Mostrando postagens com marcador dança. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador dança. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 30 de maio de 2018

Na Estante: Nos Passos do Amor


Quando o assunto é livro de bailarina, sou realmente sempre muito chata. Fui bailarina por quinze anos da minha vida e, por isso, tenho um olhar bem crítico pro assunto. O que mais me incomoda, em geral, é que a história acaba sempre sendo a mesma e o balé, de verdade, normalmente é deixado totalmente de lado, como um simples acessório. Aqui, por outro lado, temos uma história bem legal e diferente do que já tinha lido até então, mas alguns vícios de escrita da autora me deixaram com um pouco de preguiça do livro (o que me fez enrolar muito a leitura). Quando eu animava com a leitura e queria saber o que ia acontecer, tinha alguma frase que me dava preguiça e eu parava de ler por um tempo. E assim foi durante quase toda a leitura. Em resumo, o livro ficou com três estrelas e vou explicar tudo nos detalhes, como sempre.

Alícia nasceu para ser uma bailarina. Desde pequena, sempre amou dançar e vivia para isso. Seus amigos estavam lá no balé, suas horas eram gastas lá e até o amor da sua vida estava lá. Caio era uma estrela guia para ela, eles eram amigos desde antes do que podiam se lembrar e construíram uma linda história de amor e de dança, uma vez que eram parceiros em palco também. A vida dos dois estava cheia de planos para o futuro até que um dia, voltando de uma apresentação, todos da companhia de dança acabam em um acidente de ônibus e isso muda a via de muita gente, principalmente a de Alícia. Danilo é um médico renomado que estudou e morou anos fora do país. Ele é apaixonado pelo que faz e viu que já era a hora de voltar para casa para ficar com sua família e seguir trabalhando com o que ama. Assim que chega, já tem seu primeiro desafio, uma bailarina que estava em coma e, ao acordar, percebeu que não sentia mais suas pernas.

"Anjo, por favor, deixa eu te ajudar." - Página 92

A conexão dos dois é rápida e muito forte. Danilo sente a necessidade de ajudá-la a recuperar seus leves e graciosos movimentos da dança, enquanto que ela vê nele uma faísca de esperança. Todos os outros médicos achavam impossível ela voltar a dançar um dia, mas ele conseguia ir além do que todos estavam vendo e acreditava na recuperação de sua paciente. A relação acaba saindo das salas do hospital e um se apoia no outro para seguir em frente em uma vida completamente nova, com muitos desafios e obstáculos. Não seria fácil para nenhum deles, ainda mais para Alícia que já tinha perdido o amor uma vez.

"Você se apaixonou por ele, não foi?" - Página 232

Ok, vamos lá! Danilo é um personagem legal e a participação dele na história faz sentido, mas como que uma criatura me passa anos fora do Brasil (ganhando muito dinheiro) e nunca volta para ver a família? Sim, essa minha revolta faz sentido na história, mas não vou dar spoilers. Quem leu, vai entender, rs. Alícia me cativou muito no começo, mas depois foi me dando preguiça. Isso não é culpa dela, mas sim da autora que a transformou em uma menina boba que só sabia falar da aparência das pessoas e de como ela estava se sentido, blá-blá-blá. Como comentei lá no começo, esse foi um dos motivos de eu ter enrolado a leitura. A personagem descreve tudo demais e quebra muito a quarta parede (fala diretamente com o leitor). Em alguns momentos, essa quebra é legal, mas o tempo todo cansa. 

Outra coisa que me fez tirar estrelinhas, é o fato de que, praticamente, todo personagem desse livro narra a história. Entendo quando temos trocas de narrador e, nessa história, isso era realmente necessário, mas entre os dois personagens principais já seria suficiente. Não entendi para que colocar (literalmente) até os irmãos dela narrando alguns trechos. Aí passava para um outro médico, voltava para a personagem principal, depois para o par romântico, depois outro irmão... Deu preguiça? Pois é. Enfim, não é meu livro favorito, mas é um dos melhores que já li quando o assunto é balé (isso não quer dizer que gostei da história, mas sim de como a dança é tratada).

Nos Passos do Amor
Autora: Julie Lopo
Editora: Planeta Literário
Páginas: 320
Skoob do Livro.
Meu Skoob.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Não Podemos Ter Medo da Nossa Felicidade


Definitivamente a coisa que mais amo nesse mundo é escrever. Seja um texto simples aqui no blog ou os livros que tenho em meu computador. Tudo isso começou quando eu escrevi minha primeira fanfic, uns sete anos atrás. Eu sempre tive a cabeça cheia de histórias e a cada segundo que eu respiro tenho uma ideia nova, por mais que isso pareça um exagero é a verdade. As notas do meu celular são lotadas de ideias e eu sempre estou pensando nos meus personagens antigos e até nos novos, que estão querendo ganhar espaço na minha agenda. Eu tenho ansiedade e muitas vezes não consigo controlar o que sinto. É terrível e é como se eu estivesse presa no meu próprio corpo, sem muitas opções e com muito medo. Em alguns momentos é mais leve, mas em alguns momentos eu realmente acho que não vou conseguir me recuperar. O que descobri, uns dois anos atrás, é que escrever me acalma. Eu posso estar num momento terrível, mas se eu sentar para escrever o mundo já volta, aos poucos, a sorrir para mim. O mesmo funciona com a leitura e é por isso que muitas vezes eu consigo ler livros gigantes em bem menos de uma madrugada. De qualquer forma, estou contando isso porque fazia muito tempo que eu não postava meus textos aleatório aqui no blog, mesmo sabendo que o criei para isso. Semana passada voltei a postar (com o de volta às aulas) e resolvi escrever esse para contar para vocês, melhor, meus motivos, afinal, o blog é para vocês, sempre.

