quarta-feira, 29 de julho de 2015

3.200km depois...


Tudo parece só alegria no começo. Viagem de carro, ueba! Vai ser, tipo assim, estilo um filme americano daqueles de viagens longas (que, normalmente, são comédia, rs), mas com pessoas falando em português, é claro. Ah meu Deus! Imagina que demais seria uma viagem em um daqueles carros que mais parecem uma casa completa? Ok, para de sonhar, Izabela. Você vai viajar no carro (normal, rs) mesmo. Acordar cedo nunca foi minha coisa preferida no mundo, ainda mais sabendo que passaria o dia no carro, mas, mesmo assim, não tive escolha. Acordei às três da manhã (sério) e depois de arrumar o que faltava no carro e tomar café da manhã foi só sair (às quatro da manhã). As primeiras três horas foram só amor e alegria. Eu tinha montado a playlist mais eclética do planeta e estava cantando todas as músicas serelepe e pimpona (quem me acompanha no snap provavelmente riu muito de tudo, rs). Sério, as músicas iam de Disney até Thiaguinho e, nisso tudo, ainda passava por musicais da Broadway e sambas aleatórios. Foram duzentas músicas e eu sabia/sei cantar a grande maioria (ueba!). Como ainda estava bem escuro do lado de fora do carro eu queria ficar acordada para ver o sol nascendo e, meu Deus, foi lindo demais. Era um sinal divino de que tudo daria certo e, ainda por cima, seria maravilhoso. Cansativo, sim, mas ainda assim maravilhoso. E olha que esse foi só o primeiro nascer do sol top da viagem. Depois de cantar mais algumas músicas e tirar muitas fotos da estrada eu acabei pegando no sono e nem me sinto culpada. Calma! Eu não estava dirigindo, rs. Isso ficou por conta do meu pai, meu papel era só de cantora e contadora de piadas inúteis da viagem. 

Acordei poucos minutos depois para um lanchinho em uma das paradas da estrada. Eu estava tipo um zumbi, mas mesmo assim juntei toda a minha coragem para sair do carro (morrendo de frio, estava, tipo assim, uns 8°C) para comer um pão de queijo (vida <3) e tomar leite com chocolate (humm). Sem esquecer, é claro, de ir ao banheiro. Normalmente a gente já sente vontade de ir ao banheiro um número bom de vezes no dia, mas, na estrada, isso (estranhamente) triplica. Foco. Não vou falar das mil vezes que paramos só para ir atrás de um banheiro (que fosse, ao menos, ok). Barriguinha cheia, pé na areia... Ou, nesse caso, na estrada mesmo. Eu até queria ficar acordada para acompanhar todo o caminho (na realidade eu queria mesmo era ficar cantando alok sem ser julgada, rs), mas o sono era muito mais forte que eu e acabei cochilando muito mais do que gosto de admitir. Quando eu acordava já estava em algum lugar bem diferente e já tinha perdido várias músicas legais. A viagem seguiu assim até a parada para o almoço em um shopping muito legal (em Uberlândia). Gastei mais tempo tentando me achar lá dentro do que realmente me alimentando (mas almocei comida japonesa e foi só amor <3). Mais uma vez, voltamos para a estrada e aí parecia que o dia já não tinha mais fim. Estou acostumada a viajar muito, afinal, estudo fora. Mas isso, no máximo, dura quatro horas. Estamos falando de um dia e meio de viagem aqui. Não vou mentir, achei que ia ser bem pior, mas eu até esquecia que estava no carro, afinal, meu celular estava no carregador e eu ficava jogando joguinho (passei tantas fases do divertida mente <3)... Pena, de verdade, que não consigo ler com o carro andando. Foco!

