sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Na Estante: Cidades de Papel


Vocês sabem (eu acho) que quando eu gosto muito de um livro consigo lê-lo em um tempo recorde, seja menos de um dia ou até mesmo menos de meio dia, mas o que acontece quando o livro não consegue me prender? Bom, eu demoro uns quinze dias para lê-lo. Infelizmente é o que aconteceu com esse. Não significa que minha leitura piorou ou algo do gênero, apenas significa que toda vez que eu pegava o livro para ler eu tinha preguiça, preguiça da história, do livro e até da cara dele. Foi mais ou menos o que aconteceu quando li Looking For Alaska, mas (acreditem ou não) eu ainda gostei mais da história da Alaska do que da história (maluca) da Margo. Ah, para os que gostam de contar estrelas, esse livro recebeu três, mas cheguei a cogitar apenas duas. No final lucrou três porque, assim como os outros livros que li do autor, consegui encontrar frases muito boas. Frases. Bom, vamos focar na resenha, né? Depois eu  me explico melhor, afinal sei que muita gente, mesmo, gostou desse livro.

O livro conta a história de Q(uentin), um menino relativamente normal com uma vida mais normal ainda. Ele sempre chega bem cedo ao colégio – está em seu último ano – assim consegue conversar com seus melhores amigos e consegue – também – pensar sobre um amor nada correspondido que sente por uma ex-melhor-amiga. Falando assim parece que a vida dele é um tédio e, bom, é isso mesmo, mas nem sempre foi assim. Quando era pequeno ele tinha uma melhor amiga inseparável, a Margo. Sim, o amor não correspondido. Eles faziam tudo juntos quando eram mais novos, brincavam, andavam de bicicleta e tudo mais que se pode imaginar, mas tudo mudou quando, aos dez anos, eles acharam um homem morto. Por mais chocante que isso seja só Q. parecia entender a gravidade, enquanto que Margo se mostrava muito curisosa com a vida e com a falta da mesma. Aquilo fica para sempre na cabeça dos dois, mas mesmo com essa ligação cada um segue um caminho diferente.

"Lembre-me de nunca despertar a fúria de Margo Roth Spiegelma." - Página 56

E é aí que voltamos para o último de colégio, tudo estava normal até que, em uma noite, Margo aparece toda disfarçada na janela de Q., ela precisava de ajuda e ele era a pessoa certa. Eles saem por Orlando – a, segundo Margo, cidade de papel em que vivem – de madrugada para se vingarem de algumas pessoas e tudo já estava milimetricamente orquestrado por Margo. Eles fazem coisas inacreditáveis naquela noite, invadem lugares e pregam peças nas pessoas que – pela visão da garota – mereciam. Quando eles voltam para casa Q. fica um gigante ponto de interrogação na cabeça, afinal aquele tinha sido o melhor momento da vida dele e, finalmente, ele estava com a amiga de novo, mas algo lhe dizia que aquilo não ia durar, ele estava certo. No dia seguinte Margo é dada como desaparecida, ela tinha fugido e aquela não era a primeira vez. Ela sempre deixava pistas sobre onde estava, mas daquela vez os pais já estavam cansados demais para ligar, então Q. resolve que precisa achá-la.  Ele ligaria as pistas e a acharia.

"O para sempre é composto de agoras." - Página 351

Margo Roth Spiegelman me irritou muito, o livro inteiro, para falar a verdade. A revolta que ela sente da vida de papel que leva não justifica nada que ela faz, a vi como uma menina mimada que não liga para mais ninguém. Q. é um personagem mais legal, mas ao mesmo tempo ele muda a vida inteira dele e faz coisas que nunca faria só para achar a amiga, sendo que nem tem certeza de que ainda são mesmo amigos. Como comentei, no começo, o livro tem frases muito boas, mas nem isso ajudou (dessa vez). Preciso contar que pulei algumas (muitas) páginas enquato lia e olha que nem assim minha leitura rendeu. Eu esperava mais, bem mais, mas preciso dar muitos créditos para o autor, porque escrever esse livro deve ter dado muito trabalho, são muitos detalhes e coisas que realmente devem ter pedido uma pesquisa mais detalhada de várias outras coisas.

