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quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Na Estante: Aos Teus Pés


E lá vamos nós falar de mais um livro sobre bailarina aqui no blog. O que já mostra que vamos entrar em um assunto beeeem delicado, né? Fui bailarina por quinze anos e sou bem crítica com isso nas leituras com o tema, mas o livro é bem gostoso e me surpreendeu de uma forma boa. Ainda não é o melhor livro sobre bailarina que li (mas tem continuação e isso pode mudar, rs), mas é um dos mias legais no assunto sim. O livro acabou ficando com quatro estrelas, por vários motivos, e é claro que vou contar tudo nos detalhes para vocês.

Marina nunca teve uma vida fácil. Cresceu com o sonho de se tornar bailarina e viu tudo isso sendo destruído por seu pai, que acreditava que isso não era profissão e que a filha dele não dançaria por aí. Por sorte, ela tinha pessoas maravilhosas ao seu redor e, com isso, conseguiu fazer muitas aulas escondidas do pai, e para isso, sua mãe trabalho dobrado. Quando finalmente juntou coragem, ela pegou tudo que tinha e seguiu para a capital sem avisar ninguém. Ela ficaria na casa de sua melhor amiga da infância, que tinha ajudado a arquitetar todo esse plano, e logo arrumaria um trabalho para ajudar nas contas. Ou melhor, arrumaria "o" trabalho. O maior sonho de todos, ser uma bailarina profissional. O que ela não esperava, era que muito mais que um sonho a esperava por lá.

"Aquela [voz] que te avisa que a partir deste momento 
sua vida nunca mais será a mesma." - Página 19

Frederico Lamarck era o melhor jogar de futebol da faculdade. Estava no melhor momento de sua carreira e sempre foi muito popular. Por conta de amigos em comum e muita ajuda do destino, a vida dos dois acaba se cruzando e eles não conseguem resistir a tudo isso. Só tinha um detalhe, os dois estavam no meio de momentos muito importantes que poderia mudar por completo a vida dos dois. Ele buscando ainda mais visibilidade com jogar e ela buscando a vaga na companhia de dança. Se isso já não fosse complicado o suficiente, Frederico estava lidando com um erro de seu passado que poderia atrapalhar toda a sua vida, incluindo o time e, claro, sua relação com Mariana. Os dois precisariam colocar muitas coisas na balança para ver o que seria melhor e o que seria o certo.

"Ah, bailarina. Não sei viver sem você." - Página 277

Vamos por partes, começando pelo fato de que estamos falando de uma história completamente clichê apaixonante. Qual é! Temos uma bailarina e um jogar de futebol! Isso é quase um filme clássico do Disney Channel da vida, rs. Para quem, assim como eu, gosta de histórias assim, vale muito a pena. Os personagens principais são bem legais e complexos e Mariana merece um ponto bônus como personagem por ter ido buscar a realização de um sonho e por deixar para trás um pai cruel e que não acreditava nela. Frederico foi conquistando aos poucos e é bem o clássico galã dos romances atuais. Não teve nada de muito diferente que chamasse a atenção, mas foi bom durante a história.

O drama principal foi meio previsível, o tipo de coisa que assim que aparece já sabemos que vai dar ruim mais para frente, mas faz parte. Um segundo drama foi bem surpresa e, infelizmente, faz parte da realidade de muitas pessoas que buscam seus sonhos. Uma das coisas que me fez tirar a estrelinha do livro, foi que ele termina sem final. Isso realmente me deixa meio bléh com a história. É meio que "tentando obrigar" o leitor a ler a continuação, sabe? Mas entende isso e sei que faz parte. De forma geral, é um livro para quem gosta de romances clichês e muito gostosos de ler. Se você não foi bailarina(o) e não é chata(o) como eu nessas leituras, vai curtir ainda mais, rs.

