tinha muitos segredos. Uma mãe solo, que parecia ser mais alguém na multidão, que estava trabalhando dura com o que podia e além para criar bem sua filha, mas que tinha algo no seu passado que a tinha marcado para sempre. River, que era mais conhecido como Capitão, também estava mexendo demais com ela, mas ela sabia o motivo, por mais que estivesse com os dois pés atrás na história. Ela sabia o motivo de estar ali e de tudo parecer tão familiar para ele. Mas tudo era complicado demais, triste demais. Ela não sabia nem por onde começar, mas só de estar ali já era um grande primeiro passo.

Palmas para Abbi que está deixando o machismo de lado, aleluia! Esse livro é o primeiro que leio da autora que não me fez fazer (muitas) caretas para as frases dos personagens principais (homens). Inclusive, algumas das coisas que ela normalmente escreve foram até mesmo zoadas na história e, com isso, ela ganhou muitos pontinhos comigo. Sobre os personagens, Capitão já tinha aparecido em outros livros e, com isso, eu já o conhecia e sabia o que esperar e, na real, estava bem animada para a história dele. Rose foi uma surpresa agradável e é o tipo de personagem que te faz torcer sabe? Você quer que tudo fique bem logo e se apega ao que está acontecendo. De forma geral, é um bom livro e, se você está lendo a série, vale a pena continuar e chegar nele. Se está com dúvida se lê ou não, se joga! Agora estou doida para ler o último e, como falei, vai ser uma avalanche de emoções quando eu acabar tudo (afinal, tem anos que estou nessa, sem exageros).

O Último Adeus
Autora: Abbi Glines
Editora: Arqueiro
Páginas: 224
Skoob do Livro.
Meu Skoob.

sábado, 22 de setembro de 2018

Na Estante: É Assim que Acaba


Faz muito tempo que estou enrolando para voltar a ler os livros da Colleen Hoover que, acredite, é uma das minhas autoras atuais favoritas. Fiquei cerca de dois anos sem ler nada dela, mesmo tendo uns três ou quatro lançamentos na estante só esperando. O que acontece (e quando expliquei no canal, muita gente concordou) é que os livros dela são sempre muito fortes emocionalmente falando. Você nunca termina a leitura de uma força leve, sabe? sempre tem uma carga muito forte de emoção e você fica até sem ar em alguns momentos da leitura. Como minha vida já é agitada o suficiente, acabei evitando por um tempo e, com isso, fiquei com medo de voltar a ler. Medo de não gostar mais. Medo de gostar até demais. Medo. E vamos falar a verdade, muitas vezes medos são apenas bobeiras. Com isso, durante a maratona de 24h que fiz no último feriado, resolvi tomar vergonha na cara e ler. Adivinha? Meu coração foi destruído de muitas formas durante a leitura. Mas valeu a pena. Uma leitura nada fácil (no sentido de ser real demais), mas muito necessária. Um assunto delicadíssimo, mas que precisa ser falado. E mais um livro da Colleen que acabou com cinco estrelas, o que não é assim tão novidade. Antes de qualquer coisa, precisamos colocar aqui um aviso de gatilho. O livro trata de um assunto que pode fazer algumas mulheres se sentirem bem mal, por isso, estou avisando que o tema é violência doméstica. Ah! Mas como que um tema desses pode dar um livro cinco estrelas e blá-blá-blá. Calma. Vamos por partes. O que me lembra que, além desse primeiro aviso, é bom dar mais um. O livro é, obviamente, para maiores de dezesseis anos.

Lily teve uma infância muito complicada. Recebia todo o amor do mundo de sua mãe, mas, ao mesmo tempo, via que seu pai era um monstro. O prefeito da cidade que mostrava para todos uma família feliz, mas que, na realidade, fazia um verdadeiro inferno dentro de casa. No fundo, ela nunca perdoou sua mãe por não ter saído daquela relação, mas o que ela poderia entender sobre a vida dos outros. No meio de todo esse caos ela conheceu Atlas, um menino que conseguia ter uma vida tão bagunçada quanto a dela e, como corações em pedaços se atraem, os dois acabando tendo uma conexão muito mais forte e real que a paixão. O problema é que os pais de Lily não aceitavam a situação em que Atlas se encontravam e nem estavam dispostos a ouvir o lado da filha, afinal, o que a cidade ia pensar? Era só isso que importava. O tempo passou e Lily se mudou de cidade, na esperança de esquecer seu passado. E aí, numa noite não muito fácil de sua vida, Lily acaba conhecendo Ryle, um médico que parecia perfeito demais para ser verdade, mas que estava com olhos inteiros nela. Só tinha um problema, ele tinha pavor de relacionamentos e negava a cada segundo o que um sentia pelo outro.

"A situação está ficando complicada demais para mim." - Página 116

Os dois vão tentando entender onde estão no meio de todo o desejo e medo. Aos poucos eles vão encaixando as peças e o relacionamento vai acontecendo de forma quase natural. Quase, porque os dois precisam mudar muitas coisas em suas vidas para que tudo funcione. E é no meio de toda essa bagunça que Atlas reaparece na vida de Lily. E a relação de Lily e Ryle entra em um momento de provação que nenhum dos dois esperava. E é aí que Lily começa a viver situações que antes achava que era fácil se livrar, mas que quando é a personagem principal do drama, não é tão fácil assim. Ele pode mudar. Ela pensava. Ele não é assim. Ela tentava acreditar. Foi só uma vez. Ela rezou que fosse verdade. E no meio de muitas descobertas ela precisa tirar forças do fundo do seu ser para fugir de uma realidade que ela jurou que nunca viveria. Por sorte, o destinou colocou alguém para guiá-la, mas mesmo assim nada ali é simples. Nem mesmo quando acaba.

"Na alegria e na tristeza? Foda-se. Essa. Merda." - Página 281

Precisei respirar bem fundo durante muitos momentos enquanto escrevia os trechos aí de cima. Assim como precisei respirar ainda mais fundo e ainda mais vezes enquanto lia o livro. Como já havia avisado, o livro toca em assuntos delicadíssimos e nós somos sugados para esse mundo enquanto tudo acontece. Nos sentimos parte da história e queremos ajudar de alguma maneira. E aí percebemos, no fim, que é um livro e não poderíamos ajudar, mas que estamos no mundo real e tudo isso acontece mais do que imaginamos e que, aqui fora sim, podemos tentar ajudar. Podemos e devemos meter a colher, afinal, essa de que em briga de marido e mulher não se mete a colher é apenas uma rima tosca e antiquada. Só tenho uma crítica ao livro, por tocar nesse ponto. Não existem aviso de gatilho na capa, nem na sinopse e nem em lugar algum do livro. Colleen é famosa e qualquer uma pode pegar para ler o livro e, com isso, sofrer com memórias ou realidades. Senti falta do aviso e medo por ele não estar lá e como isso pode machucar algumas mulheres. Antes de falar dos personagens e mais do livro, é importante explicar que o livro é maravilhoso, mas não pela história que conta, mas sim pelo favor que faz de alertar sobre algo tão real e de uma forma tão bem escrita e ainda mais real. Colleen, como sempre, criou personagens críveis e leves que você se apaixona e se apega e, com isso, sente uma dor sem tamanho por não conseguir ajudar quem está ali nas páginas. Um livro complicado, porém necessário.

