terça-feira, 2 de agosto de 2016

Na Estante: Uma Mulher Livre


Faz um bom tempo que tenho vontade de ler algo dessa autora. Uma vez recebi, de presente de uma editora, um livro dela, mas nessa de resenhar os que combinam mais com meu estilo, esse livro, por mais interessante que fosse, ficou perdido na minha estante. E aí, agora no meio do ano, a editora lançou mais um livro da autora (que tem uma lista chocante de livros publicados) e acabei solicitando, finalmente mataria a curiosidade e leria algo dela. O problema é que, no final das contas, o estilo dela não é bem o meu estilo. Não posso negar, a história é muito boa, mas o livro não conseguiu me prender (tanto que levei alguns bons dias para conseguir terminar de ler). Achei bem legar como a autora consegue ligar fatos históricos ao que ela narra na história, mas isso foi o que mais gostei (ainda mais porque meu lado feminista gritou em/com algumas cenas, por mais que eu soubesse o contexto histórico da história, mas não posso negar que, ao mesmo tempo, ela abordou temas que eram e ainda são grandes tabus). Como sempre, darei detalhes da minha opinião. O livro ficou com quatro estrelas, afinal, como disse, ele não é ruim, só não é meu estilo. Agora vamos focar, menos enrolação e mais ação.

Annabelle cresceu com privilégios em um bairro nobre da cidade de Nova Iorque. Sempre foi uma boa menina e levava sua vida tranquilamente, até que, tragicamente, perdeu seu irmão e seu pai. Ninguém podia imaginar que o Titanic afundaria, afinal, era o melhor e maior navio já criado pelo homem, mas ele fundou e levou junto uma grande parte da vida dela. Ela também acabou perdendo a mãe por problemas de saúde e nada mais parecia dar certo, até que ela conheceu o amor de sua vida e, por mais que ele fosse bem mais velho, ela sentia que era o certo.

"Você merece mais do que posso lhe dar. Annabelle, 
você precisa me ouvir." - Página 120

O que ela não imaginava, mais uma vez, era que ele não a amava como ela imaginava e que, na verdade, ele estava apaixonado por um amigo de infância. Tudo tinha desmoronado e, como última opção, Annabelle se muda para a Europa, no meio de uma guerra, para tentar realizar seu sonho de virar médica. la consegue realizar seu sonho e ajuda a salvar muitas vidas, mas no meio de tanta coisa ruim acaba sobrando para ela também e sua fé na vida é, mais uma vez, colocada em prova quando ela perde todo o controle sobre sua vida e até mesmo seu corpo. Qualquer decisão que ela tomasse poderia e mudaria sua vida, por isso mesmo ela precisa de força e, até mesmo, coragem para seguir.

Uma vez vi no Programa do Jô um esquete de humor sobre um cara (Joseph Climber) que perdia tudo que se é possível imaginar, desde membros até a dignidade, mas que seguia firme e forte (meio revoltado com o narrador, rs), o que fazia toda a graça da história. Annabelle é a versão literária dessa história humorística, mas com um tom trágico. Sério, quando você achava que tudo ia melhor, boom, dava algo errado de novo. Aí a vida voltava para os eixos e, boom de novo, saia tudo de ordem. Ela é uma personagem muito forte, não por todas as suas escolhas, mas por aguentar tudo que acontece na vida dela. Acho que isso foi algo que me desanimou na leitura, além da forma como o livro é narrado no começo.

Acredito que, para quem gosta dos livros da autora, esse é uma ótimo escolha. Como comentei, o livro é uma grande montanha-russa (cheia de loopings) de emoções. Para quem tem o estilo literário mais parecido com o meu, acredito que esse livro não vai agradar muito, mas não posso comentar sobre os outros dela, afinal, ainda não li (sério, são muitos mesmo). Se alguém aí já leu algum outro dela comenta aqui o que achou! Ah, algo que não posso deixar de comentar e a edição maravilhosa que a editora fez, sério. A capa do livro é fantástica (e foi o que me fez querer lê-lo de vez). Em tons de dourado e com a torre Eiffel de fundo, tipo, wow, que capa. Bem mais bonita que a original (rs).

Uma Mulher Livre
Autora: Danielle Steel
Editora: Record
Páginas: 294
Skoob do Livro.
Meu Skoob.

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