Esse era o último livro da autora que faltava para eu ler (sim, atualmente já li todos os publicados). Na verdade, ficaria faltando um conto... mas já li também e a resenha dele é a próxima por aqui, inclusive. Para quem quiser, lá no canal saiu um vídeo com a ordem de leitura dos livros da autora e o que achei de cada um deles. Ok, mas agora vamos focar nesse livro aqui, não é mesmo? Pessoalmente não gostei na capa (gosto bem mais da original) e acho que ela tem parte na culpa de eu ter enrolado para ler (sim, estou culpando a capa porque ela não tem nada a ver com a história). Mas isso é só um detalhe. O livro, assim como a grande maioria das obras da autora, é dramático, clichê e ridiculamente bem escrito. Por conta de todos esses fatores e por como a história ainda sim me prendeu e surpreendeu, ele ficou com cinco estrelas (e por muito pouco não levou um coração de favorito). Adorei que, diferente de todos os livros que estou acostumada com mais de um personagem narrando, não temos o casal trocando de pontos de vista, mas sim temos uma mãe e sua filha. O que deixou esse livro ainda mais interessante e único. Afinal, muitos dos leitores podem se identificar mais com a mãe ou com a filha... ou no meu caso, um pouco com cada. Já avisei que é dramático, não é? Isso é zero novidade quando falamos da autora, mas sempre bom lembrar.
Morgan ainda não tinha todo um futuro planejado, mas uma gravidez na adolescência definitivamente nunca passou pela cabeça dela e do seu namorado. Os dois estavam apenas querendo curtir a formatura do ensino médio, mas foram logo surpreendidos pela notícia de que um bebê estava por vir. Uma criança que se tornaria o mundo todo de Morgan pelos próximos anos. Clara era exatamente como a mãe, mas não conseguia enxergar isso, uma vez que conhecia apenas a versão mãe de sua mãe. Morgan havia se apagado nos últimos dezessete anos para poder ser a melhor pessoa na criação de sua filha. Mesmo que isso significasse esquecer das coisas que ela gostava, seguir com planos sobre o futuro e, até mesmo, como era a relação dela com seu marido, Chris. Inclusive, era ele quem acalmava as duas em casa que, por serem muito iguais, viviam batendo de frente uma com a outra.
Clara sonhava em estudar teatro, mas sua mãe queria algo maior para ela. Ela tinha muito medo que a filha se apagasse, como ela mesma tinha feito nos últimos anos. E, como toda adolescente que se preze, Clara também está com altos problemas românticos, uma vez que está apaixonada por um colega de escola, o Miller, e tem certeza que ele a detesta. Mas eles estão fazendo um trabalho de teatro juntos. Para complicar tudo ainda mais, um acidente muda por completo a família e coloca a vida das duas de cabeça para baixo. Com o acidente (que acontece logo no começo do livro), muitos segredos e traições são revelados e Morgan precisa entender como vai lidar com isso.
A Morgan é muito forte. Colleen escreve personagens fortes muito bem, mas a Morgan não é só uma mulher forte... ela é uma mãe forte. Ela é uma mãe que estava carregando o peso do mundo nas costas e um pouco mais. Eu queria entrar no livro para abraçar a personagem e falar que tudo ficaria bem, mesmo sem ter certeza disso. Como isso (ainda) é impossível, eu liguei para minha mãe quando acabei o livro só para falar que a amava demais mesmo. Mães. Clara. Ah, Clara. Por muitas vezes a personagem mais sensata de todo esse livro, mas, ainda assim, adolescente. Ou seja, temos vontade de sacudi-la algumas muitas vezes durante o livro (e faz parte). Como sempre, Colleen nos faz pensar demais sobre empatia. Sobre tentar entender o lado do outro e, quando fazemos isso, os livros dela ganham novos sentidos incríveis (já falei muito sobre isso em Heart Bones). Enquanto tudo isso está rolando, a relação de mãe e filha após o acidente e como elas lidaram com isso, ainda temos as relações secundárias da história como a irmã de Morgan e o noivo dela (e como isso se relaciona com a Morgan) e a família do Miller e toda a relação dele com a Clara também. Em resumo, um livro real e que vale a pena demais ler. Você super se apega aos personagens e a todas as loucuras que acontecem na vida deles. Colleen sendo Collen (ponto). Ah, as resenhas seguem um pouco "atrasadas", mas em dia nos vlogs de leitura do canal.
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