Eu nunca imaginei que o
post sobre meus textos/livros renderia o que rendeu, foram mais de trezentas vizualizações (em quatro dias) e muitos comentários. Isso fez meu dia (mês e ano), sério. Muito, muito e muito obrigada. Para começar com essa categoria aqui no blog eu escolhi as primeiras linhas de uma das histórias que estou escrevendo no momento. Acho legal comentar que essa é a primeira vez que alguém vai ler isso. Normalmente minha mãe ou alguma amiga minha fica com esse papel (primeira leitura), mas achei que seria legal passar esse papel para vocês dessa vez, afinal é uma categoria nova e esse é o primeiro post oficial dela. Por isso preciso falar que sim, aceito críticas (desde que construtivas) e todos os comentários são bem vindos (mas vale lembrar que ainda estou no terceiro capítulo e por mais que eu saiba a história toda na minha cabeça, começo/meio/fim, muita coisa ainda pode e vai mudar, rs). Sim, são só as primeiras linhas, não tem como colocar o primeiro capítulo inteiro (porque são oito páginas do word). Espero que gostem, esses personagens estavam gritando na minha cabeça que queria sair um pouco do word.
Capítulo 1 (Na realidade, uma pequena parte dele, rs)
O último dia de gravação de um filme normalmente é bem emocionante. Não era o meu primeiro filme, mas você sempre se apega a todos que estão trabalhando com você. Afinal, vocês ficam juntos por quase quatro meses. Sempre tem aquela assistente de direção que te ajudava todo santo dia e que no final das contas estava rindo com você de piadas internas ou até mesmo a moça legal da cantina que já sabia exatamente o que você mais gosta de comer. Sem esquecer todos os colegas de elenco, pode parecer brega e clichê, mas a gente vira tipo uma família mesmo, onde o diretor é o pai e os produtores são os tios chatos que fazem piada de pavê no natal.
Eu estava no meu camarim me arrumando para gravar a minha última cena, que seria também a última cena a ser gravada no geral. Minha maquiadora, que por um pequeno acaso é minha melhor amiga e colega de casa, estava caprichando na parte “a prova d’água”. Um fato simples em Hollywood: Os diretores sempre se apegam muito aos atores e na última cena resolvem fazer um discurso que arranca lágrimas até do ator mais sem coração. É sério.
- Acho digno sairmos para comer pizza depois que eu borrar toda essa maquiagem. – Falei rindo enquanto Rachel aplicava com cuidado rímel nos meus cílios. – Topa?
- Você é minha carona, Meg. – Ela respondeu piscando. – Não tenho escolha.
Ri baixo.
- Nossa, Rachel. Está toda cheia de graça hoje, hein?
- É esse clima de último dia.
Dessa vez era ela quem estava rindo.
- Eu falei sério. Por mais que eu, de maquiagem borrada, seja um prato cheio para os fotógrafos, realmente daria meu mundo por uma pizza bem calórica de queijo. – Falei tentando chamar a atenção dela, isso que da ter uma amiga vegetariana.
- Acha mesmo que deixaria você sair de maquiagem borrada, Megan? – Rachel disse rindo. – E é claro que eu topo pizza, seria maluca se falasse não.
-Ui, ficou sério isso aqui. Me chamou de Megan! – Falei rindo. – Ufa, minha companheira de pizza não desistiu de mim. – Falei forçando um sorriso exagerado.
(...)
- Vamos começar a gravação em dez minutos já está tudo pronto? Preciso levar a Megan para o set de hoje assim que ela estiver livre do cabelo e maquiagem.
- Ela está pronta sim. – Rachel respondeu por mim enquanto prendia, com um grampo que faltava, a minha franja. – Aqui o serviço é de primeira. – Ela disse piscando. – Mas dê um jeito de levá-la naqueles carrinhos legais de golfe, não quero ver minha obra prima sendo destruída pelo suor!
- Sou sua obra prima? Que fofo! – Falei fazendo cara de criança feliz.
- A maquiagem e o cabelo, não você...
Mostrei a língua como resposta e as duas riram da minha careta.
- É claro que vamos com o carrinho “legal”. – A assistente disso fazendo as aspas com o dedo no ar.
Seguimos para o set e durante todo o caminho, menos de cinco minutos, Rachel foi segurando meu cabelo, ou melhor, sua obra prima. Quando finalmente chegamos todos da equipe já estavam lá me esperando, não tenho culpa se minha maquiagem é a mais trabalhada e demorada.
- Bem vinda ao último dia, Meggie. – Eu conhecia bem aquela voz, sem esquecer que ele era a única pessoa no mundo que me chamava assim.
- Digo o mesmo para você, Collins. – Falei sorrindo fraco.
Ele sorriu em resposta. Até onde eu sabia era a única pessoa que, quando dava na telha, o chamava só pelo sobrenome. Normalmente o chamam direto pelo nome mesmo, Ethan. Também conhecido como meu colega de elenco que acabou virando um dos meus melhores amigos no mundo inteiro, por mais que nossos fãs sonhem com algo mais. Era meio estranho e engraçado ao mesmo tempo, nas gravações estávamos sempre aos beijos enquanto que na vida real seguíamos aquela linha de amigos que gostam de implicar muito. Ele principalmente, já que passou grande parte das gravações tentando pregar peças em mim, para a diversão do resto do elenco e desespero de Rachel.
- Ethan e Meg, estão prontos? – Andy, o diretor do filme, veio animado falar com nós dois.
- Sempre estamos! – Ethan disse se fazendo de ofendido com a pergunta.
- Vou sentir falta de vocês dois.
Andy disse enquanto nos puxava para um grande abraço em grupo. Ri baixo antes de responder que também sentiria muita falta de toda aquela bagunça.
- Cuidado com o cabelo dela! – Rachel gritou de algum lugar.
Andy nos soltou e logo soltou uma risada bem gostosa. Estávamos em um momento totalmente emotivo e a Rachel só estava preocupada com meu penteado. Podia ser o último dia, mas algumas coisas nunca mudam.
- Ainda não é hora de nos despedirmos. Está perto, mas não vamos correr com isso, não é? – Andy continuou.
- É, Meggie. Não é agora que vai ficar livre de mim. – Ethan disse piscando.
- Devo te lembrar, Collins, que se eu não estou livre de você é porque você também não está livre de mim.
Respondi rindo.
- Não tinha pensando nesse detalhe. – Ele disse me puxando para um abraço, dessa vez, só nós dois.
- Ethan, eu vou te bater! Vai estragar o cabelo dela! – Ouvimos, mais uma vez, a voz de Rachel vindo de algum lugar. - Pode soltá-la agora!
- Me obriga! – Ele gritou em resposta.
(...)
AimeuDeusquenervosoeuquerosaberoquevocêsacharam. Sim, foi tudo junto por conta da emoção do momento. Comentem aí em baixo o que acharam! Sei que é meio óbvio, mas como já tive problemas sérios com isso preciso falar: Esse é um texto meu, então caso queira colocá-lo em algum lugar, por favor, dê créditos. Não copie histórias, é muito feio. Enfim, eu tinha pensado, de começo, em colocar um trecho de On Stage, mas muita gente aqui leu a história na época da fic, por mais que muita coisa tenha mudado achei digno colocar algo completamente inédito. E agora vocês estão, oficialmente, conhecendo um pouco mais do meu mundinho mágico e dos meus personagens.