O primeiro dia de viagem foi mil vezes melhor do que eu imaginava na minha cabeça. É claro que ficamos cansados, afinal, foram uns 1000km, mas mesmo assim eu ainda estava animada. As risadas, as músicas e as paisagens animavam tudo. O segundo dia de viagem, por outro lado, foi bem mais complicado. Não sei se foi o fato de que eu sabia que, naquele dia, finalmente chegaria ao destino e, por isso estava ansiosa, ou se foi porque o cansaço acumulou mesmo. Quem sabe foi o conjunto da obra. A estrada parecia (e estava, rs) pior, as músicas já estavam cansando e o tempo parecia que não andava junto com a gente. De qualquer maneira, seguimos com nossas paradas, risadas e músicas (mesmo enjoando delas um pouco, rs). Quando eu finalmente cheguei nem acreditei que era real. Eu achei que já era parte do carro, foi estranho sair dele, rs. A volta, exatamente uma semana depois, foi um pouco mais longa e contou com mais paradas. Estávamos cansados ainda da primeira viagem e de tudo que tínhamos feito (haha), mas foi tão divertido quanto. Na verdade, até mais. Porque quando fico cansada falo mais besteiras sem sentido. Uma viagem dessas de carro (1.600km para ir e mais 1.600km para voltar, ou seja, os 3.200km do título haha olha como tô boa em matemática) não é nem de perto como eu imaginava, É muito melhor! É claro que é cansativo (bem mais que o imaginado), mas tudo vale muito a pena, ainda mais quando chegamos ao destino, seja na ida ou na volta. Vale comentar que ajuda, e muito, quando estamos com pessoas que nos fazem bem. Meus pais são os melhores do mundo e tudo foi assim por conta deles. Afinal, eles não reclamam da criatura aqui cantando Disney na maior afinação (só que nunca) e sempre dão corda nas minhas piadas toscas de meio de estrada. O que posso falar, 3.200km depois, é que vale a pena. Vale a pena passar esse tempo com quem a gente ama e vale ainda mais quando o destino é bom. Aproveitei horrores os dias com a minha irmã e me diverti muito mais que imaginava naquele tal de Mato Grosso. Ok, menos na parte do calor. Como assim que eu peguei 35°C no inverno, MT? Ok, isso foi o de menos. 


Eu voltei! Depois de uma semana lá no Mato Grosso (em Primavera do Leste) eu voltei para o meu amado Sul de Minas. O fato é que alegria de pobre dura pouco e, por conta disso, essa é minha última semana de férias. Tipo assim, tem um lado bom nessa história (hehe), semana que vem volto para minhas estantes, quero dizer, minha casa. Mas agora vim aqui só para contar para vocês, do meu jeitinho, como foram os 3.200 que levei para ir e voltar na viagem. Eu estava doida para compartilhar isso com vocês e eu espero, de verdade, que tenham gostado. O blog vai voltando ao 'normal' dele aos poucos. Porque em breve teremos mais resenhas por aqui. Fiquem de olho e obrigada pelo carinho de sempre, afinal, o canal passou dos 3.900 inscritos! <3

6 comentários:

  1. Adorei a narrativa da sua viagem. Férias duram tão pouco neh :(.

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    1. Eba! Fico muito feliz que tenha gostado, xuxu! <3
      Sim!! Quero três anos de férias haha pode? =)

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  2. Me identifiquei muito com seu texto Iza <3
    Me mudei para longe uns 3 anos atrás e desde entao minha vida tem sido meio dividida entre as lembranças do passado aqui no interior de SP e uma nova rotina no de MG. E, claro, viagens longas de carro passaram a ser constantes e, de fato, vale muito a pena <3
    Coragem de vc e sua família encararem um dia e meio, haha, a viagem mais longa que eu já fiz foi de 18 horase eu quase morri de cansaço!! Seu texto está ótimo!!

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    1. Eba! <3
      Tem quase 4 anos que sai da casa dos meus pais (minha cidade fica a 180km da deles)!
      Sim, viagem faz parte da vida nessas horas haha
      Foi bem louco, mas por família a gente faz! <3

      Beijos e obrigada!!

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