Entendo o motivo que levou muita gente (mesmo) a gostar desse livro, dependendo da forma que você lê ele te faz pensar sobre muitas coisas, como todos os outros livros do autor, mas esse livro não é para mim. Outra coisa que me irritou um pouco muito é o fato de que os livro fala muito mal de Orlando e fala muita besteira sobre a Disney (virou pessoal). Algumas das coisas narradas e outras que falam que já aconteceram são verdadeiramente impossíveis e eu estou falando isso porque sei e porque conversei com pessoas que trabalharam por muito tempo nos parques em questão. Se você leu o livro provavelmente sabe do que estou falando. Bom, do autor ainda tenho um livro (na minha estante) para ler, mas agora desanimei e não sei mesmo quando isso vai acontecer.

Cidades de Papel
Autor: John Green
Editora: Intrínseca
Páginas: 366
Skoob do Livro.
Meu Skoob.

13 comentários:

  1. Olá Iza,

    Eu adoro esse livro. Assim como todos os outros livros do John Green. Acho que, cada um deles, possui características diferentes e apaixonantes. Li "Cidades de Papel" duas vezes. E vou ler mais. Entendo você não ter gostado da história, ou no caso, a história não ter te prendido. Isso sempre acontece. Mas, preciso dizer que nas duas vezes em que li esse livro, eu o devorei. O mistério, tudo, tudo me deixou muito ligada em cada acontecimento.
    Não desanime, haha. Qual é o livro que você ainda tem para ler?
    Ah, só para concluir, apesar de ter adorado esse livro e tal, ele não é o meu preferido. O meu preferido do Green é "O Teorema Katherine".

    Beijão - Tão doce e tão amarga.


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    1. Oi, Thamis! :D
      Vai realmente de cada um, né? Eu só gostei de um livro do autor (por enquanto li três), mas acho que é porque a escrita dele não bate muito com o que gosto de ler. Os personagens que li por último não me conquistaram, esse foi o problema! =/
      Ainda tenho Will & Will! É bom? (:
      Beijooooos

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  2. Particularmente não gosto desse livro.
    Foi o pior que li de Green.
    Que bom você gostou mais do que eu
    Beijinhos
    Rizia - Livroterapias

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    1. Acho que não gostei mais que você não, haha dos três do autor que li, até agora, esse é o que menos gostei! Falei isso na resenha! haha Beijos

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  3. Esse foi o primeiro livro do Green que li e até hoje não me animei pra ler outros. Não consegui me envolver na história porque passava muito tempo me irritando com as atitudes da Margo. Concordo com tudo que você disse sobre ela. Apesar disso, existem frases realmente boas e trechos divertidos.

    Beijos, Iza.

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    1. Eu já tinha lido outros dois do autor antes de pegar esse, mas foi por ser teimosa, haha afinal não tinha gostado muito do último e sentia que esse ia pro mesmo caminho (estava certa). Fico feliz que tenha gostado do que falei, realmente o livro tem frases boas!

      Beijos, My! :D

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  4. Amo, amo e amo esse livro. Apesar de não ter certeza se o final me convenceu ou não. Não sou fã de todo livro ter finais felizes, mas nesse eu esperei tanto.. tanto.. Ain. Mesmo assim, ainda amo! hahaha
    Mudaaaando de assunto... Iza, queria que você conhecesse meu blog: cookieseborroes.blogspot.com, o blog não é só meu, é em conjunto com minhas amigas leitoras. Temos um clube do livro e o blog é só mais uma maneira de estar sempre conversando sobre eles. Vem ver, vai ser um prazer te receber no nosso cantinho! ♥
    Beijão

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    1. Quase nada me convenceu, haha isso é triste, mas é verdade! D: Eu sou muito fã de finais felizes, sempre! Já temos problemas demais da vida real, o livro, para mim, é para esquecer isso e ser feliz, só feliz! haha <3
      Beijoooooos

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  5. Eu li A Culpa é das Estrelas e gostei, mas não achei o MELHOR livro do mundo. Will & Will eu também gostei, mas não foi tudo aquilo. Acho que o John Green e eu temos um sério problema um com o outro. Minha amiga já leu esse livro e ela demorou muito para terminar também. Eu acho que vou adiar ainda mais a leitura dele. Beijos!

    www.livro-apaixonado.blogspot.com/

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    1. Não acho o melhor livro do mundo, mas gostei muito de A Culpa é das Estrelas! Eu tive vários problemas com o autor também, as vezes acho que o problema está em mim, já que todo mundo tem idolatrado ele haha

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  6. Na minha opinião, uma das melhores histórias do autor! O final poderia ser diferente, mas né, nunca é perfeito! Estou ansiosa para o filme. Um beijo : * (de-lune.blogspot.com)

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