Lily é uma personagem fantástica e é exatamente por isso que dói tanto a leitura. Ela vai atrás do que sonha, é uma amiga maravilhosa e é uma pessoa real, como qualquer uma de nós aqui. Outra personagem que precisa ser citada é a irmã de Ryle, Allysa. Uma personagem ainda mais leve e ainda mais necessária na história que, como a nova melhor amiga de Lily, faz o possível e o impossível para ajudá-la. Sobre os personagens masculinos da história, não vou dar detalhes para não virar spoiler demais, por isso, para conhecê-los melhor, o indicado é ler a história. Ah, vale comentar que Colleen criou uma forma genial para contar o passado na história sem ter que ficar fazendo 'viagens' no tempo para contar o que aconteceu na juventude da personagem. Não vou dar detalhes para, mais uma vez, não estragar o livro, mas tem a ver com a Ellen DeGeneres e é isso. Provavelmente, a resenha mais complicada que já escrevi em todo o meu tempo de blogueira literária. Espero que tenha conseguido passar a profundidade dessa história e que você leia o livro com a cabeça e coração abertos.

É Assim que Acaba
Autora: Colleen Hoover
Editora: Galera Record
Páginas: 368
Skoob do Livro.
Meu Skoob.

sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Na Estante: A Garota do Calendário - Agosto


E lá vamos nós para mais um livro e mais um mês dessa série. Esse é o oitavo livro e, até agora, é um dos que mais gostei, inclusive, ele ficou com cinco estrelas e isso é muito bom, uma vez que a média da série é quatro até agora. Eu meio que já imaginava o caminho que a história ia tomar quando terminei a leitura anterior, mas me surpreendi com muita coisa e gostei muito do rumo que tomou, principalmente por sem bem diferente do que achei que seria quando comecei tudo um bom tempo atrás (dois anos atrás, para ser mais exata, rs). Enfim, estamos falando de uma série e de um livro que já passa da metade dela, por isso é claro que, se você não conhece os livros, pode considerar tudo nessa resenha um grande spoiler. Lembrando também que como são livros curtos, as resenhas acabam sendo mais curtinhas também, assim não estrago muita coisa da história para quem quer ler, né? Vamos lá que, como sempre, vou explicar tudo que achei nos detalhes para vocês.

Mia está com muitas coisas em sua cabeça. Além de estar entrando em algo muito delicado com Wes, ela ainda precisa se preocupar com a dívida do pai e, claro, a felicidade de sua irmã mais nova, que depende muito dela. E é com tudo isso em mente que ela parte para a casa de mais um cliente, mas algo em seu coração já avisava que alguma coisa estava diferente e que isso poderia mudar muita coisa em sua vida. Ela precisava se passar pela irmã mais nova de um grande magnata do Texas, Max. Aos poucos ela vai percebendo que as histórias estão se cruzando e que tem muita coisa sobre sua vida que ela nem mesmo imagina. Coisas que podem e vão mudar o rumo de tudo.

"Cuidado com o que deseja, porque pode se tornar 
realidade e deixar o seu mundo inteiro de 
cabeça para baixo." - Página 113

Como disse ali em cima, desde o livro de Julho já era possível imaginar o caminho que o drama iria seguir, mas ver o desenrolar de tudo e como as peças foram se encaixando foi bem legal. Continuo muito apegada a personagem principal e a história dela. É muito tempo lendo e acompanhando e, por isso, quero que tudo dê certo logo para o lado dela, rs. Como tenho falado nas últimas resenhas da série, é algo que realmente vale a pena começar, uma vez que são livros leves e rápidos. Se joga sem medo nessa história! É meio que como acompanhar uma série, sabe? Doida para continuar, mas com medo de acabar também.

A Garota do Calendário - Agosto
Autora: Audrey Carlan
Editora: Verus
Páginas: 160
Skoob do Livro.
Meu Skoob.

quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Na Estante: Aos Teus Pés


E lá vamos nós falar de mais um livro sobre bailarina aqui no blog. O que já mostra que vamos entrar em um assunto beeeem delicado, né? Fui bailarina por quinze anos e sou bem crítica com isso nas leituras com o tema, mas o livro é bem gostoso e me surpreendeu de uma forma boa. Ainda não é o melhor livro sobre bailarina que li (mas tem continuação e isso pode mudar, rs), mas é um dos mias legais no assunto sim. O livro acabou ficando com quatro estrelas, por vários motivos, e é claro que vou contar tudo nos detalhes para vocês.

Marina nunca teve uma vida fácil. Cresceu com o sonho de se tornar bailarina e viu tudo isso sendo destruído por seu pai, que acreditava que isso não era profissão e que a filha dele não dançaria por aí. Por sorte, ela tinha pessoas maravilhosas ao seu redor e, com isso, conseguiu fazer muitas aulas escondidas do pai, e para isso, sua mãe trabalho dobrado. Quando finalmente juntou coragem, ela pegou tudo que tinha e seguiu para a capital sem avisar ninguém. Ela ficaria na casa de sua melhor amiga da infância, que tinha ajudado a arquitetar todo esse plano, e logo arrumaria um trabalho para ajudar nas contas. Ou melhor, arrumaria "o" trabalho. O maior sonho de todos, ser uma bailarina profissional. O que ela não esperava, era que muito mais que um sonho a esperava por lá.

"Aquela [voz] que te avisa que a partir deste momento 
sua vida nunca mais será a mesma." - Página 19

Frederico Lamarck era o melhor jogar de futebol da faculdade. Estava no melhor momento de sua carreira e sempre foi muito popular. Por conta de amigos em comum e muita ajuda do destino, a vida dos dois acaba se cruzando e eles não conseguem resistir a tudo isso. Só tinha um detalhe, os dois estavam no meio de momentos muito importantes que poderia mudar por completo a vida dos dois. Ele buscando ainda mais visibilidade com jogar e ela buscando a vaga na companhia de dança. Se isso já não fosse complicado o suficiente, Frederico estava lidando com um erro de seu passado que poderia atrapalhar toda a sua vida, incluindo o time e, claro, sua relação com Mariana. Os dois precisariam colocar muitas coisas na balança para ver o que seria melhor e o que seria o certo.

"Ah, bailarina. Não sei viver sem você." - Página 277

Vamos por partes, começando pelo fato de que estamos falando de uma história completamente clichê apaixonante. Qual é! Temos uma bailarina e um jogar de futebol! Isso é quase um filme clássico do Disney Channel da vida, rs. Para quem, assim como eu, gosta de histórias assim, vale muito a pena. Os personagens principais são bem legais e complexos e Mariana merece um ponto bônus como personagem por ter ido buscar a realização de um sonho e por deixar para trás um pai cruel e que não acreditava nela. Frederico foi conquistando aos poucos e é bem o clássico galã dos romances atuais. Não teve nada de muito diferente que chamasse a atenção, mas foi bom durante a história.

O drama principal foi meio previsível, o tipo de coisa que assim que aparece já sabemos que vai dar ruim mais para frente, mas faz parte. Um segundo drama foi bem surpresa e, infelizmente, faz parte da realidade de muitas pessoas que buscam seus sonhos. Uma das coisas que me fez tirar a estrelinha do livro, foi que ele termina sem final. Isso realmente me deixa meio bléh com a história. É meio que "tentando obrigar" o leitor a ler a continuação, sabe? Mas entende isso e sei que faz parte. De forma geral, é um livro para quem gosta de romances clichês e muito gostosos de ler. Se você não foi bailarina(o) e não é chata(o) como eu nessas leituras, vai curtir ainda mais, rs.