Aos Teus Pés
Autora: Michelle Passos
Editora: Independente
Páginas: 343
Skoob do Livro.
Meu Skoob.

quarta-feira, 30 de maio de 2018

Na Estante: Nos Passos do Amor


Quando o assunto é livro de bailarina, sou realmente sempre muito chata. Fui bailarina por quinze anos da minha vida e, por isso, tenho um olhar bem crítico pro assunto. O que mais me incomoda, em geral, é que a história acaba sempre sendo a mesma e o balé, de verdade, normalmente é deixado totalmente de lado, como um simples acessório. Aqui, por outro lado, temos uma história bem legal e diferente do que já tinha lido até então, mas alguns vícios de escrita da autora me deixaram com um pouco de preguiça do livro (o que me fez enrolar muito a leitura). Quando eu animava com a leitura e queria saber o que ia acontecer, tinha alguma frase que me dava preguiça e eu parava de ler por um tempo. E assim foi durante quase toda a leitura. Em resumo, o livro ficou com três estrelas e vou explicar tudo nos detalhes, como sempre.

Alícia nasceu para ser uma bailarina. Desde pequena, sempre amou dançar e vivia para isso. Seus amigos estavam lá no balé, suas horas eram gastas lá e até o amor da sua vida estava lá. Caio era uma estrela guia para ela, eles eram amigos desde antes do que podiam se lembrar e construíram uma linda história de amor e de dança, uma vez que eram parceiros em palco também. A vida dos dois estava cheia de planos para o futuro até que um dia, voltando de uma apresentação, todos da companhia de dança acabam em um acidente de ônibus e isso muda a via de muita gente, principalmente a de Alícia. Danilo é um médico renomado que estudou e morou anos fora do país. Ele é apaixonado pelo que faz e viu que já era a hora de voltar para casa para ficar com sua família e seguir trabalhando com o que ama. Assim que chega, já tem seu primeiro desafio, uma bailarina que estava em coma e, ao acordar, percebeu que não sentia mais suas pernas.

"Anjo, por favor, deixa eu te ajudar." - Página 92

A conexão dos dois é rápida e muito forte. Danilo sente a necessidade de ajudá-la a recuperar seus leves e graciosos movimentos da dança, enquanto que ela vê nele uma faísca de esperança. Todos os outros médicos achavam impossível ela voltar a dançar um dia, mas ele conseguia ir além do que todos estavam vendo e acreditava na recuperação de sua paciente. A relação acaba saindo das salas do hospital e um se apoia no outro para seguir em frente em uma vida completamente nova, com muitos desafios e obstáculos. Não seria fácil para nenhum deles, ainda mais para Alícia que já tinha perdido o amor uma vez.

"Você se apaixonou por ele, não foi?" - Página 232

Ok, vamos lá! Danilo é um personagem legal e a participação dele na história faz sentido, mas como que uma criatura me passa anos fora do Brasil (ganhando muito dinheiro) e nunca volta para ver a família? Sim, essa minha revolta faz sentido na história, mas não vou dar spoilers. Quem leu, vai entender, rs. Alícia me cativou muito no começo, mas depois foi me dando preguiça. Isso não é culpa dela, mas sim da autora que a transformou em uma menina boba que só sabia falar da aparência das pessoas e de como ela estava se sentido, blá-blá-blá. Como comentei lá no começo, esse foi um dos motivos de eu ter enrolado a leitura. A personagem descreve tudo demais e quebra muito a quarta parede (fala diretamente com o leitor). Em alguns momentos, essa quebra é legal, mas o tempo todo cansa. 

Outra coisa que me fez tirar estrelinhas, é o fato de que, praticamente, todo personagem desse livro narra a história. Entendo quando temos trocas de narrador e, nessa história, isso era realmente necessário, mas entre os dois personagens principais já seria suficiente. Não entendi para que colocar (literalmente) até os irmãos dela narrando alguns trechos. Aí passava para um outro médico, voltava para a personagem principal, depois para o par romântico, depois outro irmão... Deu preguiça? Pois é. Enfim, não é meu livro favorito, mas é um dos melhores que já li quando o assunto é balé (isso não quer dizer que gostei da história, mas sim de como a dança é tratada).

