segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Na Estante: Deep (Stage Dive #4)


E eu finalmente cheguei ao final da série Stage Dive, um caminho que começou lá em 2015. Não posso negar que me apeguei aos personagens e estava bem ansiosa para saber como isso tudo terminaria. Realmente, os dois últimos livros deram uma caída se compararmos com os dois primeiros, mas de forma geral, é uma série bem gostosa de ler. Na verdade, eu ainda não sei explicar o efeito que a escrita da autora tem em mim, sério. Eu comecei a ler esse livro depois de terminar o Menina Veneno, da Carina Rissi, e, na minha cabeça eu leria só algumas páginas e logo iria dormir. Rá. Quando dei por mim já tinha passado na página oitenta e nem sabia como. Continuei lendo e puft, acabei o livro. Peguei o celular, crente que era no máximo duas da manhã... três e meia. Se considerarmos o horário de verão, estava quase certa, rs. Sério, os livros da série são devoráveis e esse não foge dessa regra. O livro ganhou quatro estrelas e foi um ótimo final para a série, mas calma, vou explicar tudo nos detalhes. 

Lizzy tinha toda a sua vida planejada e arrumada, estava cursando psicologia e estava bem longe de problemas. O que ela não esperava é que duas linhas poderiam mudar todo o rumo dos seus planos. Duas linhas. Positivo. Como? Não era possível que aquilo fosse real, ela tomava tanto cuidado com tudo e nem estava com ninguém desde Ben. Ben. O baixista mimado da Stage Dive, banda que estava presente em sua vida por conta de sua irmã, Anne, que era casada com o baterista, Mal. Ela já tinha sido completamente apaixonada por Ben, mas tudo tinha ficado para trás desde aquela noite em Vegas. Era isso. Vegas era culpada, ou melhor, ela e Ben eram culpados em Vegas. Isso colocaria a vida dos dois de cabeça para baixo e ainda deixaria a banda um caos, uma vez que o baixista havia prometido para mal que não daria em cima de sua cunhada. Como tanta coisa aconteceu em tão pouco tempo e como que tudo se resumia a duas linhas em um teste de gravidez?

"Nenhum de nós planejou isso. Mas você tem que parar de querer
concorrer ao prêmio de idiota do ano e dar um jeito
nessa sua cabeça antes que seja tarde demais." - Página 162

Eles estavam ligadas e isso não podia ser desfeito. A banda estava para sair em turnê e a única solução que todos acharam foi colocar Lizzy no avião com todos eles sob os cuidados médicos mais caros e possíveis do mundo. Ah se esse fosse todo o problema. Ela não tinha o esquecido, não de verdade, e agora tinha algo crescendo dentro dela para lembrá-la o tempo todo que eles já tinham tido a chance de tentar, mas não tinha dado certo. Será que uma segunda chance daria jeito? Mas como, se Ben evitava tudo que era ligado a relacionamentos sérios e compromissos de forma geral. Todos tinham muita coisa para resolver.

"- O que é isso? Você sabe o que a gente está fazendo?
- O que eu não deveria estar fazendo."
Página 104

Ben é meio bobinho. Ele não chega a ser babaca como o Jimmy, cantor e personagem principal do terceiro livro, mas também não é nenhum bad-boy apaixonante como Mal, baterista e personagem principal do segundo livro. Ele é mais como David, o guitarrista dono da história no primeiro livro. Dito isso, não me apeguei demais a ele. Ele é infantil em suas escolhas e ações, por mais que já seja um pouco mais velho. Em alguns momentos acerta muito e em outros erra feio, ou seja, é um personagem bem humano. Lizzy segue o mesmo caminho, boba de tudo no começo do livro, mas por uma obra divina vai ganhando uma força bem legal durante o livro. Ela muda bastante e é de um jeito bom, ela começa a se dar mais valor e a entender que não precisa de alguém, quem dera todas as personagens de new adult percebessem isso.

O livro não é perfeito, mas faz seu papel. Conhecemos bem a história dos personagens principais e ainda vemos como todo o resto da banda está no meio disso, como sempre, a maior parte dos post-its foram para frases do Mal, rs. O livro ficou com quatro estrelas porque, por mais devorável e gostoso que seja de ler, ele ainda tem muitas falhas quando o assunto é o relacionamento dos personagens principais. A relação deles foi quase pro mesmo caminho da do terceiro livro e isso deu uma leve preguiça, mas nada grave. Em resumo, a série toda é baseada em relacionamentos forçados (nossa, falando assim fica até feio). Vou explicar, os personagens principais sempre se viam forçados de alguma forma a se aguentarem, romanticamente ou não, mas acabando em romance. Em alguns livros isso funcionou, em outros nem tanto, mas de forma geral é uma série obrigatória para quem ama tretas hollywoodianas, new adults de raiz e muito drama com bandas de rock, rs.

Deep (Stage Dive #4)
Autora: Kylie Scott
Páginas: 319
Editora: Universo dos Livros
Skoob do Livro.
Meu Skoob.

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