sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Na Estante: Eu Amo New York


Eu estava bem animada para ler esse livro (e ainda estou curiosa para ler o segundo, só não perguntem sobre datas, rs), mas não posso negar que esperava um pouco mais. Enrolei o que pude e o que não pude com essa leitura e toda vez que eu pegava para ler ou ficava com sono ou tinha vontade de fazer outra coisa. No final das contas dei três estrelas para o livro lá no skoob, pelo simples fato de que a história em si é legal, mas infelizmente chega a ser um pouco chatinha e vocês já vão entender o motivo que me levou a pensar assim. Vocês sabem que odeio falar mal de um livro (não vou exatamente falar mal, mas enfim), mas é melhor falar o que eu realmente achei do que escrever uma resenha falsa, né? Então vamos lá.

O livro conta a história de Angela, uma mulher que teve sua vida virada de cabeça para baixo ao descobrir que seu noivo a estava traindo bem no casamento de seus melhores amigos, e o pior, todos sabiam disso, menos ela. Como resolver uma situação assim? Juntando suas poucas coisas que estão no hotel, principalmente seu sapato Louboutin, e pensando melhor sobre isso em um lugar bem longe. New York, é claro. Uma londrina com pouco mais de uma bolsa pega o primeiro avião para a cidade mais agitada do mundo, sem saber de hotel, alimentação ou algo do tipo. Mas o que poderia dar errado? Ela tinha algum dinheiro guardado e muita vontade de ser uma pessoa nova. A Big Apple parecia o lugar ideal para isso tudo. Ainda mais quando você tem a sorte grande de achar uma nova melhor amiga logo quando faz o check-in (de um dos hotéis mais caros da cidade).

"Às vezes, a gente fica tão acostumada a não sentir nada, a simplesmente continuar levando a vida, que esquece como é estar muito feliz ou muito triste." - Página 99

Com uma nova amiga, Jenny, Angela resolve que precisa sair dessa depressão pós término e viver a vida. O único problema é que todos os novos gostos da personagem são bem caros. Todos os dias que as duas amigas saem juntas a nossa personagem principal gasta mais do que deve em roupas e sapatos, em troca (em tese) de esquecer o que aconteceu em Londres. Mas nem tudo são sacolas de marca (mentira, nesse livro é bem por aí mesmo), Angie precisava de um emprego, e por uma obra do destino uma de suas novas amigas novaiorquinas é amiga de alguém ligado à uma grande revista. Era tudo perfeito demais, Angie tinha um emprego novo, um bolsa nova (mais cara que minha casa) e amigas novas. Sem esquecer que precisava viver um mundo de aventuras, de preferência amorosas, para poder escrever sobre as loucas aventuras de uma londrina rica em New York.

Acho que ficou meio claro o motivo da minha revolta, não é? O livro está mais preocupado em contar a marca das roupas que estão sendo compradas do que a história em si. Eu não consigo contar o número de vezes que bem no meio de uma fala legal a protagonista deixou tudo de lado para contar que sua bolsa era Marc Jacobs. Ela precisava lembrar a cada duas linhas que sua bolsa linda, nova e cara era da Marc Jacobs (até eu estou falando o nome da marca várias vezes, isso pega). Angela tem tudo para ser uma personagem divertida, e no começo do livro ela realmente é, mas a loucura pelas coisas de marca a transformaram em uma personagem chata. Jenny é um amor de amiga, mas também não tem um parafuso no lugar. E é só sobre essas duas personagens que consigo falar, por mais que tenha lido outras, nenhuma tem algo marcante o suficiente para ser comentado.

Como que uma escrita, basicamente sem emprego, consegue ir para em New York, ficar em um bom hotel e ainda comprar a vida nas lojas mais caras do mundo? Foi isso que me irritou. Pelo que li sobre o livro estava esperando a história divertida de uma escritora serelepe em NY. O que recebi foi uma história legal que me ensinou o nome de várias marcas caras (que só de pensar nelas minha carteira chora) e que estava mais para uma fic (afinal muitas fics fogem da lógica quando o assunto é dinheiro). Ela acordava e usava os produtos caros de maquiagem, depois colocava a roupa mais cara que achou na Bloomingdale's e sem esquecer de seu perfume Chanel. Ah, quase me esqueci da bolsa Marc Jacobs. A ideia em si é muito boa (por isso ainda vou dar uma chance para o segundo livro), mas o excesso de compras e a loucura amorosa me deram preguiça. Mas nem tudo está perdido: Se você quer um guia bem caro de NY esse livro é para você. Ah, eu odeio falar essas coisas sobre um livro, mas como falei no começo, é bem melhor do que escrever algo falso.

Eu Amo New York
Autora: Lindsey Kelk
Editora: Fundamento
Páginas: 288
Skoob do Livro.
Meu Skoob.

2 comentários:

  1. Também não fui muito com esse livro, não. Esperei demais, talvez. Concordo com você: a Angela podia ser uma personagem muito legal, mas foi bem chatinha.

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    1. Exato, eu esperava um pouco mais D: Sim, tinha tudo para ser uma personagem ótima, mas me deu nervosinho com essa da bolsa hahahaha

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