terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Na Estante: Looking for Alaska (Quem é Você, Alasca?)


Esse livro não entrou na minha lista de "menos de um dia", na realidade, ele entrou para uma lista bem chatinha que antes só era ocupada por dois ou três livros. Eu comecei Looking for Alaska em agosto do ano passado (ganhei o livro de aniversário, em junho passado), mas o começo é tão tedioso que acabei abandonando o livro por conta daquela mania de só dar quatro capítulos de chance para o livro. Esse ano resolvi parar com essa mania e dar uma segunda chance para o livro, ainda mais porque todo lugar que eu vejo tem alguém falando muito bem dele (Peguei e reli o começo antes de retomar a leitura). Se eu gostei? Sim, mas eu esperava bem mais. A história é boa, mas o que realmente vale a pena são as últimas 30 páginas (mais ou menos esse número, rs). A pergunta é: Vale a pena ler um livro de quase 250 páginas só pelas suas últimas linhas? Isso vai de pessoa para pessoa, mas não posso negar, o livro tem frases incríveis e marcantes que me lembraram muito "A Culpa é das Estrelas" (do mesmo autor).

O livro conta a história do Miles, um garoto normal e sem graça que morava na Flórida, sem amigos e sem um próposito em sua vida. Ele tinha uma mania, meio estranha e mórbida, de decorar as últimas palavras (antes de morrer) de pessoas famosas e importantes, ele aprendia essas frases lendo e relendo biografias. É aí que ele decide que precisa ir atrás do "Grande Talvez" dele ("Great Perhaps", parte da última fala do poeta François Rabelais). Ele vai parar em um tipo de colégio interno para achar o seu "talvez" e a vida dele muda de uma forma radical. No Culver Creek Boarding School ele conhece seu mais novo colega de quarto, Colonel (acredito que no livro em português seja: Coronel) e esse o apresenta a uma vida de "talvez" que vai muito além do esperado, o famoso: melhor que a encomenda.

"(...) If people were rain, I was drizzle and she was 
a hurricane." - Página 88

Colonel apelida Miles de Pudge (em português acho que está como "Gordo") e logo o apresenta para seus amigos de colégio, para ser mais clara, logo apresenta Alaska para Pudge. Uma menina bonita, doida, com olhos verdes profundos e que com poucas palavras conseguiu mudar por completo a vida dele. Alaska, mesmo sem querer, ensina muito para Miles e até mesmo para quem está lendo o livro. A história é dividida em duas partes, o "antes" e o "depois", mas realmente a contagem de dias para o acontecimento passa quase despercebida uma vez que a turma (Pudge, Colonel, Alaska, Lara e Takumi) vive criando e pondo em prática peças para colocar o colégio de cabeça para baixo. Algumas são leves enquanto que outras realmente são malucas. Alaska é um grande mistério (o título do livro faz muito sentido tanto em inglês quanto em português), e Pudge a cada dia mais que desvendar cada segredo por trás daqueles olhos verdes.

"(...) No one can catch the motherfucking fox." - Página 104

Não procure spoilers sobre o "depois", eu li o livro sabendo o que ia acontecer e isso tirou um pouco da graça (vou culpar a Natascha, uma amiga minha, que ficou curtindo imagens do livro no we heart it e lotou minha dash com spoilers, a vingança vem de jegue, mas vem, Natascha). Ok, se um livro é estupidamente bom não é um spoiler que vai mudar isso, mas acho que se eu não soubesse teria tido um pouco mais de graça no final das contas. Então estou jogando parte da culpa nesse fato.

Os personagens são muito bons, simples assim. Mais uma vez John Green conseguiu criar varios personagens bem complexos. Alaska é uma incognita quando quer, mas sempre que ela falava alguma coisa ou você morria de rir ou ficava um bom tempo pensando sobre a vida. Pudge é calmo (tedioso) e as vezes até inocente demais, mas ele evoluí de uma forma única durante a história. Colonel é uma piada, é um ótimo amigo, mas não se destaca tanto quanto Pudge ou Alaska. Takumi e Lara também são importantes na história e se fazem presentes quando precisam, mas o foco aqui é realmente Pudge e Alaska (tanto que o nome dela está no título, rs).

Looking fo Alaska tem frases marcantes, como já falei, mas não é o meu favorito do autor (ainda é A Culpa é das Estrelas). O livro (pelo menos) te faz pensar muito na vida e em todas as pessoas que fazem parte dela. Como você usa seu tempo e como você quer ser lembrando (pela sua última frase ou por uma vida inteira de frases?). Eu indico esse livro se você tiver paciência, afinal o livro fica bem parado em alguns momentos. Acho que é isso, dei quatro estrelas porque o final é realmente bom, mas não tinha como esquecer as outras duzentas páginas que não me agradaram muito.

Looking for Alaska
Autor: John Green
Editora: Speak
Páginas: 221
Skoob do Livro.
Meu Skoob.

7 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    1. Muita gente gosta, tem que lembrar isso haha :DD
      (mas eu achei parado kkkkk)

      bjs

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  2. Um dos meus favoritos, com certeza! Mexeu comigo de verdade rsrs. Mas nosso gosto pra livro é diferente né, Bela? Seu blog é lindo, bjs, love u!

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    1. As vezes sim, as vezes não haha o fato é, não falei que é ruim, apenas achei parado demais haha não é um livro que me animou para ler numa virada de noite haha thaaaaaaaaaanks yayá! <333

      love u too

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  3. Esse livro, esse livro...<3
    John Green esfaqueou meu peito com a segunda parte :'c :'c
    Amei a Alasca, ela é tão... ela.
    As frases são perfeitas <3
    Diferente de você gostei mais desse que de ACDE. Mas ainda assim Cidades de Papel é o meu favorito do autor.
    Beijos sua lindaaaaa!
    umaleitoravoraz.blogspot.com.br

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    1. Realmente, o John sabe matar um leitor quando quer haha
      Sim, o livro tem frases ótimas, gastei um bom número de post its haha
      Devo ler cidades de papel ainda esse mês <33

      beijooooos, gabi :D

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    2. Espero que você goste bastante de Cidades de Papel. Eu amei.
      Impossível não usar muitos post its quando o assunto é livros do John <3

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