Nos Passos do Amor
Autora: Julie Lopo
Editora: Planeta Literário
Páginas: 320
Skoob do Livro.
Meu Skoob.

terça-feira, 14 de julho de 2015

Na Estante: Quero Ser Beth Levitt


Faz muito tempo que eu estava maluca para ler esse livro, sério. Eu ganhei de aniversário (mais uma vez, obrigada, Tia Vana e Dindo!) e foi puro amor. Esse foi o quarto livro que eu li na maratona de vinte e quatro horas e, meu Deus, quando eu comecei eu estava caindo de sono. Peguei o livro lá pelas sete horas da manhã, doideira, eu sei. Acabei lendo só o primeiro capítulo e indo tirar uma naninha time. Quando acordei, voltei a ler e terminei de uma vez. O livro é bem grande, tipo assim, muito grande mesmo, enfim, foco. O motivo por trás de toda a minha vontade de ler era claro e simples (e estava na capa, rs): Dança. Faz um bom tempo que procuro um livro bom com esse tema, a verdade é que ainda não achei o favorito da vida, mas sigo tentando (e escrevendo, shiiii). Por enquanto esse é o melhor com o tema que já li, mas isso não significa que seja o melhor de forma geral. Eu comecei a história sem saber muito bem o que esperar e foi muito diferente do que eu esperava, ainda não sei se isso é bom ou ruim, rs. O livro, no final das contas, ganhou quatro estrelas. Eu gostei muito da escrita da autora e, por mais que tenha gostado da história num todo, achei que o livro enrola demais. Bom, agora vamos focar, não é?

O livro conta a história de Amelie, uma menina que, mesmo tendo perdido muita coisa na vida, nunca perdeu o sonho de ser uma grande bailarina. Seus pais morreram quando ainda era criança e, por conta disso, ela cresceu em um abrigo para meninas. O lugar, por mais que tenha a abrigado muito bem, nunca a preparou para a vida de verdade. Ela, e todas as outras meninas do lugar, viviam em um mundinho completamente diferente do real. O que ela tinha como lembrança da mãe era a dança e um livro, bem velho, chamado 'Doce Acaso'. A mãe de Amelie era uma bailarina muito famosa e muito do seu dom passou para a filha. O sonho dela, além de dançar, era ser como a personagem principal do livro, Beth Levitt. O problema é que, como vivia em um abrigo, ela dependia da boa ação de outros para poder fazer o que amava. Ela até teve um professora muito boa de dança, mas não foi por muito tempo. 

"Quero ser Beth Levitt!" - Página 13

As coisas eram sempre iguais na vida dela. Ela e as amigas do lugar precisavam esconder o que gostavam, como fotos de atores famosos, e quase nunca saiam, mas até que eram muito felizes lá. Até que Amelie chegou a idade adulta e se viu sem um lugar para ir. Ela sabia que precisaria sair do lugar em que havia crescido, mas não sabia nada do que a esperava lá fora. Por sorte, sua mãe tinha pensado em tudo e, quando ela saiu, tinha para onde ir e até mesmo uma boa quantia em dinheiro para sobreviver alguns meses. Tudo parecia perfeito, o problema é que Amelia não tinha ideia de como procurar um emprego ou, até mesmo, fazer um currículo. Mais, assim como a mãe, o destino já tinha preparado algo muito especial para ela. Completamente sem querer, e por conta de um erro de terceiros, ela foi parar em um teste de cinema, um dos grandes. Como ela não sabia muito bem o que estava fazendo, mas precisava de um emprego, acabou falando algumas frases aleatórias do seu livro preferido. O que ela não sabia (e não imaginava nem nos seus maiores sonhos) era que o teste era para o filme de 'Doce Acaso' e, se ela fosse muito bem, poderia fazer parte da história dos seus sonhos, ela poderia, então, ser Beth Levitt. Mas calma aí, nem tudo é tão simples assim quando o assunto é Hollywood.

"Você nunca será Beth Levitt" - Página 188

Alguém mais aí percebeu que esse livro tinha tudo para virar o meu favorito? Tipo assim, estamos falando de dança, de filmes e tretas hollywoodianas e mmuito romance clichê, mas, então, o que será que deu errado no caminho? Ah, pois é. O livro é realmente muito bom a história até te prende, mas ele tem muita cena desnecessária. Ele é gigante e, normalmente, isso não é um problema, mas quando cheguei na metade do livro parecia puramente enrolação. Amelie tem um nome lindo e é bailarina, ou seja, de primeira fui com a cara dela, mas, gente, que menina tolinha. Ok, ela cresceu longe da realidade, mas como que uma menina de dezoito anos nunca ouvir falar de currículo? O que ensinavam naquele abrigo? Achei legal as partes que citam o balé, mas, mais uma vez, ainda não foi bem o que eu esperava. Não consegui sentir a emoção de bailarina lendo os trechos, quem sabe um dia chego lá. 