Aos Teus Pés
Autora: Michelle Passos
Editora: Independente
Páginas: 343
Skoob do Livro.
Meu Skoob.

sábado, 15 de setembro de 2018

Na Estante: Para Sempre Minha


Sim! Mais um livro da série Rosemary Beach passando por aqui. Comentei um tempo atrás que tinha lido um livro fora de ordem e, bom, esse é o que ficou faltando lá no meio. Mas agora está tudo resolvido e podemos seguir com a vida e a leitura da série normalmente. Assim como a maior parte dos livros da série, esse ficou com quatro estrelas e, basicamente, teve os mesmos problemas que os outros, mas vocês já sabem que vou contar isso melhor e em detalhes. Estamos falando aqui de um livro para maiores e que faz parte de uma série, ou seja, pode considerar algumas coisas aqui como spoilers se ainda não leu os outros (oito) livros que aparecem antes desse.

Bethy passou pelo verdadeiro inferno na Terra quando seu namorado, Jace, morreu afogado enquanto a salvava de um afogamento na praia. A culpa tomava conta de sua vida e, aos poucos, ela estava deixando de aproveitar a vida que tinha. Ela sentia que todos a culpavam pelo que havia acontecido, afinal, seu namorado era popular e querido na cidade, mas o que ela não enxergava era que todos estavam sim sofrendo, mas também estavam prontos para apoiá-la. Enquanto tudo isso estava acontecendo, Tripp estava de volta para a cidade, primo de Jace, que havia saído de Rosemary Beach para fugir dos planos que seu pai havia feito para vida dele quando ainda era novo. O que ninguém imaginava, era que a história dos dois já tinha se cruzado muitos anos atrás, quando ainda eram adolescentes, e que o amor era forte demais e tinha sobrevivido durante todo o tempo. O desejo de continuar algo que tinha parado no tempo só não é maior que a culpa que Bethy sente em seu coração e Tripp precisa, com cuidado, achar um jeito de lidar com isso e mostrar o quão importante ela é para ele e como ele sabe que Jace apenas gostaria de vê-la feliz agora.

"Ela queria segurança? Precisava saber que estava nessa 
para sempre? Então era isso que ela teria." - Página 191

O livro segue bem o padrão da série e, com isso, infelizmente temos a visão bem machista da série (que foi melhorando sim com o tempo, mas ainda tem muito pelo caminho). De modo geral, é uma história gostosa de ler e, por mais que tenha um drama como pano de fundo, é algo que passa rápido. É fácil se apegar ao drama que Bethy está vivendo e torcer para que ela fique bem, considerando que acompanhamos todo o antes no resto dos livros e a conhecemos. Queremos que fique tudo bem. Tripp vai nos conquistando aos poucos, assim como vai fazendo com a confiança que estava abalada de sua amada. Ah, e é sempre bom rever os antigos personagens e ver como está indo a vida deles. Em resumo, vale a pena chegar até aqui na série e vale a pena continuar.

Para Sempre Minha
Autora: Abbi Glines
Editora: Arqueiro
Páginas: 200
Skoob do Livro.
Meu Skoob.

quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Na Estante: A Garota do Calendário - Julho


Música de vitória tocando ao fundo, por favor! Passamos da metade da série, minha gente! Me apeguei a personagem principal e acho até que vou ficar com saudades dela quando acabar, rs. Estamos aqui hoje para falar do sétimo livro, Julho. O livro seguiu o padrão de quase todos os outros que li até agora da série e acabou com quatro estrelas. O livro é bom e bem leve, mas foi por um caminho bem diferente do que estava esperando, mas vocês sabem que vou explicar isso melhor, não é mesmo? Então lá vamos nós. Ah! Lembrando que é um livro que faz parte de uma série e você pode considerar algumas coisas dessa resenha como spoiler da série. Quem avisa, amiga é.

Mia segue em sua missão de juntar o dinheiro para pagar a dívida que seu pai fez e, com isso, em julho, conhecemos mais um de seus clientes. O cantor de hip-hop Anton Santiago, que precisava de alguém único e marcante para seu mais novo clipe. O que Mia não esperava, era que, além de realmente aparecer no clipe e ainda ter que aprender a dançar enquanto faz caras e bocas para câmera, ela teria que lidar com seus sentimentos em relação ao seu primeiro cliente, Wes. Ele queria algo mais sério e a certeza de que, no final de todos os meses, ela voltaria para ele. No meio disso tudo, Mia ainda consegue ajudar Anton e sua assistente que estão no meio de um problema sério da carreira de ambos, além do clipe, é claro. 

"Às vezes, as decisões que precisamos tomar são mais difíceis 
para nós do que qualquer um poderia imaginar." - Página 44

Vocês já sabem que, quando o assunto é essa série, não tem como escrever muito, caso contrário, tudo vira spoiler, rs. O livro, como comentei ali em cima, foi por um caminho bem diferente do que eu esperava, afinal, o foco aqui não é a história do mês, mas sim todo o drama envolvendo a relação de Mia com Wes, Não estou reclamando, gostei dessa parte também, mas achei que começou de um jeito e aí virou tudo de cabeça para baixo e deu no que deu. Enfim, sigo gostando bastante da série e bem animada para continuar com tudo isso. Para quem não sabe se começa, se joga! Para quem não sabe se continua, continua sim!

A Garota do Calendário - Julho
Autora: Audrey Carlan
Editora: Verus
Páginas: 142
Skoob do Livro.
Meu Skoob.

terça-feira, 11 de setembro de 2018

Na Estante: #Fui


Faz um bom tempo que namoro esse livro nas livrarias da vida (nossa, que profundo isso), mas acabava nunca levando para casa até que em Março, naquela promoção louca de Dia da Mulher que a Saraiva faz (tem vídeo de unboxing aqui), eu tomei vergonha na cara e comprei. E aí o que fiz? Enrolei muito para ler, é claro. Até que nesse último feriado resolvi fazer mais uma maratona #24hBDE e levei o livro como quem não quer nada. Acabou sendo o primeiro (dos sete que li nessas vinte e quatro horas) e aqui estou eu para contar um pouco sobre ele para vocês. É um livro bem leve e divertido que acabou ficando com quatro estrelas. Algumas coisas em como a história é contada, uns detalhes bobinhos e o fato de tudo ser um pouco previsível me fizeram tirar essa estrela, mas é claro que conto isso nos detalhes para vocês.

Lully está prestes a realizar um grande sonho, fazer um intercâmbio de quatro meses nos Estados Unidos e, melhor que isso, vai trabalhar em uma estação de Ski! Muita ansiedade, muito medo, mas também muita vontade de viver tudo que o país do cheeseburger, como ela mesma fala, tem para oferecer. A única parte complicada de tudo isso, seria deixar seu namorado para trás no Brasil enquanto está lá no hemisfério norte. Eles conversam, eles se entendem e, com a promessa de que tudo continuaria igual entre os dois. Para uma pessoa que estava saindo do verão carioca, Lake Tahoe é quase a casa do papai noel para Lully. Uma cidade com muita neve e não só na estação de Ski. Por sorte, ela acaba fazendo e encontrando alguns amigos brasileiros assim que chega ao hotel (e até mesmo antes, no avião). Brasileiros se entendem e fazem festa como e onde podem. Mas espera, não era por isso que ela estava ali. Ela não queria viver de festas, queria trabalhar, juntar uma graninha e criar memórias únicas. Ah, esse era só seu primeiro obstáculo ali.

