terça-feira, 23 de junho de 2015

Na Estante: Geek Girl 2 - Desastre Fashion


Eu tinha adorado o primeiro livro dessa trilogia (se ainda não viu a resenha é só vir aqui) e, por conta disso, estava maluca por essa continuação. Não vou negar, achei o começo do livro bem parado e quase desanimei com a leitura, digamos que tenha ficado assim por uns dois ou três capítulos. Ok, nem foi tanto assim, mas é que eu estava esperando tanto, rs. Mas calma, muita calma nessa hora, afinal falei dos primeiros capítulos, porque depois o livro pega o ritmo do primeiro e logo te prende da mesma maneira na história. Até entendi o começo meio parado, porque a história do começo é assim mesmo, a animação e as trapalhadas vão aparecendo de acordo com os capítulos e, meu Deus, esse livro tem muita trapalhada, adoro. O livro rendeu muitas risadas e, assim como o primeiro, me fez pensar em muitas coisas sobre o meu tempo de escola também. Sem esquecer, é claro, que continuo achando que essa trilogia devia ser uma leitura obrigatória para todos, tipo assim, todos mesmo. É um lembrete gigante de que cada um tem um jeitinho de ser e que é isso que nos torna que nós somos no mundo. Nossa marca registrada. O simples fato de que ser geek, por exemplo, não te impede em nada de ser uma mega-modelo famosa. Você pode ser você e ainda assim ser feliz, não importa o que dizem. Claro que o caminho não é fácil, mas ninguém disse que era. Essa é a mensagem principal do livro e eu amo isso. Por conta disso tudo, e das trabalhadas da personagem principal que eu adoro, o livro recebeu cinco lindas estrelinhas lá no meu skoob. Se você ainda não leu o primeiro volume dessa trilogia pode achar que uma coisa ou outra dita nessa resenha é spoiler, então, quem avisa amiga é. Ok, agora vamos focar na resenha.

Era de se imaginar que a vida de Harriet mudaria por completo, não é? Afinal, de uma simples geek (quase) sem amigos, ela passou a ser uma das modelos mais famosas e requisitadas do mundo fashion. É assim que o mundo funciona, certo? As coisas mudam. Bom, não. Não quando estamos falando do mundo do colegial, pelo menos. Harriet pode ser famosa e ser uma ótima modelo, mas ela ainda é atrapalhada e, acima de tudo, ainda é muito geek. Por conta disso, seus colegas de escola ainda a tratam mal e usam toda essa loucura sobre moda contra ela, não é fácil lidar com colegas que, infelizes com a vida deles, precisam encher a paciência alheia, ainda mais quando você ainda tem que lidar com todo o mundo fashion, que é uma grande bagunça. Sem esquecer, é claro, que seu namoradinho gato (e modelo!) havia pedido um tempo e sumido, literalmente, no mapa. Mas estava tudo bem, afinal, as férias estavam para começar e nada atrapalharia os planos que ela tinha criado. Tudo voltaria ao normal e seria perfeito. Ela verias filmes, documentários e faria várias festas do pijama com sua melhor amiga, Nat, ou pelo menos era o que ela imaginava. Até Nat avisar, em cima da hora, que estava sendo forçada por sua mãe a ir estudar durante todo o mês na França, em uma cidade esquecida do mundo, porque tinha tirado notas baixas em francês na escola. Ok, nem é tão ruim assim ficar sem a melhor amiga nas férias, imagina. Nem estamos falando, ainda, dos seus pais que estão pirando por conta do novo bebê que está por vir e que, até mesmo, deixaram escapar que seria melhor que ela não estivesse ali. Pelo menos o mundo da moda salva, ou quase isso, e Harriet descobre isso assim que, no meio desse desastre todo, recebe um chamado para trabalhar de modelo, por alguns dias, no Japão!

"(...) Essa é a beleza de uma viagem para o exterior. 
Você não precisa de nada além de si mesmo." - Página 68

Só existe um problema, ela não tem como ir sozinha, mas ir para o outro lado do mundo é a solução para todos os seus problemas, e ela sabe disso. Parar lá longe realmente resolveria tudo num passe de mágica, sem dúvidas. Um coração partido pode facilmente se colar quando mudamos de fuso-horário, acredito que li isso em algum lugar. Sua melhor amiga pode nem fazer falta quando você muda de continente por uns dias, isso é tão óbvio. Sua família pode voltar ao normal, é só entrar em um avião. É assim que funciona, só que muito pelo contrário. Harriet tenta ver todos os lados positivos de tudo, mas as coisas parecem que só vão complicando mais e mais a cada segundo que passa. Seja pelo fato de que seu ex-namorado-bonitinho está com outra na frente dela ou ainda pelo fato de que alguém, lá do outro lado do mundo mesmo, está tentando acabar com a carreira dela. Meu Deus, mesmo assim ainda tem gente que reclama das fórmulas de física, rs. Tente lidar com as formulas e ainda com o desastre que é o mundo fashion. Boa sorte.

"(...) Eu sou considerada: 
2. Uma louca fora de moda." - Página 192

Os personagens não mudaram muito de um livro para o outro, mas senti muita falta da Nat pelo livro, ok, ela aparece as vezes, mas queria ver os ataques dela em mais momentos. Um momento de destaque tem que ir para a avó maluca de Harriet, que vai com ela para o Japão. Eu ri demais com as loucuras e pensamentos dela. Outro momento nesse estilo vai para uma das modelos que a personagem principal conhece no Japão, a Rin. Uma modelo que não consegue se comunicar em inglês (no caso, português, haha, porque o livro foi traduzido, muito bem, vale comentar) e fala muita besteira no meio disso tudo, mas ao mesmo tempo é bem doce. Sobre as trapalhadas da personagem principal, bom, eu já comentei ali em cima. São a alma do livro e divertem do começo ao fim, de verdade. O que gosto mesmo, como já comentei lá em cima é a mensagem do livro. Garotos e garotas de todas as idades deviam ler. É um livro que nos lembra tudo que precisamos lembrar, mas sem parecer um anúncio chato contra bullying. É um livro leve, doce, divertido e mega verdadeiro quando o assunto é o que passamos quando somos mais jovens (e mais velhos também). Ah, a diagramação do livro é igual a do primeiro, ou seja, é linda e me fez babar nos detalhes. Indico mil vezes, assim como o primeiro da trilogia.

Geek Girl 2 - Desastre Fashion
Autora: Holly Smale
Editora: Fundamento
Páginas: 272
Skoob do livro.
Meu Skoob.

2 comentários:

  1. Engraçado,esse comecinho que você falou sobre ser quem você é, me lembrou do filme e livro The Duff de Kody Keplinger, já leu?. Bjs

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    1. Nunca li, é bom??
      Sei do filme, mas não sabia que tinha livro D:

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