Eu estava com medo. Medo de não estar escrevendo coisas legais, medo de ninguém gostar e, pelo jeito, medo de ser feliz. Afinal, é uma coisa que me faz bem e eu estava sendo tolinha a ponto de não postar por pensar demais. Aí eu estava escrevendo o texto da semana passada e pensei, quer saber, mesmo se ninguém gostar, eu gostei. Eu estou feliz e é isso que está valendo. Nem sempre vou escrever coisas legais e nem sempre todo mundo vai gostar, mas enquanto eu estiver feliz com isso está bom para mim. Por conta disso, você vão voltar a ver (ler) meus textos aleatórios aqui no blog e eu espero que vejam por eles o quão feliz eu estou de estar escrevendo cada linha. O mesmo acontece quando consigo separar meu tempo para ler, é tão bom entrar e viver em mundos novos, nem que seja por algumas horas. Ah, isso também serve para a dança, não sei se você sabe, mas eu fui bailarina por quase quinze anos (foi disso que veio a ideia para Na Ponta dos Pés), mas eu tive um problema no joelho e acabei sendo obrigada a parar. Meu joelho está bem melhor já vai fazer um ano, mas eu estava sempre com medo da dor voltar, até que ontem eu simplesmente liguei o som e dancei. dancei por mais de hora e no final eu estava morta de cansaço, mas também estava muito feliz.

Aos poucos fui percebendo que estava me afastando das coisas que amo e que me fazem bem por medos tolos. Isso está errado! Nós não podemos ter medo da nossa felicidade, afinal é nossa e de mais ninguém. Eu amo a Disney e vou continuar sendo uma eterna criança quando esse é o assunto, porque me faz bem. Eu amo escrever e eu vou continuar escrevendo, mesmo se ninguém for ler, porque me faz bem. Eu amo dançar e vou continuar dançando, mesmo com os meus novos limites, porque me faz muito bem. O mesmo serve para ler livros que amo, cantar músicas que amo (de forma desafinada) no karaokê e todas as outras coisas que me fazem bem. O que quero falar, depois disso tudo, é que você está nesse mundo para ser feliz ("O mundo pode até fazer você chorar, mas Deus te quer sorrindo..."). Então seja feliz, seja bobo, seja criança feliz, seja adulto feliz e nunca (nunca) tenha medo de sorrir. Dê risadas para o nada pelo menos uma vez ao dia e siga fazendo o que ama. Eu farei isso, cada dia mais e mais.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Playlist: Para Dançar


Hoje teria um vlog, mas eu acordei sem voz e por mais que agora a voz já tenha voltado eu ainda estou com dor de garganta e não é legal gravar assim. Por conta disso a playlist que só iria ao ar amanha passou para hoje! Selecionei as músicas que mais gosto de colocar quando quero dançar pelo quarto, aquele tipo de música que não precisa de coreografia, precisa apenas de alguém querendo dançar. Espero que gostem e dancem!

quinta-feira, 31 de maio de 2012

E que seja perdido o único dia em que não se dançou...

Comecei o ballet com quase três anos de idade... Não lembro de muita coisa desta epóca, logicamente, mas lembro que até uns sete anos eu fazia totalmente por obrigação. Não era algo que eu ia para ficar feliz. Mas depois mudou. O ballet virou, assim como a escrita, uma terapia. Não tem nada melhor do que do nada criar coreografias e passar horas aperfeiçoando-a.
Teve uma época, mais ou menos em 2008, que eu passava mais de seis horas no ballet quase todos os dias da semana... Esaindo coreografias e mais coreografias... E não tinha coisa melhor não tem coisa melhor. Tinha apresentações que eu dançava em todos os números, era maravilhoso, menos na parte de trocar de figurino correndo...
Tive que ficar dois anos sem dançar... Tudo culpa de um problema, bem antigo, no joelho. A falta que o ballet fez veio a tona na semana passada quando voltei a fazer aulas. O que senti na "primeira" aula é indescritível. Eu achava que não ia conseguir fazer mais nada depois de dois anos parada... Achava que eu estaria "enferrujada", mas estava engada. Dois dias seguidos de ballet foram o necessário para eu voltar a fazer tudo que fazia antes, da mesma forma.
Criei a teoria de que o ballet, assim como a bicicleta, a gente nunca esquece. Ainda bem. Então ai vai uma dica, mesmo que você nunca tenha feito aula de nenhum tipo de dança, dance. Não tem remédio melhor, não tem coisa melhor. Na dança você se solta e passa todos os seus sentimentos para o corpo. Por movimentos, delicados ou não, você passa o que está sentindo... É único.