"É... Acho que a ficha finalmente caiu." - Página 16

Para trabalhar no lugar que queria da estação, ela precisava saber andar na neve e acabou precisando de aulas para isso. Sem esquecer, é claro, que não estava ali para brincar e aproveitar, mas sim para limpar mesas, atender pessoas e até mesmo limpar banheiros. Nada disso parecia ser um problema, afinal, era o que ela queria e não estava ligando para nada. As semanas vão passando e logo Lully vai se apegando cada vez mais aos lugar novo, aos amigos novos e a vida novas. mas espera, ela tinha uma vida inteira no Brasil, um namorado até. E é aí que ela se vê com uma difícil escolha para fazer, algo que mudaria a sua vida para sempre. E já não era tão fácil assim de pensar, afinal, ela já não era mais a mesma pessoa de quando chegou.

"(...) Acho que só estou confusa porque estou longe 
por muito tempo, a distância muda a gente." - Página 269

O livro é uma graça e descreve de uma forma bem leve e divertida um intercâmbio de trabalho. Por um lado, tive vários momentos gostosos de lembrança da época que eu fiz intecâmbio, por mais que o meu não tenha sido de trabalho. Por outro lado, pude conhecer esse mundo um pouco diferente do que eu conhecia, afinal, já fui para os Estados Unidos, mas, até agora, só para ver o Mickey mesmo, rs. Os personagens são legais e bem construídos. De começo, não fui muito com a cara de Lully, mas a culpa não era dela (haha), mas sim de como sua história estava sendo narrada. Era muito detalhe que não precisava (e que estava escrito lá, entre parenteses, que não precisava estar), era muita hashtag no meio de frase e coisas do tipo. Quando isso foi parando, ao longo dos primeiros capítulos, fui me apegando mais com a história. Outra coisa que me fez tirar uma estrela da história, foi que eu meio que saquei o final lá no começo. Sou bem boa em fazer isso com filmes e livros, então pode ser que não seja um defeito e sim eu que sou chata (fato!). Enfim, aí perdeu um pouco a graça, sabe? Para quem não sabe inglês, pode ser um pouco complicado ler o livro. Em muitos momentos os personagens conversam em inglês ou usam expressões do idioma para se comunicar e em nenhuma página rola tradução (nem no rodapé). Como professora de inglês, nem senti isso passando, mas para quem tem dificuldade com a língua ou não conhece, isso pode atrapalhar a leitura.

Ah! tem mais uma coisinha, mas lógico que isso não me fez tirar estrelas, só acho digno comentar mesmo porque fiquei muito pensativa sobre isso. O livro se passa em 2015. Em nenhum momento isso é falado, mas por conta do lançamento de um filme que é citado percebi a data. Ok, onde quero chegar com isso? O livro tem coisas que parecem de 2010 ou antes (época que eu fiz intercâmbio e por isso 'reconheci' os dramas tecnológicos). Tipo, a menina teve o dinheiro (que não é pouco) para fazer a viagem, mas não tem um celular com internet? Hoje em dia (e três anos atrás também) até o mais simples dos celulares têm a opção de wi-fi ou 3G/4G. E não é só ela. É geral, porque quando chegam no aeroporto todos pegam os laptops para usar o wi-fi e avisarem POR EMAIL que chegaram em casa. Sei que é só um drama meu, mas achei surreal demais. Se todos ali mandassem uma mensagem no whats tava tudo resolvido. Ok, vou parar de ser chata (por agora). O livro é realmente muito gostoso de ler e, tirando as besteiras que falei, vale muito a pena a leitura. Principalmente para quem já fez um intercâmbio e quer relembrar ou para quem sonha em fazer (ou, até mesmo, tem só curiosidade).

#Fui
Autora: Viviane Maurey
Editora: GloboAlt
Páginas: 360
Skoob do Livro.
Meu Skoob.

segunda-feira, 11 de junho de 2018

Cadê o canal que estava aqui?

Não! Eu não deletei o canal do blog. 

Tudo aconteceu na quarta passada, dia 06 de Junho, e eu vim deixar registrado aqui no blog, para quem não me segue nas redes sociais. Expliquei tudo em tempo real no stories do meu instagram e comentei tudo na página do blog, mas agora vamos por partes mais uma vez. Tudo indica que alguém (com muito tempo livre) denunciou várias vezes o meu Google+ e, por conta disso, o google desativou minha conta por lá e levou junto meu canal do youtube. É justo? Nem um pouco. Nunca usei o google+ e o meu canal estava dentro de tudo quanto é norma. Nunca falei mal de pessoas por lá, nunca mostrei coisas que não devia e nem sequer usei palavrões em algum vídeo. Se estou chateada? Demais. Já chorei o que tinha para chorar, já gritei com o nada e reclamei sozinha e com terceiros também, mas claro que isso não ajuda em nada. Também já entrei em contato com o youtube duas vezes e sigo sem resposta. Fui também atrás da network que cuidava do canal e, adivinha, eles cancelaram o contrato quando o youtube desativou a minha conta e, por isso, não podem me ajudar (além de terem sido levemente sem educação ao me explicarem isso). 

Não vou negar que, nesse meio tempo, já passou pela minha cabeça em largar tudo e jogar tudo por ar. Mas passou. Passou porque lembrei que não estou sozinha aqui, tenho vocês. O canal não era feito de uma pessoa, mas sim de quase sete mil pessoas que 'gastaram' um minuto da vida delas para se inscrever no Brincando de Escritora. Isso não é um assunto só meu, é um assunto NOSSO. Claro, ainda temos o blog aqui e todas as minhas outras redes sociais, mas o que importa aqui e agora é o futuro do canal. Preciso de vocês nessa, mais do que nunca. Pode ser que o youtube resolva isso essa semana, mas pode ser que nunca resolva, afinal, sou um canal pequeno sem advogados e sem dinheiro para isso também. O que devo fazer? Preciso de ajuda! De ideias! Já pensei em criar outro, mas perderia o nome e os mais de quatrocentos vídeos também. Todos os milhares de comentários e histórias que criamos lá iria para o ralo. Viu? É muito complicado pensar.

Enfim, esse post é para me explicar, é para pedir ajuda e uma luz também. Obrigada por se preocuparem, por terem vindo perguntar e por estarem ao meu lado. Somos pequenos naquele mar de vídeos do youtube, mas somos unidos. Amo vocês.

quarta-feira, 30 de maio de 2018

Na Estante: Nos Passos do Amor


Quando o assunto é livro de bailarina, sou realmente sempre muito chata. Fui bailarina por quinze anos da minha vida e, por isso, tenho um olhar bem crítico pro assunto. O que mais me incomoda, em geral, é que a história acaba sempre sendo a mesma e o balé, de verdade, normalmente é deixado totalmente de lado, como um simples acessório. Aqui, por outro lado, temos uma história bem legal e diferente do que já tinha lido até então, mas alguns vícios de escrita da autora me deixaram com um pouco de preguiça do livro (o que me fez enrolar muito a leitura). Quando eu animava com a leitura e queria saber o que ia acontecer, tinha alguma frase que me dava preguiça e eu parava de ler por um tempo. E assim foi durante quase toda a leitura. Em resumo, o livro ficou com três estrelas e vou explicar tudo nos detalhes, como sempre.