O romance de fundo é bem fofinho e muito clichê, com uma carinha gigante de fanfic, o que eu adoro. Outra coisa que me fez tirar uma estrela do livro foi o fato de que fiquei completamente perdida no tempo do livro, não entendi muito bem o ano, parece uma história atual, mas, ao mesmo tempo, por conta de algumas coisas que Amelie faz/pensa parece que estamos uns trinta anos atrás. Num geral, é um ótimo livro, mas não se sinta culpado se tiver vontade de pular algumas linhas (ou páginas) para a leitura fluir. O livro nos lembra que os sonhos estão aí para virarem realidade e que quando nascemos para uma coisa, ninguém pode tirar isso da gente. A escrita da autora, como comentei antes, é bem gostosa e te deixa bem curioso para saber o que vai acontecer no final (por mais que eu tenha sacado no começo, como sempre haha). Se você gosta de romances muito clichês e histórias com o drama artístico de fundo esse livro definitivamente é para você.

Quero Ser Beth Levitt
Autora: Samanta Holtz
Editora: Novo Século
Páginas: 544
Skoob do Livro.
Meu Skoob.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Não Podemos Ter Medo da Nossa Felicidade


Definitivamente a coisa que mais amo nesse mundo é escrever. Seja um texto simples aqui no blog ou os livros que tenho em meu computador. Tudo isso começou quando eu escrevi minha primeira fanfic, uns sete anos atrás. Eu sempre tive a cabeça cheia de histórias e a cada segundo que eu respiro tenho uma ideia nova, por mais que isso pareça um exagero é a verdade. As notas do meu celular são lotadas de ideias e eu sempre estou pensando nos meus personagens antigos e até nos novos, que estão querendo ganhar espaço na minha agenda. Eu tenho ansiedade e muitas vezes não consigo controlar o que sinto. É terrível e é como se eu estivesse presa no meu próprio corpo, sem muitas opções e com muito medo. Em alguns momentos é mais leve, mas em alguns momentos eu realmente acho que não vou conseguir me recuperar. O que descobri, uns dois anos atrás, é que escrever me acalma. Eu posso estar num momento terrível, mas se eu sentar para escrever o mundo já volta, aos poucos, a sorrir para mim. O mesmo funciona com a leitura e é por isso que muitas vezes eu consigo ler livros gigantes em bem menos de uma madrugada. De qualquer forma, estou contando isso porque fazia muito tempo que eu não postava meus textos aleatório aqui no blog, mesmo sabendo que o criei para isso. Semana passada voltei a postar (com o de volta às aulas) e resolvi escrever esse para contar para vocês, melhor, meus motivos, afinal, o blog é para vocês, sempre.

Eu estava com medo. Medo de não estar escrevendo coisas legais, medo de ninguém gostar e, pelo jeito, medo de ser feliz. Afinal, é uma coisa que me faz bem e eu estava sendo tolinha a ponto de não postar por pensar demais. Aí eu estava escrevendo o texto da semana passada e pensei, quer saber, mesmo se ninguém gostar, eu gostei. Eu estou feliz e é isso que está valendo. Nem sempre vou escrever coisas legais e nem sempre todo mundo vai gostar, mas enquanto eu estiver feliz com isso está bom para mim. Por conta disso, você vão voltar a ver (ler) meus textos aleatórios aqui no blog e eu espero que vejam por eles o quão feliz eu estou de estar escrevendo cada linha. O mesmo acontece quando consigo separar meu tempo para ler, é tão bom entrar e viver em mundos novos, nem que seja por algumas horas. Ah, isso também serve para a dança, não sei se você sabe, mas eu fui bailarina por quase quinze anos (foi disso que veio a ideia para Na Ponta dos Pés), mas eu tive um problema no joelho e acabei sendo obrigada a parar. Meu joelho está bem melhor já vai fazer um ano, mas eu estava sempre com medo da dor voltar, até que ontem eu simplesmente liguei o som e dancei. dancei por mais de hora e no final eu estava morta de cansaço, mas também estava muito feliz.

