O que me move nessa série é, definitivamente, a curiosidade. Quando li (e resenhei) o conto de Janeiro (para ler é só vir aqui), fiquei sem conseguir imaginar o que a autora faria com todos os outros meses e, exatamente por isso, coloquei na cabeça que precisava ler tudo para ver onde isso chegaria. Por sorte, mesmo sendo doze livros, todos são curtos e bem direto ao ponto pelo que entendi. O conto da vez, Fevereiro, seguiu com o que me incomodou do primeiro volume. A história começa em um rítmo muito bom e aos poucos vamos entrando dentro dela, mas quando tudo começa a ficar realmente bom, a autora corre com tudo e acaba o livro. Isso funciona para nos deixar ansiosos pela continuação, mas, ao mesmo tempo, deixa o final corrido e um pouco desleixado. O livro ganhou quatro estrelas e, como é uma continuação, quem ainda não leu o primeiro pode achar que um detalhe ou outro aqui é spoiler. Vale comentar, também, que além de ser continuação, é um conto e, por isso, não posso contar muita coisa, caso contrário perde toda a graça, rs.
Com o pai em coma e sem o dinheiro para pagar as dívidas que ele havia deixado, Mia ainda precisava bancar a acompanhante de luxo para conseguir se livrar da bagunça toda que estava vivendo. Seu primeiro cliente, de Janeiro, Wes, havia deixado uma marca profunda nela, mas ela precisava seguir em frente e ser forte. Exatamente por isso, ela vai parar na casa e ateliê de um artista francês muito famoso por suas obras e fotografias, Alec Dubois. Em Seattle, ela teria que ser a grande musa do artista e acompanhá-lo durante um mês, como uma boa garota do calendário faz.
"Uma pontada de culpa me atingiu, mas eu a afastei." - Página 14
O problema é que as visões de mundo que Alec tem são bem diferentes da de Mia e a ligação entre eles não é das melhores de primeira. Com a cabeça no último cliente e um atual que viaja nas ideias, Mia se vê confusa e começa a pensar sobre vários lados do que está vivendo. Aos poucos Alec vai mostrando o que é arte de verdade para ela e, com isso, ela aprende e vive bem mais que imaginava. Arte não é só para ver. É para viver e sentir. Para que isso aconteça, ele precisava que Mia se sentisse bem com ela mesma e com suas escolhas. O que ela não imaginava era que os serviços dela não eram tão simples quanto o esperado e que quando alguém tenta ajudar pode, na verdade, estar ofendendo de forma exagerada.
"A arte deve fazer você sentir alguma coisa." - Página 62
É incrível como que a Mia segue com a cabeça erguida mesmo passando por momentos impossíveis de lidar. A cabeça dela fica numa grande briga entre a lógica e a necessidade e até isso é uma parte importante dessa série. Finalmente achoq ue descobri o caminho que a autora que seguir com os livros e acho que gostei. Mia tem um lado de empoderamento, mesmo passando por todas as loucuras que passa, e gosta de deixar registrado que quando transa é porque quer, não porque algum homem quis. Alec é um personagem que demorou (muito) para me conquistar, só quando ele saiu do estúdio e foi mais ele que eu gostei do que li. Quando ele estava todo profissional falando difícil em francês achei sem graça e forçado, mas logo vemos um lado leve que estava muito bem escondido.
O livro segue no mesmo esquema do primeiro, é erótico por natureza, mas de forma leve e sem exageros e palavras nojentas. Inclusive, já li New Adults mais pesados. Acho que isso que tem me prendido, todo o por trás da história e como ela vai terminar. O que posso falar? Que venha o próximo mês!
A Garota do Calendário - Fevereiro
Autora: Audrey Carlan
Editora: Verus
Páginas: 135
Skoob do Livro.
Meu Skoob.
O livro parece ser bem interessante, já vi muitas pessoas falarem bem dele e estou muito ansiosa para lê-lo
ResponderExcluiradorei a resenha !!
Beijoss
Isa
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