Alícia nasceu para ser uma bailarina. Desde pequena, sempre amou dançar e vivia para isso. Seus amigos estavam lá no balé, suas horas eram gastas lá e até o amor da sua vida estava lá. Caio era uma estrela guia para ela, eles eram amigos desde antes do que podiam se lembrar e construíram uma linda história de amor e de dança, uma vez que eram parceiros em palco também. A vida dos dois estava cheia de planos para o futuro até que um dia, voltando de uma apresentação, todos da companhia de dança acabam em um acidente de ônibus e isso muda a via de muita gente, principalmente a de Alícia. Danilo é um médico renomado que estudou e morou anos fora do país. Ele é apaixonado pelo que faz e viu que já era a hora de voltar para casa para ficar com sua família e seguir trabalhando com o que ama. Assim que chega, já tem seu primeiro desafio, uma bailarina que estava em coma e, ao acordar, percebeu que não sentia mais suas pernas.

"Anjo, por favor, deixa eu te ajudar." - Página 92

A conexão dos dois é rápida e muito forte. Danilo sente a necessidade de ajudá-la a recuperar seus leves e graciosos movimentos da dança, enquanto que ela vê nele uma faísca de esperança. Todos os outros médicos achavam impossível ela voltar a dançar um dia, mas ele conseguia ir além do que todos estavam vendo e acreditava na recuperação de sua paciente. A relação acaba saindo das salas do hospital e um se apoia no outro para seguir em frente em uma vida completamente nova, com muitos desafios e obstáculos. Não seria fácil para nenhum deles, ainda mais para Alícia que já tinha perdido o amor uma vez.

"Você se apaixonou por ele, não foi?" - Página 232

Ok, vamos lá! Danilo é um personagem legal e a participação dele na história faz sentido, mas como que uma criatura me passa anos fora do Brasil (ganhando muito dinheiro) e nunca volta para ver a família? Sim, essa minha revolta faz sentido na história, mas não vou dar spoilers. Quem leu, vai entender, rs. Alícia me cativou muito no começo, mas depois foi me dando preguiça. Isso não é culpa dela, mas sim da autora que a transformou em uma menina boba que só sabia falar da aparência das pessoas e de como ela estava se sentido, blá-blá-blá. Como comentei lá no começo, esse foi um dos motivos de eu ter enrolado a leitura. A personagem descreve tudo demais e quebra muito a quarta parede (fala diretamente com o leitor). Em alguns momentos, essa quebra é legal, mas o tempo todo cansa. 

Outra coisa que me fez tirar estrelinhas, é o fato de que, praticamente, todo personagem desse livro narra a história. Entendo quando temos trocas de narrador e, nessa história, isso era realmente necessário, mas entre os dois personagens principais já seria suficiente. Não entendi para que colocar (literalmente) até os irmãos dela narrando alguns trechos. Aí passava para um outro médico, voltava para a personagem principal, depois para o par romântico, depois outro irmão... Deu preguiça? Pois é. Enfim, não é meu livro favorito, mas é um dos melhores que já li quando o assunto é balé (isso não quer dizer que gostei da história, mas sim de como a dança é tratada).

Nos Passos do Amor
Autora: Julie Lopo
Editora: Planeta Literário
Páginas: 320
Skoob do Livro.
Meu Skoob.

sábado, 21 de abril de 2018

Na Estante: Meu Romeu


Quando li a sinopse do livro, foi amor a primeira vista. Misturava tudo que eu amo em um livro só, com coisas que, até então, eu ainda não tinha visto em livros famosinhos e tudo parecia bom demais. Digamos que, de certa forma, gostei mais da sinopse do que do próprio livro. A história é bom, mas é um pouco confusa, além disso, tem sérios problemas. A relação dos personagens principais passa longe de ser saudável e, infelizmente, isso é um padrão na maioria dos new adults (e eu já falei sobre isso aqui no blog). Pensando sobre isso, ficou difícil ler o livro. Ele não é ruim, mas ficou com três estrelas no final, mas não podemos negar que quase foram duas. O que salvou uma estrela, foi o fato de que a história te segura. pensei em largar a leitura algumas vezes, muitas dessas por preguiça do que estava rolando, mas lembrei de duas coisas: eu havia pagado pelo livro (haha) e eu realmente queria saber como essa grande bagunça iria terminar. Vocês me conhecem, vou contar tudo aqui nos detalhes sobre o que achei, então vamos por partes, rs.

Cassie Taylor está prestes a estrelar uma produção gigantesca e muito esperada da Broadway, mas está vendo tudo que sempre trabalhou muito para conseguir desabar bem na sua frente. Ela poderia perder o papel, o sonho e até mesmo a cabeça no meio disso. Tudo porque o seu mais novo par romântico em cena é o seu ex-namorado, e queridinho do momento, Ethan Holt. E é aí que precisamos voltar alguns anos em suas histórias para entender melhor como chegaram até ali. Cassie, quando mais nova, nunca acreditou que poderia realizar seu grande sonho de ser uma atriz de teatro famosa, mas sempre buscou a realização mesmo assim. Quando ela conseguiu entrar em uma das maiores escolas de atuação do país, tudo parecia surreal demais. E é aí que ela conhece Holt, quando os dois começam a estudar juntos e, por um acaso, são escolhidos com os personagens principais de uma adaptação da peça Romeu e Julieta, que a escola irá fazer.

"Meu Romeu está em cada centímetro dele." - Página 206

O que eles não esperavam, era que a química que eles tinham no palco, e que havia rendido o papel para eles, era muito mais do que algo profissional ou apenas dom para atuação. Os dois estavam completamente conectados e não conseguia sequer ficar um longe do outro por muito tempo. Só que tinha um problema, Holt não podia dar o que Cassie queria, um relacionamento seguro (e saudável). Ele tinha sérios traumas quanto a isso e evitava ao máximo conversar sobre o que sentia e possíveis soluções para isso. E o que vamos descobrindo aos poucos, uma vez que a história vai e volta do presente para o passado, é como a relação deles foi sendo construída e, logo depois, sendo arruinada. Como chegaram ao ponto que estão nos dias de hoje e tudo que Holt, muito arrependido, está disposto a fazer para reconquistar seu grande amor.

"Somos esses imãs gigantes que continuam se revirando, 
atraindo um ao outro e então repelindo. 
E eu só... eu..." - Página 132

Não consegui ir com a cara do Holt, torcer por ele ou sei lá mais o quê. Simplesmente queria tirá-lo do livro e deixar só a Cassie lá tentando brilhar nos palcos para realizar seus sonhos. Holt é o que vemos definido na internet como um embuste. A relação que ele cria com a personagem principal não é saudável e em muitos momentos ele inverte a história de forma que ela se sinta culpada pelo relacionamento não estar dando certo, por mais que ele fique fazendo o charminho de 'eu avisei que não era bom para você'. Isso na história do passado deles. No presente é ainda pior, a menina está se recuperando do trauma e quem aparece? O próprio. Argh. Também achei Cassie um pouco sem personalidade definida como personagem, mas o grande problema aqui foi o criatura do Ethan mesmo (e eu amo esse nome, palhaçada isso).

O livro estava com quatro estrelas até eu terminá-lo e perceber que o final é corrido e totalmente no estilo: vai ter que comprar o segundo livro para entender tudo. Não vou comprar o segundo livro e nem sei se quero entender alguma coisa dali, rs. Como disse lá em cima, a escrita é muito boa e a leitura te prende, afinal, você quer saber o que aconteceu, como aconteceu e tudo mais (já contei que vai continuar sem saber se for ler só o primeiro livro), mas passei tantos momentos pensando em largar a leitura que foi aí que percebi que tinha um problema. Além do que, as idas e vindas entre o presente e passado me deixaram bem confusa em muitos momentos. Enfim, ando meio revoltadinha com alguns livros e isso pode ter afetado um pouco a leitura, mas faz parte. De forma geral, é um senhor New Adult com todos os clichês possíveis para uma história assim.