Aos poucos fui percebendo que estava me afastando das coisas que amo e que me fazem bem por medos tolos. Isso está errado! Nós não podemos ter medo da nossa felicidade, afinal é nossa e de mais ninguém. Eu amo a Disney e vou continuar sendo uma eterna criança quando esse é o assunto, porque me faz bem. Eu amo escrever e eu vou continuar escrevendo, mesmo se ninguém for ler, porque me faz bem. Eu amo dançar e vou continuar dançando, mesmo com os meus novos limites, porque me faz muito bem. O mesmo serve para ler livros que amo, cantar músicas que amo (de forma desafinada) no karaokê e todas as outras coisas que me fazem bem. O que quero falar, depois disso tudo, é que você está nesse mundo para ser feliz ("O mundo pode até fazer você chorar, mas Deus te quer sorrindo..."). Então seja feliz, seja bobo, seja criança feliz, seja adulto feliz e nunca (nunca) tenha medo de sorrir. Dê risadas para o nada pelo menos uma vez ao dia e siga fazendo o que ama. Eu farei isso, cada dia mais e mais.

sábado, 11 de outubro de 2014

#BDE: Na Ponta dos Pés


Acho que aos poucos estou retomando a coragem de compartilhar, de forma mais completa, as minhas histórias. Se você acompanha o blog já deve saber do meu trauma, bom, ano passado algumas histórias minhas foram copiadas e eu fiquei bem magoada, MAS o tempo passa, então aqui estou eu vencendo meus medos (mas se alguém copiar, por mais que seja só o começo da história, vai apanhar, ok? Humm. hahaha). Em 2012 eu tive um pequeno grande problema no ballet, que me fez parar de vez com a dança (nas aulas e nos palcos, não é segredo que danço que nem uma maluca quando estou sozinha, rs). Durante uma apresentação, exatamente na pose final, uma menina sentou em cima do meu joelho sem querer enquanto eu estava em abertura. O resumo é que minha perna virou em um ângulo muito bizarro e a exagerada aqui gritou horrores de dor assuntando toda a platéia, yay, e eu, que já tinha muitos problemas no joelho, não conseguia nem apoiar minha perna no chão. Muitos tratamentos, aulas de pilates e algumas ressonâncias magnéticas depois eu estou muito bem (antigamente eu sentia dor 24/7, hoje em dia só quando jogo força no joelho sem querer ou quando durmo por cima da perna, rs). 

Por que eu contei isso? Porque foi depois desse 'problema' que a ideia de uma história sobre uma bailarina apareceu em minha cabeça. Se eu não podia dançar, alguém precisava dançar por mim, nem que fosse em um arquivo de word. Na época veio como uma fanfic, a Ballerina Dreams, mas esse ano eu resolvi reescrever a história do zero, a história (em tese) é a mesma, mas sem famoso algum, com personagens novos e com um tempero brasileiro, sem Los Angeles, a história se passa na capital mineira, BH. Vocês vão conhecer a Ellie, o Edu, a Angie e por aí vai. A lista é grande e eu já amo esses personagens como filhos, espero que gostem também. O primeiro capítulo é grandinho, por isso eu tive que buscar uma alternativa para postá-lo aqui. Achei o whatpadd, foi a minha melhor opção (viu como estou vencendo meus medos?). Espero que gostem, de coração, de mais uma parte do meu mundinho. Não esqueçam de comentar aqui no blog o que vocês acharam, isso é muito importante. Izabela, por que deu alok de liberar um capítulo assim? Porque amanhã é dias das crianças e como a gente nunca cresce (né?) resolvi dar esse """"presente"""" para os melhores leitores do mundo: Vocês. Eu até perguntei lá na página se vocês queriam On Stage ou Na Ponta dos Pés, bom, o segundo ganhou sem nem ter concorrência, rs. Por isso estamos aqui.

PARA LER O PRIMEIRO CAPÍTULO DE 'NA PONTA DOS PÉS' CLIQUE AQUI.

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Na Estante: Crash


Eu queria ler esse livro desde o começo do ano quando li em algum lugar que ele era um young adult sobre uma bailarina, ele acabou entrando na minha wishlist do book depository mas ficou esquecido por lá, pelo menos até mais ou menos uma semana atrás quando - mais uma vez - esse livro apareceu na minha frente, acabei levando isso como um sinal e comprei o livro pelo Kindle para ler de uma vez. Infelizmente posso contar nos dedos quantas vezes a palavra "ballet" apareceu no livro, mas se tem uma coisa que não posso contar nos dedos é o número de vezes que Jude Ryder foi preso.

