Faz um bom tempo que namoro esse livro nas livrarias da vida (nossa, que profundo isso), mas acabava nunca levando para casa até que em Março, naquela promoção louca de Dia da Mulher que a Saraiva faz (tem vídeo de unboxing aqui), eu tomei vergonha na cara e comprei. E aí o que fiz? Enrolei muito para ler, é claro. Até que nesse último feriado resolvi fazer mais uma maratona #24hBDE e levei o livro como quem não quer nada. Acabou sendo o primeiro (dos sete que li nessas vinte e quatro horas) e aqui estou eu para contar um pouco sobre ele para vocês. É um livro bem leve e divertido que acabou ficando com quatro estrelas. Algumas coisas em como a história é contada, uns detalhes bobinhos e o fato de tudo ser um pouco previsível me fizeram tirar essa estrela, mas é claro que conto isso nos detalhes para vocês.
Lully está prestes a realizar um grande sonho, fazer um intercâmbio de quatro meses nos Estados Unidos e, melhor que isso, vai trabalhar em uma estação de Ski! Muita ansiedade, muito medo, mas também muita vontade de viver tudo que o país do cheeseburger, como ela mesma fala, tem para oferecer. A única parte complicada de tudo isso, seria deixar seu namorado para trás no Brasil enquanto está lá no hemisfério norte. Eles conversam, eles se entendem e, com a promessa de que tudo continuaria igual entre os dois. Para uma pessoa que estava saindo do verão carioca, Lake Tahoe é quase a casa do papai noel para Lully. Uma cidade com muita neve e não só na estação de Ski. Por sorte, ela acaba fazendo e encontrando alguns amigos brasileiros assim que chega ao hotel (e até mesmo antes, no avião). Brasileiros se entendem e fazem festa como e onde podem. Mas espera, não era por isso que ela estava ali. Ela não queria viver de festas, queria trabalhar, juntar uma graninha e criar memórias únicas. Ah, esse era só seu primeiro obstáculo ali.
"É... Acho que a ficha finalmente caiu." - Página 16
Para trabalhar no lugar que queria da estação, ela precisava saber andar na neve e acabou precisando de aulas para isso. Sem esquecer, é claro, que não estava ali para brincar e aproveitar, mas sim para limpar mesas, atender pessoas e até mesmo limpar banheiros. Nada disso parecia ser um problema, afinal, era o que ela queria e não estava ligando para nada. As semanas vão passando e logo Lully vai se apegando cada vez mais aos lugar novo, aos amigos novos e a vida novas. mas espera, ela tinha uma vida inteira no Brasil, um namorado até. E é aí que ela se vê com uma difícil escolha para fazer, algo que mudaria a sua vida para sempre. E já não era tão fácil assim de pensar, afinal, ela já não era mais a mesma pessoa de quando chegou.
"(...) Acho que só estou confusa porque estou longe
por muito tempo, a distância muda a gente." - Página 269
O livro é uma graça e descreve de uma forma bem leve e divertida um intercâmbio de trabalho. Por um lado, tive vários momentos gostosos de lembrança da época que eu fiz intecâmbio, por mais que o meu não tenha sido de trabalho. Por outro lado, pude conhecer esse mundo um pouco diferente do que eu conhecia, afinal, já fui para os Estados Unidos, mas, até agora, só para ver o Mickey mesmo, rs. Os personagens são legais e bem construídos. De começo, não fui muito com a cara de Lully, mas a culpa não era dela (haha), mas sim de como sua história estava sendo narrada. Era muito detalhe que não precisava (e que estava escrito lá, entre parenteses, que não precisava estar), era muita hashtag no meio de frase e coisas do tipo. Quando isso foi parando, ao longo dos primeiros capítulos, fui me apegando mais com a história. Outra coisa que me fez tirar uma estrela da história, foi que eu meio que saquei o final lá no começo. Sou bem boa em fazer isso com filmes e livros, então pode ser que não seja um defeito e sim eu que sou chata (fato!). Enfim, aí perdeu um pouco a graça, sabe? Para quem não sabe inglês, pode ser um pouco complicado ler o livro. Em muitos momentos os personagens conversam em inglês ou usam expressões do idioma para se comunicar e em nenhuma página rola tradução (nem no rodapé). Como professora de inglês, nem senti isso passando, mas para quem tem dificuldade com a língua ou não conhece, isso pode atrapalhar a leitura.
Ah! tem mais uma coisinha, mas lógico que isso não me fez tirar estrelas, só acho digno comentar mesmo porque fiquei muito pensativa sobre isso. O livro se passa em 2015. Em nenhum momento isso é falado, mas por conta do lançamento de um filme que é citado percebi a data. Ok, onde quero chegar com isso? O livro tem coisas que parecem de 2010 ou antes (época que eu fiz intercâmbio e por isso 'reconheci' os dramas tecnológicos). Tipo, a menina teve o dinheiro (que não é pouco) para fazer a viagem, mas não tem um celular com internet? Hoje em dia (e três anos atrás também) até o mais simples dos celulares têm a opção de wi-fi ou 3G/4G. E não é só ela. É geral, porque quando chegam no aeroporto todos pegam os laptops para usar o wi-fi e avisarem POR EMAIL que chegaram em casa. Sei que é só um drama meu, mas achei surreal demais. Se todos ali mandassem uma mensagem no whats tava tudo resolvido. Ok, vou parar de ser chata (por agora). O livro é realmente muito gostoso de ler e, tirando as besteiras que falei, vale muito a pena a leitura. Principalmente para quem já fez um intercâmbio e quer relembrar ou para quem sonha em fazer (ou, até mesmo, tem só curiosidade).
#Fui
Autora: Viviane Maurey
Editora: GloboAlt
Páginas: 360
Skoob do Livro.
Meu Skoob.
#amei rsrsr amei mais ainda por conta da personagem ter meu nome rrsr
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