Meu Romeu
Autora: Leisa Rayven
Editora: GloboAlt
Páginas: 407
Skoob do Livro.
Meu Skoob.

quinta-feira, 12 de abril de 2018

Na Estante: Como Se Fosse Magia


Eu li esse livro no finalzinho de março, mas só agora consegui parar tudo que estava fazendo para escrever a resenha. Quem me acompanha no canal do blog ou nas redes sociais, viu a bagunça que estava na minha vida (por conta de uma mudança). Mas, finalmente, consegui resolver as coisas e organizar parte do que estava uma zona, rs. Então, aqui estou eu com a resenha desse livro que é completamente devorável e uma delícia de ler. Ele ficou com cinco estrelas e mereceu muito bem cada uma delas. Foi bem legal ler algo diferente da autora, já que estava acostumada só com a série Batidas Perdidas (por mais que alguns personagens da série sejam levemente citados nessa história). Como sempre, vou contar tudo nos detalhes para vocês.

Eva é uma escritora de sucesso que sempre teve uma relação bem diferente com seus personagens. Eles criavam vida bem na sua frente e, basicamente, contavam suas histórias para que ela pudesse escrevê-las. Tudo estava uma maravilha, os livros vendiam como água no deserto, pessoas queriam os direitos autorais para filmes e séries e os fãs a adoravam. Só tinha um problema, ela estava sem conseguir escrever e precisava, urgentemente, entregar o livro final de uma série que estava escrevendo. Os personagens simplesmente haviam sumido de sua cabeça. Ela já tinha tentado de tudo, mas não conseguia criar a ligação que precisava para terminar sua história. Foi aí que no meio de uma tentativa de se reencontrar ela acaba salvando uma vida. Um homem tinha acabado de ser assaltado e estava jogado na rua, sem pensar muito, ela correu para ajudar. O que ela não imaginava, era que o homem era a cara de seu personagem principal. Lá estava ele, Enzo, em carne, osso e sem memória.

"Escrevo (...) como se minha vida dependesse disso. 
E talvez ela dependa..." - Página 123

Por conta do tombo que levou, Enzo estava sem memória e, para falar a verdade, nem sabia ao certo se esse era mesmo seu nome. É aí que a bagunça fica ainda maior, tudo em volta deles começa a fazer sentido com a história que Eva já tinha escrito. A forma como eles se encontram, os detalhes bobos que ela estava vivendo em sua vida, tudo indicava que ele era mesmo seu personagem. Mas como? Isso não seria possível. De primeira, ele acredita que ela é maluca, mas aos poucos, depois de ler os livros enquanto está no hospital, vai percebendo que pode até ser verdade toda aquela maluquice sobre ser um personagem. E é no meio disso tudo que os dois precisam se encontrar de verdade. Ele, para recuperar sua memória e entender que ele realmente é nesse história toda. Ela, para aceitar que as vezes não consegue controlar nem mesmo os mundos que cria. As histórias já estavam ligadas e eles precisavam logo descobrir se ela teria ou não um final feliz.

"Tem tanta verdade no que você escreveu no seu livro que a 
cada momento acredito mais que eu possa 
mesmo ter vindo de lá." - Página 79

A resolução da história me lembrou muito um filme que vi uma vez na netflix, mas não vou contar qual foi para não virar um grande spoiler do final, e todo o enredo me lembrou muito a história de Quando a Noite Cai, da Carina Rissi. As histórias são bem diferentes, mas, ao mesmo tempo, tem um estilo bem parecido. De qualquer forma, eu simplesmente achei bem legal colocar todo esse universo de criação literária dentro de um livro. A única coisa que achei um pouco chato enquanto eu lia, foi que a personagem principal ficava tentando explicar toda hora como a ligação dela com os leitores era a melhor do mundo e como o jeito dela de escrever era único e mágico. Como a personagem principal é totalmente inspirada da própria autora do livro (impossível não perceber isso), ficou parecendo que a autora queria se afirmar toda hora através do livro, sabe? Não sei se consegui explicar, mas tinha hora que isso cortava o que estava acontecendo só para a personagem falar sobre a ligação dela com os leitores e o dom dela.

Enzo é um personagem maravilhoso e todo o drama dele com a Eva e o mistério que estão vivendo é muito bem escrito e realmente nos prende até o final. O que me lembra, achei o final um pouco corrido (tenho achado isso de muitos livros recentemente). Quando as coisas começaram a se resolver, pareceu que a história saiu correndo para resolver todo o resto e acabar. Enfim, isso não atrapalhou em nada o livro, uma vez que ele continuou com cinco estrelas no final das contas. Para quem gosta de mundos mágicos, histórias muito bem escritas, romances dignos de um filme hollywoodiano, esse é o livro certo na medida certa.

Como Se Fosse Magia
Autora: Bianca Briones
Editora: Gutenberg
Páginas: 208
Skoob do Livro.
Meu Skoob.

segunda-feira, 26 de março de 2018

Na Estante: Kiro e Emily


Esse livro é na verdade é um presente da autora para os leitores da série Rosemary Beach, tanto que ele está sempre de graça nas plataformas digitais de leitura (tanto em inglês como em português). O livro ficou com quatro estrelas, mas isso se deve ao fato de que realmente acho a escrita da Abbi bem devorável. A história tem muitas falhas e, como é um pouco mais antiga, ainda tem muito do machismo do começo da série. Mesmo assim, é uma história que te dá muita vontade de ler e, se você acompanha a série completa, é muito legal de saber o antes de toda uma história. Foi muito legal ver um outro lado de alguns personagens que, normalmente, estão mais em segundo plano. Sem esquecer que a história em si do Kiro e da Emily realmente merecia ser contada. Como sempre, vou contar tudo nos detalhes para vocês. É importante lembrar que estamos falando de uma série aqui e que pode considerar uma coisa ou outra como spoiler. Pronto, já avisei.

Kiro faz parte de uma das maiores bandas do mundo. Sua vida se resume em ser um grande astro e aproveitar tudo que vem com esse pacote. Emily, por outro lado, nunca quis fazer parte desse mundo e de toda essa loucura, mas por conta de uma prima, que era muito fã da banda, acaba indo à vários shows e a ajudando a tentar entrar em uma das badaladas festas que eles faziam. é assim que os mundo dos dois se encontra e a ligação é automática. Kiro precisava conhecer aquela garota que, definitivamente, não fazia parte de seu mundo. Emily já queria distância, mas não conseguia evitar o fato de que se sentia muito bem perto dele. Foi assim que a amizade dos dois começou. Eles se falavam todos os dias e se apoiavam, fosse na faculdade ou em um show para milhares de pessoas. O amor aos poucos foi crescendo e logo eles perceberam que não conseguiriam mais ficar um longe do outro. Por isso mesmo, Kiro a convida para se mudar para a casa da banda e ela vai sem nem pensar duas vezes. Os dois ainda teriam muito para aprender, mas sabiam que com o amor que sentiam tudo valeria a pena.

"Quando saí de Chicago, achei que nunca mais teria notícias dele.
Mas Kiro me ligou na mesma noite e nossa amizade
foi crescendo com o passar dos meses." 