O livro conta a história da bailarina Lucy (in the sky...) Larson. Sim, ela tem esse nome por conta da música dos Beatles, mas isso não afeta muita coisa na história. Lucy estava para começar o último ano do colégio em uma escola que não estava em seus planos (por conta de um problema financeiro ela teve que largar sua escola particular), mas isso não diminuiu o sonho dela se tornar uma grande bailarina em New York. A história começa com o final das férias de Lucy contando como ela conheceu (Hey,) Jude Ryder e como o mundo dela virou de cabeça para baixo desde então. Ryder é o tipo de garoto que todos os pais rezam para que nunca cheguem perto de suas filhas (ele é um Travis, de Belo Desastre, que não deu certo na vida).

"I'm cancer, Luce. And not the kind that you can kill off with radiation. The kind that kills you in the end." (Jude, Página 80)

Logo no começo a relação de Jude e Lucy parece errada e de certa forma segue assim até o final. Como quase todo bom (e clichê) young adult atual a história cresce em volta da vida cheia de segredos do badboy mais charmoso da escola e de como ele se apaixonou e tenta mudar para conquistar a menina doce, bonita  e diferente da escola que acabou de chegar e que também tem um passado cheio de segredos. Os segredos desse livro foram quase normais comparados à outros young adults, mas isso não quer dizer que foram leves. Podemos imaginar isso uma vez que o galã da história foi preso mais de treze vezes.

"He was an enigma to which I wanted the answer." (Lucy, Página 113)

Os personagens secundários são bem fracos, os que mais me chamaram atenção: o riquinho Sawyer Diamonds (cujo sobrenome completa a música...) e o pai de Lucy que por mais que seja uma mosca morta o livro todo conseguiu me conquistar em uma página em um dos últimos capítulos. Sobre os principais, Lucy é bem resolvida e é bailarina (gênio forte, posso afirmar) enquanto que Ryder é uma versão piorada de Travis (como falei antes). Ciumento, possessivo e com a mania de achar que fez burrada a cada segundo (por mais que normalmente ele realmente tivesse feito alguma burrada).

"So here I was, sitting next to a man who defined 'wreck' and who, if I let him into my life, would turn me into an emotional wreck" (Lucy, Página 85)

Lucy e Jude passam o livro no famoso namoro vai-e-vem. A relação deles passou por todos os tipos de rumores que uma escola cheia de adolescentes problemáticos poderia criar, sem esquecer que esses dois são os personagens mais teimosos que já li. O livro em alguns momentos fica cansativo, mas em outros te da vontade de só pensar naquela história, foi bem além da relação de amor/ódio que estou acostumada. Pelo menos a história é contada por apenas um ponto de vista, o de Lucy.

O livro tem duas continuações (Clash e Crush), mas não animei para ler por enquanto. Dei uma olhada nas sinopses e em alguns comentários sobre, mas nada me chamou muita a atenção. Quem sabe mais para frente se sobrar tempo eu compre e leia. Eu amei o livro, mesmo não tendo toda a parte de ballet que eu estava esperando, mas o final foi bem fraco comparado ao resta da história, como falei tem continuação, mas não animei.

Crash
Autora: Nicole Williams
Editora: Simon and Schuster
Páginas: 365
Skoob do Livro.
Meu Skoob. (:

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Texto: Bailarina


                As estações de metro da cidade de Londres podem ser bem irritantes quando querem. Eu estava atrasada para minha aula de dança no centro da cidade e tudo naquela estação parecia estar em câmera lenta. Olhei no relógio várias vezes enquanto esperava, mas os ponteiros estavam completamente parados. Resolvi esperar mais para frente na esperança de que durante a curta caminhada o tempo passasse mais rapidamente. Quando estava chegando ao fim do ponto de espera comecei a ouvir uma música, ela estava bem fraca, mas de alguma maneira ela parecia me chamar.

                Virei-me em direção ao lugar de onde vinha o som e a música estava cada vez mais fraca e distante. Por alguns segundos eu esqueci por completo que estava ali esperando por alguma coisa e segui a música. A cada segundo meus passos iam ficando mais rápidos e a música mais alta. Estava indo na direção certa e isso era uma boa coisa. Subi algumas escadas e em seguida desci mais algumas, quando dei por mim estava do outro lado da estação, exatamente do lado oposto do que eu deveria estar.

