Fiquei uns bons meses sem escrever resenhas aqui para o blog, por mais que ano passado (2020) eu tenha lido 59 livros no total. O que aconteceu, então? Assim como para todo o resto do mundo, eu estava em um momento muito atípico da minha vida, trabalhando de casa e tudo mais, e, ao mesmo tempo que voltei a ler mais com isso, também comecei a vloggar mais minhas leituras. Foi assim que nasceram os "Vlogs de Leitura" lá no canal e me orgulho em dizer que amo o formato que "criei" por lá para compartilhar minhas leituras. Mas algo estava faltando... As resenhas escritas, é claro. Só que um lado da minha cabeça (meus Divertidamente estavam pirando) pensava que não valeria a pena, uma vez que já estava tudo documentado em horas e mais horas gravadas no canal. Mas um novo ano começou e, por mais que na tese não mude nada de fato, quis eu mesma mudar algumas coisas. Começando, é claro, com a volta das resenhas escritas (mas sem abandonar os vlogs de leitura). Agora que já me expliquei, vamos para a primeira resenha escrita do ano... que é sobre o primeiro livro que li no ano (uau, será que ainda sei o que eu estou fazendo aqui?).
Brittainy cada dia mais se torna uma das minhas autoras favoritas da vida. Aquela autora que se publicar a lista de compras do mercado... eu compro para ler. O meu livro favorito de 2020 foi dela (Eleanor & Grey) e, pensando assim, achei que seria muito justo começar o novo ano com um livro dela também. E eu acertei em cheio! Como é de se esperar, o livro quebrou meu coração em mil pedacinhos, mas valeu a pena cada segundo. Chorei, ri, me emocionei, chorei mais um pouco e ri de novo mais algumas vezes. É um livro real. Um livro com situações que fazem parte da nossa vida, mas que nem sempre paramos para pensar em realidades que não são nossas. Mesmo tratando de muitos assuntos delicados, o livro é leve. Exatamente por todos esses fatores (e mais alguns outros que ainda vou comentar) o livro ficou com cinco estrelas e um lindo coração de favorito.
Aria tem a alma de artista. Na verdade, ela em si é a arte. Mas isso nem sempre é muito apreciado pelas pessoas no geral, exatamente por isso, ela é invisível em sua escola. Muitos, mesmo tendo estudado a vida toda com ela, nem sequer lembram o seu nome. E ela não liga muito para isso, de verdade. Ela tem a arte para ser uma companheira fiel e, para quando precisa de contatos humanos, tem seu melhor amigo Simon. Ele também não é lá muito popular e, para completar, lida com alguns transtornos compulsivos (no caso dele, com o número quatro). Só que em questão de semanas, a vida dela muda por completo. É como se tivessem colocado uma grande seta neon apontada para ela e todos que nunca perceberam que ela estava ali, começam a perceber, mas não de uma forma muito agradável.
"Você é uma montanha-russa de emoções e tem medo de se envolver." - Página 11
Levi é a carne nova no pedaço. Ele acabou de chegar na cidade para passar mais tempo com o pai (que ele basicamente não conhecia muito sobre) e virou logo a atração da escola. Bonito, talentoso e com um sotaque do Sul que fez muitas e muitos suspirarem. Assim como Aria, ele também tinha alma de artista. Ele era músico e era toda a alma da música também. Mas toda essa atenção não é nem de perto algo que ele queria ou gostaria de ter, na verdade. Aria e Levi acabam sendo escolhidos como parceiros de um trabalho que envolve a arte e a alma dos dois: música e pinturas. O mundo dos dois colide e eles percebem que, mesmo no caos que vivem, ambos têm muito em comum. Se apaixonar não era nem de perto o plano deles, não com tudo que estavam passando, mas isso não é algo que podemos controlar. A conexão deles é forte e eles percebem que um precisava muito do outro, por mais que nunca fossem de fato admitir isso. A arte e a alma se completam.
"(...) eu encontrei alguém que meio que está juntando os pedaços de novo." - Página 230
O que mais gosto na escrita da Brittainy é o dom que ela tem para escrever personagens secundários. Isso tudo torna a história ainda mais real, afinal, um conjunto de personagens bem escritos nos ajudam a entrar ainda mais na história e a acreditar em tudo que está acontecendo ali. Dito isso, outro dom da autora é criar história que são muito dramáticas, mas sempre na medida certa. O suficiente para você chorar, mas logo se recompor com esperança e quentinho no coração. Essa história me pegou de surpresa em muitos momentos e eu tomei muito cuidado para não soltar nem um mini spoiler aqui para vocês. Ela merece ser lida com todas as suas surpresas e reviravoltas.
O livro, como comentei, toca em muitos assuntos delicados, mas faz isso de forma inteligente e cativante. Não é sofrível ler o livro, por mais que você sinta algumas dores dos personagens. É uma história que parece real e isso torna a leitura ainda mais gostosa. Indico o livro para que já leu outros da autora e gostou ou para quem gosta da escrita levemente (muito, vamos falar a verdade) da Colleen Hoover. Indicaria a leitura para maiores de quinze anos também. Para ser uma leitura mais bem aproveitada. E você, já leu? O que achou dessa história? Lembrando que tem vlog de leitura desse livro lá no canal e que você pode clicar aqui para ver.
Meu Deus! Eu estava com saudades das suas resenhas por mais que eu acompanhasse tudo no seu canal, sentia falta de ler suas resenhas, até porque eu descobri primeiro o seu blog e depois seu canal no YouTube. É claro que o livro vai estar na minha lista de leitura para esse ano 😃
ResponderExcluir