Não posso contar muita coisa, afinal, o livro é bem curtinho (quase um conto). De qualquer forma, a história em si me lembrou muito o livro Lead (que também tem uma grande banda no meio), por conta de toda a história de mudar para a mesma casa e tudo mais, mas só isso mesmo. De resto, é bem visível que Mase (do livro À Sua Espera, da série Rosemary Beach) é filho do Kiro. Os dois são muito parecidos, de verdade. Ainda mais quando o assunto é achar que são donos de suas parceiras (argh). Emily é um doce de personagem e isso já era de se esperar, uma vez que conhecemos a filha dos dois, Harlow (do livro A Primeira Chance, também da série Rosemary Beach) e sempre falam sobre como as duas são parecidas.

"Amo você, Emily. Sempre vou amar. Nesta vida, 
na próxima e na outra. Eu sempre vou amar só você."

De forma geral, adorei conhecer mais sobre o antes dessa série, afinal, por mais que a história seja focada no casal principal, vemos tudo que está acontecendo com a banda e como isso afetou a geração que lemos no resto da série. O que não gostei, além do jeito maníaco de Kiro, é como a história termina. Para quem conhece a série, o final não é um mistério, mas a autora correu demais com a história. O livro é num ritmo calmo em que vemos tudo acontecendo numa ordem bem organizada. E aí, quando chegamos ao final, ela vai resumindo tudo e pulando várias coisas e quando vê acabou e não explicou muito mais. Parecia que ela tinha cortado, sabe? Mas, enfim, para quem é fã da série, é algo que vale muito a pena, ainda mais por ser um livro que está sempre de graça, rs.

Kiro e Emily
Autora: Abbi Glines
Editora: Arqueiro
Páginas: 117
Skoob do Livro.
Meu Skoob.

terça-feira, 20 de março de 2018

Na Estante: Encontro do Destino


Quando a Aline me mandou uma mensagem pedindo meu email do kindle eu nem podia imaginar no amor em forma de conto que estava vindo para mim, rs. Ela lançou essa história para comemorar o dia internacional da mulher e todo o enredo tem uma ligação com essa data também. O livro não vai entrar na categoria Achados do Kindle porque não foi um achado, foi uma parceria. Enfim, a história ficou com cinco lindas estrelinhas e é uma delícia de leitura. Eu peguei para ler antes de dormir e só consegui parar quando terminei. Estava muito curiosa para saber o final e já estava completamente ligada aos personagens. A história me lembrou muito a Colleen Hoover, principalmente o meu livro favorito dessa autora, o Maybe Someday. Mas vamos por partes, que vou explicar tudo nos detalhes para vocês e ainda contar melhor o que achei. Lembrando que é um conto e que não posso falar demais, senão perde a graça, né? 

Ashton e Rachel tiveram seus destinos traçados na maternidade, assim como diz uma música famosa. Suas mães se conheceram na sala de parto e, por estarem sozinhas ali, se ligaram pela necessidade de alguém amigo por perto em um momento tão delicado. Após o nascimento dos dois, as duas acabaram perdendo contato, mas é claro que o destino já tinha resolvido isso e, um pouco depois, as duas se encontraram de novo e dessa vez era uma amizade para sempre. Com isso, as duas crianças cresceram juntas. Aniversários iguais e sempre juntos em tudo. Melhores amigos que pensavam igual e queriam as mesmas coisas. Só tinha um pequeno detalhe, Rachel era um pouco diferente das outras crianças e, por isso, Ashton teve que aprender a se comunicar melhor com ela, mas isso nunca os atrapalhou, na verdade, só fortaleceu o que eles tinham. O tempo foi passando e, com isso, os dois perceberam que aquela amizade poderia ser algo mais, mas o medo de perder o que eles tinham era maior. E se não desse certo? Eles não podiam arriscar isso. Só que mais uma vez o destino tinha planos e eles teriam que lidar com tudo que ainda estava por vir.

"Nossas mães dizem que é o destino, então, que seja ele (...)."

Pensa numa história gostosinha de ler. Ashton é simplesmente um personagem maravilhoso que realmente se importa com sua melhor amiga e, por um acaso, amor da sua vida. A forma como ele a trata durante todo o livro é algo fantástico e que mostra o quão importante foi a crianção dele. Rachel é uma personagem forte que, mesmo passando por problemas, segue de cabeça erguida e nos ensina muita coisa. É um conto, como disse, então não posso sair falando mais que a boca, mas eu realmente indico essa história para quem ama um bom clichê muito bem escrito e um romance digno de filme Hollywoodiano.

Encontro do Destino
Autora: Aline Sant'Ana
Editora: Charme
Páginas: 104
Skoob do Livro.
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quinta-feira, 8 de março de 2018

Ser Feminista X Livros de Romance


Faz um bom tempo que quero falar sobre esse assunto aqui no blog. Pensei, inclusive, em gravar um vídeo sobre isso, mas achei que falaria melhor por aqui. Não é que não goste de gravar vídeos, pelo contrário, eu amo! Mas sempre acho que consigo me expressar melhor quando escrevo e também me sinto mais livre quando coloco as coisas em palavras escritas (olha a doida). Vamos parar de enrolar e falar de uma vez. Faz mais de dois meses que esse texto está parado aqui nos rascunhos do blog e aí hoje, dia internacional da mulher, achei que era o momento certo de liberá-lo. Espero estar certa sobre isso, rs. Enfim, feliz dia das mulheres, afinal, não é fácil e a luta é diária, mas nós somos demais.

Desde que comecei a me entender melhor como feminista, ler romances, especialmente os new adults, se tornou uma missão quase impossível. Lembrando que romance é um gênero literário que não necessariamente é romântico. Enfim, muitos dos livros que amo de paixão, isso incluí meu querido Belo Desastre, são cheios de problemas que hoje (com meus 23 aninhos) me assustam. Os livros da Abbi Glines são minha válvula de escape, sério. São livros leves e relativamente divertidos, sempre com muitos personagens e casais diferentes, mas também entram nessa categoria bizarra, por mais que estejam melhorando com o tempo. A lista é grande e os problemas também são. Como assim? Casais cheios de problemas que não são normais e muito menos saudáveis. Isso me assusta? Sim! Mas o que me assusta mais é saber que muitas pessoas novas estão lendo e aplaudindo isso. Inclusive, já estive lá. Ah, mas esse papo de feminista é muito chato e blá-blá-blá. Se você pensa assim, infelizmente nada do que vou falar vai te ajudar, mas quem sabe se você ler até o final você consiga entender um pouquinho do que quero dizer.

Vamos lá, o problema não está em ler esses livros, afinal, eu seria bem hipócrita de falar isso, uma vez que a maior parte das minhas leituras são desse gênero. O problema está em não problematizar e questionar tudo que está lá. O problema está em achar normal a menina da história ter que sofrer tentando mudar o bad-boy que só quer saber de ficar com várias outras meninas, mas que lá no fundo pode mudar por aquela que é  a diferente de todas. Ahhhhhhhhhhhh. Ou ainda, aceitar tranquilamente uma relação em que a menina não pode nem sair com amigos para uma festa que a criatura gostosona (o cara, rs) já proíbe, por medo de perder o amor da sua vida. Sério, isso não é nem um terço dos padrões que temos visto por aí. Mas sabe qual me assusta mais? O que livro em que a vida da menina gira todinha em volta de ser aceita e amada por um cara, porque na cabeça dela, só assim ela pode ser feliz e completa. E sabe o que é pior? Não são nem só os new adults que se encaixam nisso, são noventa por cento dos livros de romance atual. Tudo bem você buscar um amor, só não pode se anular no processo.