                Eu estava maluca. A música estava bem alta e perto, olhei em volta e dei de cara com um pequeno grupo de pessoas no lugar de onde vinha o som. Fui me aproximando com cuidado, eu já tinha achegado ali e mesmo me atrasando não voltaria atrás agora. Fui passando por entre as pessoas e quando achei a origem do som fiquei parada. Um garoto, que eu podia jurar que conhecia de algum lugar, estava ali com seu violino tocando uma das minhas músicas favoritas, mas a música não estava agitada com a versão de estúdio, estava calma de uma forma quase clássica.

                O garoto olhou para mim com o canto do olho e continuou a música de uma forma quase angelical. Bailarina como sou tentei me segurar por alguns segundos, mas foi mais forte que eu e logo eu estava dançando na estação no metro ao som de uma das minhas músicas favoritas que estava sendo tocada por um garoto que, em tese, eu nem conhecia. As pessoas aos poucos foram abrindo mais espaço e logo eu estava dançando em um espaço bem maior. O que tinha dado em mim?

                A música foi acabando e logo meus pés pararam de dançar. Todos que estavam ali bateram palmas e pude sentir meu rosto ficando vermelho. Agradeci sem graça e virei o rosto, dei de cara com um dos relógios gigantes da estação e levei um susto quando vi que estava muito atrasada. Olhei para trás na esperança de ver mais uma vez o rosto do violinista, mas ele estava ocupado olhando para o lado agradecendo os aplausos. Peguei minha bolsa e corri em direção à escada, eu ia acabar perdendo o metro e a aula de dança.

                Subi o primeiro degrau e percebi que alguém também estava correndo atrás de mim, não olhei para trás, estava atrasada demais para isso. Subi ainda mais rápido e quando cheguei ao topo da escada alguma coisa me fez parar, ou melhor, alguém.

                - Hey! – Fiquei parada quando ouvi alguém gritando.

                Respirei fundo, como não ouvi mais nada continuei andando.

                - Bailarina! – Ok, agora acho que foi comigo. Pensei.

                Olhei para trás e dei de cara com o violinista, a respiração dele estava acelerada, o que indica que ele correu bem para me alcançar. Ele sorriu e me estendeu minha sapatilha, aparentemente eu havia a deixado cair quando saí correndo.

                - Você deixou cair... E foi embora antes de eu me apresentar.

                Ele disse com um sorriso torto.

                Sorri em resposta.

A ideia desse texto veio daqui: http://www.youtube.com/watch?v=224E-VtB4k4 (:

quinta-feira, 31 de maio de 2012

E que seja perdido o único dia em que não se dançou...

Comecei o ballet com quase três anos de idade... Não lembro de muita coisa desta epóca, logicamente, mas lembro que até uns sete anos eu fazia totalmente por obrigação. Não era algo que eu ia para ficar feliz. Mas depois mudou. O ballet virou, assim como a escrita, uma terapia. Não tem nada melhor do que do nada criar coreografias e passar horas aperfeiçoando-a.
Teve uma época, mais ou menos em 2008, que eu passava mais de seis horas no ballet quase todos os dias da semana... Esaindo coreografias e mais coreografias... E não tinha coisa melhor não tem coisa melhor. Tinha apresentações que eu dançava em todos os números, era maravilhoso, menos na parte de trocar de figurino correndo...
Tive que ficar dois anos sem dançar... Tudo culpa de um problema, bem antigo, no joelho. A falta que o ballet fez veio a tona na semana passada quando voltei a fazer aulas. O que senti na "primeira" aula é indescritível. Eu achava que não ia conseguir fazer mais nada depois de dois anos parada... Achava que eu estaria "enferrujada", mas estava engada. Dois dias seguidos de ballet foram o necessário para eu voltar a fazer tudo que fazia antes, da mesma forma.
Criei a teoria de que o ballet, assim como a bicicleta, a gente nunca esquece. Ainda bem. Então ai vai uma dica, mesmo que você nunca tenha feito aula de nenhum tipo de dança, dance. Não tem remédio melhor, não tem coisa melhor. Na dança você se solta e passa todos os seus sentimentos para o corpo. Por movimentos, delicados ou não, você passa o que está sentindo... É único.