Vamos lá, não tem nada de errado em você (ou a personagem) querer encontrar alguém legal para passar o resto da vida amando e sendo amada. Somos humanos e isso é normal e completamente aceitável. O que não está certo, e me preocupa, é a vida da pessoa ser apenas isso. Essa história de achar sua metade é furada, um casal não é feito de duas metades, mas sim de duas pessoas inteiras. Não ter amigos (livros em que não temos personagens secundários que mostram que a personagem tem vida além do romance), não ter sonhos (quando tudo ser resolve simplesmente por ter um namorado), não ter uma vida sem o outro (afinal, você pode estar junto com alguém, mas continua sendo uma pessoa com sua própria vida). Os livros em que as personagens estão buscando alguma coisa que sonham, ou trabalhando muito duro por algum emprego ou, simplesmente, vivendo a vida normal delas são algo raro. Claro que existem livros com esses temas, mas todos estão recheados de romances, muitas vezes forçados, que se destacam mais do que a própria vida da personagem. Ok, ela está buscando seu sonho de ser uma grande atriz, mas aí vai e conhece um ator mega famoso e muda todo o curso de sua vida e ele é tudo que ela sempre quis e não sabia, aí a história passa a ser sobre o amor deles, as brigas que vão ter por conta de fofocas e como ele a ajudou a realizar seu sonho, mas não é mais sobre o sonho dela e a vida dela. Porque a vida dela virou só ele. Ou ainda uma menina que acabou de entrar na faculdade com muitas ideias para seu futuro, mas aí conhece o cara mais gato do campus que vai virar a vida dela de cabeça para baixo e daí para frente é só isso. Como os dois estão se pegando pelos cantos e ele fica bravinho quando ela tenta fazer algo sem ele. A história deixa de ser sobre a vida acadêmica dela e passa a ser sobre o amor maníaco dele.

O que quero com esse post não é mudar o mundo (por mais que seria bem legal se fosse fácil assim), mas sim colocar uma pulguinha atrás da orelha de algumas (e alguns) de vocês. Ler é uma atividade que nos dá prazer, mas também pode nos ensinar muito e nos fazer pensar muito sobre quem somos e a sociedade em que vivemos. Continuo lendo esses livros? Sim, não vou mentir, afinal, vocês acompanham todas as minhas leituras. O problema não está no livro da atriz que se apaixonou pelo ator muito famoso, nem na menina da faculdade que se perdeu nos braços do bad-boy. O problema está em achar que isso é a única opção. Não estou aqui para ditar regras, credo, longe de mim. Mas para lembrar que podemos escolher nossas histórias. As da nossa vida e as que vamos ler. Podemos sim buscar um grande amor, mas sem esquecer que somos pessoas e que importamos. Sem deixar o outro (ou outra) dominando nossas escolhas. No final das contas, sem feminista é isso para mim. Ser dona do meu nariz e das minhas escolhas. Se empoderada por saber que minhas escolhas são minhas e buscar que as outras meninas se sintam assim também. Como sempre, não sei se temos algum sentido nesse post, mas pelo menos estou mais leve por ter escrito ele.

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Na Estante: Encontro Marcado


PARA TUDO! Finalmente temos a primeira resenha cinco estrelas do ano. Precisou chegar no meio de Fevereiro, mas antes tarde do que nunca, rs. Ok, agora que o drama passou, podemos focar na resenha. Temos aqui mais um dos meus Achados do Kindle e dessa vez é um conto de uma autora que eu gosto muito e que, para completar, é minha amiga (hehe). Eu já imaginava que ia gostar antes mesmo de começar a leitura e a confiança era tão grande que não li sinopse nem nada, simplesmente comprei o conto e já comecei a leitura (que foi bem rapidinha, menos de uma hora). A história, como comentei, ficou com cinco estrelas. É uma leitura muito leve e gostosa e, por mais clichê que seja, é o tipo de coisa que dá aquele quentinho no coração. Outra coisa, que é legal comentar, é que tem muita cara de filme, sabe? Enquanto eu ia lendo, conseguia imaginar as cenas certinho na minha cabeça e, de fato, a história daria um filme bem legal. Antes de seguirmos com a resenha, é legal lembrar que estamos falando de um conto para maiores (no mínimo dezesseis), afinal, por mais que ele seja levinho, tem cenas para maiores, o que segue muito o estilo da autora, Aline Sant'Ana. Já resenhei vários outros contos e livros dela, então para ver tudo é só clicar aqui. Agora vamos focar no de hoje, rs.

Vivienne estava no meio de um dos piores dias de sua vida. Estava sozinha no vagão de um trem enquanto nevava muito do lado de fora, para completar o pacote, era dia dos namorados e ela estava com um vestido de noiva. Sim, ela estava fugindo do que acreditava ser o maior erro de sua vida. Em sua cabeça, não tinha como aquele dia ficar mais complicado, mas é aí que ela estava enganada. Pouco depois de se acomodar em seu lugar, percebe que mais alguém entrou, mas prefere não olhar. O estranho tenta puxar papo com ela e, mesmo tendo vários lugares vazios, pergunta se pode sentar perto dela. É aí que ela resolve descontar toda a raiva nele, afinal, já tinha passado por um dia bem complicado, e quando levanta o rosto da de cara com seu melhor amigo da juventude. Um ex-namorado que havia sido tudo na vida dela, na verdade, talvez ele ainda fosse tudo. Mas quando eram adolescentes, ele precisou se mudar para outro país e eles tiverem que romper tudo o que tinham. Com a falta de tecnologia da época, perderam contato e, mesmo com toda a tecnologia que tinha agora, nunca se encontraram. Até aquele momento.

"Era como se o destino soubesse quem eu precisava ver naquele 
momento, depois de um dos dias mais agonizantes da minha vida." 

Klaus também estava passando por um momento complicado de sua vida, um divórcio cheio de detalhes que conseguia tirá-lo do sério. Mas lá estavam eles, sem combinar, em um dia dos namorados na mesma hora e no mesmo lugar. Não podia ser só uma coincidência. Dessa vez eles não deixariam de se falar, mas naquele dia ambos precisavam de tempo para pensar. Muita coisa tinha acontecido. E foi aí que eles criaram a tradição de se falarem todos os dias. Primeiro foram muitas mensagens trocadas, depois passaram para ligações diárias com hora marcada até que chegaram ao ponto das conversas de vídeo. Mas isso não podia dar certo, podia? Ele seguia morando em outro país, só tinha visto pessoalmente o amor da sua vida, pois estava de passagem. os dois tentavam seguir com suas vidas reais, e deixavam aquele relacionamento como uma faz de contas por chamadas de vídeo. Só que mais dias dos namorados estavam por vir e, como eles já tinham percebido, a vida era sempre uma grande surpresa para eles.

Quando li o conto, parecia que já conhecia os personagens principais, mesmo nunca tendo visto eles em nenhuma outra história. Quando conhecemos Vivi e Klaus no meio daquela bagunça da vida deles, meio que sentimos como se já tivéssemos passado por tudo junto com eles. Por isso que, mesmo sendo um conto curto, nos conectamos muito fácil com a história e torcemos muito pelos personagens. Além do que, como disse, a história toda parece um filme bem clichê que a gente no final ama assistir até cansar. Indico essa história para quem quer ler algo muito gostoso e leve para esquecer um pouco do mundo em volta. Uma leitura rápida, mas que vale muito a pena.

Encontro Marcado.
Autora: Aline Sant'Ana
Editora: Charme
Páginas: 55
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